sexta-feira, 31 de agosto de 2012

"A imprensa, através da liberdade de expressão, é um contra poder, um poder que limita e que contêm os demais poderes, um poder que deve ou deveria estar a serviço do povo e não de particulares. As eleições se aproximam e os ataques pessoais e partidários se multiplicam, presenciamos uma luta de vale tudo e não uma luta saudável de propostas e ideais para o nosso país. Qual o limite para a mídia e para as acusações entre políticos?" Edson Joaquim

Juízes no Brasil e no mundo

No http://esquerdopata.blogspot.com.br/ 

"A imprensa de forma geral e a televisão, especialmente, induzem à violência e levam a população a acreditar em uma falsa realidade, como acontece com o caso do "mensalão". jurista Celso Antonio Bandeira de Mello em entrevista à Conjur

"Aprendi muito cedo que a crítica da imprensa é lixo. Mas eu me divirto com o que falam sobre mim." Mick Jagger

"A cada gol que marco, parece que emagreço um quilo. Tomara que continue assim e eu acabe sumindo de tão magrinho." Ronaldo

"Se perco o controle da imprensa não aguentarei no poder nem por três meses." José Serra Napoleão Bonaparte

"A democracia acabou com a imprensa corrupta brasileira, ela chora os bons tempos do pensamento único e agora tem que aguentar blogueiros pobres e sem recursos contrariar suas idéias de domínio da opinião pública. E tudo isso graças a internet que trouxe o Brasil real para os brasileiros, o resto é Folha de São Paulo, Fernando Rodrigues, Eliane Cantanhêde e asseclas. Tá dando pena!" Aposentado Invocado

"Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista." Paulo Henrique Amorim
 

São Paulo é PT - Marta Suplicy apoia Fernando Haddad


"O novo valor do mínimo passa a ser pago a partir de fevereiro, referente ao mês de janeiro. O reajuste inclui a variação de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2011 e a estimativa de que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) previsto para o ano de 5%."

Salário mínimo em 2013 será R$ 670,95

Luciene Cruz, Stênio Ribeiro e Wellton Máximo
Repórteres da Agência Brasil

O Ministério do Planejamento fixou em R$ 670,95 o valor do salário mínimo a partir de janeiro de 2013. Essa é a proposta que o governo federal incluiu no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) enviado hoje (30) ao Congresso Nacional. O novo valor é 7,9% maior que os R$ 622 pagos atualmente.
A Ploa traz a previsão de gastos do governo para o próximo ano. O novo valor do mínimo passa a ser pago a partir de fevereiro, referente ao mês de janeiro. O reajuste inclui a variação de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2011 e a estimativa de que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) previsto para o ano de 5%.
A estimativa do governo é que cada R$ 1 de avanço no mínimo gere despesas de R$ 308 milhões ao governo. Com isso, o aumento de R$ 48 concedido pelo governo causará impacto de cerca de R$ 15,1 bilhões aos cofres públicos.
O INPC é o índice utilizado nas negociações salariais dos sindicatos e faz parte do acordo de evolução do salário mínimo fechado entre governo e centrais sindicais

Leia mais em: O Esquerdopata
Under Creative Commons License: Attribution

No http://esquerdopata.blogspot.com.br/

"Mudança, no Brasil, é conseguir o básico. No caso da Justiça, garantir direitos iguais para todos, qualquer que seja sua cor, credo, condição social ou opinião política. "

PML na Época:
o mensalão do PT e o de MG

As provas de que os parlamentares colocavam dinheiro no bolso para mudar seu voto não apareceram até agora.

Por sugestão da amiga navegante Mariazinha:

Segundas impressões do mensalão



31/08/2012
Paulo Moreira Leite



Leio e ouço que a decisão da primeira fase do STF mostra que os tempos estão mudando e que a votação de 9 a 2 contra os réus indica uma opção contra a impunidade.

Confesso que sempre gostei de Bob Dylan e sou daqueles que acreditam e torcem por mudanças. Mas não sei se é isso o que estamos assistindo. Mudança, no Brasil, é

conseguir o básico. No caso da Justiça, garantir direitos iguais para todos, qualquer que seja sua cor, credo, condição social ou opinião política. Será que é isso que estamos vendo?

Estrelado pelo mesmo esquema, com personagens iguais e outros, equivalentes, o mensalão mineiro segue quieto lá nas Alterosas.

O tratamento desigual para situações iguais é constrangedor. Ao  dar uma entrevista a Monica Bergamo, o relator Joaquim Barbosa lembrou  que a imprensa nunca deu a mesma importância ao mensalão mineiro. Ele até disse que, quando tocava no assunto, os repórteres reagiam com um “sorriso amarelo.”

Eu acho bom quando um ministro do Supremo se refere ao tratamento desigual que parte da mídia dispensou aos dois mensalões. Mostra que isso não é “coisa de mensaleiro petista ” não é mesmo?

Mas há outro aspecto. O fato da imprensa dar um tratamento desigual é um dado da política brasileira e, no fim das contas, diz respeito a um jornal e seus leitores. Como leitor, eu posso até achar que a imprensa deve tratar todos da mesma maneira, deve procurar ser isenta mas a liberdade de expressão garante que todo jornal e todo jornalista tenha suas preferencias, suas prioridades e opções. Salvo patologias criminosas, todos têm o direito o direito de exercitá-las.

A visão que você lê neste blogue é diferente daquela que vai encontrar em outros lugares. É bom que seja assim.

A justiça não. Esta deve ser tão isenta que a querem cega. E aí, data vênia, quem sorri amarelo, neste caso, é quem desmembrou o mensalão (do PSDB) mineiro e unificou o mensalão petista.

Porque estamos falando de um tratamento desigual para situações idênticas, no mesmo país, no mesmo sistema, no mesmo tribunal. O direito de uns foi reconhecido. O de outros, não. Às vezes, chegou-se a uma situação  surrealista.

Nos dois casos, o  “núcleo operacional”, para usar a definição do procurador geral, é o mesmo. Marcos Valério, Cristiano Paz e os outros. O Banco Rural também. As técnicas de arrecadação e distribuição de recursos eram as mesmas. Só mudou o núcleo político. Então, me desculpem, o problema está na política. Sim.

Por causa do desmembramento, podemos ter sentenças diferentes para o mesmo caso. “Dois pesos, dois mensalões,” já  escreveu Jânio de Freitas.

Se o mensalão petista tivesse sido desmembrado, o deputado João Paulo e outros dois parlamentares acusados até poderiam ser julgados em Brasília, como o deputado Eduardo Azeredo será, quando seu dia chegar. (O mensalão mineiro é mais antigo mas anda mais devagar, também. Ainda estão colhendo depoimentos, ouvindo testemunhas…) Ainda assim, teremos outros prazos e, muito possivelmente outras penas.

Mas em caso de desmembramento, José Dirceu e José Genoíno, para ficar nos nomes mais ilustres e simbólicos, teriam sido reencaminhados para a Justiça comum, com direito a várias etapas de julgamento antes da condenação.  O Ibope seria menor. E não estou falando só da repercussão nas eleições municipais de 2012. Por favor: a questão não se resume ao novo candidato do PT a prefeitura de Osasco.

Nós sabemos que o troféu principal do julgamento é Dirceu. O número 2, Genoíno. É por isso que o caso se encontra no STF. Ali tem mais holofotes.

No início do julgamento, Gilmar Mendes chegou a sugerir que as chances dos réus serem absolvidos eram maiores num julgamento desmembrado do que num processo unificado. Concordo.

Mas se isso é verdade, por que mesmo se deu um tratamento diferenciado? Não é preciso sofisticar mais o raciocínio. Como perguntou Eduardo Kossmann, advogado. Considerando que a Constituição diz que todos são iguais perante a lei “como explicar para meu filho de cinco anos?”

Uma sentença do Supremo é um acontecimento duradouro. Repercute hoje, amanhã, no ano que vem e daqui a uma década. Destrói uma vida, aniquila uma reputação.

Como disse Pedro Abramoway, que passou os dois mandatos de Lula em posições importantes no área jurídica, o mensalão propriamente não foi julgado. Aquela denúncia, de compra de consciências, que é o centro da acusação do procurador Roberto Gurgel, ficou para mais tarde.

As provas de que os parlamentares colocavam dinheiro no bolso para mudar seu voto não apareceram até agora.

Isso apareceu quando o deputado Ronnie Von Santiago (olha só, mais um roqueiro no debate) confessou que tinha recebido R$ 200 mil para votar a favor da reeleição de Fernando Henrique Cardoso, há quase 20 anos. Ali foi suborno, foi propina, foi compra de votos. Pelo menos ele disse isso. Os mais de 300 ouvidos no mensalão sempre negaram. Todos.

Até Roberto Jefferson mudou o depoimento na hora em que era para valer.

Mas o caso de Ronnie Von não gerou um processo tão grande. Nada aconteceu com seu núcleo politico, vamos combinar.

E é isso que mostra que tudo pode estar mudando para que nada mude.

O deputado João Paulo Cunha foi condenado a 6 anos de prisão em função de uma prova que pode ser discutida. A de que recebeu uma propina de R$ 50 000 para aprovar um contrato de R$ 10 milhões com as empresas de Marcos Valério. Você pode até dizer que é tudo “parte do mesmo esquema” e dar aquele sorriso malicioso de quem acha todos os argumentos contrários apenas ingênuos ou cúmplices mas vamos combinar que há um pressuposto nessa visão.

O pressuposto é de que não houve nem podia haver outro tipo de pagamento nesta operação. Não podia ser dinheiro de campanha, nem recurso de caixa 2. O problema é que as campanhas costumam ser feitas com caixa 2, que devem ser apurado, investigado e punido. Mas são outro crime.

Caixa 2 não é uma “tese” da defesa. Pode ser “tese” artificial ou pode ser uma “tese” com base na realidade. Mas a sonegação existe, está aí, pode ser demonstrada em vários momentos da vida brasileira, inclusive em campanhas eleitorais. Existem empresas criadas especialmente para ajudar os interessados nesse tipo de coisa.

Acho positivo o esforço de questionar e desvendar o que está por trás das coisas. Mas não sei se neste caso tudo ficou tão demonstrado como se gostaria.

Por exemplo. Os milhões de dólares que Paulo Maluf mandou para o exterior foram comprovados. Funcionários das empreiteiras explicaram, detalhadamente, como o esquema funcionava, como se fabricavam notas frias e como se fazia o desvio dos recursos públicos. No entanto, Maluf hoje em dia não pode viajar por causa de um mandato da Interpol. Mas não cumpre pena de prisão. Foi preso quando havia o risco de fugir.

Outro exemplo. As agências de Marcos Valério foram acusadas de embolsar um dinheiro a que não teriam direito nos contratos com o Visanet,  o chamado bônus por volume. O problema é que essa prática é muito frequente no mercado publicitário e, em 2008, foi regulamentada em lei no Congresso. O que não era proibido nem permitido foi legalizado. Mas ontem, o ministro Ayres Britto, presidente do STF, disse que a aprovação dessa lei foi uma manobra para beneficiar os acusados do mensalão.  É muito possível. Mas eu acho que um ministro do Supremo não deveria fazer uma acusação gravíssima contra uma decisão de outro poder. Ou pode?
 
No http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/08/31/pmc-na-epoca-o-mensalao-do-pt-e-o-de-mg/

Maus velhinhos: o major Lício e o coronel Moura são acusados de sequestrar militantes políticos..

Em decisão inédita, juíza federal aceita denúncia contra militares que atuaram na Guerrilha do Araguaia


  A juíza federal Nair Cristina Corado Pimenta de Castro, do Tribunal Regional da 1.ª Região, Subseção de Marabá, aceitou ontem a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o major da reserva Lício Augusto Maciel, acusado de sequestro de militante político durante o período do regime militar. A juíza também acatou ação contra o coronel da reserva Sebastião Rodrigues de Moura, mais conhecido como Major Curió, pelo mesmo tipo de crime. Os dois serão processados de acordo com o artigo 148 do Código Penal.
Trata-se de uma decisão inédita na Justiça do Brasil. Até agora haviam sido rechaçadas todas as tentativas de responsabilização penal de agentes de Estado acusados de violações de direitos humanos. Os juízes sempre alegaram, ao recusar as denúncias, que crimes estão prescritos ou foram abrangidos pela Lei da Anistia de 1979.
O major Lício e o coronel Moura participaram das atividades de combate à Guerrilha do Araguaia, no início dos anos 70. No caso do Major Curió, a juíza reformou uma decisão anterior, de um juiz substituto, que havia negado o pedido de ação penal do MPF.
No http://blogdadilma.blog.br/politica/37-politica/2496-em-decisao-inedita-juiza-federal-aceita-denuncia-contra-militares-que-atuaram-na-guerrilha-do-araguaia.html

"O que a presidenta Dilma Rousseff acaba de fazer para melhorar nossas estradas e ferrovias chama-se concessão e vai apenas estabelecer uma parceria entre o setor público e o privado, sem entregar nenhum bem do povo brasileiro. Privatização ocorreu foi no governo FHC, que entregou patrimônio público a preço de banana, num escândalo que podemos classificar como crime de lesa-pátria. "


O PT está corrigindo equívocos de FHC, que entregou a preço de banana o patrimônio público. O programa de investimentos em logística será um impulso vital

Jilmar Tatto
TENDÊNCIAS/DEBATES
Medidas para impulsionar o crescimento
O PT está corrigindo equívocos de FHC, que entregou a preço de banana o patrimônio público. O programa de investimentos em logística será um impulso vital
A presidenta Dilma Rousseff acaba de anunciar mais um conjunto de medidas para impulsionar o crescimento econômico com justiça social. 
O Programa de Investimentos em Logística: Rodovias e Ferrovias é arrojado e dá um impulso vital para o Brasil passar por uma nova fase de crescimento, na contramão da crise que assola a economia mundial. 
Serão concedidos 7.500 km de rodovias e 10 mil km de ferrovias. Em 25 anos, os investimentos vão somar R$ 133 bilhões, dos quais R$ 79,5 bilhões nos primeiros cinco anos. Para as rodovias, o total investido será R$ 42 bilhões e para as ferrovias, soma R$ 91 bilhões. 
A iniciativa, como a própria presidenta reforçou, visa consertar alguns equívocos cometidos no período FHC (1995-2002), como a privatização das ferrovias. 
Trata-se da estruturação de um modelo que garantirá o direito de passagem de tantos quantos precisarem transportar sua carga por aquele trecho concedido. Um resgaste da participação do investimento privado em ferrovias, mas também o fortalecimento das estruturas de investimento e regulação. 
Corrige os equívocos antinacionais de FHC, rompe com os monopólios privados no transporte de cargas e, principalmente, não trará pedágios escandalosos e extorsivos, como os praticados nas estradas concedidas sob o modelo do PSDB. 
É uma parceria público-privada (PPP): o setor privado faz o investimento, tem o retorno do capital investido, mas o patrimônio permanece nas mãos do Estado. 
Trata-se de iniciativa complementar ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e se apoia no tripé crescimento, estabilidade e inclusão social. O país passará a contar com a recém-criada Empresa Brasileira de Logística, que irá assegurar a regulação do poder público, fortalecendo o planejamento, estruturando projetos e acompanhando investimentos. 
Mesmo com todos os avanços, com o Brasil resgatando o papel do Estado, na contramão do pensamento neoliberal que tantos prejuízos causou ao mundo, incomoda aos tucanos esta estratégia de combate aos reflexos da crise mundial. 
A oposição, capitaneada pelo PSDB, insiste em falsear a realidade para tentar enganar a sociedade brasileira. Agora, com apoio de segmentos da mídia, retoma a fórmula de misturar conceitos e brada que o governo e o PT estão privatizando o patrimônio público. Nada mais falso. 
O que a presidenta Dilma Rousseff acaba de fazer para melhorar nossas estradas e ferrovias chama-se concessão e vai apenas estabelecer uma parceria entre o setor público e o privado, sem entregar nenhum bem do povo brasileiro. Privatização ocorreu foi no governo FHC, que entregou patrimônio público a preço de banana, num escândalo que podemos classificar como crime de lesa-pátria. 
Temos aqui mais uma questão absolutamente permeada por um oportunismo primário. Trata-se de mais um chavão tucano contra o PT, em razão do sucesso dos governos Lula e Dilma. Os fatos provam que o PT e seu governo não se renderam à ideologia neoliberal e nem às privatizações. O que se busca é ampliar o leque de investimentos visando superar os gargalos na infraestrutura do país. Concessão não inclui alienação de patrimônio público. Prevê que os bens e serviços a serem explorados serão devolvidos ao Estado ao final do contrato -ou a qualquer momento, se o governo julgar necessário, à luz do interesse público. 
O Brasil segue no rumo certo, a despeito de o PSDB e seus apoiadores estarem à deriva. 
JILMAR TATTO, 47, formado em história, é deputado federal (PT-SP) e líder do partido na Câmara

Marchinha do proibidão


sábado, 25 de agosto de 2012

Público atento e exigente faz com que marcas como Bombril, Nívea e Gallo a rever seus conceitos publicitários

Altamiro Borges: Campanha racista da Bombril é suspensa

Do sítio Vermelho:
A campanha “Mulheres que Brilham” foi considerada racista pela Secretaria Especial de Política de Promoção da Igualdade Racial, que pediu a suspensão da peça. A imagem que causou polêmica mostra uma mulher com o logotipo da marca sobre sua vasta cabeleira, o que levou o governo a associar o produto aos cabelos crespos.
Anteriormente, o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) havia negado a reclamação da Secretaria, porém, a empresa já alterou a campanha para evitar maiores polêmicas.
"A Bombril faz questão de ressaltar que não teve a intenção de realizar qualquer tipo de associação que não fosse referente à valorização e exaltação da beleza e diversidade da mulher brasileira", disse a empresa em nota.
Público é o primeiro a reclamar
Não é novidade a intervenção de órgãos reguladores na mídia para tirar campanhas publicitárias consideradas racistas do ar. Na verdade, o público está mais atento e exigente. Para dar um exemplo, na época de lançamento da campanha da Bombril - veiculada no programa Raul Gil para divulgar um quadro de mesmo nome que procurava novos talentos na música - diversos consumidores reclamaram nas redes sociais e até criaram uma petição on-line para tirá-la do ar.
A marca Nívea de cosméticos e o Azeite Gallo também foram criticados recentemente por peças publicitárias consideradas racistas. 
* Fonte: Adnews com Informações do Radar on-line
Altamiro Borges: Campanha racista da Bombril é suspensa


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Lewandowski, sem medo de pressões.




“Já esperava as críticas, as incompreensões, isso faz parte do nosso trabalho. Mas eu tenho certeza de que o Brasil quer um Judiciário independente, um juiz que não tenha medo de pressões de qualquer espécie.”

 “Eu acho que o juiz não deve ter medo das críticas porque o juiz vota ou julga com sua consciência e de acordo com as leis. Não pode se pautar pela opinião pública.” 

“Nós não levamos nada pessoalmente, nós defendemos teses. Não é a nossa pessoa que está em jogo, o que está em jogo é o destino dos réus no caso da ação penal 470.″

"Antes do PSDB e do PT houve o Caixa 2 de Ademar, de JK, de Collor, de Tancredo/Sarney (mesmo em eleição indireta) e de FHC. Todas já rastreadas e registradas por diversos pesquisadores... Que todos sejam julgados. Punidos ou absolvidos conforme as leis. O problema é que o moralismo de agora é de ocasião. Tem validade até o momento em que o poder trocar de mãos. Nesse caso, tudo será como antes amanhã. "

Dias: o moralismo
de ocasião e o mensalão

O problema é que o moralismo de agora é de ocasião. Tem validade até o momento em que o poder trocar de mãos. Nesse caso, tudo será como antes amanhã. 



O Conversa Afiada reproduz artigo de abertura da seção “Rosa dos Ventos”, na Carta Capital, sob a batuta impecável de Mauricio Dias:

Eleição e “mensalão” – Campanha eleitoral começa com pouco dinheiro em caixa e sem a utilização da Ação Penal 470 julgada no STF com foco nos réus petistas.


É possível notar na propaganda eleitoral nas ruas do Rio de Janeiro a força política da gigantesca aliança, de 20 agremiações, para sustentação da candidatura à reeleição do prefeito Eduardo Paes (PMDB). Curioso é como alguns candidatos petistas à vereança, integrantes dessa coligação, se apresentam: “candidato do partido do Lula”.


Mais do que a carona na popularidade do ex-presidente que, como se sabe é maior do que o “partido do Lula”, há reação clara quanto ao possível efeito negativo do chamado “mensalão”.

Se a supressão da sigla do PT nos estandartes eleitorais é uma suposição que ainda não se confirmou, há um efeito bem mais perceptível: a campanha de 2012, comparada às anteriores, tem sinais de que falta dinheiro tanto no Caixa 1, oficial quando no amaldiçoado Caixa 2.

“Está assim em todo o país”, afirma um especialista de larga experiência no ramo, hoje aposentado após longa folha de serviços ao PSDB.

Mesmo nos primeiros dias da propaganda eleitoral gratuita não há rastro de  uso do dito “mensalão” como mote dos adversários dos petistas. E talvez esse problema seja esquecido, mesmo em cidades onde o PT tem candidaturas eleitoralmente relevantes e com chances de vitória.

Afinal, quando se trata de Caixa 2 uns e outros são farinhas do mesmo saco.

Quem faz barulho com o julgamento no STF é a mídia. Ela fala pela oposição. Vê nisso a oportunidade de, mais uma vez, sangrar Lula e o PT revivendo, em 2012, o que, em 2005, foi pintado por ela como algo próximo ao maior espetáculo da terra ou, pelo menos, como o maior escândalo de corrupção da República. O objetivo dessas metáforas é óbvio.

Um pouco de história ajuda a compreender essa obsessão.

Lula entrou inesperadamente no ambiente que FHC, em ensaio acadêmico conhecido, chamou de “Clube de Eleitos”. Era uma sociedade, até então, muito restrita. Antes do torneiro mecânico, só se entrava nela com um diploma de bacharel ou com a espada na mão. Considerando somente os presidentes eleitos pelo voto popular foram 12 advogados, dois militares, um médico um economista e dois sociólogos.

Ao longo do tempo houve muitas transformações no sistema de caça ao voto. Um processo eleitoral subvertido pela denuncia contida em duas frases do romancista José de Alencar: “o punho cerrado da violência” e o “dedo flexível da fraude”.

Começou assim. O crescimento natural do eleitorado e, mais, a extensão democrática do direito de voto ao analfabeto, além da redução da idade mínima do eleitor para 16 anos, tornou a eleição mais onerosa. Surgiu o Horário Eleitoral e, com ele, o marqueteiro. Deu chabu. O que foi feito para baratear terminou encarecendo.

A competição, então, transformou-se num fato econômico. Nesse contexto despontou o publicitário Marcos Valério. Ele fazia o dinheiro aparecer. Inicialmente para o PSDB e, posteriormente para o PT. A base era Minas Gerais.

Antes do PSDB e do PT houve o Caixa 2 de Ademar, de JK, de Collor, de Tancredo/Sarney (mesmo em eleição indireta) e de FHC. Todas já rastreadas e registradas por diversos pesquisadores.

Enfim, com o PT, o sistema caiu nas malhas da Justiça.

Políticos e a mídia conviviam com essa situação. Era admitida, então, como uma espécie de contravenção penal. Um crime menor.

Que todos sejam julgados. Punidos ou absolvidos conforme as leis.

O problema é que o moralismo de agora é de ocasião. Tem validade até o momento em que o poder trocar de mãos.  Nesse caso, tudo será como antes amanhã. 

No http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2012/08/24/dias-o-moralismo-de-ocasiao-e-o-mensalao/