sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Para a economia e o povo do Brasil continuar legal, precisamos aprender mais sobre a ideologia de Maria da Conceição Tavares, essa jovem de 80 anos.

Maria da Conceição Tavares

Enviado pelo correspondente Júlio Amorim – jotamorim@gmail.com
Revista do Brasil n˚ 55 – Conceição e o Futuro – por Hylda Cavalcanti
Aos 80 anos, uma das economistas mais importantes do país ainda é um chafariz de ideias respeitáveis e referência de peso para os formuladores do futuro.
Para que o Brasil de 2020 erradique a miséria e caminhe mais próximo dos países desenvolvidos, é preciso que se faça o controle da inflação e do crédito e que os governos garantam políticas efetivas de defesa soberana interna. Esse foi o principal alerta dado pela economista Maria da Conceição Tavares na 1a. Conferência do Desenvolvimento, promovida em novembro pelo Instituo de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília. Desafiadora e sempre se fazendo ouvida por especialistas dos mais diversos setores, Conceição, aos 80 anos, foi a grande convidada do evento do Ipea (do qual é conselheira). E disse que para garantir o desenvolvimento do país com vistas aos próximos dez anos é preciso a conscientização, por parte de técnicos e governantes, de que nem sempre crescimento significa distribuição de renda.
Ela alerta para o fato de que o desenvolvimento brasileiro deve continuar sendo norteado por políticas universais de educação, saúde e de transferência de renda, mas sem que o novo governo deixe de lado o eixo econômico. “Se não houver melhoria na indústria, por exemplo, vamos virar um país exportador primário de quinta categoria”, acentuou. Outros pontos destacados pela economista foram a questão cambial e o incremento da atual política industrial e tecnológica brasileira, que considera fundamentais para o desenvolvimento nacional de longo prazo. E, também, a necessidade de fazer uma reforma tributária – tarefa, de acordo com ela, que ainda não saiu do papel porque os ricos e grandes proprietários não querem pagar impostos; quem realmente paga é a classe média. A verdade é que a dificuldade de uma reforma tributária ser aprovada decorre do fato de essas pessoas (ricos e grandes proprietários) serem as que elegem a maior parte do Congresso.
Em relação ao momento observado na economia mundial depois da crise econômica de 2008, Maria da Conceição Tavares afirmou que o Brasil precisa ficar preocupado e fazer o controle de quantitativos para combater a inflação, como aumentar o compulsório e controlar o crédito. “Só não pode puxar a taxa de juros, por conta da situação fiscal e do balanço de pagamento”, ressaltou.
De acordo com ela, não é possível deixar o equilíbrio e o desenvolvimento do país voltados para as tendências do mercado. O governo precisa ter uma política macroeconômica que desvalorize lentamente o real para evitar choque de juros e de câmbio, o que poderá fazer com que o Brasil seja um país independente e soberano nos próximos anos – “Não apenas para o exterior, mas com políticas de defesa soberana interna”, assegurou.
Em tempos de discussões sobre os possíveis cortes no Orçamento da União para 2011, a economia foi além. Disse que a política fiscal de cortar gastos sociais utilizando como argumento a necessidade de investir, a seu ver, não faz sentido. “O que se precisa é cortar aquelas despesas consideradas irrelevantes, como os salários de juízes e parlamentares, não os gastos sociais. O Congresso Nacional não gera receita nem justiça, logo não tem direito de criar despesa”, acentuou.
A economista ainda recomendou ao governo que, para manter o crescimento econômico sem risco inflacionário, faça um “realinhamento cambial lento” e ao mesmo tempo baixe os juros, iniciando um controle dos capitais que “entram só para ganhar nos juros e na Bolsa”, com a permissão da legislação brasileira.
Conceição defendeu a recriação da CPMF – o conhecido imposto do cheque, cujos recursos eram destinados à área da Saúde. E também a atual política de reajuste do salário-mínimo, que acompanha a inflação mais o crescimento da economia de dois anos antes. Apesar disso, ressaltou que consideraria mais eficaz se os reajustes misturassem o crescimento passado com uma expectativa de crescimento.
A Conferência do Ipea teve a proposta de estudar os rumos de desenvolvimento do país para a próxima década e traçar, de certa forma, o que seria o início de um novo pensamento desenvolvimentista até o ano 2020, do ponto de vista do planejamento, da economia e das políticas sociais e de educação. Um dos expositores, o economista e educador Cândido Mendes, lembrou que um dos avanços dos últimos anos foi o fato de o Brasil ter saído do chamado Consenso de Washington. “Isso permitiu que tivéssemos um modelo econômico claro de produção com distribuição de renda, com a oportunidade de manter e desdobrar o desenvolvimento”, afirmou.
João Paulo dos Reis Veloso, um dos criadores do Ipea, propôs um modelo de desenvolvimento para o país baseado no conhecimento. “Na dimensão econômica, é preciso levar o conhecimento em todas as suas formas para todos os setores da economia e, na dimensão econômico-social, levar o conhecimento a todos os segmentos da sociedade, promovendo inclusão social e digital. Isso exige a transformação do Brasil em um país de alto conteúdo humano interagindo com inovação e tecnologia”.
Para Reis Veloso, o Brasil fez opções erradas no passado, sobretudo por ter deixado de implementar algumas reformas, como a tributária. “Para tornar o país desenvolvido em duas ou três décadas, é preciso sonhar e criar uma mobilização por um modelo com grande geração de empregos”, acrescentou, para alertar: “Se não fizermos uma opção, seremos a geração perdida”.
O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, acentuou que o planejamento do desenvolvimento exige sabedoria para enfrentar questões que conectam os brasileiros ao passado e os ligam ao futuro. E destacou que o Brasil ainda não é um país desenvolvido por três fatores: por não ter cultura democrática, por ter demorado na transição para uma sociedade urbana e industrial e pela inversão na trajetória dos direitos sociais, que, no Brasil, não acompanharam os direitos políticos.
Durante o evento, o instituo divulgou o mais recente relatório sobre o Índice de Qualidade de Desenvolvimento (IQD), que avalia vários indicadores da população. O trabalho constatou que, de 2003 até hoje, o único índice que mostrou melhora contínua foi o que se refere à qualidade do bem-estar dos brasileiros. O que, conforme os pesquisadores, se reflete nas constantes quedas observadas na desigualdade e na pobreza do país ao longo do período – e além de maior formalização do mercado de trabalho.
O ponto fraco, entretanto, foi o chamado índice de qualidade da inserção externa, que mostrou um comportamento volátil e ficou, durante a maior parte do período estudado, em patamar abaixo do registrado pelos outros índices, levando à observação de que ainda é frágil a inserção externa da economia brasileira. Segundo o Ipea, a evolução do IQD permite concluir que a crise econômica global de 2008 interferiu nos indicadores de desenvolvimento brasileiros, embora estes tenham apresentado recuperação rápida. Boa parte dessa performance, apontou o documento, foi conseguida em razão do bom desempenho das reservas internacionais do país, da massa salarial e da redução da taxa de desemprego.
IQD
de 0 a 100 pontos – situação péssima
de 100 a 200 – situação ruim
de 200 a 330 – situação instável
de 300 a 400 – situação boa
de 400 a 500 – situação ótima
Em outubro de 2009 o IQD brasileiro era de 233,2. Em outubro de 2010 o índice alcançou 275,4. Situação Instável com melhoras.

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Yeda Crusius, ex-governadora do RS, não soube honrar a classe feminina. Que bom não ter sido reeleita!

Tarso acusa Yeda de ter “zerado” caixa no RS

Governo afirma ter herdado contas de R$ 1 bi
GRACILIANO ROCHA
DE PORTO ALEGRE
O governo de Tarso Genro (PT) acusou sua antecessora, Yeda Crusius (PSDB), de ter “zerado” o caixa do Rio Grande do Sul e legado ao sucessor contas de R$ 1 bilhão a serem quitadas em curto prazo sem que exista lastro financeiro para esses pagamentos.
O balanço das finanças gaúchas foi apresentado ontem pelo secretário da Fazenda, Odir Tonollier, e questiona a principal bandeira política da gestão tucana: equilíbrio das contas públicas e fim do deficit orçamentário.
“No dia 3 de janeiro, o nosso saldo era zero. As contas bancárias do Estado somavam zero. É o que nós recebemos. Não temos nada de recursos no caixa para começar”, disse ele.
Indagado sobre o número redondo, Tonollier enfatizou: “Zero de saldo de caixa. Não é força de expressão”.
Segundo ele, o R$ 1 bilhão herdado da gestão anterior é para ser pago a fornecedores.
O secretário disse que as contas atingem investimentos, obras já finalizadas, custeio de presídios e até o pagamento de fornecedores de combustível para a polícia, que estão sem receber, segundo ele, desde outubro.
Outro ponto de desavença é o caixa único do Estado -a conta-mãe que recebe grande parte dos recursos públicos e que pode incluir quantias disputadas na Justiça.
O atual governo diz que ela está no vermelho em mais de R$ 4 bilhões, enquanto o anterior afirmava ter fechado 2010 com R$ 3,6 bilhões em caixa. Tonollier disse que seu cálculo não inclui o valor dos depósitos judiciais.

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Foto oficial da primeira mulher Presidenta da República do Brasil

  Roberto Stuckert Filho - fotógrafo oficial da Presidência



sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Pode esperar que do Governo Dilma vem muito mais!

GOVERNO DILMA: ESCONDIDO PELA IMPRENSA CORRUPTA BRASILEIRA , PRINCIPALMENTE , PELO "JORNAL NACIONAL"

Saúde terá R$ 77 bilhões em 2011; maior valor desde 1995
Milton Júnior
Do Contas Abertas
O orçamento do Ministério da Saúde para 2011 é o maior já registrado desde 1995, primeiro ano de governo Fernando Henrique Cardoso. Desde aquele ano, quando a dotação prevista para a área foi de R$ 91,6 bilhões, a verba para o setor se manteve na média de R$ 53 bilhões (em valores atualizados). Neste ano, a pasta comandada pelo médico Alexandre Padilha terá pouco mais de R$ 77 bilhões, segundo maior orçamento da Esplanada dos Ministérios, logo atrás da Previdência Social, que ficou com R$ 291 bilhões.
A proposta orçamentária inicial da equipe do governo, encaminhada ao Congresso Nacional, estimava quase R$ 74,2 bilhões para a área da saúde em 2011. No entanto, durante tramitação do projeto de lei no Legislativo, o montante ganhou um reforço de R$ 4 bilhões. Mesmo assim, com a ousadia de alguns parlamentares, quase R$ 1,2 bilhão foi retirado da saúde e redistribuído para outros órgãos, por meio de emendas.
Da quantia fixada para o ministério, R$ 14 bilhões serão destinados a pagamento de pessoal e encargos sociais (funcionários administrativos, médicos, enfermeiros, etc.), R$ 58,4 bilhões servirão para custear despesas correntes (água, luz, telefone, etc.) do próprio Ministério da Saúde e de todos os órgãos vinculados à pasta (Fundação Nacional de Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária postos de saúde, hospitais, entre outros), e R$ 4,8 bilhões serão investidos na execução de obras e compra de equipamentos.
O principal programa orçamentário do Ministério da Saúde é, tradicionalmente, o de “assistência ambulatorial e hospitalar especializada”. Mais de R$ 36,3 bilhões estão previstos para a rubrica. Apenas a ação de atendimento da população em procedimentos de média e alta complexidade, que integra o programa, tem R$ 30 bilhões orçados. Outra prioridade do maior programa da pasta é a de estruturação de Unidades de Atenção Especializada em Saúde, que conta com cerca de R$ 1,9 bilhão previsto em orçamento.
O segundo programa do Ministério da Saúde mais bem contemplado com verba para este ano é o de “atenção básica em saúde”. Serão R$ 12,2 bilhões para custear o acesso da população rural e urbana à atenção básica, por meio da transferência de recursos federais, dentre outras finalidades.

GOVERNO DILMA: RECORDE POR HABITANTE NOS GASTOS PARA A SAÚDE

Distribuição per capita de R$ 398 ao ano
Segundo dados do Ministério da Saúde, há dez anos o investimento público federal por habitante era de aproximadamente R$ 200 ao ano. Em 2006 a cifra alcançou quase R$ 220 por habitante ao ano. Ao final deste ano, os R$ 77 bilhões previstos, darão uma média de gastos da saúde por habitante chegará ao recorde de R$ 398 ao ano, ou R$ 33 ao mês, tendo como base a estimativa populacional de 2009.
De acordo com o diretor de economia médica da Associação Médica Brasileira (AMB), Marcos Bosi, autor do livro “Dilema e escolhas do sistema de saúde”, além dos recursos federais, parte da verba é investida por estados e municípios. Apesar do recorde para 2011, Bosi afirma que a verba aplicada no Brasil não dá para "fazer tudo para todos". Ele acredita que, para melhorar o setor, é preciso planejar a longo prazo, qualificar recursos humanos, regular, regulamentar, controlar e fiscalizar.
O especialista observa ainda que o aumento da expectativa de vida da população brasileira também tende a onerar ainda mais os cofres públicos. “Vários motivos justificam tal tendência. Dentre eles está o envelhecimento rápido da população, com maior prevalência de doenças crônicas; a educação da população sobre seus direitos e sobre a necessidade de cuidar da saúde; a transição epidemiológica, entre outros”, explica.

No http://aposentadoinvocado1.blogspot.com/

Pessoal, não adianta ficar esperando que os governos de Dilma e Wagner acertem! É hora de agir, de discutir idéias e de fazer valer esses ideais!

Novo Tempo

Ivan Lins

Composição: Ivan Lins / Vitor Martins
No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
Pra que nossa esperança seja mais que a vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança
No novo tempo, apesar dos castigos
De toda fadiga, de toda injustiça, estamos na briga
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
De todos os pecados, de todos enganos, estamos marcados
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
A gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraça

Sobre o caso Batistti - A Itália deve aceitar a decisão brasileira e se conformar.

Em nome da serenidade

Mauro Santayana, no Jornal do Brasil
O melhor que devemos fazer, diante de novas manifestações contra a decisão soberana do Brasil em negar a extradição de Batistti, é atender à recomendação dos velhos sábios: deixar que os protestos entrem por um ouvido e saiam pelo outro. Quando a Itália concedeu boa acolhida a Salvatore Cacciola, o Brasil se manteve em silêncio, tendo em vista a sua condição de cidadão italiano. Esperou-se a boa oportunidade, e ela surgiu quando Cacciola foi passear sua impunidade no Principado de Mônaco.
É natural que a direita e parcela da esquerda da Itália se sintam ofendidas pela decisão assumida – dentro de sua inteira potestade e responsabilidade – pelo presidente Lula. Inaceitável é a posição de personalidades do governo, que confundem o Estado com seus sentimentos pessoais ou posições ideológicas. É interessante registrar que poucas pessoas conhecem o tratado de extradição (sempre citado pelos que exigem a entrega de Batistti à Itália). O tratado, em seu artigo II, que trata da recusa de extradição, diz, claramente, que ela não será concedida “se o fato pelo qual é pedida for considerado, pela parte requerida, crime político”.
Quem é juiz para decidir se o crime foi político, ou não, é a parte requerida: o governo brasileiro (letra e).
O item seguinte (f) traz uma razão adicional para esse entendimento, ao acrescentar que a parte requerida poderá negar a extradição, se tiver razões ponderáveis para supor que a pessoa reclamada será submetida a atos de perseguição e discriminação por motivo de raça, religião, sexo, nacionalidade, língua, opinião política , condição social ou pessoal; ou que sua situação possa ser agravada por um dos elementos antes mencionados.
Assim como o presidente Lula, em nome do Estado, do qual era constitucionalmente chefe, negou a extradição, poderia tê-la concedido, se assim entendesse como de interesse do país. Ele tomou decisão soberana, em nome do povo, como seu mais importante mandatário. Que o governo italiano, atendendo ao clamor das presumidas vítimas de Batistti, busque a extradição, é compreensível. Mas é necessário que aceitem a decisão brasileira, assim como aceitaram, antes, a de Mitterrand ao asilar, na França, o mesmo Batistti por dez anos.
A facção política a que pertencia Batistti era minoritária entre as que atuavam na Itália no fim dos anos 70. As Brigadas Vermelhas, que sequestraram e mataram Aldo Moro, não agiram de forma a atender o Partido Comunista, que negociara com aquele político democrata-cristão o famoso Compromesso Storico – criava a aliança entre os dois partidos para governar a Itália. Hoje, ninguém mais duvida que a direita democrata-cristã, de Giulio Andreotti, o principal adversário de Aldo Moro no partido, foi a maior beneficiada pelo crime. Nos anos 70, quando Moro foi assassinado, o hoje ministro La Russa – o mais irado inimigo do Brasil no caso Batistti – já era notório militante da extrema-direita.
O grupinho a que pertencia Batistti era insignificante do ponto de vista político, e poderia ter sido instrumento da própria direita. Se o seu processo foi farsa, ou não, não importa ao nosso raciocínio, embora ele tenha sido condenado por dois assassinatos cometidos em cidades diferentes e distantes, no mesmo dia.
Enquanto alguns manifestantes protestavam ontem, diante da nossa embaixada, na Piazza Navona, a poucos metros, na via lateral, o Corso del Rinascimento, outros pediam a libertação de Cesare Batistti. E importantes jornalistas e políticos italianos buscam diminuir a importância do dissídio diplomático – a partir do próprio primeiro-ministro, Berlusconi, que defendeu ontem a continuidade do bom entendimento entre a Itália e o Brasil.
Ao mesmo tempo, a União Europeia se nega a transformar a causa italiana em um problema daquela comunidade de nações.

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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Que texto lindo, Edu!


O amor das mulheres




Meti-me em um debate sobre mulheres jovens que se casam com homens velhos. Revoltei-me com a previsível maledicência pasteurizada que uma sociedade hipócrita retira do armário de preconceitos que mantém toda vez em que se vê diante de casos assim.
Escrevi que as mulheres amam diferentemente. Que não pesam só a aparência ou o melhor vigor sexual de um homem. E, ao contrário da lenda em que homens e mulheres – em profusão – acreditam, não pesa só o dinheiro.
Em muitos casos, penso que não pesa nenhum desses fatores. Mulher gosta de conteúdo. Gosta de homem inteligente, até por conta de a maioria dos meus congêneres do sexo masculino não serem lá muito espertos, ao menos na visão delas – e elas têm algumas boas razões para pensarem assim, vejo-me na contingência de reconhecer.
Vejam o caso da mulher com quem me casei. Eu a conheci quando ela tinha 16 anos e eu, 18. Namoramos por três anos e, depois, acabamos separados por um ano.
Ela era uma beleza – que, aos quarenta e tantos anos, ainda persiste, apesar da luta dela com a nossa filha doente – e eu… Bem, não preciso lhes dizer que nunca fui exatamente bonito, do que a foto acima é prova.
O que ela viu em mim? Não era rico, não era bonito… Mas sempre tive a vaidade de me considerar inteligente. E era o que, em mim, encantava aquela gata. Durante toda a vida se jactou da minha “sabedoria” – em seu dizer – para a família e amigas.
E era uma beleza, a minha gata. Nenhum amigo acreditou que a estava namorando quando mostrei a foto dela, logo depois de iniciar o namoro. Até porque, nenhum deles tinha conseguido namorada tão bonita, até então.
E ainda devo confessar que ela não foi a única. Conheci e namorei outras garotas bonitas, ainda que nenhuma fosse amorosa, piedosa, terna e, sobretudo, corajosa como ela.
Vocês não sabem, mas fugimos para nos casar. Seus pais achavam que eu precisava ter mais “condições” para dar um passo daqueles – no que tinham razão, claro, pois fugimos e, depois, tivemos que comer o pão que o diabo amassou até eu me firmar.
Passamos fome juntos. Ela, linda, com uma família em boa situação, recebeu até sugestões para me deixar, para voltar a viver com a própria família a fim de ter uma vida confortável junto à filha que geráramos, mas jamais cogitou a hipótese. Dizia que acreditava em minha “sabedoria”.
Bem, tivemos quatro filhos e criei a todos com tudo do bom e do melhor. Ela sempre teve todo o conforto e até alguns luxos. Porque dediquei a essa família, que com ela construí, não apenas  amor, mas a fé mais pura e intensa que pode acalentar um ser humano.
Definitivamente, o amor das mulheres é diferente. Jamais conheci um homem bonito que se uniu a uma mulher feia e se manteve fiel a ela por trinta anos. Esse homem pode – e deve – até existir, mas jamais o conheci. Todavia, conheci outras mulheres como a minha.
No  http://www.blogcidadania.com.br/2011/01/o-amor-das-mulheres/

domingo, 2 de janeiro de 2011

Lula passa a faixa presidencial para Dilma, Pura poesia!


Posse da Presidenta Dilma: emoção e alegria.

2 de janeiro de 2011 às 15:35

O que as imagens nos dizem sobre o poder

por Luiz Carlos Azenha
A cerimônia de posse de Dilma Rousseff foi emocionante. Eu, particularmente, acho muito simbólico ver uma ex-presa política sendo empossada presidente da República. Talvez pelo fato de que minha casa foi invadida algumas vezes, nos anos 60 e 70, por policiais sem mandato, para apreender “perigosos” livros (Jorge Amado, por exemplo).
Mas, é óbvio que a fofoca toda fica por conta da vice-primeira-dama. Como escreveu Leandro Fortes, no Facebook, é preciso mudar urgentemente o nome do Palácio Jaburu:

Sobre Lula deixar o poder, achei que o ex-presidente estava ansioso para ir embora logo, talvez fugir do sentimento contraditório de alívio/apego/saudade.
A foto replico do Urias Macedo, também no Facebook:

Finalmente, para algo que talvez nos surpeenda. Ouvimos tanto falar em Dilma durona, mulher ríspida com os subordinados, que a persona pública dela talvez ajude muito o governo.
Nunca devemos desconsiderar esse aspecto da política, especialmente quando as imagens se disseminam de forma tão rápida (nos celulares, nas telas de aeroportos, de elevadores e farmácias).
Michael Deaver, assessor de imagem de Ronald Reagan, costumava dizer que pouco se importava com as palavras narradas pelos repórteres na TV, desde que ele conseguisse controlar as imagens que ilustravam as palavras. O sorriso de Reagan dominou a cena.
Neste quesito, a presidente Dilma começou muito bem.




No http://www.viomundo.com.br/opiniao-do-blog/o-que-as-imagens-nos-dizem-sobre-o-poder.html

sábado, 1 de janeiro de 2011

Dilma Rousseff toma posse e promete governar para todos


Dilma Rousseff tomou posse neste sábado como presidente do Brasil. Ela fez o juramento no Congresso e assinou o termo de posse, assim como o vice-presidente Michel Temer. Por volta das 16h45, o agora ex-presidente Lula passou a faixa presidencial a ela.
'Eu estou muito emocionada pelo encerramento do mandato do maior líder que este país já teve', afirmou a presidente. 'Conviver todos esses anos com o presidente Lula me deu a dimensão do governante justo', afirmou a presidente no Parlatório do Palácio do Planalto, já com a faixa.
Segundo ela, a alegria da posse se mistura com a emoção da despedida de Lula. 'Mas Lula está conosco. A distância de um cargo não significa nada para um homem de tamanha grandeza e generosidade' afirmou.
A presidente voltou a pedir a união de todos para o bem do País. E citando uma líder indiana que disse que não se pode trocar aperto de mãos com punhos fechados, declarou: 'Pois eu digo que minhas mãos vão estar abertas e estendidas para todos, desde os nossos aliados de primeira hora até aqueles que não nos acompanharam no processo eleitoral. É com esse espírito de união que eu assumo o governo do meu país', afirmou. 'Não peço que ninguém abdique de suas convicções. Buscarei o apoio, respeitarei a crítica', acrescentou.
Após discurso no parlatório a presidente recebeu no salão Nobre do Planalto os cumprimentos das autoridades estrangeiras. Lula desceu a rampa do Palácio do Planalto de braços dados com Dona Marisa e Dilma, acompanhados por Michel Temer. Depois de descer a rampa acompanhado pela presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atravessou a rua e, literalmente, caiu nos braços do povo. Lula foi receber os cumprimentos da população que gritava por seu nome na Praça dos Três Poderes e foi cercado por populares, que o abraçaram, apertaram sua mão e tiraram fotos.
Enquanto isso, Dilma retornou ao Salão Nobre do Palácio do Planalto para a cerimônia de posse dos 37 ministros escolhidos para o seu governo. Após a confraternização com o povo, Lula se dirigiu para a Base Aérea de Brasília, onde embarca para São Bernardo do Campo (SP).
À noite haverá um coquetel no Itamaraty, onde se reunirão as autoridades estrangeiras e cerca de 2 mil convidados.
Passagem da faixa
Dilma chegou ao encontro de Lula após desfilar em carro aberto junto a sua filha. Antes, ela passou em revista as tropas, foi saudada por tradicional salva de 21 tiros de canhão e fez juramento no Congresso e o primeiro discurso como presidente.
'Pela decisão soberana do povo, hoje é a primeira que uma faixa presidencial cingirá o ombro de uma mulher. Sinto uma imensa honra por essa escolha do povo brasileiro', afirmou Dilma Rousseff em primeiro discurso como presidente.
'Venho para abrir portas para que muitas outras mulheres no futuro sejam presidentas. Não venho para enaltecer a minha vida, mas glorificar a vida de cada mulher brasileira. Venho para consolidar a obra transformadora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva', declarou Dilma. 'Vivemos um dos melhores períodos da história nacional. Reduzimos sobretudo a nossa dívida social. A nossa histórica dívida social'. A presidente também lembrou os presidentes anteriores a Lula.