segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Nota 10 para nossa querida Presidenta em seu primeiro mês de governo

MARCOS COIMBRA:"OS PRIMEIROS 30 DIAS"

Marcos Coimbra
Sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi
marcoscoimbra.df@dabr.com.br

Os primeiros 30 dias
Dilma está dando à ideia de continuidade um conteúdo inesperado. Tudo que fez até agora mostra que, mantendo seu espírito, ela vai além da continuidade mecânica, em que as coisas ficam congeladas, imutáveis

Faz sentido avaliar o primeiro mês de um governo? É possível tirar alguma conclusão de apenas 30 dias de trabalho?

Pela nossa experiência, esse começo pode ou não ser relevante. Às vezes, nele já são perceptíveis as principais características que o governo terá. Em outras, as coisas mudam tanto pelo caminho que ninguém nem se lembra do início.

O balanço deste começo de governo Dilma é claramente positivo. Ela confirma o que se esperava que faria de bom e surpreende de maneira sempre favorável. Até seus desafetos ficam com dificuldade de criticá-la.

Todos tinham a expectativa de que seu governo fosse de continuidade, mesmo quem não a desejava. Havia sido esse o compromisso que ela e Lula assumiram antes e durante a campanha, e não honrá-lo depois da eleição seria uma quebra de palavra.

A permanência de vários ministros e a ausência de anúncios bombásticos de novas políticas nunca foram problemas para a presidenta e seu governo. Apesar da incompreensão de parte de nossa “grande imprensa”, era isso que a opinião pública esperava que fizesse. Surpresa seria se ela se recusasse a continuar a trabalhar com seus antigos colegas de ministério e se achasse que era preciso começar do zero nas políticas de governo (algo que nem Serra faria se tivesse ganho).

Mas Dilma está dando à ideia de continuidade um conteúdo inesperado. Tudo que fez até agora mostra que, mantendo seu espírito, ela vai além da continuidade mecânica, em que as coisas ficam congeladas, imutáveis. Como se não pudessem ser melhoradas.

Veja-se o caso da educação, que andou na berlinda nas últimas semanas, em função das confusões do SiSU. Aparentemente, nela teríamos uma continuidade ortodoxa, pois permaneceu o ministro e foi mantida a política.

Mas o que vemos é que Dilma está fazendo, na educação, uma continuidade que se poderia chamar crítica. O ministro lá está, a política não mudou, mas, ao mesmo tempo, muita coisa ficou diferente.

Os problemas do SiSU não foram maiores que outros parecidos, na educação ou em outras áreas. Mas é possível que o MEC nunca tenha sido tão cobrado quanto neste mês de janeiro. A razão é que, no Planalto, estava alguém que não se satisfez com a explicação de que o ocorrido era “normal”.

Esse tipo de continuidade tem alguns pré-requisitos. Em primeiro lugar, exige uma instância acima dos ministros capaz de acompanhar o que cada um faz, em base cotidiana. Em segundo, que esteja disposta a intervir celeremente, antes que os problemas aumentem. Em terceiro, que tenha autoridade e energia para consertar equívocos e demitir responsáveis.

Tudo isso aconteceu no MEC em apenas 30 dias, prazo no qual, no passado recente, nada teria acontecido, pois todos (presidente, ministro e equipe) estariam ainda “tomando pé das coisas”. Ninguém cobraria de ninguém o que Dilma cobrou de Fernando Haddad e do ex-presidente do Inep (defenestrado por causa das antigas trapalhadas no Enem e das novas no SiSU).

No episódio, temos o lado bom da continuidade (pois o fato do ministro ter permanecido tornou mais fácil a solução) e um estilo próprio de levá-la a cabo. Dilma continua com parte da equipe e o estoque de programas que herdou de Lula, aprovados pela quase unanimidade do país. Mas os dirige à sua maneira, corrigindo rumos e trocando pessoas sempre que achar necessário (e vai achar mesmo, pois se mantém informada sobre aquilo que o governo faz).

Há quem se queixe de que Dilma está “confinada” no Planalto, que só se preocupa com reuniões internas, relatórios e em sabatinar auxiliares. Que é “séria demais” e que dá pouca atenção à imprensa e ao lado festivo da Presidência.

Nada disso é problema para a opinião pública. Quem votou nela não a imaginava igual a Lula no comportamento pessoal. Quem não, apenas quer que ela trabalhe.

São apenas 30 dias, mas marcaram um bom começo.
http://aposentadoinvocado1.blogspot.com/

Juventude brasileira na luta por consolidação das políticas públicas de juventude

Juventude: Carta Aberta à Presidenta Dilma

Por uma política de juventude articulada com o desenvolvimento do Brasil
Nós entidades, organizações do movimento juvenil brasileiro e ativistas das políticas públicas de juventude, reunidos em mais uma edição do Diálogo Nacional de Movimentos e Organizações Juvenis avaliamos que por muito tempo o Estado Brasileiro tratou a temática juvenil de forma meramente reativa. Nos últimos anos, no entanto, o tema ganhou maior visibilidade devido à organização e esforço de movimentos juvenis, forças políticas e sociais que produziram relevantes iniciativas.
Acreditamos que o grande marco que representa o avanço nesta trajetória deu-se no Governo Lula com a institucionalização das PPJ no Brasil através da criação da Secretaria, do Conselho Nacional de Juventude e do ProJovem a partir de 2005. Tais iniciativas deixaram um importante legado e criaram condições concretas para que esta pauta avance ainda mais no Governo da Presidenta Dilma Rousseff.
A nossa juventude vem sendo contemplada também com mais Escolas Técnicas Federais, ampliação do acesso ao ensino superior com PROUNI e REUNI, mais cultura e esporte com os Pontos de Cultura e as Praças da Juventude, dentre outros diversos programas e projetos, que apesar de não serem exclusivos de juventude, beneficiam diretamente milhões de jovens no Brasil. Temos que valorizar o avanço e o fortalecimento que o Projovem integrado trouxe a política de juventude. Esse programa colaborou e ajudou a tirar as PPJs da invisibilidade, bem como garantir direitos para parcela da juventude brasileira mais excluídas.
Além disso, o Governo Lula optou por realizar um amplo processo participativo por meio da 1ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude que envolveu mais de 400 mil pessoas, num processo complexo de mobilização, onde 22 propostas foram priorizadas.
Compreendemos, entretanto, que a soma dos esforços realizados até agora, fazem parte de um ciclo inicial que cumpriu um importante papel até aqui, mas, que neste momento, não é suficiente para que as políticas de juventude se consolidem e sejam sustentáveis numa verdadeira política de Estado.
É imprescindível a forte presença e engajamento das juventudes partidárias, entidades e movimentos juvenis, intelectualidade e organizações da sociedade comprometidas com esta pauta, na caminhada pela emancipação da juventude e consolidação das políticas públicas de juventude.
Consideramos como fundamentais para que a Política de Juventude Brasileira possa avançar já nesse início de Governo Dilma os seguintes elementos:
• Estruturar Sistema Nacional de Juventude com os três entes federados (União, Estados e Municípios) articulados, buscando a equidade, tendo fontes de financiamento claras e específicas para as políticas de juventude com mecanismos diversos de controle e participação social da juventude nesse sistema;
• Trabalhar com a perspectiva de conferir “status ministerial” à Secretaria Nacional de Juventude, a exemplo da SEPPIR e SPM; Aprofundar a democracia participativa através do fortalecimento do Conjuve e da rede de conselhos de juventude e da realização da 2ª Conferencia Nacional de Juventude em 2011;
• Estruturar uma Política Nacional de Juventude Universal fortalecendo uma nova estratégia interministerial articulando e integrando os atuais e novos programas específicos de juventude;
Se faz necessário fortalecer a perspectiva geracional juvenil nas políticas públicas setoriais assegurando a transversalidade do tema; priorizar políticas públicas voltadas para a integração educação e trabalho, focando na reestruturação do Ensino Médio aproximando-o da realidade juvenil; reduzir a letalidade juvenil por homicídios ou por acidentes de trânsito; preparação para os cenários de Olimpíadas, Copa do Mundo, Pré-sal; e estruturação do serviço de banda larga. Sempre aprofundando a linha de investir e valorizar a diversidade juvenil combatendo o racismo, machismo e homofobia e impulsionar as políticas de inclusão social referenciadas no território.
Acreditamos na viabilidade dessas ideias e nos colocamos à disposição para juntos construirmos o próximo capítulo da história da política de juventude brasileira.
*Celso Jardim
No http://blogdadilma.blog.br/

domingo, 30 de janeiro de 2011

A mídia preconceituosa e golpista é contra a mulher e contra o conhecimento do povo. Temos que dar um basta nisso! Abaixo todas as emissoras de TV e rádio, jornais e revistas que manipulam notícias para bitolar o brasileiro.

É presidenta, sim!


Marcos Bagno* - Professor de Linguística na Universidade de Brasília.
O Brasil ainda está longe da feminização da língua ocorrida em outros lugares. Dilma Rousseff adotou a forma “presidenta”, que assim seja chamada.
Se uma mulher e seu cachorro estão atravessando a rua e um motorista embriagado atinge essa senhora e seu cão, o que vamos encontrar no noticiário é o seguinte: “Mulher e cachorro são atropelados por motorista bêbado”. Não é impressionante? Basta um cachorro para fazer sumir a especificidade feminina de uma mulher e jogá-la dentro da forma supostamente “neutra” do masculino. Se alguém tem um filho e oito filhas, vai dizer que tem nove filhos. Quer dizer que a língua é machista? Não, a língua não é machista, porque a língua não existe: o que existe são falantes da língua, gente de carne e osso que determina os destinos do idioma. E como os destinos do idioma, e da sociedade, têm sido determinados desde a pré-história pelos homens, não admira que a marca desse predomínio masculino tenha sido inscrustada na gramática das línguas.
Somente no século 20 as mulheres puderam começar a lutar por seus direitos e a exigir, inclusive, que fossem adotadas formas novas em diferentes línguas para acabar com a discriminação multimilenar. Em francês, as profissões, que sempre tiveram forma exclusivamente masculina, passaram a ter seu correspondente feminino, principalmente no francês do Canadá, país incomparavelmente mais democrático e moderno do que a França. Em muitas sociedades desapareceu a distinção entre “senhorita” e “senhora”, já que nunca houve forma específica para o homem não casado, como se o casamento fosse o destino único e possível para todas as mulheres. É claro que isso não aconteceu em todo o mundo, e muitos judeus continuam hoje em dia a rezar a oração que diz “obrigado, Senhor, por eu não ter nascido mulher”.
Agora que temos uma mulher na Presidência da República, e não o tucano com cara de vampiro que se tornou o apóstolo da direita mais conservadora, vemos que o Brasil ainda está longe da feminização da língua ocorrida em outros lugares. Dilma Rousseff adotou a forma presidenta, oficializou essa forma em todas as instâncias do governo e deixou claro que é assim que deseja ser chamada. Mas o que faz a nossa “grande imprensa”? Por decisão própria, com raríssimas exceções, como CartaCapital, decide usar única e exclusivamente presidente. E chovem as perguntas das pessoas que têm preguiça de abrir um dicionário ou uma boa gramática: é certo ou é errado? Os dicionários e as gramáticas trazem, preto no branco, a forma presidenta. Mas ainda que não trouxessem, ela estaria perfeitamente de acordo com as regras de formação de palavras da língua.
Assim procederam os chilenos com a presidenta Bachelet, os nicaraguenses com a presidenta Violeta Chamorro, assim procedem os argentinos com a presidenta Cristina K. e os costarricenses com a presidenta Laura Chinchilla Miranda. Mas aqui no Brasil, a “grande mídia” se recusa terminantemente a reconhecer que uma mulher na Presidência é um fato extraordinário e que, justamente por isso, merece ser designado por uma forma marcadamente distinta, que é presidenta. O bobo-alegre que desorienta a Folha de S.Paulo em questões de língua declarou que a forma presidenta ia causar “estranheza nos leitores”. Desde quando ele conhece a opinião de todos os leitores do jornal? E por que causaria estranheza aos leitores se aos eleitores não causou estranheza votar na presidenta?
Como diria nosso herói Macunaíma: “Ai, que preguiça…” Mas de uma coisa eu tenho sérias desconfianças: se fosse uma candidata do PSDB que tivesse sido eleita e pedisse para ser chamada de presidenta, a nossa “grande mídia” conservadora decerto não hesitaria em atender a essa solicitação. Ou quem sabe até mesmo a candidata verde por fora e azul por dentro, defensora de tantas ideias retrógradas, seria agraciada com esse obséquio se o pedisse. Estranheza? Nenhuma, diante do que essa mesma imprensa fez durante a campanha. É a exasperação da mídia, umbilicalmente ligada às camadas dominantes, que tenta, nem que seja por um simples – e no lugar de um –a, continuar sua torpe missão de desinformação e distorção da opinião pública.
No http://blogdadilma.blog.br/

Aqui no Brasil, apesar da mídia torcer pelo contrário, estamos primeiro garantindo o acesso de todos ás faculdades. E o próximo passo não ficará distante dos caminhos trilhados pelos universitários chineses.

Nove em cada dez universitários formados na China acham emprego




O Ministério de Recurso Humanos e Seguridade Social da China revelou que 90,7% dos estudantes formados em universidades no país encontraram emprego em 2010.

O número equivale a 5,7 milhões do total de 6,3 milhões de graduados no ano passado, de acordo com o ministério .

A expectativa é que 6,6 milhões de jovens graduados na China entrem no mercado de trabaho em 2011.

O percentual de universitários graduados que estão trabalhando cresceu três pontos entre 2009 e 2010 - era de 87,7% no ano retrasado.

O desemprego na área urbana chinesa ficou em 4,1% no ano passado, o equivalente a 9,1 milhões de pessoas. As informações são do site da China Radio International.

O salário na China aumentou em 30 províncias em 2010. No final do ano, o crescimento era de 22,8%.

Xangai registrou a maior remuneração mensal , equivalente a R$ 275.
No http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=825296601420602637
 e no http://g7ceara.blogspot.com/

Todos nós temos o dever de consolidar a obra de Lula - o Brasil cada vez mais Republicano.


Viva o povo brasileiro


O povo brasileiro deu prova de elevada consciência política em face da solapa da mídia empresarial, que fabricou crises à exaustão sempre apresentando o país à beira de um iminente colapso. A unção da primeira mulher ao cargo máximo da nação não foi contradita por uma maioria parlamentar hostil.
Luiz Marques
“Fui vítima de muitos preconceitos”, reiterou o ex-mandatário da República ao agradecer a recepção em São Bernardo do Campo no retorno às ruas. Retirante nordestino, oriundo de uma região estigmatizada. Trabalhador manual, condição depreciada pela tradição escravagista que dedicava aos escravos as lides com as mãos. Sindicalista emergente do operariado, em um país onde a ascensão social foi sempre reserva de mercado dos bacharéis. Fundador de um partido de novo tipo, classificado como porta-voz da “ideologia da discórdia social”, por recusar a complementariedade e a colaboração entre o capital e o trabalho. Argumento útil para justificar a repressão policial-militar à militância política. Tudo serviu para execrar a figura plebéia do penetra no salão nobre das autoproclamadas elites. A Veja, a Folha de São Paulo e demais mazelas adicionariam ainda os epítetos de “cachaceiro”, “analfabeto”, “populista”, “demagogo”, “anti-americano” e até… “corintiano”! O escárnio abrangeu igualmente as supostas dificuldades do expoente petista com o vernáculo, questionando a sua capacidade de comunicação (sic).
No pleito de 2002, a resposta veio com o bordão “Lulinha, paz e amor”: o antídoto para romper o isolamento dos críticos do projeto conservador. A “paz”, porém, não nasceria da criminalização das mobilizações sociais para evitar turbulências na ordem estabelecida. Essa ignomínia autoritária pertence aos tucanos. Vide o sem-terra assassinado pelo rifle de Yeda Crusius no Rio Grande do Sul, os professores espancados pelos cassetetes de José Serra em São Paulo, os petroleiros ameaçados pelos tanques de FHC no Rio de Janeiro. O “amor” prenunciava o diálogo aberto com as lideranças populares, os novos conselhos, a reformatação dos existentes e o incentivo à participação cidadã na confecção de políticas públicas como um meio de superar a rarefação da atmosfera social produzida pelas políticas neoliberais (Gerson Almeida, “É a democracia, senhores!”, Carta Maior, 23/12/2010).
Os conflitos continuaram a espocar, agora abordados sob o ângulo do trabalho. A diferença é que incorporaram-se na agenda da acumulação as demandas de inclusão societária e controle administrativo transparente, como ilustram os programas que aspiram ser assimilados às políticas de Estado: o Bolsa Família, o ProUni e os instrumentos criados pela Controladoria-Geral da União para coibir a malversação do erário nas duas pontas, a dos corruptos e a dos corruptores. Essa profissão de fé no bem comum, autêntica declaração de guerra às práticas patrimonialistas, foi ressaltada no discurso de posse de Dilma Rousseff: “Serei rígida na defesa do interesse público. Não haverá compromisso com o erro, o desvio e o malfeito. A corrupção será combatida permanentemente, e os órgãos de controle e investigação terão todo o meu respaldo para atuarem com firmeza e autonomia”.
Ética da responsabilidade
Para alguns, o chamado lulismo promoveu a conciliação de classes para contemplar a burguesia. Mas o que aconteceu é que, de 2002 a 2010, a renda dos 10% mais pobres cresceu seis vezes mais (72%) que a renda dos 10% mais ricos (11,2%), segundo dados do Ipea. As privatizações do patrimônio público foram interrompidas e os serviços públicos aperfeiçoados. Os ajustes fiscais trocados por gastos sociais. O Estado tornado indutor do desenvolvimento sustentável para extirpar as discrepâncias sócio-regionais. A integração latino-americana revigorada com o rechaço à Alca, que só atende as ambições geopolíticas dos EUA. O Mercosul empoderado pela aprovação do Estatuto da Cidadania. Nada que caracterize uma “direitização” ou legitime a retórica pemedebista da “despolarização”, como se houvesse política sem polarização e democracia sem dissenso. De resto, o PT manteve a posição programática de enfrentamento sistemático ao neoliberalismo.
Para outros, o petismo teria abandonado os preceitos ideológicos de origem e se institucionalizado. Com o que, o PT deixou de ser um “partido de massas” para converter-se em um “partido de notáveis” controlado por centros individuais de decisão, de acordo com as categorias formuladas na entrada dos anos 50 por um clássico da sociologia política, Maurice Duverger. A presença do PT na institucionalidade esvaziou os núcleos de base e afrouxou os vínculos com os movimentos sociais, é vero. No entanto, não se depreende daí que apagou a rebeldia. Ou o socialismo. Conceito usado com moderação porque a proposta de um novo sistema econômico não constitui uma bandeira de luta. O feudalismo deu lugar à modernidade quando esta não tinha nome. Ninguém mobilizou-se, à época, contra o antigo regime e a favor do “capitalismo”. Mobilizou-se contra as desigualdades insuportáveis. Há que se retirar a carga dramática que conduz, do fetichismo dos rótulos, ao sectarismo.
O que se incrimina na compreensível metamorfose do PT é o fato de que as suas próprias atribuições institucionais na esfera estatal obrigaram-no a adotar uma “ética da responsabilidade”, de modo a medir as consequências políticas e jurídicas de cada ato no quadro de um Estado democrático (e social) de Direito. Deve-se olhar a floresta, para além da árvore. O reconhecimento da realidade não equivale à aceitação de sua imutabilidade. É, antes, o requisito para assumir um papel protagonista nas mudanças, ao invés de se refugiar em um vanguardismo abstrato. O cálculo é obrigatório para que atitudes voluntariosas não ponham em risco, seja a estabilidade da economia, seja a governabilidade política. Como proceder diferente, sem alijar-se do embate concreto nas circunstâncias dadas?
Aferrar-se à “ética da convicção”, para a qual valem apenas os princípios e não o resultado das ações, seria incompatível com a atividade política. Tão somente as crenças religiosas podem guiar-se por normas de conduta alheias à opinião pública e aos dispositivos constitucionais. À exceção dos grupos marginais na competição política (très républicain de conviction et très aristocrate de tempérament), nenhum partido com uma inserção social relevante pode pautar-se pela pura subjetividade, sem dimensionar o dia seguinte. Não por fazerem “parte do sistema”, mas para incidirem na grande política com o propósito de modificar as estruturas de dominação. “Temos de recriar a nossa cultura política. Não significa renunciar a princípios, abdicar de sua ideologia, mas colocar o patamar de disputa em um nível superior”, resumiu Tarso Genro (Zero Hora, 31/12/2010).
Consciência política
As eleições de 2010 demonstraram o discernimento político adquirido por enormes parcelas do eleitorado. Conferiram ao PT a maior bancada federal, 88 deputados, cacifando-o para assumir o que era exclusividade do PMDB, que somou 79 cadeiras: o comando da “Casa dos Comuns” (de incomuns aumentos nos vencimentos). As vertentes do descarado entreguismo, PSDB e DEM, elegeram 53 e 43. O PV, da candidatura que reivindicava a “terceira via”, 15. O PSOL, 3. O PSTU, nenhum. Conquanto dissidências internas provocassem o surgimento de duas outras agremiações, o PT mantém-se como a principal corrente de esquerda, com capilaridade em todas as regiões. Considerando a votação do PSB, que colocou 34, do PDT, 28, e do PC do B, 15, os “anjos tortos” recrudesceram em densidade e identidade no tocante às funções clássicas do Estado, o que é de bom augúrio.
O PT também passou de 8 para 14 senadores. Em contrapartida, a oposição de direita sofreu uma contundente derrota. O PSDB, que detinha 16 postos, caiu para 11. O DEM, que possuía 13, despencou para 6. Os números escancaram o revés que se abateu sobre o reacionarismo “sem noção”. Como os Projetos de Lei aprovados na Câmara precisam passar pelo crivo senatorial, em uma clara demasia, conclui-se que os eleitores facilitaram os trâmites ao aposentar algumas raposas da política, “um pouco de homens, outro pouco de instituição”, parafraseando Machado de Assis no conto O velho Senado: Tasso Jereissati (CE), Arthur Virgílio (AM), Marco Maciel (PE), José Carlos Aleluia (BA) e César Maia (RJ). A “turma do contra”, na espirituosa expressão veiculada na campanha para destacar o facciosismo cheio de raiva dos demotucanos ao longo dos dois mandatos de Lula.
O povo brasileiro deu prova de elevada consciência política em face da solapa da mídia empresarial, que fabricou crises à exaustão apresentando o país à beira de um iminente colapso. A unção da primeira mulher ao cargo máximo da nação não foi contradita por uma maioria parlamentar hostil. Embora a zona de compromissos da composição vitoriosa situe-se em terreno movediço, descortinam-se novas possibilidades para o governo da União, cuja estratégia consiste em sedimentar a revolução democrática em curso, sem permitir retrocessos. Como declarou a presidenta eleita na fala inaugural: “Venho consolidar a obra de Lula… quero convocar a todos a participar do esforço de transformação… sob a égide dos valores republicanos”. Explica-se a ênfase: o republicanismo é o paradigma contemporâneo do processo de democratização, capaz de recuperar o espaço público para o exercício da liberdade, inspirar a virtude cívica no engajamento das questões públicas, expandir as referências sociais universalizadoras e projetar uma imagem do futuro.
O Congresso (alvo a ser priorizado pelas pressões populares, vale sublinhar) pode contribuir para que as lutas travadas em ramos isolados transcendam o economicismo e exprimam-se com uma feição política, com força para elaborar leis que valham para a sociedade inteira. Não há automatismo, no caso, conforme já revelou a experiência em matérias específicas. Apesar da histórica disposição reativo-flexível do Legislativo para negociar com o Executivo, seria temerário contar a priori com uma rede de apoio sujeita ao lema “é dando que se recebe”, franciscano na aparência e fisiológico na essência. A política não se limita ao humor oscilante dos plenários institucionais e ao particularismo da troca de votos governamentais por emendas executadas. Depende de “um movimento de classe visando à realização dos interesses dos trabalhadores sob uma forma geral”, para evocar um pensador importante e ainda atual (Carta de K. Marx a F. Bolte, 23/11/1871).
A desconstrução dos preconceitos e a melhoria das condições de vida da população são frutos dessa marcha civilizatória. A empreitada remete à afirmação da soberania do Brasil, ao fortalecimento das relações exteriores Sul-Sul e às reformas tributária e política, bem como à erradicação da pobreza e à qualificação da saúde, da educação e da segurança. Tarefas que exigem a solidariedade ativa do estadista que desceu a rampa do Planalto com 87% de apreciação positiva e 2,2% de negativa (Sensus, 29/dezembro). Os adversários são os mesmos, aliás, muitos ora do lado de dentro do balcão. Como Lula, a política precisa retornar às ruas pelo “direito a ter direitos”, a fim de compensar a previsível malemolência da vice-aliança na busca de soluções definitivas para os problemas estruturais. Não se trata de apostar na radicalidade, senão de prestar o necessário amparo ao governo Dilma.
Luiz Marques é professor de Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

No http://blogdadilma.blog.br/

sábado, 29 de janeiro de 2011

De boas intenções o inferno está cheio, não é, Luciano Huck?

O peixe que Luciano Huck vende

A exploração da tragédia: o caso Huck
Por O Escritor

A marota forma de ajuda de Luciano Huck

Sinceramente, não sei o que pensar sobre isso. Peço ajuda.

Luciano Huck é sócio do Peixe Urbano, um site de compras coletivas. Em dezembro último, o apresentador da Globo usou o Twitter para tentar bater o recorde de vendas de cupons no site:
"O apresentador Luciano Huck – agora sócio do site de compras coletivas Peixe Urbano - usou pela primeira vez o Twitter para impulsionar a venda de cupons de desconto – e quase conseguiu o que queria: superar o recorde de vendas do site."
http://idgnow.uol.com.br/internet/2010/12/08/luciano-huck-ja-usa-o-twitter-para-vender-seu-peixe/
Ontem, ele postou esta mensagem no Twitter:
Luciano Huck
"Quer ajudar, e muito, as vítimas da serra carioca [sic]. Via @PeixeUrbano, vc compra um cupom e a doação esta feita. http://pes.ca/gZ2Ibb"
http://twitter.com/#!/huckluciano/status/26377814122962944
A compra dos cupons, segundo o site, reverterá em benefício de duas ONGs que estão ajudando as vítimas das enchentes. Parece bonito, mas não é.

Primeiro, é necessário ir ao site do negócio de Luciano.

Depois, é preciso se cadastrar no site. E então comprar um ou mais cupons de R$10,00.

Ganha Luciano porque divulga o seu negócio (mais de 7.000 RTs até agora), cadastra milhares de novos usuários em todo o Brasil, familiariza esses usuários com os procedimentos do site, incentiva o retorno e aumenta absurdamente o número de cupons vendidos – alavancando o Peixe Urbano comercial, financeira e mercadologicamente. Além do ganho de imagem por estar fazendo um serviço público (li vários elogios nos RTs).

Sabe-se lá como será contabilizado ou fiscalizado o total recebido como doação e repassado para as duas organizações parceiras. O usuário não tem nem terá acesso a esses dados internos.

Supondo que todo o montante arrecadado chegue às vítimas, se for mesmo o que estou entendendo, trata-se da mais sórdida exploração da desgraça alheia que já presenciei em toda a minha vida.

As pessoas que estão doando seu dinheiro, seus produtos, seu tempo, suas habilidades e sua atenção aos desabrigados e às vítimas não estão pedindo nada por isso, não estão ganhando nada com seu gesto de solidariedade, não estão usando essa tragédia para obter nenhuma forma de lucro pessoal. Fazem o bem porque são humanas, ficaram chocadas com as imagens e as informações, se sensibilizaram com o sofrimento alheio. Ajudam por solidariedade, empatia e até por desespero.

E a maioria delas não tem quase nada na vida, em comparação com o apresentador da Globo.

De todas as iniciativas já divulgadas até o momento, só a de Luciano Huck visa primeiramente ao lucro pessoal, para depois, secundariamente, resultar numa ajuda social.

Quando um tsunami matou 200 mil pessoas no sudeste da Ásia, em 2004, recebi um e-mail de um escritor inglês pouco conhecido, no qual se fazia a oferta: "Compre um dos meus livros, e eu doarei 30% do valor para as vítimas da tragédia". Saí da lista do explorador barato na hora, mas a favor dele contava o número reduzido de destinatários da mensagem.

Luciano Huck tem 2.600.000 seguidores no Twitter: é este o público-alvo do seu apelo interesseiro. Pode não bater o recorde de cupons, desta vez, mas temo que tenha batido o recorde da safadeza. Aceito argumentos que me provem o equívoco dessa suspeita.

Depois dos R$24 milhões entregues pelo Estado à Fundação Roberto Marinho, dinheiro originalmente destinado à contenção de encostas e às obras de drenagem, mais esta. Turma da Globo, vocês pensam que estão apenas lucrando com as águas, mas na verdade podem estar brincando com fogo.

Leia mais em: O Esquerdopata
Under Creative Commons License: Attribution
No http://esquerdopata.blogspot.com/

E sobre a gangue midiática do Brasil?

ALERTA NA GLOBO: GÂNGSTER MIDIÁTICO VAI EM CANA


A notícia divulgada pela Tunis Afrique Presse (TAP) caiu como um molotov na Rua Lopes Quintas, 303, zona sul carioca: o dono da emissora tunisiana Hannibal TV foi tomar café de canequinha, ao lado de outros delinquentes, por usar a concessão de sua rede para “divulgar informações falsas, com o objetivo de sabotar a estabilidade do país e levá-lo ao caos”. 
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Aconteceu na Tunísia (assim, com acento), país do norte da África.
 
No http://cloacanews.blogspot.com/

Sim, podemos dizer que isso é censura.

CEARÁ: o escândalo do Diário do Nordeste

Por Benoît Hervieu* - Carta Capital
O assunto suscitou alguma discussão no Brasil, mas teve pouca repercussão fora do país. É algo a se lamentar, pois levanta questão importante sobre ‘a quem pertence um jornal’. Seria a seus leitores, seus editores ou seus acionistas? A resposta deveria ser óbvia, sobretudo em tempos de Internet e de jornalismo cidadão, quando ninguém mais contesta o fato de que a informação deve pertencer a todos.
No mês de outubro, contudo, o grupo Edson Queiroz – um dos maiores conglomerados empresariais do país –, proprietário do Diário do Nordeste, confrontado com essa questão após a publicação, pelo jornal, de um caderno especial centrado na presença do filósofo e sociólogo Michael Löwy na capital cearense, preferiu ignorá-la. E de que maneira!
Estudioso dos movimentos políticos e sociais, militante de esquerda, Michael Löwy morou muitos anos no Brasil antes de se fixar na França. Em outubro passado, a convite da professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) Adelaide Gonçalves, voltou ao país que o viu crescer para uma série de conferências. Na ocasião, os editores do Diário do Nordeste, de Fortaleza, decidiram abrir um amplo espaço em suas páginas para o convidado da UFC, com a produção de um caderno de seis páginas, intitulado “Revoluções ontem e hoje”.
O ambicioso projeto reúne, então, autores diversos, entre nomes de peso, como o próprio Michael Löwy, a professora Adelaide Gonçalves, três outros docentes colegas de Adelaide, e o crítico literário Roberto Schwarz. Para a entrevista, que deverá ocupar papel central no suplemento, o jornal destaca os jornalistas Dalwton Moura e Síria Mapurunga. Acertados os detalhes, fica difícil imaginar que o Diário do Nordeste possa levar adiante tamanha empreitada sem o aval de sua direção. Tudo parece caminhar dentro do habitual procedimento para a produção de reportagens especiais já que o editor chefe Ildefonso Rodrigues dá sinal verde à realização do projeto. O material é publicado no dia 17 de outubro de 2010.
“Subversivo”, “panfletário”, “inoportuno no momento atual”. Temos a impressão de ouvir os censores da época da ditadura militar no Brasil. Os editores do Diário do Nordeste acreditavam possuir liberdade editorial? Ela está equivocada. A publicação do caderno “Revoluções ontem e hoje” e o espaço, de página inteira, concedido a Michael Löwy, não agradam ao grupo Edson Queiroz. Na sede do oligopólio, o evento provoca mal-estar, troca de acusações, antes de partir a ordem para que alguém seja responsabilizado, demitido. O escolhido é Dalwton Moura, culpado de ter conduzido a entrevista com Michael Löwy, a pedido de seus superiores. Se a entrevista não ocupa todas as páginas do caderno, isso pouco importa. Dalwton é demitido sem “justa causa”. Ao anunciar a demissão, o editor-chefe Ildefonso Rodrigues informa a Dalwton de que a publicação do caderno, solicitada por ele mesmo, foi o motivo para o desligamento do jornalista, que trabalhava no Diário do Nordeste havia nove anos, e desde o ano passado como editor do “Caderno 3”, chefiando uma equipe de oito jornalistas.
Sobre Michael Löwy, o editor argumenta que o sociólogo é “subversivo”, “panfletário” e “inoportuno no momento atual” (em que outro momento Michael Löwy poderia ser “oportuno”?). Dalwton deixa o jornal. Neste mês de janeiro, sua colega e co-autora da entrevista, Síria Mapurunga, decide deixar o jornal. No Diário do Nordeste, silêncio sobre o caso. Vamos aos fatos.
Dois jornalistas da redação pagam por um “erro” de seus superiores (que nunca serão questionados), os mesmos superiores que optaram pela publicação do caderno de seis páginas, mesmo quando puderam retirá-lo do jornal e ler tudo que estava para ser publicado. Os editores estão bem conscientes de que a “culpa” não é de seus jornalistas – na verdade, de ninguém –, mas precisam oferecer uma ação “tranquilizadora” aos proprietários do grupo Edson Queiroz, que, por sua vez, nada têm contra os jornalistas, mas que apenas não concordam com as idéias de Michael Löwy. Pode-se objetar ao grupo Edson Queiroz o fato de que dar a palavra a um convidado não significa, de modo algum, que o Diário do Nordeste deva converter-se a suas idéias. Seguindo esta lógica absurda, seria mais “oportuno”, então, que o Diário do Nordeste exercesse um controle rigoroso sobre as opiniões daqueles que entrevista. E, “melhor” ainda, a direção de redação deveria, sem meias medidas, desaparecer para dar lugar aos diretores do grupo Edson Queiroz, que poderiam, dessa forma, decidir o que vai e o que não vai nas páginas de seu jornal. Dessa forma, não haveria chance de “subversão”.
Este episódio, é preciso lembrar, está longe de ser um evento isolado. Menos ainda nesta região do Brasil, onde os políticos e as empresas de comunicação, concentradas em mãos de poucos, não temem o conflito de interesses – e isso mesmo quando um e outro não estão do mesmo lado do balcão. Mas diante da resposta dada pelo grupo Edson Queiroz à nossa pergunta – ‘a quem pertence um jornal?’ (neste caso, unicamente a seus agentes financeiros) –, a liberdade editorial e o direito do trabalho foram jogados no lixo. Deixados à margem do assunto, os jornalistas e leitores do Diário do Nordeste devem esquecer para que servem, em primeiro lugar, os meios de comunicação: um espaço de debate democrático e plural. * Chefe da seção “Américas” de Repórteres Sem Fronteiras.

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Qual botas lamber? Dilema do DEM na escolha do novo líder na câmara: ACM Neto, da Bahia (tem mais simpatizantes pró-Aécio) ou Eduardo Sciarra, do Paraná ( ligado aos pró-Serra). .

O partidocídio do DEM

BRASÍLIA – Acabar o DEM não vai. Mas é enorme a chance de a atual disputa interna da legenda acelerar o encolhimento do partido.
Só para recapitular, o DEM é um galho nascido da antiga Arena, a agremiação que sustentou a ditadura militar (1964-1985). Virou PDS. Depois, PFL. Numa tentativa patética de melhorar a imagem, transmutou-se em Democratas.
O auge do DEM (ainda como PFL) foi em 1998. Elegeu 105 deputados. Era o maior partido da Câmara. No ano passado, conquistou meras 43 cadeiras. Uma perda brutal de 59% em 12 anos.
Na segunda-feira, o DEM escolhe seu novo líder na Câmara. Como se não bastassem as vicissitudes já existentes, a sigla está rachada por uma preferência externa: o apoio em 2014 a José Serra ou a Aécio Neves, ambos tucanos.
Ou seja, mesmo à beira do precipício o DEM não gasta energia tentando construir um partido que tenha alguma conexão própria com a sociedade. Ou para construir um nome interno com viabilidade eleitoral em 2014. Só se mantém fiel à obsessão por servir ao PSDB e aos tucanos de maneira geral.
Os nomes na disputa para líder do DEM na segunda-feira são os de ACM Neto (da Bahia) e Eduardo Sciarra (do Paraná). Neto tem mais simpatizantes pró-Aécio. Sciarra alinha-se aos pró-Serra.
Seria reducionismo creditar o racha interno do DEM apenas à divisão entre os que preferem esse ou aquele tucano. Mas essa é uma das forças motrizes centrais por trás dos dois grupos. Negar em público é inútil. A versão é a mais recorrente nos bastidores em Brasília.
Nascido das oligarquias, sem ligação orgânica com um setor da base da sociedade, o DEM parece ter optado por um partidocídio. Na semana que vem, continuará a marcha batida nesse rumo. Não importa quem seja o líder na Câmara. A legenda sairá mais fraca. Lula disse uma vez desejar extirpar o DEM. Sem querer, foi premonitório.
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Fechando a torneira do desperdicio do dinheiro público

PR: Procuradoria recomenda suspensão de pensão de Alvaro Dias


Roger Pereira, Portal Terra
“A Procuradoria-Geral do Paraná encaminhou, nesta sexta-feira, parecer à Secretaria de Estado da Administração e Previdência recomendando a suspensão da aposentadoria especial de ex-governador ao senador Alvaro Dias (PSDB). O ex-governador recebeu, por dois meses, o valor bruto de cerca de R$ 24 mil.
Governador do Paraná entre 1987 e 1990, Alvaro Dias só requisitou sua aposentadoria especial em outubro do ano passado. A argumentação da procuradoria é que o pedido foi feito fora do prazo legal de cinco anos após o término do mandato.
O órgão também deu parecer contrário ao pedido de retroatividade considerando violação à Lei de Responsabilidade Fiscal, que veda concessão de benefícios financeiros se não houver recursos orçamentários previstos e não permite que atos dessa natureza sejam efetivados 180 dias antes do término de um mandato.
Em entrevista na semana passada, Alvaro Dias disse que requisitou a aposentadoria após pedido de entidades de ação social e que está doando integralmente os valores líquidos recebidos (pouco mais de R$ 18 mil) para a caridade.”
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domingo, 23 de janeiro de 2011

Com a palavra mulher que sofre com alagamento em são Paulo


Alagados 
Os Paralamas do Sucesso 
Composição: Herbert Viana/ Bi Ribeiro

Todo dia o sol da manhã
Vem e lhes desafia
Traz do sonho pro mundo
Quem já não o queria
Palafitas, trapiches, farrapos
Filhos da mesma agonia
E a cidade que tem braços abertos
Num cartão postal
Com os punhos fechados na vida real
Lhe nega oportunidades
Mostra a face dura do mal
Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Nem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
Todo dia o sol da manhã
Vem e lhes desafia
Traz do sonho pro mundo
Quem já não o queria
Palafitas, trapiches, farrapos
Filhos da mesma agonia
E a cidade que tem braços abertos
Num cartão postal
Com os punhos fechados na vida real
Lhe nega oportunidades
Mostra a face dura do mal
Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Nem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Nem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Nem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Nem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé
Mas a arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé

http://letras.ms/CSy

Pimenta nos olhos do outro é refresco.


 

 Ó Santa Luzia, protetora da doenças dos olhos, permita que o povo enxergue esse antigo golpe e aja contra esse caduco golpe de lesa pátria! Amém!



Quem vai aceitar o desafio?


22 de janeiro de 2011

O PSTU usou seu horário eleitoral na televisão – o primeiro do ano – para desafiar os parlamentares a viver um mês com um salário mínimo. No programa, o partido compara o aumento do mínimo, de R$ 510 para os R$ 545 propostos pelo governo a partir de 1º de fevereiro, ao reajuste dos salários de deputados e senadores, de R$ 16.512 para R$ 26.723, aprovado em dezembro por eles próprios. “Os mesmos deputados que reajustaram seus salários em mais de R$ 10 mil querem dar apenas R$ 30 ao salário mínimo”, critica o presidente nacional do PSTU, Zé Maria.

Ao fim do programa, o PSTU pretende organizar um ato na rede de microblogs Twitter como forma de protesto contra o reajuste. Para participar, os internautas devem utilizar a tag #naoaoaumentodosdeputados. O partido já ingressou com ação na Justiça contra o reajuste. No programa, os dirigentes do partido também criticam o aumento do salário da presidente, Dilma Rousseff, de 133,9% – também irá para R$ 26.723,13, vencimento igual ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal.

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Banda larga pode chegar até o usuário final

Anatel concede autorização para Telebrás operar banda larga

Foi derrubado mais um obstáculo para que a Telebrás possa entrar no segmento de banda larga. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou hoje o pedido da estatal para a obtenção de licença do Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), necessário para operar banda larga. "Foi aprovado sem restrição", afirmou a conselheira Emília Ribeiro, relatora da matéria.

Questionada se a licença dá à Telebrás poderes para a estatal levar o acesso à banda larga até a residência dos consumidores, a chamada "última milha", Emília explicou que "é uma licença como a de qualquer outro prestador de internet" e que caberá à estatal a decisão de levar o serviço até o usuário final ou não.Agência Estado.
 
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Elite conservadora age como se as obras fossem construídas dentro dos seus condomínios

Elite Branca tenta barrar construção de moradias populares e obra em favela

Insatisfeitos com as obras de urbanização da favela do Real Parque (zona oeste de São Paulo), moradores da elite paulistana de nove condomínios de alto padrão da região acionaram o Ministério Público para que a construção de moradias populares executada pela prefeitura seja paralisada.

Em documento entregue ao Ministério Público no início deste mês, os moradores de condomínios de luxo alegaram que as obras da prefeitura começaram sem a conclusão de estudos de impacto ambiental e de trânsito na região por causa do núcleo habitacional.

Além disso, eles reclamam que a Secretaria Municipal de Habitação alterou o projeto inicial e ampliou a área ocupada hoje pela favela em 40% -ficou 14.524 m2 maior, dizem.

Atualmente, a favela do Real Parque tem cerca de 6.000 moradores. O objetivo da prefeitura é que todos eles passem a ocupar os 1.135 imóveis que estão sendo construídos no bairro.

A obra, que começou em outubro do ano passado, está orçada R$ 140,8 milhões. A previsão é que seja concluída em abril de 2013, segundo a prefeitura.

O secretário de Habitação, Ricardo Pereira Leite, disse à coluna Mônica Bergamo que a política de habitação "não é de higienização, aquela de levar os moradores das favelas para a periferia".

Diante das reclamações, moradores da favela dizem que estão sendo discriminados e que já chegaram a ouvir pedidos de que as lavanderias dos apartamentos não fiquem de frente para os vizinhos de luxo.

"Eles acham que somos menos do que eles, por isso não nos querem como vizinhos", afirmou a dona de casa Josefa Alves, 38, que há 20 anos vive na região.

"Convivo com eles há 15 anos. O problema é como a prefeitura tem conduzido a discussão" , disse o administrador Luiz Neto, morador de um dos prédios de luxo.

"O projeto não está bom nem para nós nem para eles", acrescentou Neto, que disse ter sido avisado das mudanças no projeto original por umafuncionária de sua casa que mora na favela.O Ministério Público informou que ainda está analisando a documentação apresentada pelos condomínios.Informações da Folha

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A história de um despeitado urubu de plantão, que continua sendo abatido por sua incompetência administrativa. Que coisa feia, Serra!

 Serra não aprendeu, com derrotas, que mentira tem pernas curtas

José Serra não aprendeu que, em tempos de internet, mentira não ganha eleição, e continua escrevendo mentiras em seu twitter.

Após as tragédias no Rio de Janeiro, como um urubu em busca de carniça, Serra já atacou Lula e Dilma, recorrendo a mentiras:

“As tragédias não serão atenuadas com o gogó. Não bastam anúncios, como os feitos pelo gov. Lula-Dilma há 1 ano e nada acontecer... O Estado do RJ, o mais afetado, recebeu em 2010 só R$ 900 mil do gov. federal para prevenir enchentes!” - escreveu o demo-tucano derrotado.

É a mais pura mentira. R$ 900 mil não é nem traço do tanto que se investiu em obras de infra-estrutura contra enchentes no estado do Rio.

Na nota abaixo está descrito que só Nova Friburgo recebeu desde 2008 obras do PAC para mitigar enchentes no Rio Bengalas, em valor muito superior à mentira do demo-tucano. O valor orçado das obras foram R$ 58 milhões, e em dezembro de 2010, 65% estava pago.

No verão passado (fim de 2009 e início de 2010), além de Angra dos Reis, cidades da baixada fluminense foram as mais castigadas pelas chuvas no Rio de Janeiro.

Já estava em curso desde 2008 obras do PAC, do Projeto Iguaçu, para contolar inundações nas bacias dos Rios Iguaçu, Botas e Sarapuí.

Só de limpeza destes rios foram retirados 3 milhões de metros cúbicos de resíduos. É o suficiente para calar a boca de Serra.

É oito vezes mais do que os 380 mil metros cúbicos que o demo-tucano retirou do Tietê em seus 3 anos e 3 meses de governo.

A secretária de Serra, Dilma Pena, confirmou que em 2009 só foram retirados 380 mil metros cúbicos. Em 2008 e 2007 as autoridades paulistas se recusaram a informar, e acredita-se que a retirada foi ZERO! Em 2010, a dragagam só começou em maio, depois que Serra saiu do governo. Ele precisava tirar pelo menos 1 milhão de metros cúbicos por ano, e só retirou 380 mil nos 3 anos e 3 meses de governo.

Em dezembro de 2010, no RJ foi inaugurado um dique e bombas para regular as cheias do Rio Iguaçu. A obra solucionou as inundações nos bairros de Lote XV, Jardim Brasil, Parque Amorim, Vale do Ipê e adjacências, no lado de Belford Roxo, e de Pilar, em Duque de Caxias.

Ainda há bairros com obras a serem concluídas ao longo destes rios, mas os avanços, com as obras que já estão prontas e a dragagem dos rios, já estão sendo sentidos por boa parte da população, livres das enchentes, neste ano.

O Projeto Iguaçu em números:

* R$ 482 milhões em investimentos na primeira fase – PAC 1;
* R$ 384 milhões já aprovados para a segunda fase – PAC 2;
* 60 km de rios desassoreados;
* dragagem de 2,8 milhões de metros cúbicos de lama e lixo e 16 mil pneus retirados dos leitos dos rios;
* 9,3 km de ruas, ciclovias e calçadas construídas e pavimentadas;
* 800 hectares de áreas de nascentes em reflorestamento;
* 3.000 moradias em construção para reassentar famílias que moram nas margens dos rios e em áreas de risco de inundações;

O projeto abrange os municípios de Duque de Caxias, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis, Mesquita, Nova Iguaçu e parte da Zona Oeste do Rio de Janeiro, beneficiando cerca de 2 milhões de pessoas.

Além destes, outros investimentos do PAC que também calam a boca de Serra:

- na baixada campista (em Campos dos Goytacazes): R$ 67,9 milhões até 2010 e R$ 29,6 milhões após 2010;
- Mesquita: R$ 28,5 milhões;
- Armação dos Búzios: R$ 29,5 milhões;
- Nilópolis: 10,5 milhões;
- Na Capital, drenagem do Rio Acari: R$ 49,4 milhões;
- Na Capital, drenagem na bacia de Jacarepaguá: R$ 340,4 milhões

No http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/


José Serra é tão feio que:

01) Quando José Serra nasceu quem chorou foi o médico.

02) No batizado de José Serra o padre imediatamente começou um exorcismo.

03) Quando José Serra era criança, ele ganhava doces no Hallowen sem fantasia.

04) Uma vez José Serra foi ao parque de diversões com os amiguinhos. Na saída o segurança achou que eles tinham roubado um boneco do trem fantasma.

05) A mãe do bicho papão dizia para ele se comportar porque senão ia chamar o José Serra.

06) Pitanguy não faz plástica em José Serra porque tem medo de estragar seu currículo.

07) José Serra é muito popular entre as mulheres. Do Instituto Benjamim Constant.

08) Na tribo dos Yeti eles contam a lenda do Abominável José Serra da Cidade.

09) Quando José Serra visita uma plantação os espantalhos saem correndo.

10) A expressão "O amor é cego" nasceu no dia do casamento de José Serra.

No http://armandohalguma.blogspot.com/2010_05_01_archive.html

Recado para a mídia elitista e golpista: Não tem mais volta, POBRE VAI VIRAR DOUTOR!

O BRASIL TODO ESTUDANDO,É SISU,É ENEM É PROUNI E A IMPRENSA CORRUPTA BRASILEIRA É INCAPAZ DE UM ELOGIO AO GOVERNO LULA

SISTEMA DO SISU CAI POR MAIS DE TRINTA SEGUNDOS. OH , MEU DEUS !
SÓ ESQUECEU DE AVISAR QUE ANTES ERA SÓ O VESTIBULAR E PRONTO. PASSOU ? NÃO PASSOU ? PROBLEMA SEU , ESPERA MAIS SEIS MESES OU UM ANO PARA FAZER OUTRO.
NÃO TEM RECURSOS PARA PAGAR A FACULDADE ? PROBLEMA SEU , OU MELHOR , AZAR O SEU.
MAS AGORA TEM PROUNI , ENEM , SISU , ESCOLAS TÉCNICAS E MUITAS MAIS UNIVERSIDADES.
TENTOU-SE AS COTAS.
A IMPRENSA CORRUPTA , GOLPISTA E ULTRA RACISTA GOSTOU ? NÃO ?
COTAS ? A IMPRENSA E OS DEMÔNIOS NÃO GOSTARAM. PROBLEMA SEU.
MAS , APESAR DE TUDO ISSO O BRASIL TODO ESTÁ ESTUDANDO CONTRA TUDO E CONTRA A "ELITE".

Um livro para ser lido, uma lição para ser praticada: PAZ!

INACREDITÁVEL !

Um livro de memórias que acredita na paz, mesmo após o impensável

The New York Times
Joseph Berger
  • Junto com seu filho, o médico Izzeldin Abuelaish olha uma foto de Bessan, uma de duas filhas mortas em 2009 Junto com seu filho, o médico Izzeldin Abuelaish olha uma foto de Bessan, uma de duas filhas mortas em 2009
Trabalhar como único ginecologista palestino em um hospital israelense causou momentos difíceis para Izzeldin Abuelaish.

O marido de uma paciente judia o acusou de colocar em risco a gravidez de sua esposa por ele ser árabe. Os vizinhos palestinos zombavam dele por realizar o parto de bebês que cresceriam como “soldados que vão nos bombardear e atirar contra nós”.

Toda vez Abuelaish confortava a si mesmo com a convicção de que conseguiria superar o medo e construir pontes pessoais entre as duas culturas desconfiadas. Mas essa crença foi dolorosamente testada há dois anos, durante as três semanas da guerra de Gaza, quando disparos de um tanque israelense destruíram seu apartamento, matando três de suas filhas e tirando a visão de um dos olhos de outra.

Agora Abuelaish escreveu um livro de memórias que reafirma sua crença de que o conflito de décadas só será transformado quando os palestinos e israelenses reconhecerem individualmente sua humanidade precária, compartilhada. Como faz com frequência, ele se volta para metáforas médicas.

“Nós somos como gêmeos xifópagos, com um só coração e um só cérebro”, disse Abuelaish em uma entrevista por telefone do Canadá, onde agora é um professor associado de saúde da mulher na Universidade de Toronto. “Qualquer mal a um afetará o outro.”

O livro de memórias, publicado pela Walker & Company e com sinopse de Elie Wiesel, se chama “I Shall Not Hate: A Gaza Doctor’s Journey on the Road to Peace and Human Dignity” (eu não odiarei: a jornada de um médico de Gaza na estrada para a paz e dignidade humana). Um crítico do “The Globe & Mail”, em Toronto, disse que o livro foi “um dos mais comoventes que li sobre o assunto de Israel e Palestina”.

A morte aflitiva de suas filhas – Bessan, 20 anos; Mayar, 15; e Aya, 14– “me imunizaram contra mais sofrimento”, disse Abuelaish, um homem sério de 55 anos. Ele passou a reconhecer que o sofrimento não é causado por Deus, mas pelos indivíduos, e que “você, como ser humano, com seu potencial e sua capacidade, pode desafiar os seres humanos que causam o sofrimento”.

Em vez de deslegitimar a nação palestina, argumenta Abuelaish, os judeus –“por terem sido queimados pelo fogo do sofrimento” no Holocausto– deveriam se concentrar em melhorar a condição de vida miserável de muitos palestinos.

E os palestinos devem se conscientizar que o disparo de foguetes contra Israel incita a retribuição.

“O antídoto para vingança não é vingança”, ele disse. “Se eu quiser me vingar, isso não trará de volta minhas filhas. A inocência daquelas meninas não deve ser maculada pela vingança. Eu posso manter viva a memória delas com boas ações.”

Ele montou uma fundação chamada Filhas para a Vida em memória de suas filhas e para fornecer bolsas de estudo para mulheres jovens no Oriente Médio.

Em uma entrevista, Wiesel, o ganhador do Nobel da Paz, disse não ser capaz de explicar por que pessoas como Abuelaish conseguem superar o impulso de vingança e outros não, mas ele imagina que Abuelaish reconheceu que “o ódio odeia tanto a vítima quanto aquele que odeia”.

“A pessoa não deve esquecer, mas não usar a memória contra outras pessoas inocentes”, disse Wiesel.

Abuelaish rejeita aqueles que vivem no atoleiro dos argumentos históricos, que acusam os palestinos de incitarem o conflito ao rejeitarem o plano da ONU de 1947 de divisão da Palestina Britânica, ou que culpam os israelenses por injustiças cometidas como ocupadores. Não dá para corrigir a história, ele argumenta.

“Ser um médico me ajudou muito, porque nos concentramos em pessoas vivas, não nos mortos”, ele disse. “Quando os pacientes estão mortos, é perda de tempo.”

Ainda assim, o livro está repleto dessa história atormentada. Abuelaish cresceu filho de refugiados na cidade de Jabalia, em Gaza, mas sua família veio da região de Negev. Ele possui a escritura daquela propriedade, apesar da terra agora estar de posse de Ariel Sharon, o ex-primeiro-ministro de Israel.

“Ser expulso significa ficar marcado com a cicatriz da expulsão pelo resto de sua vida”, escreve Abuelaish.

Ele descreve a miséria dos campos de Gaza – latrinas fétidas, sem água corrente ou eletricidade –tanto sob controle egípcio quanto israelense. Após as duas intifadas, os soldados israelenses tornaram a travessia da fronteira especialmente difícil, mesmo para um especialista em infertilidade de um hospital israelense. Mas médicos israelenses salvaram as pernas de seu sobrinho Mohammed, que foi baleado no joelho e tornozelo por atiradores do Hamas em 2007.

A travessia mais difícil ocorreu em 2008, quando sua esposa, Nadia, estava internada em um hospital israelense com leucemia e ele estava na Europa. Ele teve que voar para Amã em vez de ao principal aeroporto israelense; tomar um táxi até a Ponte Allenby, que liga a Jordânia à Cisjordânia; então suportar horas de espera no posto de controle. Quando ele chegou, sua esposa já estava inconsciente. Ela morreu poucos dias depois.

Ainda assim, Abuelaish disse que se esforçou para não igualar o guarda rude com todos os israelenses, assim como gostaria que os israelenses não igualassem todos os palestinos a homens-bomba. O que ajudou foram suas amizades com israelenses: na adolescência, quando trabalhou na fazenda de uma família e depois com médicos, um dos quais, o dr. Marek Glezerman, escreveu a introdução do livro.

É verdade que Abuelaish se mudou para Toronto em 2009. Mas foi porque não queria mais os problemas de travessia nos postos de controle, que o separavam de seus cinco filhos restantes.

Ele estabeleceu um relacionamento com o romancista israelense David Grossman, que perdeu um filho nas horas finais da Guerra no Líbano, em 2006. Quando se encontraram, disse Abuelaish, eles falaram sobre seus filhos. E é o futuro das crianças, ele disse, que deveria estimular ambos os lados na direção da paz. Como ele escreve: “Se eu soubesse que minhas filhas foram o último sacrifício na estrada para a paz entre palestinos e israelenses, então eu aceitaria a essa perda”.
Tradução: George El Khouri Andolfato
No http://aposentadoinvocado1.blogspot.com/

Não tem pra que o governo levar esse morto nas costas! Enterre logo esse morto, meu povo!

A falência do império Globo

Quando meu artigo “E o Império desabou” foi publicado na Tribuna da Imprensa, mostrando que a partir de 1996 a Globo entraria em franco declínio, e que em dez anos (2006) a Globo estaria não mais com os dois pés na falência, mas atolada irremediavelmente até o pescoço na falência, alguns serviçais e membros do bloco do contente acharam que isso era uma absurdo e que nada do que eu descrevia como rota de falência seria possível acontecer.
Dizia eu que a Globo estava pessimamente administrada, sendo comida e corroída por dentro, e que entre as mais de oitenta empresas do grupo nem vinte eram lucrativas. E o pior, prejuízos crônicos como rádios (80% dão prejuízo) e editora (que para cada ano de lucro tem dez de prejuízo) sequer podiam ser vendidas por se tratar de empresas estratégicas. E a própria galinha dos ovos de ouro (televisão aberta) vinha sendo pessimamente administrada, produzindo perdulariamente, por exemplo, capítulos de novela a cem mil dólares, quando jamais poderiam ultrapassar vinte mil dólares o capítulo.
A lógica dos “gênios” era o seguinte: Se um filme bom, para ser exibido em horário nobre, custa cem mil dólares e a Globo lucra com o filme mesmo custando tudo isso, logo os capítulos podem custar cem mil dólares. Só que esses “gênios” sequer raciocinaram que se os capítulos fossem produzidos a vinte mil dólares (e podem e devem ser produzidos a este custo) o lucro seria bem infinitamente maior.
Casos perdulários como este das novelas pululavam aos magotes pela Globo, num show faraônico inimaginável, sempre partindo da premissa de que a Globo seria lucrativa eternamente. E até permitiu-se sonhos e arroubos beirando a loucura como a finada Tele Montecarlo e outros delírios do gênero.
Dizia eu que a Globo não estava atentando para um detalhe muito importante, que o mesmo fator que havia impulsionado a lucratividade da Globo seria o mesmo que vestido de algoz conduziria a Globo à falência. Ou seja, o avanço tecnológico. Isto porque o avanço tecnológico representa opção, e qualquer opção que inclua a líder Globo implica em perda da própria líder. Vale dizer: O controle remoto, a antena parabólica, o vídeo cassete, o DVD, a Internet, a Tv a cabo, etc, tudo isso representa alternativa e perda de audiência e de faturamento para a Globo.
Ao invés da Globo focar nesta questão, entendê-la, e arranjar saídas, a Globo arrogantemente aprofundou a crise, contratou uma “especialista em falência (Mappin / Mesbla) e enfiou-se num beco sem saída de uma dívida impagável de cerca de dez bilhões de dólares, que nem em trinta anos a Globo conseguirá pagar esta dívida, mesmo com juros de pai para filho.
Com recursos próprios é inimaginável saldar a dívida. Atrair parceiros para dividir o prejuízo é improvável, pois existem poucos ricos burros e estúpidos herdeiros de império dispostos a perder tanto dinheiro a troco de nada. Resta à Globo explorar mais e mais a única saída possível: o Governo.
Só o governo, através do BNDES, Caixa Econômica, Banco do Brasil, Banco Central, fundos orçamentários e demais verbas públicas é que podem salvar a Globo da irremediável falência.
por Roméro da Costa Machado

No http://blogdadilma.blog.br/

Ana Paula - um Padrão de jornalismo competente

O jornalismo padrão globo de Bonner e o “amassa-barro” de Ana Paula Padrão

Pela janela do quarto,
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle…

(Esquadros, Adriana Calcanhoto)
Do dia 17 a 19 de janeiro, o Jornal da Record exibiu uma reportagem especial intitulada “Vizinhos do Crime”. Nela, a jornalista Ana Paula Padrão e sua equipe demonstram as condições de vida dos jovens moradores da Vila Gilda, conjunto de moradias precárias – palafitas, na maioria – em uma região de manguezal em Santos. A reportagem foi exibida em três partes e mostrou desde o mundo do crime se apresentando como alternativa para os jovens – e o preço a ser pago por isto que é a perspectiva curta de vida (e os que se enveredam por isto demonstram, na reportagem, terem plena consciência disto) – e as tentativas quixotescas de alguns membros da comunidade de apresentar outras alternativas como o MC Careca, na arte, e o futebol (clique aqui para ver).
Curioso que o futebol está na alma dos jovens daquele bairro porém em perspectivas diferentes: um menino de 13 anos joga no infantil do Santos F.C e contou sua ida à Espanha para representar o alvinegro praiano em uma competição internacional e a camisa deste mesmo Santos FC aparece no rosto dos meninos do tráfico para esconder sua identidade.
O que chama a atenção nesta reportagem é a ousadia de Ana Paula Padrão de sair da assepsia do estúdio do telejornal que apresenta e ir para a rua, “amassar barro” literalmente. Lembrei-me de uma ocasião em que alunos de jornalismo da Universidade Metodista de Piracicaba, onde lecionei durante 17 anos, foram visitar os estúdios do SBT onde a jornalista Ana Paula Padrão apresentava um telejornal. Certo momento, um aluno perguntou sobre a questão da “importância da boa aparência para apresentar jornal de televisão”. Ana Paula Padrão ficou furiosa, respondeu “boa aparência o c…; eu fui repórter durante muito tempo, perdi feriados, Natal, passei por inúmeras situações para ser reconhecida profissionalmente” foi mais ou menos as palavras dela, indignada.
Lembro-me agora do William Bonner, do Jornal Nacional da Globo. A sua saída dos assépticos estúdios da Globo acontece dentro de um outro ambiente confortável, seguro e asséptico: o tal avião do JN, o aerobonner. É possível fazer uma analogia aos ecoturistas chiques estrangeiros que visitam a Amazônia dentro de seguros carros e cercado de seguranças das agências, podendo ver das janelas a paisagem “exótica” de plantas, animais e seres humanos estranhos. Uma das tentativas da Globo de ir para o mundo real deu em tragédia, a morte de Tim Lopes que, tragicamente, percebeu que o poder da rede do plim-plim não significa nada nas relações do tráfico nos morros do Rio de Janeiro (por isto a indignação da Globo com a morte do seu repórter que equivale ao sentimento de revolta de policiais quando um colega seu é morto – o poder não admite que suas fragilidades sejam expostas publicamente).
O JN sintetiza este tipo de “jornalismo” que olha através do seu bunker, onde a arrogância e prepotência de quem se julga o único construtor legítimo das agendas públicas pode ser exercida plenamente. O subalterno vira coitado, vítima e só aparece na tela como estatística ou, no limite da sua subjetividade, para dar tons emotivos com seus choros nas tragédias.
Independente de qualquer coisa, Ana Paula Padrão deu uma lição de jornalismo. Principalmente porque este tipo de matéria incomoda. Denis de Oliveira.
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O a IstoÉ quer ? Que Dilma venha com "mas, mas" e perpetualize a inoperância ?

Revista IstoÉ rotula Dilma de “Dama de Ferro”

Revista IstoÉ: A presidente abandona a cerimônia, cobra seus ministros de forma enérgica e entra pesado no jogo político do Congresso para conseguir fazer de seu candidato o presidente da Câmara.
chamada.jpgA três dias da posse, sem fazer alarde, a presidente Dilma Rousseff sacou o telefone celular da bolsa e ligou para o presidente do PCdoB, Renato Rabelo. Na pauta da conversa, a candidatura do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) à presidência da Câmara. “Vocês não podem insistir com o nome do Aldo. Precisamos de consenso neste momento. Querem que isso seja interpretado como um movimento de oposição?”, questionou a presidente. Começava ali a operação comandada com mãos de ferro por Dilma destinada a mudar os rumos da eleição da Câmara, que prenunciava uma disputa fratricida de consequências imprevisíveis entre integrantes de partidos da base aliada ao governo. Desde então, os candidatos avulsos saíram, um a um, do páreo. Os resultados práticos da ação direta da presidente foram colhidos na última semana. Na quinta-feira 20, o candidato do PT e do governo ao comando da Câmara, deputado Marco Maia (RS), recebeu o apoio de dez partidos, entre eles o PCdoB, de Aldo e Renato Rabelo. Pela primeira vez, desde 2003, a eleição na Casa caminha para uma candidatura única. Para se ter uma ideia da dificuldade de consenso na Câmara, nem o peemedebista histórico, ex-deputado Ulysses Guimarães, expoente da redemocratização no Brasil, conseguiu ser aclamado pelos colegas. “Dilma teve um papel fundamental para a unidade na Câmara. A opinião dela pesou e as bancadas foram naturalmente convergindo para o consenso”, atesta Rabelo.
No episódio específico da sucessão na Câmara, a atuação da presidente Dilma revelou outra face de seu já conhecido perfil essencialmente executivo de quem estabelece metas, cobra resultados e fixa prazos. Mostrou também que, quando necessário, ela saberá ter jogo de cintura político, característica pouco presente nos tempos de Casa Civil, mas bastante exercitada durante a campanha eleitoral. De acordo com parlamentares envolvidos nas negociações, Dilma teve muita habilidade, por exemplo, ao conquistar o apoio do PR a Marco Maia, formalizado em jantar na noite da terça-feira 18. Na semana anterior, Dilma havia travado um longo bate-papo com o ministro dos Transportes e presidente da legenda, Alfredo Nascimento. A reunião foi considerada fundamental para o acordo e deixou órfã e isolada a candidatura do deputado e empresário Sandro Mabel (PR-GO), que desistiu da disputa.
Para atrair o PSB, Dilma também conversou com o presidente da legenda, o governador pernambucano, Eduardo Campos, que nos últimos dias se transformou num dos principais soldados da candidatura de Marco Maia. Rendeu frutos. Com a bancada socialista quase toda engajada na campanha do petista, coube ao ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, procurar o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) para demovê-lo da ideia de se lançar candidato. A estratégia incluiu ainda adiar as nomeações para cargos do segundo escalão e estatais para depois da eleição e acenar para partidos menores, como o PTB e o PSC, que também terão garantido seu lugar ao sol durante a partilha.
Deu certo. Com a candidatura consensual de Maia na eleição marcada para 1º de fevereiro, o governo sacramenta o acordo de revezamento entre PT e PMDB e afasta de uma vez por todas a possibilidade do surgimento de um aspirante francoatirador, oriundo do chamado baixo clero da Casa, como em 2005. Na ocasião, o deputado Severino Cavalcanti (PP-PE) saiu vitorioso e deixou o governo em permanente estado de insegurança política até a sua renúncia por envolvimento com o escândalo do mensalinho. “É bom iniciarmos o governo com a base em torno de um candidato único. Assim construímos uma pauta comum. A decisão também respeita a proporcionalidade, que era tradição. O partido com o maior número de deputados vai presidir a Câmara, respeitando a vontade popular”, comemora o líder do PSB na Câmara, Rodrigo Rollemberg (DF).
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EXPEDIENTE
Dilma determinou que ministros não podem usar
jatinho da FAB para ir para casa nos
fins de semana
Nos últimos dias, os parlamentares tiveram um aperitivo do que poderá vir a ser o relacionamento com a presidente Dilma durante os próximos quatro anos. Já os ministros, em sua maioria egressos do governo Lula, aos poucos vão tentando se acostumar com o novo modelo de gestão. Logo nas primeiras reuniões, eles receberam determinações que podem soar desagradáveis para quem não está acostumado com o trabalho duro. Uma delas: agora, as sextas-feiras são consideradas dia de expediente normal. Não por acaso, a primeira reunião ministerial ocorreu na sexta-feira 14. Outra mordomia usufruída a torto e a direito pelos antigos ministros está expressamente proibida por Dilma. A partir deste mês, nenhum deles poderá usar jatinhos da FAB para desfrutar do fim de semana em seu Estado de origem. No governo Lula, os ministros costumavam marcar reuniões sem nenhuma relevância em suas cidades, às sextas ou segundas-feiras, somente para se valer do privilégio. Agora quem não tiver compromisso oficial agendado terá de pegar o avião comercial.
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ESCOLHIDO
Com o apoio de Dilma, pela primeira vez em décadas
Marco Maia pode ser candidato único na disputa
pelo comando da Câmara

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DE FORA
Antes de assumir, Dilma negociou com o PCdoB
para que Aldo Rebelo não fosse candidato
à presidência da Câmara
A presidente Dilma também promete não deixar barato se algum integrante do primeiro escalão destoar do script combinado. Ela não gostou, por exemplo, do entrevero criado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, com o PMDB em torno da direção da Funasa. Chamou-o em seu gabinete e disse que não admitiria “cavalo de pau” logo no início do governo, numa alusão às mudanças feitas na pasta sem antes consultá-la. Padilha, que conhece bem a presidente, engoliu a bronca em seco. Mas sabe que a crítica não foi de cunho pessoal. Trata-se simplesmente do modo Dilma de governar. E obedece quem tem juízo.
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