segunda-feira, 26 de julho de 2010

Com o Deputado Isaac Cunha o PT continuará DIL+ !

 
Isaac Cunha é funcionário com 30 anos de Correios em Jequié, onde disputou duas vezes a prefeitura municipal nas eleições 2004 e 2008 sempre à frente de uma chapa democrática e de esquerda. A militância política no PT e sua inserção nos movimentos sociais permitiram sua chegada na Assembléia Legislativa da Bahia, ampliando sua base para outros municípios através de um mandato atuante e presente.

Assim como o PT mudou o Brasil com Lula, a Bahia está mudando com Wagner e o papel de Isaac no Legislativo é assegurar que continue chegando ao povo a transformação social através de programas como o Água Para Todos, Luz Para Todos, Topa, Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, Casa da Gente, os investimentos em Saúde, Educação, Cultura, Segurança, Infraestrutura e em Agricultura Familiar.

Isaac quer manter o mesmo trabalho para garantir o posto de saúde, a nova viatura, a verba para a universidade, o crédito para o pequeno agricultor, o novo equipamento do hospital, a construção da barragem, a recuperação da estrada, a criação de mais emprego e renda para as baianas e os baianos. Seu mandato de deputado estadual merece a renovação para, junto com Dilma Presidente e Wagner Governador, seguir construindo um novo Brasil e uma nova Bahia. 


07/06/10                                                Encontro de Mulheres - Jequié
In: http://www.isaaccunha.com.br/

Ariano Suassuna também é DIL+ !

Mestre Ariano Suassuna junto com Lula e Dilma
FOTO:

Mestre Ariano Suassuna junto com Lula e Dilma


O entusiasmo da militância transformou em comício o encontro do presidente Lula e da candidata Dilma Rousseff com prefeitos na cidade de Garanhuns, no agreste pernambucano.
Embalados pelo resultado da pesquisa Vox Populi, que aponta Dilma oito pontos a frente do candidato da oposição, 3 mil militantes fizeram subir a temperatura do ginásio de esportes contrastando com a noite fria de Garanhuns. A cidade natal do presidente Lula registra as menores temperaturas do agreste pernambucano. No inverno, os termômetros marcam, em média, 15º.
Mas o frio passou longe do ginásio de esportes. Lula e Dilma tiveram calorosa recepção. E quando viu subir ao palanque o escritor Ariano Suassuna, a plateia não hesitou e cantou os versos entoados pelas ruas de Olinda em todos os Carnavais desde 1963:
“Queriam ou não queiram os juízes, o nosso bloco é de fato campeão. E se aqui estamos cantando essa canção, viemos defender a nossa tradição. E dizer bem alto que a injustiça dói. Nós somos madeira de lei que cupim não rói.”
Suassuna levantou-se para acompanhar com palmas a plateia. E quando esta silenciou, na arquibancada, alguém comentou: “Mais atual, impossível.”
In: http://www.dilma13.com.br/noticias/entry/mestre-ariano-suassuna-junto-com-lula-e-dilma/

No Brasil de Lula e Dilma o filho de pedreiro também pode ser doutor.

OS FILHOS DELE TÊM QUE TER NÍVEL SUPERIOR , MAS O POVÃO DEVE ASPIRAR MENOS . É MOLE?

PSDB





Primeira geração de médicos formados pelo ProUni


Hoje estive na abertura do seminário que vai debater as perspectivas profissionais da primeira geração de médicos e médicas formadas pelo ProUni. Na composição da mesa, entre outros, estavam o Ministro da Educação, o Ministro da Saúde, o Presidente da República e o Presidente da UNE.


Eu, junto com as centenas de jovens no plenário, me emocionei várias vezes durante o ato. Me emocionei quando vi que mérito não tem classe, quando tive certeza que polícas públicas podem ser grandes instrumentos para elevação da consciência da população, que podemos utilizar a graduação em um projeto coletivo e não somente crescimento pessoal. Me emocionei em ver que mais uma vez, estudantes organizados interferem nos rumos do país e também é gratificante ver que esse rumo hoje é melhor que em outros tempos. 
 In: http://blogasmarias.blogspot.com/2010/06/primeira-geracao-de-medicos-formados.html


domingo, 25 de julho de 2010

O que é aquilo?

Para quem pensa que Serra dará continuidade ao governo Lula: Gabriel O Pensador - Até Quando

Orgulho de ser Nordestino é ser Dil+

Vox/Band/iG: Dilma é preferida em terra de Lula

Em simulações, petista ganharia no 1º e 2º turnos. Na intenção de voto espontânea, 15% citam Lula.
A pesquisa Vox Populi/Band/iG divulgada neste sábado (24) aponta liderança absoluta da candidata petista no Estado natal do presidente Lula. Dilma (PT) tem 60% das intenções de voto contra 24% de José Serra (PSDB). Marina aparece com 5%. O único candidato que foi citado, mas não atingiu a marca de 1%, foi Eymael. Os outros não foram citados e não pontuaram. Os brancos e nulos atingiram 3% e os indecisos, 8%.
Em um possível segundo turno entre Dilma e Serra, a petista também sairia vencedora. Na simulação, Dilma teria 64% contra 26% de Serra. Brancos e nulos pontuaram 4% e indecisos 6%. O levantamento aponta ainda que, na região, o presidente Lula conseguiu transferir a sua popularidade à candidata. Na intenção de voto espontânea, 15% dos entrevistados disseram que votaria em Lula, caso a eleição fosse hoje. Dilma atingiu 32% neste levantamento. Serra, 13% e Marina, 2%. Foram feitas 800 entrevistas no Estado de Pernambuco, entre dias 17 e 20 de julho de 2010. Esta pesquisa foi registrada junto à JUSTIÇA ELEITORAL, no TRE/PE (Protocolada sob o nº 32.561/10), e no TSE (Protocolada sob o nº 19.925/10), no dia 17 de julho de 2010.Fonte: Vox Populi/Band/iG

Não dá para confiar no dataserra

Luis Nassif: A metodologia das pesquisas

"Diferenças de metodologia" é uma maneira eufemística de analisar a metodologia da Folha em relação ao Vox Populi, Instituto Sensus e IBOPE. Pode parecer algo como "diferença de opinião" em que cada qual tem a sua e ambas são legítimas.
Por Luis Nassif, em seu blog
Na verdade, dos quatro institutos o Datafolha é o único que utiliza a metodologia mais vulnerável.
Os outros três pegam o perfil da população brasileira montado pelo IBGE. Depois, mapeiam estados, regiões, cidades, bairros e vilas. Anotam a proporção de casas e de população que reflitam o perfil montado pelo IBGE. Como vão de casa em casa - dentro da amostragem escolhida - os resultados refletem o perfil da população eleitora.
Já o Datafolha não. Montou uma metodologia menos rigorosa, visando economizar recursos. Na verdade, a estrutura do Datafolha é cheia de gorduras. Não consegue fazer pesquisas a preços competitivos com seus rivais. Essa gordura não está na parte analítica, mas no meio, na disfunção gerencial. Para compensar essa gordura, fez economia onde não devia: dispensou especialistas e montou uma metodologia falha, visando economizar na ponta - e não no meio, como deveria ser.
Assim, em vez de montar a amostragem rigorosamente, fazendo entrevistas de casa em casa, de acordo com um perfil de entrevistados condizentes com os dados do IBGE, coloca seus pesquisadores em locais públicos, caçando pesquisados na base do olhômetro. Esse aqui tem cara de ser secundarista, este de ser classe média. Só depois de preenchidos os questionários é que vão montar o perfil dos entrevistados - que acaba quase nunca batendo com o perfil da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio)
Com isso capta movimentos errados, monta amostragens incorretas - já que a idade, condição social e educacional dependem do olhômetro e acabam não refletindo o perfil da população brasileira levantada pelo IBGE.
Agora, nem isso justifica 9 pontos de diferença. Uma das duas está profundamente errada. E, obviamente, a do Datafolha está errada(comentário do Terror).

sábado, 24 de julho de 2010

As Mulheres estão DIL+ !

http://www.mulherescomdilma.com.br/wp-content/uploads/2010/07/mulheres.jpg


Dilma ultrapassa Serra entre as mulheres

Na pesquisa Vox Populi/Band, Dilma aparece 6 pontos a frente de Serra, entre as mulheres.

Intenção de votos entre as mulheres:

Dilma: 38%
Serra: 32%

Intenção de votos entre os homens:

Dilma: 43%
Serra: 34%

Durante um bom tempo os demo-tucanos alardearam uma suposta supremacia de Serra entre o eleitorado feminino.

Nós sempre dissemos que isso era falso, e com o correr do tempo os votos femininos e masculinos em Dilma convergiriam para valores semelhantes, o que já está acontecendo.

As mulheres ainda tem uma participação política menor, tanto é que há menos mulheres candidatas, menos parlamentares mulheres, etc. Da mesma forma há um interesse menor em acompanhar o noticiário político por grande parte das mulheres. Daí que Serra se beneficiava do efeito memória mais entre o público feminino. O nome de Serra é mais conhecido, já participou de eleições nacionais em 2002 e no Estado de São Paulo em 2004 e 2006. Então, na pesquisa estimulada, havia mais mulheres que "chutavam" o nome de Serra, porque ainda não conheciam Dilma. Agora que mais mulheres já sabem quem é Dilma e como ela é, declaram seu voto nela.

No dia 1º de março deste ano, na nota "Porque Dilma tem menos votos entre as mulheres?", daqui do blog, já fizemos uma análise aprofundada do cruzamento dos números, e antecipamos esta tendência.

Na realidade, Dilma tende a ter um percentual de votos maior entre as mulheres do que entre os homens. Além dela ser mulher, a primeira candidata a presidenta com chances reais de ganhar, Serra errou muito em seu discurso. Cometeu a grosseria de aconselhar em público seu vice a ter amantes com discrição. Andou distribuindo "coices" a jornalistas mulheres que fizeram perguntas que o incomodaram. O estilo do vice, assimilado pelo próprio Serra, de tratar Dilma com deselegância, recorrendo a desqualificação, xingamentos e baixaria, é menos tolerado pelas mulheres do que pelos homens.

Serra ainda tem muita "gordura" nestes índices de intenção de votos. Quanto mais conhecido, mais ele deve enfrentar rejeição. Sobretudo das mulheres.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Chega de demagogia política! Serra/PSDB nunca mais!

Serra é muito cara de pau

A pesquisa Vox Populi, que aponta Dilma com 6 pontos à frente de Serra, parece que o deixou totalmente desnorteado.Serra disse hoje, durante uma caminhada com 200 militantes do PSDB gaúcho(Yeda Crusius não acompanhou Serra), que é favorável à liberdade de imprensa e acusou Lula e Dilma de serem contra.Repito pela enésima vez:Serra é o político mais safado, mais bandido, mais cínico, mais estúpido, mais mentiroso do Brasil.O vagabundo Serra exonera dois diretores da Rede Cultura, de vez em quando bate boca com repórter que faz pergunta que não é de seu agrado, e ainda acusa o governo Lula de ser contra a liberdade de imprensa.É muita cara de pau.

Uma canção para Dilma

Dilma não promete simplesmente, mostra como FAZ! 2

Dilma promete aumento para aposentados em 2011

R7: Os aposentados que ganham até um salário mínimo (R$ 510) poderão contar com um “aumento razoável em 2011, devido ao aumento da arrecadação de impostos com a formalização de microempreendedores.
- Como eu acho que nós vamos crescer bastante em 2011, 2012 e 2013 ele [aposentado] pode contar com um aumento razoável. Quanto mais a gente amplia a base de arrecadação, mais alimenta o crédito e isso incentiva a formalização das empresas.
Dilma citou a criação do MEI (Microempreendedor Individual), programa de incentivo à formalização de microempreendedores e a criação do Super Simples – que prevê a simplificação na arrecadação de impostos das pequenas empresas.
Para se adequar ao programa, o trabalhador pode ter só um empregado e para se formalizar, terá que pagar R$ 51,15 por mês – valor correspondente a 3% de previdência e 8% do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) sobre o salário mínimo por mês.
Dados da Receita Federal demonstram que nos o PIS/Cofins foram os tributos que lideraram a contribuição de recursos federais. Esses dois tributos responderam por 33,83% – pouco mais de um terço – dos R$ 32,3 bilhões de recursos administrados pela Receita Federal arrecadados a mais entre janeiro e maio deste ano em relação a 2009.
In:  http://dilma13.blogspot.com/

Dilma não promete simplesmente, mostra como FAZ!

Dilma quer que toda a população de baixa renda chegue à classe média

R7: Em sabatina promovida pelo R7, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou que pretende incluir camadas mais pobres da sociedade na classe média. Segunda ela, hoje, 60% da população pertence às classes A, B ou C.
Queremos chegar a 100%. Isso significa que o Brasil tem de crescer de forma acelerada. E uma das maneiras principais de tirar o brasileiro da situação de pobreza extrema é apostar na educação, da creche à pós-graduação.
Dilma também disse que o Bolsa Família é um dos principais mecanismos para o governo atingir esse objetivo. A candidata afirmou que, quando chegou ao governo, a parcela carente da população era de 77 milhões de brasileiros e que conseguiu reduzir em 24 milhões. A petista citou outros programas do governo que ajudaram a reduzir a pobreza, como a agricultura familiar.
- Ela [agricultura familiar] foi responsável pelo maior resgate da família no campo. Hoje as famílias têm crédito, tratores, colheitadeiras. Essa é uma das portas de saída.
Outra saída do programa Bolsa Família, citada por Dilma, foi a geração de emprego recorde que o Brasil registrou nos últimos oito anos. Desde 2003, foram criados mais quase 14 milhões de postos de trabalho.
- Hoje saiu a taxa de desemprego, de 7%, a mais baixa da história.
In: http://dilma13.blogspot.com/

Essa leitura eu recomendo!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Estou com Einstein quando diz:

Meu ideal político é a democracia, para que todo homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado.
                                                                                                                               Albert Einstein

 

Mulheres com Dilma

UBM mobiliza mulheres em todo o país em apoio a Dilma

A União Brasileira de Mulheres (UBM) lança nesta quarta-feira (21) o manifesto da entidade em apoio à candidata Dilma Rousseff, da coligação Para o Brasil Seguir Mudando. Segundo a coordenadora Nacional da UBM, Elza Campos, serão realizados em todo o Brasil atos públicos de apoio e divulgação do documento.
Elza explicou que o apoio da UBM à candidata foi deliberada pela Executiva da entidade em função da própria história de Dilma e da continuidade do projeto político que ela representa.

“Apoiamos Dilma porque de seu futuro governo depende a conquista de um Brasil com mais desenvolvimento e soberania com distribuição de renda, socialmente equilibrado e ambientalmente construído, onde nós mulheres continuaremos a luta contra a violência de gênero, exigindo o cumprimento da Lei Maria da Penha, batalhando por mais casas abrigo e centros de referência”, diz o documento.

A coordenadora Nacional da UBM diz ainda que foram organizadas em todo o país panfletagens, discussões e manifestações de rua para marcar a importante participação das mulheres na campanha de Dilma.

A ética como antídoto para baixaria

“Da minha parte, quero dizer que não descerei a esse nível, não haverá ninguém capaz de me fazer descer a esse nível. Portanto, não concordo em continuar esse tipo de polêmica. Não são as questões que o povo brasileiro merece escutar, ouvir, discutir e ter seus candidatos apresentando para ele. É em respeito ao povo que acho isso inadmissível”, disse Dilma, em Minas, onde faz campanha e não intrigas.(Dilma Roussef quando entrevistada sobre acusações difamatória de Serra e seu vic(e)io.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Inversão de valores 2

 Duas mulheres-frutas devem concorrer ao legislativo nessas eleições
DivulgaçãoMulher Pêra diz se destacar pela inteligência, enorme bagagem cultural e perspicácia
A salada de frutas que existe no Brasil hoje pode se tornar um grande abacaxi para o legislativo. Vários famosos se candidatam a cargos políticos em todas as eleições e, em 2010, a Mulher Pêra e a Mulher Melão não quiseram ficar de fora e se mostraram decididas a provar que seu cérebro é maior que o "derrière".

A primeira é candidata à deputada federal pelo PTN (Partido Trabalhista Nacional) de São Paulo. Ela diz, em seu site, se destacar "não só pela beleza, mas pela inteligência, enorme bagagem cultural e perspicácia". Já a segunda, à deputada estadual pelo PHS (Partido Humanista da Solidariedade) do Rio -- com o nome "Mulher Melão" mesmo. Agora só falta as candidaturas serem aprovadas. 
In: http://www.pop.com.br/popnews/noticias/politica/369407-Duas_mulheres-frutas_devem_concorrer_ao_legislativo_nessas_eleicoes.html 

A inversão dos valores

Os valores do homem do século XXI, por Quino

O desenhista argentino Joaquin Salvador Lavado, mundialmente conhecido como o Quino, autor da famosíssima tira “Mafalda” resumiu, em oito quadrinhos,o dilema das mudanças de valores nas sociedades atuais.
In: http://www.tijolaco.com/




Por que ter esperança?

Pandora

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Pandore, par Jules Joseph Lefebvre, 1882, collection privée
Na mitologia grega, Pandora (do grego: Πανδώρα, "a que tudo dá", "a que possui tudo"[1]) foi a primeira mulher, criada por Zeus como punição aos homens pela ousadia do titã Prometeu em roubar aos céus o segredo do fogo.

Origem

Foi a primeira mulher que existiu, criada por Hefesto(Deus do fogo, dos metais e da metalurgia) e Atena( Deusa da guerra,da civilização, da sabedoria, da arte, da justiça e da habilidade) auxiliados por todos os deuses e sob as ordens de Zeus. Cada um lhe deu uma qualidade. Recebeu de um a graça, de outro a beleza, de outros a persuasão, a inteligência, a paciência, a meiguice, a habilidade na dança e nos trabalhos manuais. Hermes, porém pôs no seu coração a traição e a mentira. Feita à semelhança das deusas imortais, destinou-a Zeus à espécie humana, como punição por terem os homens recebido de Prometeu o fogo divino. Foi enviada a Epimeteu, a quem Prometeu recomendara que não recebesse nenhum presente dos deuses. Vendo-lhe a radiante beleza, Epimeteu esqueceu quanto lhe fora dito pelo irmão e a tomou como esposa.
Ora, tinha Epimeteu em seu poder uma caixa que outrora lhe haviam dado os deuses, que continha todos os males. Avisou a mulher que não a abrisse. Pandora não resistiu à curiosidade. Abriu-a e os males escaparam. Por mais depressa que providenciasse fechá-la, somente conservou um único bem, a esperança. E dali em diante, foram os homens afligidos por todos os males.

Interpretação

Pode-se perguntar quanto ao sentido desta lenda: por que uma caixa, ou jarra, contendo todos os males da humanidade conteria também a Esperança? Na Ilíada, Homero conta que, na mansão de Zeus, haveria duas jarras, uma que guardaria os bens, outra os males. A Teogonia de Hesíodo não as menciona, contentando-se em dizer que sem a mulher, a vida do homem não é viável, e com ela, mais segura. Hesíodo descreve Pandora como um "mal belo" (καλὸν κακὸν/kalòn kakòn).
O nome "Pandora" possui vários significados: panta dôra, a que possui todos os dons, ou pantôn dôra, a que é o dom de todos (dos deuses).
A razão da presença da Esperança com os males deve ser procurada através de uma tradução mais acurada do texto grego. A palavra em grego é ἐλπίς/elpís, que é definida como a espera de alguma coisa; pode ser traduzida como esperança, mas essa tradução seguramente é arbitrária. Uma tradução melhor poderia ser "antecipação", ou até o temor irracional. Graças ao fechamento por Pandora da jarra no momento certo, os homens sofreriam somente dos males, mas não o conhecimento antecipado deles, o que provavelmente seria pior.
Eles não viveriam o temor perpétuo dos males por vir, tornando suas vidas possíveis. Prometeu se felicita assim de ter livrado os homens da obsessão com a própria morte. Uma outra interpretação ainda sugere que este último mal é o de conhecer a hora de sua própria morte e a depressão que se seguiria por faltar a esperança.
Um outro símbolo está inserido neste mito. A jarra (pithos) nada mais é que uma simples ânfora: um vaso muito grande, que serve para guardar grãos. Este vaso só fica cheio através do esforço, do trabalho no campo, seu conteúdo então simboliza a condição humana. Por conseqüência, será a mulher que a abrirá e a servirá, para alimentar a família.
Uma aproximação deste mito pode ser feita com a Queda de Adão e Eva, relatada no livro do Gênesis. Em ambos os mitos é a mulher, previamente avisada (por Adão, na Bíblia, ou, aqui, por Prometeu e por Zeus), que comete um erro irremediável (comendo o fruto proibido, na Bíblia, ou, aqui, abrindo a caixa, ou jarra, de Pandora), condenando assim a humanidade a uma vida repleta de males e sofrimentos. Todavia, a versão bíblica pode ser interpretada como mais indulgente com a mulher, que é levada ao erro pela serpente, mas que divide a culpa com o homem.
A mentalidade politeísta vê Pandora como a que deu ao homem a possibilidade de se aperfeiçoar através das provas e da adversidade (o que os monoteístas chamam de males). Ela lhe dá assim a força de enfrentar estas provas com a Esperança. Na filosofia pagã, Pandora não é a fonte do mal; ela é a fonte da força, da dignidade e da beleza, portanto, sem adversidade o ser humano não poderia melhorar.

A mulher age onde menos se espera

VIÚVA DE ROBERTO MARINHO DECLARA VOTO EM DILMA

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E agora, Ali Kamel?
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Por Miguel do Rosário,
do blog Óleo do Diabo
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O Globo escondeu a declaração de voto de Lily Marinho, a viúva do magnata das comunicações Roberto Marinho, mas a colunista da Folha, Mônica Bergamo, não resistiu à indiscrição.

Vou fazer 90 anos. Sou velha para votar. Mas acho que, se votasse, seria na Dilma.

A declaração é de Lily, a elegante e sedutora aristocrata que, com mais de 70 anos, conquistou o coração de Dr.Roberto. Lembro do casamento. Foi bonito ver os dois velhinhos se casando. Dona Lily é uma socialite discreta, inteligente e, até onde sei, de opiniões progressistas. Com certeza não lê os blogs da Veja, o que já é grande coisa.
Roberto Marinho, apesar do apoio que deu ao golpe militar, nunca foi um hidrófobo histérico de direita como seus filhos. Tanto é que abriu a redação do jornal para comunistas e ex-comunistas. Para ele, a ideologia da pessoa não lhe impedia de ser um bom profissional ou mesmo uma boa pessoa. Recebeu até Fidel Castro em sua casa, conforme lembra Dona Lily, provando que também Fidel sempre foi um sujeito aberto ao diálogo cordial inclusive com seus piores adversários.
O mais curioso da matéria, claro, é a declaração de voto de dona Lily. E sua afirmação de que não receberá Serra nem Marina.
No Globo, a matéria saiu fria, árida, nitidamente constrangida, sem relatar a boa impressão que Dilma causou nas ressabiadas socialites cariocas, muitas das quais, conforme revelou uma amiga de Lily à coluna de Bergamo, morriam de medo do PT e da candidata.
Essa nota é muito mais importante do que parece a primeira vista. As fotos da candidata ao lado das vips do Rio serão publicadas e republicadas em praticamente todas as revistas femininas. Deverá causar bastante impacto também sobre o imenso universo artístico da TV Globo, com seus milhares de atores, contrarregras, técnicos, operadores, etc.
Sob o chicote do carrasco Ali Kamel, que impôs regras draconianas impedindo qualquer empregado, até o mais reles faxineiro, de expor suas opiniões políticas, ainda que sutilmente, em sites de relacionamento, twitter, blogs, etc, as simpáticas declarações de Lily em favor de Dilma Rousseff representam uma prova de que essas humilhantes restrições só valem para os escravos. O contraste é gritante. Aos escravos, o silêncio, a opressão, a mordaça; aos senhores, a liberdade. Dona Lily pode falar o que quiser, pode até explicitamente apoiar Dilma. Sei que ela não trabalha no jornal, mas mesmo assim, é uma figura ligada afetivamente às organizações Globo, em virtude de carregar o sobrenome de seu proprietário e ter sido a doce companheira de "Seu" Roberto por mais de uma década. A informação correrá nos bastidores da Globo como um rastilho de pólvora: Dona Lily está com Dilma! Quantos sorrisos maliciosos, furtivos, quase vingativos, não serão vistos nas salinhas de café?
Sim, porque na verdade manifestações contra Dilma e a favor de Serra estão tacitamente liberadas na Globo. Tanto é assim que Jabor e Merval continuam babando ódio antipetista em seus respectivos espaços. Miriam Leitão, que tem uma coluna diária intitulada Panorama Econômico, hoje não fala de economia; fala só de dossiê contra Dilma, ops, contra Eduardo Jorge. Convertida em promotora pública, ou paladina da oposição, a colunista ataca duramente Dilma Rousseff e o governo de terem feito dossiê contra um zémané do PSDB. Sabe-se lá o que pretendia a "equipe de inteligência" de Dilma ao fazer um dossiê contra Eduardo Jorge.
Aliás, é engraçado chamar de "equipe de inteligência" o que, fosse verdade, não passaria de uma trupe de retardados. Que há de inteligente em fazer dossiê contra um barnabé como Eduardo Jorge e, cúmulo da estupidez, ainda entregar o material para Veja e Folha de São Paulo? Não tem sentido.
A urubóloga parece ter ficado mordida por ter sido obrigada a publicar, ontem, um texto onde seus entrevistados são só elogios para a economia brasileira. Ou então, com vistas a garantir a estabilidade em seu emprego e um outro prêmio Maria Caboots, resolveu, após a martelada no prego, dar hoje uma na ferradura.

domingo, 18 de julho de 2010

O veu que encobre a essência do ser

O monstro da vaidade


A vaidade é um monstro de olhos faiscantes que transforma as suas vítimas em estátuas de pedra. Estátuas frias, sem alma, tão artificiais quanto pode ser um mero simulacro de ser de carne e osso ao se despir da originalidade intrínseca de cada um.
Ela pulsa dentro de nós, a vaidade, com a sua sede insaciável por transformar aqueles que a acalentam naquilo que gostariam que os outros achassem que são, não bastando jamais ao vaidoso a ciência de que é ao menos parecido com o que gostaria de ser.
Como enxergar através desse véu? Como podemos não nos expor ao ridículo por força desse ímpeto que beira o incontrolável? Há que ficarmos atentos. A autocrítica é imprescindível. Quando a deixamos de lado, caminhamos para o desastre.
Aos que acham que atingiram os píncaros do sucesso e da glória, conviria um conselheiro a sussurrar-lhes ao ouvido: “você é apenas um ser humano”. Mas ninguém presta esse serviço ao vaidoso, até para castigá-lo por sua insensatez. É um erro, porque a vaidade enlouquece.
O valoroso não precisa provar o que vale. Não é aumentado por estar aqui ou ali, ao lado, abaixo ou acima deste ou daquele, porque as suas qualidades falam o que as suas palavras não citam.
O verdadeiro valor não é ruidoso, não chama atenção para o próprio exterior, porque os seus predicados residem-lhe no âmago, sendo conhecidos só por aqueles que buscam a verdadeira natureza das coisas.
Diante da vaidade própria ou de outrem, adote a serenidade profética dos que entendem que a verdade é uma força da natureza irrefreável como o fluxo das marés ou como os ventos estelares do cosmo infinito, e que, portanto, acaba revelando o valor verdadeiro tanto quanto o artificial.
E ante a hipótese nada improvável de que não seja reconhecido em vida, contente-se com a certeza de que a história sempre acaba fazendo justiça, pois as farsas que produzem para enganá-la se esfarelam com o tempo, enquanto que a verdade tem a perenidade dos diamantes.
In: http://www.blogcidadania.com.br/2010/07/o-monstro-da-vaidade/

sábado, 17 de julho de 2010

Cadê o respeito pelo(a) leitor/audiência?

 16 de julho de 2010 às 17:38

Venício Lima: A velha mídia finge que o país não mudou

A velha mídia finge que o país não mudou
Venício Lima*, no Observatório de Imprensa
Apesar de não haver consenso entre aqueles que estudaram o processo eleitoral de 1989 – as primeiras eleições diretas para presidente da República depois dos longos anos de regime autoritário –, é inegável que a grande mídia, sobretudo a televisão, desempenhou um papel por muitos considerado decisivo na eleição de Fernando Collor de Mello. O jovem e, até então, desconhecido governador de Alagoas emergiu no cenário político nacional como o “caçador de marajás” e contou com o apoio explícito, sobretudo, da Editora Abril e das Organizações Globo.
No final da década de 80 do século passado, o poder da grande mídia na construção daquilo que chamei de CR-P, cenário de representação da política, era formidável. A mídia tinha condições de construir um “cenário” – no jornalismo e no entretenimento – onde a política e os políticos eram representados e qualquer candidato que não se ajustasse ao CR-P dominante corria grande risco de perder as eleições. Existiam, por óbvio, CR-Ps alternativos, mas as condições de competição no “mercado” das representações simbólicas eram totalmente assimétricas.
Foi o que ocorreu, primeiro com Brizola e, depois, com Lula. Collor, ao contrário, foi ele próprio se tornando uma figura pública e projetando uma imagem nacional “ajustada” ao CR-P dominante que, por sua vez, era construído na grande mídia paralelamente a uma maciça e inteligente campanha de marketing político, com o objetivo de garantir sua vitória eleitoral [cf. Mídia: teoria e política, Perseu Abramo, 2ª. edição, 1ª. reimpressão, 2007].
2010 não é 1989
Em 2010 o país é outro, os níveis de escolaridade e renda da população são outros e, sobretudo, cerca de 65 milhões de brasileiros têm acesso à internet. A grande mídia, claro, continua a construir seu CR-P, mas ele não tem mais a dominância que alcançava 20 anos atrás. Hoje existe uma incipiente, mas sólida, mídia alternativa que se expressa, não só, mas sobretudo, na internet. E – mais importante – o eleitor brasileiro de 2010 é muito diferente daquele de 1989, que buscava informação política quase que exclusivamente na televisão.
Apesar de tudo isso, a velha mídia finge que o país não mudou.
O CR-P do pós-Lula
Instigante artigo publicado na Carta Maior por João Sicsú, diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do IPEA e professor do Instituto de Economia da UFRJ, embora não seja este seu principal foco, chama a atenção para a tentativa da grande mídia de construir, no processo eleitoral de 2010, um CR-P que pode ser chamado de “pós-Lula”.
Ele parte da constatação de que dois projetos para o Brasil estiveram em disputa nos últimos 20 anos: o estagnacionista, que acentuou vulnerabilidades sociais e econômicas, aplicado no período 1995-2002, e o desenvolvimentista redistributivista, em andamento. Segundo Sicsú, há líderes, aliados e bases sociais que expressam essa disputa. “De um lado, estão o presidente Lula, o PT, o PC do B, alguns outros partidos políticos, intelectuais e os movimentos sociais. Do outro, estão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), o PSDB, o DEM, o PPS, o PV, organismos multilaterais (o Banco Mundial e o FMI), divulgadores midiáticos de opiniões conservadoras e quase toda a mídia dirigida por megacorporações”.
O que está em disputa nas eleições deste ano, portanto, são projetos já testados, que significam continuidade ou mudança. Este seria o verdadeiro CR-P da disputa eleitoral para presidente da República.
A grande mídia, no entanto, tenta construir um CR-P do “pós-Lula”. Nele, “o que estaria aberto para a escolha seria apenas o nome do ‘administrador do condomínio Brasil’. Seria como se o ‘ônibus Brasil’ tivesse trajeto conhecido, mas seria preciso saber apenas quem seria o melhor, mais eficiente, ‘motorista’. No CR-P pós-Lula, o presidente Lula governou, acertou e errou. Mas o mais importante seria que o governo acabou e o presidente Lula não é candidato. Agora, estaríamos caminhando para uma nova fase em que não há sentido estabelecer comparações e posições (…); não caberia avaliar o governo Lula comparando-o com os seus antecessores e, também, nenhum candidato deveria (ser de) oposição ou situação (…); projetos aplicados e testados se tornam abstrações e o suposto preparo dos candidatos para ocupar o cargo de presidente se transforma em critério objetivo”.
Sicsú comenta que a tentativa da grande mídia de construir esse CR-P se revela, dentre outras, na maneira como os principais candidatos à Presidência são tratados na cobertura política. Diz ele: “a candidata Dilma é apresentada como: ‘a ex-ministra Dilma Rousseff, candidata à Presidência’. Ou ‘a candidata do PT Dilma Rousseff’. Jamais (…) Dilma (é apresentada) como a candidata do governo (…)”. Por outro lado, “Serra e Marina não são apresentados como candidatos da oposição, mas sim como candidatos dos seus respectivos partidos políticos. Curioso é que esses mesmos veículos de comunicação, quando tratam, por exemplo, das eleições na Colômbia, se referem a candidatos do governo e da oposição”.
Novos tempos
Muita água ainda vai rolar antes do dia das eleições. Sempre haverá uma importante margem de imprevisibilidade em qualquer processo eleitoral. Se levarmos em conta, no entanto, o que aconteceu nas eleições de 2006, o poder que a grande mídia tradicional tem hoje de construir um CR-P dominante não chega nem perto daquele que teve há 20 anos. E, claro, um tal CR-P não significaria a eleição garantida de nenhum candidato (a).
O país realmente mudou. A velha mídia, todavia, insiste em “fazer de conta” que tudo continua como antes e seu poder permanece o mesmo de 1989. Aparentemente, ainda não se convenceu de que os tempos são outros.
*Venício A. de Lima é professor titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado) e autor, dentre outros, de Liberdade de Expressão vs. Liberdade de Imprensa – Direito à Comunicação e Democracia, Publisher, 2010.
In: http://www.viomundo.com.br/politica/venicio-lima-a-velha-midia-finge-que-o-pais-nao-mudou.html

quarta-feira, 7 de julho de 2010

ABAIXO O MACHISMO!

O delegado que não assistiu ao estupro pretende culpar a vítima?

“Eu não posso dizer que houve estupro. Houve a conjunção carnal. Houve o ato. Agora, se foi concedido ou não, se foi na marra eu não posso fazer esse comentário porque eu não estava presente”.
Palavras do delegado Nivaldo Rodrigues, diretor da Polícia Civil na Grande Florianópolis, a respeito da denúncia de estupro feita pela família de uma menor contra dois (ou três) menores.
Acho que o delegado deve mesmo ser cauteloso. Acho importante preservar sempre a presunção de inocência. Acho que é preciso sempre preservar menores de idade.
Porém, a declaração do delegado me parece muito com a argumentação de advogados de defesa, quando pretendem culpar a vítima.
Já vi isso quando eu era um jovem repórter e o cantor Lindomar Castilho assassinou Eliane de Grammont. Para mencionar um caso mais atual, tenho visto isso em relação ao caso do goleiro Bruno, quando se tenta desqualificar a vítima com o intuito de sugerir que ela mereceu ser morta. Trinta anos se passaram e o machismo resiste firme e forte na sociedade brasileira. É como se as mulheres pedissem para morrer ou, pelo seu comportamento, se oferecessem para o estupro.
No caso de Santa Catarina, é óbvio que houve uma tentativa de proteger adolescentes de famílias influentes. Para além disso, no entanto, não deixa de ser chocante que um delegado se comporte como se fosse advogado de defesa dos acusados. Sim, ele não estava lá, como provavelmente nunca esteve lá em nenhum dos crimes que investigou. Se pretendia ser cauteloso, não deveria nunca sugerir que a menor acusadora teria “concedido” sexo aos dois (ou três) menores que ela agora acusa de estupro. Ao fazer o que disse que não pretendia fazer, ele “especulou” em defesa dos acusados.
In:http://www.viomundo.com.br/opiniao-do-blog/o-delegado-que-nao-assistiu-ao-estupro.html

terça-feira, 6 de julho de 2010

Dizem que a mulher É o sexo frágil Mas que mentira Absurda! (Erasmo Carlos)

Mulher que sai na frente,mulher dona-de-casa,mulher pra presidente


Mulheres guerreiras
A força de trabalho da mulher brasileira é grande. Está espalhada nas lavouras, no artesanato, nas fábricas, no campo, nas cidades, e nas residências. Cada uma com sua história de vida.
Elas conquistaram espaço, respeito e admiração. Em um passado recente mulheres brasileiras fizeram-se presente na história de uma geração que lutava pelos ideais de uma juventude que sonhava com a liberdade de uma nação.
Hoje são destaques em suas áreas e revelaram para nós a doçura e a dureza de serem mulheres que ousaram seguir caminhos em defesa de um país livre e democrático.
Mulheres que na juventude se entregaram na luta de uma causa em que muitos insistiam em não enxergar, os destinos da nação. Lutaram com suas forças que escondiam a fragilidade feminina, em busca de uma pátria livre.
Quem sabe faz a hora não espera acontecer. Mulheres que saem na frente pela democracia, Mulher estudante, Mulher dona de casa, Mulher presidente.
 In: dilma13.blogspot.com

Mulher que se atrasa, Mulher que vai na frente, Mulher dona-de-casa, Mulher pra presidente (Ultraje a Rigor)

A Mulher e uma Sociedade mais Justa





*por Fernando Rizzolo

Superar as diferenças que existem entre homens e mulheres no mercado de trabalho, nas oportunidades, nas religiões sempre foi um desafio tanto daqueles que se propõem a ter uma visão reformista da situação quanto daqueles que almejam, através da política, promover projetos de inclusão da mulher na vida pública ou na defesa da integridade física feminina, frequentemente vítima da sociedade em que os homens legislam.

No caso do Brasil, talvez a condição da mulher seja pior que em outros países. Numa sociedade em que a maioria da população ainda tem baixo poder aquisitivo, muitas vezes o salário da mulher complementa a renda familiar, isso quando não acaba sendo o único recurso para prover o sustento do lar. Com efeito, os movimentos feministas de libertação da mulher no mundo sempre polarizaram a discussão entre homens e mulheres em relação às conquistas no mercado de trabalho e no que diz respeito às oportunidades sociais, tudo isso como se o homem fosse, em si, o ponto central da questão feminista.

Na realidade, esse jogo, que poderíamos caracterizar como uma manobra diversionista, nunca denunciou por completo que a luta pelos direitos reais da mulher deveria ser travada com a união da força de trabalho dos homens, que, cerrando fileiras com as trabalhadoras, avançariam em direção a uma sociedade mais justa e menos fragmentada pela visão tendenciosa e divisionista desses movimentos, cujos objetivos sempre esbarraram no vazio dos avanços sociais e se debelam na disputa entre os sexos.

A notícia de que o Brasil caiu nove posições e atingiu o 82.º lugar no ranking de desigualdade entre homens e mulheres no mundo, segundo relatório do Índice Global de Desigualdade de Gêneros 2009, do Banco Mundial, divulgado neste mês de outubro, nos leva a uma profunda reflexão sobre o papel da mulher na sociedade brasileira. Apesar de estarmos entre os locais com atendimento à saúde menos discriminatório, os pesquisadores responsáveis pelo estudo viram um aumento na lacuna entre a renda de homens e mulheres que trabalham em posições semelhantes e na renda mensal estimada.

Promover uma participação mais justa da mulher na sociedade vai muito além da questão discriminatória; deverá agregar maior inclusão por parte da mulher na vida pública, uma vez que, no Brasil, a política ainda é, na maioria, exercida pelos homens. Tornar o Congresso Nacional mais feminino, mais suave, é expressar o que, na realidade, já ocorre na sociedade, cujo papel da mãe, da esposa, da profissional serve como baluarte da estrutura familiar, suprindo uma lacuna do Estado, que, por vezes, se omite em seu papel provedor, tanto em relação aos homens quanto em relação às mulheres.

Fernando Rizzolo é advogado, pós-graduado em Direito Processual, mestrando em Direito Constitucional, Prof. do Curso de Pós Graduação em Direito da Universidade Paulista (UNIP). Participa como coordenador da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção São Paulo, é membro efetivo da Comissão de Direito Humanos da OAB/SP, foi articulista colaborador da Agência Estado, e editor do Blog do Rizzolo - www.blogdorizzolo.com.br
In: dilma13.blogspot.com/

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Apenas o Datafolha e o IBOPE não detecta o óbvio

Jornal português: Dilma, 46%; Serra, 38%. Ai é, ó pá?

Ninguém me pergunte de onde eles tiraram estes números, porque eu não sei. Estou republicando porque estão publicados na web.
Mas que bate com os tais oito pontos de vantagem que se cochicha aqui e ali na imprensa e nos meios políticos, isso bate. É o que saiu na internet hoje, publicado pelo jornal Diário de Notícias, um dos maiores e mais respeitados de Portugal.
Vou reproduzir, literalmente, o trecho da matéria, que você pode ler, na íntegra,  na internet, clicando aqui.
“Serra, que foi ministro da Saúde no Governo de Fernando Henrique Cardoso e governador de São Paulo, enfrenta uma tarefa difícil. A candidata de Lula, a ex-ministra Dilma Roussef, não só lidera as sondagens como tem ao seu lado o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, indicado pelo PMDB – o principal partido do país, que apoiou o antecessor de Lula, Fernando Henrique Cardoso, durante os oito anos do seu mandato e fez o mesmo durante o mandato de Lula, nos oito anos seguintes. Lula e Cardoso são adversários, mas o PMDB – do ex-presidente José Sarney – apoiou um e outro sem problemas. Sem precisar de indicar o seu próprio candidato à presidência.
Enquanto Dilma está com 46% das preferências de voto e Serra com 38%, a candidata verde, senadora Marina Silva, está abaixo de 10%. O seu vice é o empresário Guilherme Leal, dono da Natura, uma indústria de cosméticos que sempre se notabilizou por preocupação ambiental.”
Insisto, não tenho qualquer informação sobre quem fez e quando se fez esta tal pesquisa. A única informação que tenho é a que está publicada. Mas que, ora, pois, pois, é uma maravilha, é.
  por Brizola Neto
In: http://www.tijolaco.com/

domingo, 4 de julho de 2010

O povo indígena merece ser melhor representado

ÍNDIO DA COSTA E AS EXPRESSÕES PEJORATIVAS CONTRA OS GRUPOS INDÍGENAS

Da editoria-geral do Terra Brasilis
O que o deputado federal Antonio Pedro de Siqueira Índio da Costa (DEM-RJ) tem a ver com alguns dos diversos grupos étnicos indígenas que habitam ou habitaram o território brasileiro, especificamente? Ao que se sabe, NADA. Que laços consanguíneos e culturais o vice de José Serra (PSDB) possui com os índios? Ao que se sabe, NENHUM.

Diante dessa constatação, eu fiquei a me perguntar: por que, então, alguns blogues andam redigindo "programa de índio", "projeto de governo de Serra é de índio", "mim não saber ser vice" quando se referem ao vice, Índio da Costa? O uso dessas expressões se faz presente, inclusive, nos blogues que apoiam a candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff. Será que, ao usar tais expressões, as editorias-gerais desses blogues não estariam incorrendo em um equívoco descritivo do comportamento indígena? Será que o viés dessa visão antropologicamente distorcida não contribui para aprofundar o já secular preconceito contra essa etnia, submetendo-a ao deboche de uma sociedade na qual impera o consumismo, o individualismo e o não respeito à natureza, por exemplo?

Consideremos a análise da primeira expressão ["programa de índio"]: O que ela vem a significar, em nossa comunidade linguística, em termos semântico-pragmáticos? Um simples debruçar-se sobre os sentidos emanados do "programa de índio" nos leva a uma ideia negativa, pois remete a tudo que não pertence à sociedade industrializada e tecnológica. É como considerar "horrendo" fritar um peixe em cima de um pequeno feixe de lenha, pois o "saudável", "prático" e, portanto, "civilizado" é descongelar um peixe - sabe-se lá há quantos dias em refrigeração - e metê-lo em um aparelho micro-ondas. Agir de acordo com a primeira possibilidade é coisa de índio, ultrapassado, nada civilizado, sem valor, um... "programa de índio".

Quanto à segunda expressão ["projeto de governo de Serra é de índio"], há de se perceber que, no afã de desacreditar um projeto de governo que em nada representa os anseios do povo brasileiro [incluo, aqui, as comunidade indígenas], descamba-se para a gratuidade de uma concepção a partir da qual se firma a incapacidade de um grupo que, ao contrário, sabe lidar muito mais com aquilo que aprendeu com a natureza do que os ditos civilizados, doutos, não-apedeutas.

Evidente que não está se falando dos índios que foram dolorasamente aculturados, pois estes olham o mundo que os cerca com os olhos de uma civilização que os cega. Daí, os frequentes suicídios, o devastador alcoolismo e o desencanto com um ilusório mundo que os engole. O alvo aqui é toda uma cultura indígena, disseminada nos mais variados grupos étnicos. O alvo aqui são as Tribos e Nações Indígenas que lutam por manter vivos seus ideais de permanência no seio da Mãe-Terra. É em defesa dessa sofrida e usurpada, mas altiva gente, que repudio o uso pejorativo de tais expressões.

O deputado federal e vice de Serra dever ser tratado no âmbito estritamente político e não associado, por meio de expressões negativas e pejorativas, a uma cultura e a um povo que em nada se parece com esse senhor que traz em seu registro o nome "Índio".

Dividindo poder e responsabilidades

Brasileiros querem avanços na igualdade de sexo


 
O Brasil é o segundo país onde mais gente acredita que é necessário avançar na igualdade entre homens e mulheres. Uma pesquisa realizada com 24.790 pessoas em 22 países, pela Pew Research Center, dos Estados Unidos, revela que 95% dos entrevistados brasileiros defendem que as mulheres devem ter direitos iguais aos dos homens, e 84% responderam que é preciso ser feito mais para que isso seja atingido.
Este resultado só ficou atrás do Japão, onde 89% dos entrevistados afirmaram que são necessárias mudanças para aumentar a igualdade entre os sexos e 89% dos entrevistados acreditam que deve haver igualdade de direitos.
A pesquisa marca os 15 anos da quarta Conferência Mundial da ONU sobre Mulheres, em Pequim, que resultou em uma declaração afirmando que “homens e mulheres deveriam dividir poder e responsabilidade em casa, no trabalho e nas comunidades nacionais e internacionais”. O objetivi da pesquisa é justamente checar até que ponto os princípios da declaração foram adotados.
Em linhas gerais, o estudo concluiu que, apesar de a grande maioria dos entrevistados concordar com a noção de igualdade de direitos, muitos deles são reticentes em aceitá-la quando ele implica, por exemplo, em concorrência no mercado de trabalho. O resultado mostra que a grande maioria dos entrevistados expressou apoio à igualdade entre homens e mulheres e concordou que as mulheres devem poder trabalhar fora. A Nigéria foi o único país onde menos da metade dos entrevistados acredita na igualdade de direitos (45%).
Em 19 dos 22 países, a maior parte dos entrevistados concorda que um casamento em que marido e mulher dividem despesas e responsabilidades domésticas é mais satisfatório do que o casamento em que o homem é o provedor e a mulher cuida do lar. No Brasil esse número chega a 84%. O Paquistão foi o único país onde a grande maioria dos entrevistados (79%) acredita que um casamento em que o homem provém e a mulher cuida da casa é melhor.
 Da BBC Brasil
por Mulheres com Dilma

Quando a noticia é contra a mídia...

FAMÍLIA DE MENOR ESTUPRADA POR FILHINHOS DE PAPAI CLAMA POR JUSTIÇA
A sociedade catarinense não vai deixar que filho de delegado de polícia e dono de rede de tv, rádios e jornais – RBS – (Diário Catarinense, Jornal de Santa Catarina, Jornal A Hora de Santa Catarina, Jornal A Notícia, Rádio Itapema, Rádio Atlândida FM, CBN Diário) fiquem impunes. Não é mesmo governador Leonel Pavan?
Mâes denunciam estupro em Florianopolis envolvendo filhos de delegado e dono da midia do sul do pais.
TIjoladas MEGA BOMB DO ANO – Estupro de menina por três rapazes menores, entre eles o filho do dono de uma rede de TV da Capital, ainda não virou notícia na RBS. Sr. Sérgio Sirotsky o que o senhor acha desse crime? Atualizado – O desabafo de uma amiga da família, da menina que tentou suicídio. TIJOLADAS

In: http://tvflorianopolis.blogspot.com/2010/06/estupro-em-florianopolis-envolve-filho.html

Por amor à vida

Violência também é questão de saúde


 
A violência é a maior causa de internação dos brasileiros. O levantamento, realizado pelo Ministério da Saúde (MS), inclui violência doméstica, no trânsito, sexual e urbana, entre outras. Além do tratamento das lesões causadas por cada situação, o governo está preocupado com a saúde mental das vitimas de violência.
As 448 maiores cidades do país já contam com uma rede integrada de atendimento para tratar os casos. Nesses municípios, o profissional de saúde que recebe um paciente vítima de violência preenche uma ficha de identificação. “As vítimas, geralmente, são atendidas primeiro nos pronto- socorros. Se for o caso, elas são encaminhadas para um tratamento psicológico”, explica Marta Alves, coordenadora de prevenção de violências e acidentes do MS.
Estresse pós-traumático, distúrbios e fobias são comuns entre as vítimas de violência. Mesmo se não for identificado um trauma já no primeiro diagnóstico, o paciente pode procurar uma unidade básica de saúde ou mesmo um Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS). “Somos parceiros em diversas campanhas educativas, como a que previne o uso de crack, no combate a mistura bebida e direção”, reforça Marta.
Vida real
As marcas da violência, muitas vezes, deixam mais do que cicatrizes no corpo. É bastante comum o psicológico ser abalado por uma situação grave de violência. Esse foi o caso da catarinense Maria Aparecida Marques, que aos seis anos foi abusada sexualmente pelos dois irmãos esquizofrênicos e um vizinho. Com vergonha da família, preferiu não contar a ninguém.
O segredo a perturbou por vários anos até explodir em uma crise de estresse-pós traumático. “Tive um surto muito forte, não conseguia fazer nada.  Tinha medo dos meus irmãos. Eu já era casada, eles já não podiam me encontrar mas mesmo assim vivia tudo de novo”. Aparecida  também desenvolveu distúrbio bipolar e começou a ter visões. “Foram noves anos de surtos frequentes, o tratamento foi sofrido, mas eu venci.”
Hoje, mãe de dois filhos e com 41 anos, Aparecida faz tratamento no CAPS de Laguna (SC), cidade onde mora. Ela garante que é muito bem assistida e faz diversas atividades terapêuticas no Centro.
por Mulheres com Dilma

A história de uma heroína

Torre das Donzelas

Como era a vida de Dilma Rousseff na masmorra que abrigava presas políticas durante o regime militar no presídio Tiradentes
Luiza Villaméa e Claudio Dantas Sequeira
( REVISTA ISTO É )

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COMPANHEIRAS DE CADEIA
Dilma, Eleonora, Guiomar, Rose e Cida na época em que foram presas

Durante quase três anos, Dilma Rousseff, a candidata do PT à Presidência da República, morou na Torre das Donzelas. A construção colonial não pertencia a nenhum palácio. Encravada no presídio Tiradentes, em São Paulo, ganhou o singelo nome por abrigar presas políticas do regime militar. Para chegar à Torre, Dilma e suas companheiras atravessavam um corredor com celas em uma das laterais. Os cubículos eram ocupados pelas corrós, as presas correcionais, tiradas de circulação por um mês, em geral por vadiagem ou prostituição. Essas mulheres costumavam ficar seminuas ou com a roupa virada pelo avesso, para se apresentarem em trajes limpos quando liberadas.
“Terrorista! Linda! O que você está fazendo aqui?”, gritavam as corrós ao verem passar uma nova presa política. Depois do corredor, havia um pequeno pátio. Em seguida, vinha a Torre. Dilma atravessou o corredor das corrós em fevereiro de 1970, aos 23 anos, após mais de 20 dias nos porões da repressão política. “Ela chegou fragilizada pela tortura, mas logo se recuperou”, lembra a jornalista Rose Nogueira, 64 anos, que passara pelo mesmo processo três meses antes.
Ao entrar pela primeira vez na Torre, Dilma viu as celas pequenas do térreo e duas escadarias laterais que saíam de uma espécie de hall e se encontravam no piso superior. Nesse andar, havia a cela 4, chamada de celão, pois se espalhava por 80 metros quadrados. Tinha também a cela 5, mais tarde adaptada como cozinha, e a 6, que Dilma dividiu com outras mulheres. “No começo, ficávamos na tranca o tempo todo”, conta a advogada Maria Aparecida Costa, a Cida Costa, 65 anos, uma das ocupantes da cela 6. Depois de algumas semanas e muitas reivindicações, as celas passaram a ficar abertas durante o dia.
Não demorou para que as donzelas da Torre se agrupassem, primeiro com base nas organizações clandestinas às quais pertenciam no “mundão”. Porque a Torre, no vocabulário das presas, era o “mundinho”. Mas as afinidades pessoais também contavam muito, como relata a médica e pesquisadora Guiomar Silva Lopes, 66 anos. “No mundão, o vínculo era de vida e morte”, diz Guiomar. “Na cadeia, estabelecemos uma relação de confiança inabalável.” Dilma é até hoje lembrada pelo espírito solidário. Durante um período, cuidou de uma estudante de arquitetura. “Quando a menina chegou da tortura, estava muito desestruturada emocionalmente”, afirma a advogada Rita Sipahi, 72 anos. “A Dilma ficou de olho nela o tempo todo para evitar que cometesse algum desatino.”
Com a possibilidade de circular entre as celas, as presas políticas tentavam curar as feridas umas das outras e também se organizavam. Havia escala para as tarefas da limpeza e da cozinha. Com os víveres levados pelas famílias, elas preparavam as próprias refeições. Algumas conseguiam bons resultados, embora só contassem com dois fogareiros elétricos. Outras, nem tanto. A dupla mais desastrada na cozinha era formada por Dilma e Cida. “Não dominávamos a arte do tempero”, reconhece Cida. Numa ocasião, as duas resolveram caprichar no preparo de um prato de legumes. Acabaram servindo uma sopa de quiabo intragável. “Ficamos um pouco frustradas com o resultado, pois havíamos nos esforçado.”
Dilma se sobressaía nos grupos de estudo. “Ela é muito engenhosa na macroeconomia”, elogia outra companheira da Torre, a economista Diva Burnier, 63 anos. Na cadeia, Dilma, que abandonara a faculdade por causa da clandestinidade, dava aulas de economia para as colegas e participava dos debates. Num deles, defendeu a ampliação dos limites marítimos do Brasil. “Embora fosse uma iniciativa dos militares, Dilma apoiava, pois acreditava ser uma questão de soberania”, recorda Rose. “Hoje é fácil perceber a importância daquela decisão, tanto por causa da biodiversidade como pelo pré-sal.”
Aos 82 anos, a advogada Therezinha Zerbini, mulher do general Euryale de Jesus Zerbini, cassado em 1964, também recorda de Dilma com admiração. Presa na Torre durante o ano de 1970, Therezinha se destacava tanto pela origem quanto por ser uma senhora entre a população carcerária extremamente jovem. “As amigas dela me chamavam de ‘burguesona’ e ela me defendeu. Ela tinha uma liderança nata”, diz Therezinha. Quando precisava, Dilma endurecia. No final do ano, Therezinha estava bordando o vestido que a filha usaria no Réveillon quando um grupo de militares a procurou. “Acho que queriam me convencer a entrar num programa de arrependidos”, diz, referindo-se aos presos que foram à tevê renegar a opção pela resistência ao regime. “Não quis atendê-los. Eles voltaram mais tarde e, quando eu estava mandando-os ir embora, a Dilma gritou: ‘Dá duro neles, Therezinha. Se precisar, nós colocamos todos para fora’ .”
Naqueles tempos, a atitude desafiadora só seria possível mesmo no presídio Tiradentes. Como muitos torturadores costumavam repetir durante as sessões que promoviam, o Tiradentes “era o paraíso”. Isso porque, ao entrar no presídio, a pessoa estava com a prisão reconhecida pelo Estado. Às vezes, era levada para interrogatórios em outras instituições, mas praticamente não corria risco de morrer ou “desaparecer”. Na escala macabra estabelecida nos porões do regime, a Operação Bandeirante (Oban) era o inferno, ficando o purgatório por conta da Delegacia Estadual de Ordem Política e Social (Deops). Como várias companheiras de cadeia, Dilma passou pelo inferno e pelo purgatório antes de chegar à Torre.
Por conta das sevícias, sofreu uma disfunção hormonal que levou anos para ser curada. Não perdeu, porém, o gosto pela vida. Com Cida, passava horas lendo os livros de ficção científica. Quando o rodízio do único aparelho de tevê da Torre caía em sua cela, entrava na madrugada vendo os filmes da sessão “Varig, a dona da noite”. Aprendeu até a bordar. “Ela fez uma tapeçaria com flores coloridas, que colocamos na parede”, lembra Rose. Na Copa do Mundo de 1970, acompanhou os jogos de perto. “A Dilma torceu muito pela Seleção Brasileira”, diz a socióloga Rosalba de Almeida Moledo, 66 anos.
No período em que o advogado Carlos Franklin Paixão de Araújo, seu companheiro, permaneceu encarcerado no Tiradentes, Dilma se comunicava com ele com a ajuda dos presos comuns. A rota usada por ela e outras presas políticas consistia em baixar mensagens por meio de uma corda artesanal, chamada “teresa”, para a carceragem dos “comuns”, que ficava embaixo da Torre. “De cela em cela, as mensagens chegavam ao destinatário, na ala dos presos políticos”, comenta Guiomar. “O recurso também era fundamental para sabermos o que estava acontecendo lá fora.”
Outro canal com o “mundão” eram as visitas, nas tardes de sábado, a maioria proveniente da capital paulista. “Nossas famílias, de Belo Horizonte, não conseguiam viajar com tanta frequência”, diz a pró-reitora da Universidade Federal de São Paulo, Eleonora Menicucci de Oliveira, 66 anos. “De qualquer forma, a mãe da Dilma e o irmão dela conseguiam vir bastante. Era uma alegria.” Para a mãe e as irmãs de Eleonora, viajar era mais complicado. Elas cuidavam de Maria, a filha de Eleonora, que tinha apenas um ano e dez meses quando a mãe foi presa.
Conhecidas desde os tempos em que estudavam em Belo Horizonte, Dilma e Eleonora comemoravam com as meninas da Torre o Natal, o Réveillon e o Carnaval. As fantasias eram improvisadas, é claro, mas havia até desfile no “celão”. No caso de Dilma, as estratégias para manter o moral elevado atrás das grades também passava pelo humor. “Ela pôs apelido em todas nós”, conta Rita. “Uma era a Ervilha, outra a Moló, porque tinha jogado um coquetel-molotov em uma ação.” Essa faceta pouco conhecida de Dilma é ressaltada por outras entrevistadas. “Ela tem um humor impagável”, garante Eleonora. Quando a hoje presidenciável deixou a Torre, as companheiras de cadeia repetiram o ritual criado para o momento da libertação: cantaram “Suíte do Pescador”, de Dorival Caymmi, que começa com o verso “Minha jangada vai sair pro mar”. Quase 40 anos depois, tudo o que sobrou do presídio foi o portal de pedra, tombado como patrimônio histórico. No final de 1972, a construção de 1852 começou a ser demolida, para a construção do metrô paulistano.

Por Enio - Maquinista do PTrem das Treze
In: http://dilma13.blogspot.com