sábado, 30 de abril de 2011

Redução da jornada de trabalho já!

http://4.bp.blogspot.com/-HqqwbCg8Rho/TbyJ6DIh5tI/AAAAAAAAGmg/6N473ElLulc/s1600/Dilbert-10-Por-Cento.jpg
No http://esquerdopata.blogspot.com/

Para ficar na história (infelizmente)

Aconteceu em
30 de abril
Destroços do carro onde explodiu a bomba
1981 - Dia do Riocentro
Caso Rio-centro: bomba em show de 1º de Maio no Rio explode no colo dos terroristas em "acidente de trabalho". As apurações acobertam tudo e o militar sobrevivente sai condecorado. O episódio desmoraliza em profundidade a "abertura" do gen. Figueiredo e engrossa as filas oposicionistas.

No http://www.vermelho.org.br/

"Nesse Primeiro de Maio, quando renovo meus compromissos com vocês, trabalhadores brasileiros, de continuar a política de valorização do salário mínmo, de manter e ampliar suas conquistas trabalhistas, digo também que é hora de olharmos, com um carinho todo especial, para nossos irmãos que ainda não entraram no mercado de trabalho. Convoco todos os brasileiros, sem exceção, para vencermos juntos a batalha contra a miséria." Presidenta Dilma

Salve, Trabalhador!

Salve, Trabalhador!

Salve você que cura o corpo e a alma!
Salve você que constrói onde podemos trabalhar e descansar!
Salve você que salva e guarda vida!
Salve você que nos ensina a amar!

Você que embeleza a vida, salve!
Você que deixa tudo limpinho, salve!
Você que nos deixa ouvir e olhar pra você, Salve!
Você que nos dá alegria pra viver, salve!

Salve você que nas fábricas ou nas cozinhas prepara o nosso de comer!
Salve você que alimenta o nosso conhecer!
Salve você que nos faz melhor conviver!
E você, e você, e você...

Salve você que nos dá vontade de ser... você!
Salve! Salve! Salve...!
Salve Trabalhador!

Terezinha de Deus

Paralisação da Rede Municipal de Paulo Afonso


Menina de 10 anos dá aula de cidadania em Aleluia

O futuro nos promete através de crianças sábias e comprometidas com o desenvolvimento social e político do seu povo.

30 de abril de 2011 às 0:10

Aninha Zortea, a justiceira: “Não foi nada legal o que ele falou do Lula”


por Conceição Lemes

Definitivamente, entrou para o lixo da história a carta aberta do ex-deputado José Carlos Aleluia à Universidade de Coimbra contra a concessão do título de doutor honoris causa ao ex-presidente Lula. Demonstração inequívoca de mesquinhez, dor-de-cotovelo, inveja. Preconceito de classe explícito.

Recebeu repúdio quase unânime dos leitores do Viomundo. Com certeza um dos posts mais comentados de 2011: 425 comentários. Entre eles, este:


Aninha,quando li este post da Conceição e vc,me deu um arrepio de felicidade,nunca perdi a esperança de justiça social e, de melhores dias para o povo explorado de nosso país.Esta reportagem, lembrou-me de um menino,também de 10 anos,lá em Honduras,e suas sabias palavras contra as injustiças sociais. Sensibilidade social não é para qualquer um.Abraços



No http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/aninha-zortea-a-justiceira-nao-foi-nada-legal-o-que-ele-falou-do-lula.html

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Presidenta Dilma - toda prosa



Lula e Dilma eleita


Passagens destacada pelo Dep. Brizola Neto da fala da Presidenta Dilma na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social:

Os países emergentes (...) sustentaram a dinâmica econômica no pior momento da crise, agora são pressionados por políticas de expansão intensa da liquidez internacional, geradora de desequilíbrios não só cambiais, mas, também, de desequilíbrios inflacionários. (...)
Eu tenho o compromisso (...) com o controle da inflação, (...) E eu cumpro meus compromissos.
Eu também tenho compromisso com o crescimento econômico e social (...) e eu cumpro os meus compromissos.
(…) muitos dos problemas que vivemos hoje (...) podem ser chamados de bons problemas. (...) resulta(r)m do crescimento da demanda do país (...)
(…) há pressão de mão de obra porque vivemos próximos do pleno emprego. Há problemas de conflitos nas grandes obras, porque elas voltaram a existir, depois de muitos anos, (...).
(…) a nossa renda cresceu e milhões de famílias, finalmente, alcançaram o mercado de consumo. (...)
Por isso, é sempre melhor enfrentar os problemas do crescimento do que os problemas do desemprego, da falta de renda, da falta de investimento e da depressão econômica. (...)
O futuro (...) é de otimismo, como um país que aprendeu a se respeitar e a se fazer respeitado, de um país que aumentou sua autoestima e descobriu que sua maior força é seu povo trabalhador e seu empreendedor."

Dilma e os BONS problemas do Brasil

"Os países emergentes que, é bom que se reconheça, sustentaram a dinâmica econômica no pior momento da crise, agora são pressionados por políticas de expansão intensa da liquidez internacional, geradora de desequilíbrios não só cambiais, mas, também, de desequilíbrios inflacionários. E isso é importante que nós tenhamos consciência e clareza: de desequilíbrios e pressões cambiais e inflacionárias, porque um afluxo deste nível que hoje o mundo experimenta, de liquidez sobre as economias em desenvolvimento, significa, necessariamente – como também foi mostrado aqui hoje – uma grande pressão sobre o valor de todos os ativos e uma expansão absolutamente desenfreada do crédito e uma pressão monetária sobre as economias em desenvolvimento.
(…)É preciso, portanto, ter responsabilidade e serenidade na condução da política econômica. Nós estamos monitorando, como eu disse, a evolução da economia, e estamos prontos para tomar as medidas sempre que for necessário.
Eu tenho o compromisso – e assumi desde o primeiro momento, no meu discurso de posse e ao longo da minha campanha – com o controle da inflação, pois sem ele não há desenvolvimento sustentável. E eu cumpro meus compromissos.
Eu também tenho compromisso com o crescimento econômico e social, pois isso é que gera empregos e possibilita a inclusão de milhões e milhões de brasileiros e brasileiras na condição de cidadãos plenos, e eu cumpro os meus compromissos.
(…)Sabemos que muitos dos problemas que vivemos hoje e que temos o compromisso de enfrentar e resolver podem ser chamados de bons problemas. Por exemplo: os aeroportos que temos de expandir estão cheios porque o aumento das viagens aéreas supera, em muito, o crescimento do país. Isso não significa que nós não temos a consciência e a dedicação necessárias para resolver esse problema. Pelo contrário, o fato de ele resultar do crescimento da demanda do país exige, não que eles estejam prontos para a Copa ou para as Olimpíadas, mas que eles estejam prontos para atender o crescimento da imensa demanda da população brasileira por viagens de avião, devido à extraordinária melhoria da sua renda.
(…)Hoje nós sabemos – voltando aos problemas, aos bons problemas – que há pressão de mão de obra porque vivemos próximos do pleno emprego. Há problemas de conflitos nas grandes obras, porque elas voltaram a existir, depois de muitos anos, em que o país não sabia o que era construir uma grande usina ou uma ferrovia importante. Mas, por isso nós não ficaremos passivos, olhando os problemas, vamos enfrentá-los. E isto significa enfrentá-los especificamente, em cada obra, cada acontecimento, mas significa também a preocupação do governo com a melhoria e a capacitação dos seus trabalhadores e trabalhadoras. Por isso, nós iremos lançar, nos próximos dias, o Programa Nacional de Ensino Técnico e Capacitação Profissional, porque ele faz parte do processo de solução dos desafios que se colocam para a formação da mão de obra brasileira.
(…)nós também temos pressões e demandas que temos de controlar, porque a nossa renda cresceu e milhões de famílias, finalmente, alcançaram o mercado de consumo. São problemas [que], sem dúvida, precisam ser reconhecidos e enfrentados. E, muitas vezes, a solução desses problemas conduzem a soluções também para o próprio país e para a qualidade do seu desenvolvimento.
Por isso, é sempre melhor enfrentar os problemas do crescimento do que os problemas do desemprego, da falta de renda, da falta de investimento e da depressão econômica. Queremos e faremos todos os esforços para que todos eles, esses problemas a que eu me referi, fiquem no nosso passado, tanto o desemprego como a falta de renda, a falta de investimentos e a depressão econômica.
O futuro, o nosso futuro, é de desafios para o crescimento, é de serenidade no enfrentamento dos desequilíbrios que sempre nos desafiarão. Mas é de otimismo, como um país que aprendeu a se respeitar e a se fazer respeitado, de um país que aumentou sua autoestima e descobriu que sua maior força é seu povo trabalhador e seu empreendedor." Presidenta Dilma

O PIG quer inflação baica a qualquer custoa (desemprego, falta de renda, falta de investimento, depressão econômica...) Felizmente não é o que a Dilma quer!

Carta Maior: Dilma e a paz dos cemitérios

DILMA REJEITA A PAZ  SALAZARISTA DOS CEMITÉRIOS
da Carta Maior
Expectativa de manutenção dos juros baixos nos EUA, a ser sancionada na  reunião do FED  desta quarta-feira,  provocou desvalorização mundial do dólar ontem, com recordes de baixa no Brasil, Austrália, África do Sul e Noruega. Juro baixo  nos EUA e liquidez ilimitada explicam a perda de competitividade das exportações industriais de países em desenvolvimento –o que é péssimo. Explicam também a voragem dos capitais especulativos que tomam de assalto os derivativos de commodities, elevando os preços dos alimentos  para disseminar fome e inflação em todo o planeta.  O antídoto oferecido pela ortodoxia equivale a apagar incendio com o lança-chamas:  um devastador ‘choque de juros’ para conter uma alta de preços que  independe em certa medida da demanda interna. Ontem, na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Dilma, Mantega e outros  (leia reportagem nesta pág) deram um chega para lá no jogral mercadista sonorizado pela mídia demotucana. A exemplo do salazarismo dominante em Portugal entre 1932 e 1968, o que se pretende é embalsamar o Brasil em um formol de inflação baixa, com desemprego alto e juros explosivos. Em resumo, a velha e nostálgica paz dos cemitérios rentistas.  O funeral foi  descartado de maneira lapidar pela Presidenta da República quando disse: “…sempre  é melhor enfrentar os problemas do crescimento do que os problemas do desemprego, da falta de renda, da falta de investimento e da depressão econômica”.
(Carta Maior; 4º feira, 27/04/2011)
 
No http://www.viomundo.com.br/politica/carta-maior-dilma-e-a-paz-dos-cemiterios.html




Argentinos ensinando brasileiros

Governo cria na Argentina um Globope próprio. Essa Cristina …

    Publicado em 26/04/2011
Saiu no Valor, primeira página:

“Governo cria o seu ‘Ibope’ na Argentina”.

“Fundado em 1942, o Ibope enfrenta uma situação inusitada.”

“O Governo argentino decidiu não só atacá-lo publicamente, levantando dúvidas sobre a veracidade de suas medições de audiência – em especial do canal público –, mas também criar um sistema estatal para saber o que as pessoas estão assistindo na TV.”

“O novo índice estará a cargo da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual, que acusa o Ibope de práticas monopolistas.”

“Um conselho de universidades federais supervisionará a implantação do índice.”

O presidente da TV pública, Tristan Bauer, informou à Comissão Nacional de Defesa da Concorrência que uma medição alternativa deu à TV pública, no horário nobre, uma audiência três vezes maior do que a do Ibope.

“O pior dano causado por uma medição inadequada é a ausência de riscos criativos, pelo temor de que um programa não seja viável. Isso alimenta um fenômeno mundial: a TV ficou muito repetitiva. E afeta principalmente a televisão aberta, que se financia pela publicidade.”

É o que diz Gustavo Bulla, diretor da instituição que passará a 
medir a audiência na Argentina, além do Globope.

Na Globo se dizia que, se dependesse do Roberto Marinho, ele interrompia o movimento de rotação e translação da Terra.
Ele queria que tudo ficasse como estava.
NavalhaPara isso, a Globo conta até hoje com armas quase indestrutíveis.
Primeiro, o Globope.
A Globo é a maior cliente do Ibope.
Segundo, o BV – a bonificação por volume.
Quanto mais a agência – a agência e, não, o anunciante – anunciar na Globo, mais bônus ela recebe.
(O CADE poderia entrar nesse assunto com um apetite um pouco maior do que ele demonstrou na questão do Clube dos 13.)
Cria-se, assim, um círculo globalmente vicioso.
O Globope diz que a Globo é (ou era) campeã de audiência, o
mercado diz ao anunciante que isso é verdade, o anunciante manda
anunciar na Globo e a agência ganha bônus.
Se a audiência da Globo for menor do que o Globope diz, quem paga a diferença ao anunciante ?
Se a Globo disser que a audiência dela é 50% e for de 35% ?
Para onde vai a diferença de 15 pontos ?
Ela cobra como se fosse uma audiência de 50% e entrega 35%.
Para onde vai a diferença ?
E o Governo Federal ?
Com a soma de todas as instituições do Governo Federal – o que inclui empresas estatais como o Banco do Brasil e a Petrobrás – o Governo Federal é o maior anunciante do Brasil.
Será que a presidenta Dilma recebe de volta a audiência que a Globo vende para ela ?
Será que a TV Brasil tem uma audiência maior do que o Globope registra ?
Será que a presidenta Dilma não gostaria de estimular uma diversidade maior na televisão, para fugir do Casal 45, por exemplo – onde, como diz o amigo navegante Yacov, “o Brasil não aparece”.
Hoje, o Globope faz o anunciante anunciar sempre na mesma coisa.
Será que a Presidenta se esqueceu de como o casal 45 a tratou na campanha ?
Será que ela se esqueceu que o Bonner pediu perdão ao Cerra para avisar que o tempo estava esgotado ?
(Este ansioso blogueiro chegou a dizer no twitter: “O ACM dizia que se o jornal antinacional não deu não aconteceu. Hoje, se o jornal antinacional deu não aconteceu.”)
A Argentina botou os presidentes do regime militar terrorista e torturador na cadeia.
A Argentina deu o calote na divida externa e cresce fulgurantemente.
A Argentina fez uma Ley de Medios e mandou a Globo (Clarin) queixar-se ao Papa.
A Argentina cria o seu próprio Globope.
Essa Cristina …




Paulo Henrique Amorim

http://www.conversaafiada.com.br/mundo/2011/04/26/governo-cria-na-argentina-um-globope-proprio-essa-cristina/

"Quando faço palestras para estudantes, digo que a arquitetura não é importante, o importante é a vida." Oscar Niemeyer

Presidenta pendura 100 mil bolsas
no exterior em pescoço de empresários

    Publicado em 26/04/2011
Dividir os custos para formar cientistas
Na cerimônia do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) a Presidenta lançou um desafio aos empresários brasileiros (extraído do Blog do Planalto):

(…)


Hoje nós sabemos – voltando aos problemas, aos bons problemas – que há pressão de mão de obra porque vivemos próximos do pleno emprego. Há problemas de conflitos nas grandes obras, porque elas voltaram a existir, depois de muitos anos, em que o país não sabia o que era construir uma grande usina ou uma ferrovia importante. Mas, por isso nós não ficaremos passivos, olhando os problemas, vamos enfrentá-los. E isto significa enfrentá-los especificamente, em cada obra, cada acontecimento, mas significa também a preocupação do governo com a melhoria e a capacitação dos seus trabalhadores e trabalhadoras. Por isso, nós iremos lançar, nos próximos dias, o Programa Nacional de Ensino Técnico e Capacitação Profissional, porque ele faz parte do processo de solução dos desafios que se colocam para a formação da mão de obra brasileira.


E aqui eu faço um parêntese, e queria informar ao Conselho que o governo, dentro de uma grande preocupação, não só com a capacitação profissional, e não só com o ensino médio profissionalizante, o governo tem também uma grande preocupação com a formação de estudantes capacitados para virarem os nossos futuros cientistas. E, aí, vamos recorrer a um mecanismo que vários países do mundo recorreram, que é enviar brasileiros e brasileiras para fazer, ou de forma parcial, ou de forma completa, cursos no exterior, nas áreas de Ciências, sobretudo de Ciências Exatas. E, aí, eu queria informar ao Conselho que o governo tem a disposição de, até 2014, chegar a lançar 75 mil bolsas de estudos para financiar a presença desses nossos estudantes no exterior.


E queria fazer um convite e um desafio aos senhores: eu acredito que o setor privado pode comparecer com uma ajuda aos estudantes brasileiros e ao Brasil, de forma que nos permita chegar a 100 mil bolsas em 2014. É um desafio que eu queria chamar a cada um e a cada uma aqui presente, para que nós possamos assegurar que, junto com o desenvolvimento das nossas instituições brasileiras de ensino, tenhamos também a capacidade de levar esse intercâmbio com o resto dos países do mundo.


(…)

No http://www.conversaafiada.com.br/cultura/2011/04/26/presidenta-pendura-100-mil-bolsas-no-exterior-em-pescoco-de-empresarios/

terça-feira, 26 de abril de 2011

1000% NORDESTINAS

 


Não pregamos a separação,
mas queremos a 
valorização.









BRISA

Vamos viver no Nordeste, Anarina.
Deixarei aqui meus amigos, meus livros, minhas riquezas, minha vergonha.
Deixaras aqui tua filha, tua avo, teu marido, teu amante.

Aqui faz muito calor.
No Nordeste faz calor tambem.
Mas lá tem brisa:
Vamos viver de brisa, Anarina.

                       Manoel Bandeira





A luz de Luiz ninguém pode apagar
Pois viveu de saudade pra poder cantar,
Do nordeste ao Brasil a nossa tradição
E se tornou o rei do baião,
E sua vida e suas canções
E não deixo esquecer,
Eu vou sempre cantar e dizer
Que sou filho do rei do baião. 
        
                       Ariel Lisboa






Nordeste Independente 
Elba Ramalho
Composição: Bráulio Tavares/ivanildo Vilanova

Já que existe no sul esse conceito
Que o nordeste é ruim, seco e ingrato
Já que existe a separação de fato
É preciso torná-la de direito
Quando um dia qualquer isso for feito

Todos dois vão lucrar imensamente
Começando uma vida diferente
De que a gente até hoje tem vivido
Imagine o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

Dividido a partir de Salvador
O nordeste seria outro país
Vigoroso, leal, rico e feliz
Sem dever a ninguém no exterior
Jangadeiro seria senador
O caçador de roça era suplente
Cantador de viola o presidente
E o vaqueiro era o líder do partido
Imagine o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

Em Recife o distrito industrial
O idioma ia ser nordestinense
A bandeira de renda cearense
"Asa Branca" era o hino nacional
O folheto era o símbolo oficial
A moeda, o tostão de antigamente
Conselheiro seria o inconfidente
Lampião, o herói inesquecido
Imagine o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

O Brasil ia ter de importar
Do nordeste algodão, cana, caju
Carnaúba, laranja, babaçu
Abacaxi e o sal de cozinhar

O arroz, o agave do luar
A cebola, o petróleo, o aguardente
O nordeste é auto-suficiente
O seu lucro seria garantido
Imagine o Brasil ser dividido
E o nordeste ficar independente

Povo do meu Brasil
Políticos brasileiros
Não pensem que nos enganam
Porque no fundo no fundo nosso povo não é besta 

"O Nordeste é semelhante aos negros na época da escravidão, dar tudo de se ao país e a única coisa que ganha é o preconceito." Nilson Rutizat

Tânia Bacelar,
Mulher Nordeste VinteUm

    Publicado em 26/04/2011

As guerreiras de Tejucupapo resistiram aos holandeses. Tânia, ao preconceito
Um artigo de Luiz Carlos Antero na revista Nordeste VinteUm apresenta “Tânia, guerreira do Nordeste”, que mereceu o prêmio Tejucupapo, destinado às mulheres guerreiras do Nordeste de todos os talentos.

Na entrevista a Lucílio Lessa, Bacelar, professora da Universidade Federal de Pernambuco, ex-funcionária da SUDENE, e Secretária da Fazenda e de Planejamento de Pernambuco, fixa alguns pontos centrais.

Primeiro, ela credita ao Nunca Dantes a realização de obras que mudaram a estrutura do Norte e do Nordeste – territórios em busca de renovada identidade.

Lula levou a indústria naval para Suape, em Pernambuco, onde “se dá uma revolução em silêncio e onde Eduardo Campos dá de 10 a 0 em Cerra”.

Lula levou três refinarias – Abreu e Lima para Pernambuco, Premium I para o Maranhão, e Premium II para o Ceará.

A política de compras da Petrobrás, que passou a comprar mais aqui dentro.

O Programa Território da Cidadania para levar cidadania às regiões mais pobres do Brasil rural.

Bacelar mostra que o Nordeste tem 55% do Bolsa Família porque tem 55% dos pobres do Brasil.

O Sudeste fica com 25% do Bolsa Família, porque, é bom lembrar, na periferia dos grandes centros do Sudeste – inclusive São Paulo – tem muita miséria.

No Sudeste, diz Bacelar, o Bolsa Família é uma proteção social.

No Nordeste, onde há mais pobreza, o Bolsa Família tem impacto também econômico: quando o dinheiro do Bolsa Família chega, a economia sente, o comercio vende.

O trabalho do Nunca Dantes, lembra a professora pernambucana, começa a desmontar a distorção criada no Século XX: a brutal concentração econômica.

80% da indústria brasileira ficou no Sudeste.

Quase a metade de toda a indústria de um país continental ficou numa única cidade: São Paulo: “não existe ousadia igual no mundo !”, diz ela.

Deu no que deu.

Bacelar quer mais do PAC.

Quer que a ferrovia Transnordestina, que sai do interior do Piauí e vai a Suape em Recife e a Pecém em Fortaleza, se encontre com a Ferrovia Norte-Sul,  caminho do Oeste.

“Trata-se de uma obra estruturante, pois liga a porção oriental do Nordeste  com a porção Ocidental do país. Onde o Brasil está pulsando muito forte, a grande região do Cerrado brasileiro, um dos celeiros do mundo !”

Clique aqui para ver o que Tânia Bacelar disse quando os jenios do PiG (*) disseram que Dilma só ganhou por causa do Nordeste e do Bolsa Família.


Paulo Henrique Amorim
Nohttp://www.conversaafiada.com.br/economia/2011/04/26/tania-bacelar-mulher-nordeste-vinteum/

Para quem ainda duvida que Monteiro Lobato foi racista

Monteiro Lobato não era racista. Nós também não somos

    Publicado em 26/04/2011
Para Lobato, a KKK era uma defesa: não, não somos racistas
Saiu hoje na colona (*) da Monica Bergamo, na Folha (**):

CONFISSÕES DE LOBATO

A revista “Bravo!” publica em maio cartas inéditas do escritor Monteiro Lobato. “Um dia se fará justiça ao Ku Klux Klan; tivéssemos uma defesa dessa ordem, que mantém o negro no seu lugar, e estaríamos livres da peste da imprensa carioca -mulatinho fazendo o jogo do galego, e sempre demolidor porque a mestiçagem do negro destrói a capacidade construtiva”, escreveu em 1938 o escritor, censurado pelo governo por racismo.


O Martinho da Vila, que merece estar na Academia muito mais do que o Herval Pereira, já tinha cantado essa pedra.
Na eleição do Obama, ele republicou um artigo em que tratava do
“Presidente Negro”, livro do Lobato, que Martinho identificou como
um autor racista.
NavalhaMartinho já apontava que Lobato era admirador da KKK, que, como se sabe, inclui – até hoje, nos Estados Unidos – enforcamentos e morte na fogueira.
Depois, Martinho comentou a ida de Obama ao Theatro Municipal do Rio:
Martinho da Vila: Obama deu samba
Quando o Barack estava concorrendo à presidência dos Estados Unidos, eu escrevi o artigo ‘Obama vai dar Samba’. Vai dar samba é uma expressão popular que quer dizer “vai dar certo” e eu escrevi no sentido de “vai vencer, vai ser eleito” e deu samba.
Na ocasião, eu fiquei pensando no Monteiro Lobato, autor de uma vasta literatura infantil. Criou também, dentre outras obras, o discutível ‘Negrinha’ e o contestável ‘Jeca Tatu’, além do controverso ‘O Presidente Negro’, escrito com o objetivo de fazer sucesso na América do Norte. Deu azar porque os editores americanos não quiseram publicar. Naquela altura os livreiros de lá estavam descartando obras com conotações racistas. Decepcionado, nosso “gênio da literatura” escreveu de Nova York para um de seus amigos, o literato Godofredo Rangel, conforme publicou o jornalista Arnaldo Bloch: “Meu romance não encontra editor (…). Acham-no ofensivo à dignidade americana (…), errei vindo cá tão verde. Deveria ter vindo no tempo em que eles linchavam os negros”. Que absurdo! Gostaria que Lobato, adepto da Ku Klux Klan, violenta organização racista americana, estivesse vivo para presenciar o encontro do primeiro preto dirigente máximo da América com a primeira mulher Presidenta do Brasil.
Barack Obama foi um verdadeiro show no Theatro Municipal. Eu recebi um convite, não pude comparecer, mas vi pela televisão que a fala dele deu samba. O samba poderia ser mais animado, se fosse na Praça da Cinelândia, mas valeu. Concordo plenamente com o Bruno Astuto, colunista da revista dominical deste nosso jornal, a ‘TV Tudo de Bom!,’ que escreveu na semana passada: “Ouvir o presidente negro de uma nação tão poderosa como a americana dá força para que as crianças negras do nosso Brasil, um país ex-escravagista tão em dívida social quanto os Estados Unidos, percebam que yes, elas também podem. Se o Brasil, um país tão machista, alçou uma mulher à presidência, ainda hemos de ver um negro — ou uma negra — chegar ao Planalto. Será o máximo”.
Quando isso acontecer não haverá mais necessidade da Lei de cotas raciais, de órgãos do movimento negro nem de secretarias de integração racial. É um sonho.
Martinho da Vila
Martinho tem razão: hoje, porém, não é, Ali Kamel ?, cotas raciais e secretarias de integração racial, para defender os negros – tudo isso ainda é provisória e brevemente necessário.




Paulo Henrique Amorim
 http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2011/04/26/monteiro-lobato-nao-era-racista-nos-tambem-nao-somos/

segunda-feira, 25 de abril de 2011

No Brasil (44 horas) a jornada de trabalho é maior que a do Chile (43 horas), da Argentina (39 horas) e de países desenvolvidos (varia de 31 a 43 horas).

Reduzir a jornada de trabalho é gerar emprego

Entenda porque reduzir a jornada de trabalha ajuda a combater o desemprego e melhorar a vida do trabalhador
A redução da jornada de trabalho é um assunto amplamente discutido pela sociedade brasileira, principalmente por seus principais interessados, os trabalhadores e seus sindicatos.
Há, no entanto, muitas dúvidas sobre a questão. Respondemos os principais questionamentos sobre a proposta de redução da jornada de 44 para 40 horas semanais, sem redução salarial.
O que é jornada de trabalho?
É o período de tempo em que o trabalhador deve prestar serviços ou permanecer à disposição do empregador. Segundo a atual Constituição, este período pode ser de, no máximo, 8 horas diárias ou 44 horas semanais.
Como as horas de trabalho são controladas?
O empregador com mais de 10 funcionários é obrigado a ter cartão-ponto, folha-ponto ou livro-ponto para controle do horário de trabalho. É necessário verificar o acordo coletivo ou Convenção Coletiva de Trabalho de cada categoria. O trabalhador é obrigado a anotar o verdadeiro horário de início e término do trabalho diário, inclusive de seus intervalos.
Qual é a jornada de trabalho hoje?
44 horas semanais. A última redução do período semanal de trabalho ocorrida no País aconteceu na Constituição de 1988, quando a jornada foi reduzida de 48 para 44 horas. Na prática, a média de duração do trabalho já é inferior às 44 horas previstas na Constituição. E muitas empresas brasileiras já trabalham no regime de 40 horas. E na maioria dos casos essa redução foi negociada entre patrões e empregados. Ou seja, com a participação sindical.
Já foi aprovada a jornada de 40 horas?
Ainda não. No dia 30 de junho de 2009, a comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa sua redução aprovou, por unanimidade, o relatório favorável à proposta apresentada pelo deputado Vicentinho (PT/SP) à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 231/95. A proposta também aumenta o valor da hora extra de 50% para 75%. Agora, a PEC deverá ser votada pelo plenário da Câmara, em primeiro turno. Ela precisará ser votada em dois turnos e ser aprovada por, no mínimo, 308 deputados, para, então, seguir para votação no Senado. O número total de deputados é de 513. No Senado também serão duas votações no plenário. Para aprová-la na Casa são necessários 49 votos favoráveis.
Por que a redução é positiva para o País?
A redução visa tornar menos exaustiva a jornada, ampliar o tempo para lazer, qualificação e vida social e também gerar empregos. Ela também evitará muitos acidentes de trabalho, ocasionados pelo cansaço. Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) a redução da jornada pode gerar até 2 milhões de novos postos de trabalho em todo País.
Desde quando existe a luta pela redução da jornada?
No princípio da Revolução Industrial, ocorrida em meados do Século 18, praticamente não existia legislação trabalhista. Nesse contexto, a organização dos trabalhadores começou a se estruturar tendo como uma de suas reivindicações a redução do tempo de trabalho. A quantidade de horas diárias e os dias trabalhados por semana estendiam-se ao limite da capacidade humana, chegando a 18 horas diárias. Aos poucos, a organização da classe trabalhadora foi conquistando melhorias nas condições de trabalho e redução da jornada.
Por volta de 1830, começaram a ser introduzidas leis que limitavam o tempo de trabalho. Essa diminuição resultou das lutas que tiveram início na Inglaterra e na França.
A redução da jornada de trabalho, como se vê, é bandeira histórica da classe trabalhadora em nível mundial.
Como é a jornada em outros países?
A jornada brasileira é maior que a de países desenvolvidos e até de outros latino-americanos, segundo o Dieese. Na Alemanha, a jornada semanal é de 39 horas; nos Estados Unidos, 40; na França, 38; no Japão, 43; e no Canadá, 31 horas. No Chile, a jornada semanal é de 43 horas e na Argentina, de 39. Nestes países, a jornada foi reduzida nos últimos 20 anos.
(Celso Jardim com Agência Sindical e Dieese)
No http://blogdadilma.blog.br/

sábado, 23 de abril de 2011

(con)FUSÃO da oposição

A "OPOSIÇÃO SEM RUMO" ENTRA EM ESTADO DE DECOMPOSIÇÃO.É A CONSEQUÊNCIA POR TER SE AFASTADO DO 'POVÃO'

FERNANDO DE BARROS E SILVA
Pelada em praça pública


SÃO PAULO - Roupa suja se lava em casa. Sim, mas a oposição já não tem roupa, está pelada no meio da rua, exibindo a sua crise em praça pública. Perdeu, literalmente, a vergonha de mostrar seus vexames.
A nudez é tanto do DEM quanto do PSDB. Anteontem, no jornal "O Globo", o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) desafiava: "Que os coveiros fracassados sigam o caminho adesista e de traição. As urnas darão a resposta!". Referia-se ao tesoureiro do partido, Saulo Queiróz, de saída para o PSD de Gilberto Kassab, e ia além: "O Saulo é um cão fila do Jorge Bornhausen, que está agindo nos bastidores para minar o partido". O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, deve trocar o DEM pelo PSD.
No "Painel" da Folha de ontem, o senador tucano Aloysio Nunes dizia o seguinte: "Stalin bania os inimigos para se manter no poder. O PSDB agora extermina seus amigos para se manter na oposição". Atacava o grupo alckmista, acusado de segregar vereadores simpáticos a Serra-Kassab, seis dos quais debandaram do ninho piando alto contra a turma do governador.
O PSD pode ter sido o deflagrador imediato dessa crise, mas o partido de ocasião do prefeito é muito mais um sintoma da fragilidade da oposição do que a sua causa.
É irônico que essas cenas de desinteligência explícita venham logo na sequência do artigo em que FHC se esforçava para dar um sentido programático, estratégico e coletivo à ação do PSDB.
A palavra de ordem mostra-se impotente e vazia diante do clima de "cada um por si" que toma conta dos tucanos, do DEM, dos dissidentes, da oposição. Kassab virou líder do Partido Salve-se quem Puder.
A fusão dos cacos do PSDB com o que restou do DEM entrou na roda de conversas. Mas, por ora, as reações contrárias de lado a lado à formação desse novo-velho partido parecem mais fortes.
O movimento da oposição não é mesmo de fusão nem de união, mas de dissolução, de esfarelamento.





(CON)FUSÃO

DO

DIABO!

"NA DEMOCRACIA TODO SER HUMANO É IMPORTANTE E PRECISA SER MELHORADO PARA O BEM ESTAR DO PAÍS. JOGAR OS POBRES NA LATA DO LIXO É PIOR DO QUE UMA GUERRA,E OS RICOS PRECISAM MUDAR A ATITUDE QUE TEM EM RELAÇÃO AOS POBRES,SOMOS TODOS IGUAIS PERANTE AS LEIS HUMANAS E DIVINAS TAMBÉM !!"ANGEL G.G.JUNIOR

O plano antimiséria de Dilma

Como o governo planeja tirar 15 milhões de brasileiros da pobreza extrema adotando um pacote de investimentos sociais e programas de capacitação para o trabalho.
Sérgio Pardellas e Luiza Villaméa – Istoé.
Nos últimos dias, a presidente Dilma Rousseff colocou integrantes de pelo menos cinco ministérios, incluindo os da área econômica, para trabalhar no programa de Erradicação da Miséria, que deve ser anunciado até a segunda quinzena de maio. As reuniões vêm acontecendo no gabinete da Casa Civil, no quarto andar do Palácio do Planalto, cercadas de sigilo. O plano é uma promessa de campanha que a presidente pretende transformar na marca de seu mandato, o que explica o clima de segredo dos trabalhos de preparação. Mas ISTOÉ obteve informações sobre o caminho que vem sendo escolhido pela equipe de Dilma. A exemplo do programa Bolsa Família, por meio do qual o governo Luiz Inácio Lula da Silva ajudou a promover a ascensão social de 28 milhões de pessoas, o beneficiário do plano antimiséria também ganhará um cartão de acesso. Com isso, se evitarão a concentração e a intermediação política na distribuição dos benefícios – terreno sempre fértil para as práticas populistas e o coronelismo. Desta vez, garante o governo, o assistencialismo é só uma das partes do programa, que prevê a retirada da miséria de até 15 milhões de brasileiros. A partir das necessidades de cada região, a presidente pretende organizar cursos de capacitação para aqueles que vivem em condições de extrema pobreza. O plano antimiséria, neste sentido, é um incentivo ao trabalho. O novo pacote incluirá ainda o programa Água para Todos, que projeta a construção de 800 mil cisternas no País.
O plano de Dilma será dirigido principalmente para um contingente de brasileiros que se concentra na região Norte, no semiárido brasileiro, e na periferia de regiões metropolitanas (leia quadro à pág. 38). Para executá-lo, o governo planeja atuar em todo o território nacional, envolvendo governos estaduais e municipais, com base em três linhas principais. A primeira delas é a ampliação do número de beneficiários do Bolsa Família, que terá um reajuste, ainda em análise, para famílias com mais filhos. A segunta intenção é levar para o mercado de trabalho uma camada da população que hoje se encontra excluída. Por fim, o governo pretende aumentar os serviços de saúde, educação, saneamento básico e habitação nas regiões mais carentes. A ideia é associar a ampliação dos benefícios sociais com o aumento das oportunidades de emprego, tanto no meio rural quanto urbano. “Vamos sobrepor o mapa da pobreza ao mapa das oportunidades”, contou um ministro de Dilma. Um levantamento da Casa Civil já constatou quais são as principais demandas do mercado de trabalho em pelo menos 75 centros urbanos. Por meio do Sistema Nacional de Empregos, o governo quer oferecer nessas regiões cursos profissionalizantes para os inscritos no programa.
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O gueto das mulheres
A Vila Any fica na divisa da zona leste de São Paulo com a cidade de Guarulhos. Ali, em um bolsão de miséria às margens do rio Tietê, vivem Antônia, Claudia, Maria, Suelen e Sueli (mãe do garoto da foto, Douglas, 5 anos). Em comum, essas mulheres têm mais de cinco filhos cada uma. Os maridos, todos com problemas com o álcool, saíram de casa e nunca mais voltaram. Abandonadas, elas não trabalham, pois precisam ficar com as crianças. A renda de suas famílias se limita ao benefício do Bolsa Família.

O governo tem a pretensão de criar políticas públicas que facilitem a integração desses brasileiros à sociedade, a começar pela obtenção de documentos pessoais. Em relação às mulheres, antes de mais nada será necessário aumentar o número de creches do País, para que elas tenham condição de trabalhar. Para jovens que já recebem benefícios sociais – 70% das pessoas que ganham o Bolsa Família têm até 29 anos – a intenção é criar novas vagas de emprego. O projeto de Dilma estuda também formas de atuar com jovens viciados em drogas, sobretudo o crack, cujas famílias vivem na periferia das cidades. Mas as estratégias a serem usadas não estão definidas. “As drogas não destroem apenas os jovens, mas desestruturam famílias inteiras. O plano não estará completo se não dermos uma atenção para essa questão”, tem repetido Dilma em conversas com auxiliares.
Estudos encomendados pelo governo mostraram que grande parte dos miseráveis do País não tem acesso aos benefícios oferecidos pelo Estado por absoluta falta de conhecimento, o que deve ser enfrentado com investimentos em comunicação. Profissionais serão treinados nos Estados e municípios para orientar os cidadãos situados abaixo da linha da pobreza sobre os seus direitos e como poderão ter acesso a eles. Funcionarão também como uma espécie de educadores. “É inacreditável como tem muita gente isolada, sem nenhuma informação, nas regiões metropolitanas”, disse a ministra de Desenvolvimento Social, Tereza Campello, uma das coordenadoras do programa, em recente reunião com integrantes do primeiro escalão federal.
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Nas barbas do poder
A apenas 500 metros do Palácio do Planalto, em Brasília, 14 famílias vivem em condições precárias, sobrevivendo do papel e das latas de alumínio que recolhem nas ruas do centro do poder. A invasão que ocupam é conhecida na capital federal como Favela da Garagem do Senado, por ficar nos fundos do estacionamento dos senadores. Cercadas por palácios e embaixadas, crianças como a da foto acima moram em abrigos improvisados, no meio de um matagal alto, por onde ratos circulam o tempo todo
Para desenvolver o programa, o governo vai estabelecer uma linha oficial de pobreza. O valor, em estudo pelo Palácio do Planalto, é de R$ 138 no que se refere à renda por pessoa. O objetivo é completar a renda daqueles que recebem menos do que este piso, o que geraria uma despesa de R$ 21,7 bilhões por ano. A linha de pobreza foi proposta pela Fundação Getulio Vargas, que possui um representante nos debates do Palácio do Planalto, o economista-chefe do Centro de Políticas Sociais, Marcelo Neri. “O custo do programa ficará menor ao longo do tempo, se o bolo continuar a crescer com mais fermento entre os mais pobres”, diz ele. O economista tem participado das reuniões na condição de consultor.
Até hoje, diversas instituições adotaram critérios distintos para medir a quantidade de miseráveis no País, futuro público-alvo das iniciativas do governo. Nenhum critério, porém, jamais havia sido adotado como oficial pelo governo. Nas reuniões do Palácio do Planalto, estima-se que essa parcela da população varia entre nove milhões e 15 milhões de pessoas. Os números ainda não estão fechados, pois a classificação não levará em conta apenas a renda, mas o acesso a serviços públicos, como o transporte e a educação. Esse mapa tem como base um cadastro ampliado do próprio Bolsa Família, enviado aos beneficiários no início do ano para atualização.
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Brasileiros invisíveis
Conhecido como Jardim Gramacho, o maior aterro sanitário do Brasil está sempre rodeado por uma espécie de cidadãos invisíveis. São centenas de brasileiros, em geral sem registro civil nem acesso às redes públicas de educação e saúde, que não contam nem para efeito de estatística. Do lado de fora do lixão, situado na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, esses catadores vivem das migalhas do lixo e consideram como elite aqueles que trabalham dentro do aterro cercado por grades de ferro
Para que os trabalhos sejam coordenados com Estados e municípios, a ministra do Desenvolvimento Social já se reuniu com vários governadores. Na segunda-feira 18, o encontro foi com o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB). Entre outros pontos, eles discutiram a possibilidade de o governo capixaba criar um programa de transferência de renda complementar ao Bolsa Família. A sugestão deve ser levada também para outros Estados.
A equipe encarregada de elaborar o plano antimiséria vem recebendo até propostas vindas de fora do governo. Uma das mais recentes foi feita pelo presidente do conselho da pequena empresa da Federação do Comércio paulista, Paulo Feldman. Ele defende o estímulo ao empreendedorismo como uma forma de combate à miséria. Feldman lembra que seria impossível criar empregos em número suficiente para atender a todas as pessoas que passam fome. Mas com políticas de apoio ao espírito empreendedor, como o microcrédito, este espaço poderia ser preenchido. O economista lembrou as experiências da Índia, com mães que acabaram se tornando boas costureiras depois que conseguiram comprar suas primeiras máquinas por meio de microcrédito. O mesmo aconteceu com boa parte da juventude que conseguiu obter renda a partir de incentivos para compra de laptops. Em ambos os casos, coube ao Estado promover não só acesso ao crédito, mas também cursos profissionalizantes. No Brasil, os auxiliares de Dilma já fazem levantamento sobre a disponibilidade desses cursos pelos governos estaduais.
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Renda zero
A pernambucana Sebastiana da Silva, 64 anos, vive e sobrevive com renda zero em uma favela na capital paulista, onde chegou há 18 anos. “Um dia me dão uma coisa aqui e outra ali. É assim que vou vivendo.” Seu casebre, de terra batida, não possui saneamento básico. “Faço as minhas necessidades em uma sacola plástica.”
Seu sonho é conseguir a aposentadoria. Com o dinheiro, ela deseja ajudar a mãe de 86 anos, que ficou na terra natal. “Quero ir embora. Aqui, não tenho nada.”
No combate à pobreza o Brasil tem demonstrado avanços. Em 1990, 25,6% dos brasileiros viviam com uma renda inferior ao critério da pobreza extrema estabelecido pela ONU. Em acordo firmado na Cúpula do Milênio, o Brasil se comprometeu a reduzir este número pela metade até 2015. Em 2008, porém, o País superou essa meta. Dilma acredita que poderá ter o mesmo desempenho encarando a miséria absoluta com programas que promovam a inclusão, distribuição de renda e acesso à cidadania.
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sexta-feira, 22 de abril de 2011

E todo dia era dia de índio

21 de Abril de 2011 - 15h36

Charge de Simch para A Charge Online

No http://www.vermelho.org.br/charges.php?id_param_charge=510&pagina=1

"Não, confessem, fêmeas: quando vocês olham pro Brad Pitt, a primeira coisa que vem à mente é: “Hmmmm.... Que genes!...”. Não adianta mentir!"

FÊMEAS SENTEM-SE ATRAÍDAS POR MACHOS SUPERIORES

Ontem meu humilde bloguinho chegou à marca dos 50 mil comentários, o que me deixa muito feliz. A maior parte deles é inteligente, mas tem os neandertais de sempre. Um leitor, o Viktor, que nunca mais apareceu (e não deixou saudades), está incluso nesta segunda categoria.
Quem é Viktor? Longa história. Ano passado escrevi um texto criticando a posição de um psicólogo evolucionista. Ele dizia que as feministas fazem as mulheres infelizes por insistirem em deturpar a ordem natural das coisas, que é, simplesmente, que mulheres sempre procuram homens poderosos, mas isso não significa que os homens tenham poder. Quem tem poder é a mulher, que, graças a seus atributos físicos, consegue manipular o homem poderoso a fazer tudo que ela quer. Enfim, aquela ladainha que ouvimos sempre, e que ainda por cima é vista como ciência (e, não por acaso, a ciência mais divulgada pelos meios de comunicação desde a década de 80, que, por outra mera coincidência, foi quando o backlash, a reação conservadora ao feminismo, veio com tudo). Pois bem, no meio dos muitos comentários a esse post apareceu uma figura exótica, um tal de Viktor, que já apareceu dizendo que nós, feministas, não poderíamos nunca nos sentir sexualmente atraídas por nossos companheiros, já que, por sermos feministas e, consequentemente, anti-naturais, procuramos homens iguais a nós,o superiores. Mas o nosso desejo ainda age no nosso inconsciente, segundo ele, e como nós mulheres só nos sentimos atraídas por machos superiores, adeus sexo. Algo assim. Este é um breve resumo, porque Viktor deixou montes de comentários naquele texto. Dei destaque pra um deles em outro post sobre comentários cretinos. E aí ele escreveu mais besteira ainda – toda na linha “Quem gosta de sexo é gay, mulher gosta é de dinheiro” (se tiver tempo, leia os comentários). Na ocasião, a Ana Flávia já resumiu o alcance desse tipo de pensamento limitado: “O casamento é o sacrificio do homem pelo sexo, e o sexo é o sacrificio da mulher pelo casamento". O chato é que um monte de gente acredita nessa asneira, de psicólogos evolucionistas a mascus.

Viktor escreveu naquele post: “Se a mulher for visualmente atraente para o homem, não importa se ela é analfabeta, desempregada, extremamente acanhada, o homem vai querer transar com ela. Se ela não for visualmente atraente, ela pode ser a mulher mais bem sucedida do mundo, como a Oprah, que os homens estão se lixando do ponto de vista sexual.
Impressionante. Viktor fala de atração sexual como se houvesse um padrão único, e como se isso fosse acessado apenas pelo aspecto visual. Não somos animais complexos, com vários sentidos, como olfato, tato e audição. Não, somos apenas visuais. Quer dizer, os homens são. Como bem respondeu uma leitora, “Para o Viktor, um homem cego é um homem castrado”. Touché. E a pobre Oprah provavelmente não consegue pegar ninguém.
Fico muito incomodada com essa história de que homens fazem sexo pelo sexo e, portanto, gostam de sexo muito mais que as mulheres, e de que homem está sempre pronto pra transar. Por favor, levante a mão a mulher que gosta mais de sexo que o companheiro. Ótimo. Agora levante a mão a mulher que afugenta homens por gostar mais de sexo que eles e por dizer que só quer sexo, sem envolvimento emocional. Parece que só homem pode dizer isso. Experimente dizer isso pra um homem e observe o terror nos seus olhos (eu passei por isso durante toda a minha adolescência). Mulher gosta de sexo – não é que nós apenas o toleramos. Homens e mulheres se casam por um monte de motivos, e sexo é apenas um deles. Além do mais, casais com mais anos de casados costumam transar bem menos com o correr do tempo. Casais com filhos, então, nem se fala. Isso só pode ser culpa da mulher, lógico. O homem continua prontíssimo pra transar, mas a mulher, depois de conseguir o que quer (uma aliança no dedo e um marido para sustentá-la), passa a regular sexo. Certo. Por que um homem nunca pode estar cansado, né?
Mas o pior mesmo é essa história de que homens não querem casar, de que só mulheres querem casar. É uma das mentiras mais descaradas. Primeiro que ninguém tá arrastando um cara pro altar. Os héteros se casam porque podem (o que é negado aos gays, num claro desrespeito à qualquer constituição) e porque têm vontade de ficar junto, de construir uma vida juntos. Isso inclui mulheres e homens, sabe? Homem também quer ter filhos, quer alguém pra conversar, pra dar e receber carinho e, lógico, pra transar. Sinceramente? Não parece tão diferente do que as mulheres querem. A menos que a gente acredite no que a mídia nos dita – que homem é um ser em estado pré-evolutivo ainda plenamente comandado pelo seu pinto e que, se pudesse, passaria o dia bebendo cerveja com os amigos (não amigas – mulher é só pra transar). Ou que homem é um pateta a la Homer Simpson (e mesmo o Homer é apaixonadíssimo pela esposa).
Por incrível que pareça, estudos mostram que um casamento saudável (sem violência doméstica, entre outras pragas) é bom pro homem. Homens casados costumam ser mais felizes que os solteiros. E vivem mais! Ironicamente, essa equação não se repete pra mulher casada. Mulheres casadas não vivem mais que as solteiras (mas vivem mais que homens em geral), nem são mais felizes. Então, vamos pensar: quem é mais favorecido pelo casamento?
E o negócio de garantia de sexo (casamento não é bem garantia de nada), se for verdade, vale tanto pro homem quanto pra mulher. Eu acho ótimo ter um maridão quase sempre disposto a transar comigo. Porque aí esbarramos num outro clichê: de que mulher solteira pode ter sexo o tempo todo, se quiser. Não é bem assim. “Arranjar” sexo pra quem não tem alguém exige um mínimo de esforço (sair, colocar-se em evidência, e sei lá mais o quê, porque ando completamente fora de forma nesse quesito e, hum, em outros também).
Como o homem, a mulher também precisa sentir-se atraída. E a oferta não costuma ser tão fantástica. Pode acreditar que, assim como não falta homem pra Gisele, não falta mulher pro Gianecchini. Mas isso, segundo o Viktor, é porque o Giane é rico e famoso, não porque é bonito. Ahn, a Gisele também é rica e famosa. E imagino que, beeem antes de serem ricos e famosos, não devia faltar parceiro sexual pra nenhum dos dois.
Esse discursinho altamente preconceituoso e elistista de que mulher só se sente atraída por homens superiores dá a entender que homens com pouca instrução, poucos dentes, pouca beleza convencional, e nenhum dinheiro, não se casam. Hello? A maior parte da população mundial é pobre. E a maior parte é casada. Na maior parte das vezes, pessoas se casam com gente do seu próprio meio social. Sei que é um choque, mas homens pobres também fazem sexo!
No entanto, Viktor diz que mulheres só procuram “homens especiais”. Putz, todo mundo, homem e mulher, quer alguém especial. Duvido muito que alguém pense: “Quero me envolver com a pessoa mais comum do mundo”. Se a pessoa é ou não especial, não importa: pra quem a escolhe, fica sendo. Muitas mulheres talvez não achem meu maridão um lindo tesudo (espero que não mesmo, suas assanhadas!), mas eu acho. E continuo muito atraída sexualmente por ele, mesmo após vinte anos juntos, mesmo eu sendo feminista e agora tendo mais estudo e ganhando mais que ele (e pesando mais -- isso conta?). Ele não se tornou inferior ou menos especial por causa disso.
Viktor fica indo de um espectro ao outro, dependendo do que lhe convem. Primeiro, ele fala de noitadas, de sexo pelo sexo. Depois, fala de relacionamentos mais sérios, casamentos. Pra ele, toda mulher é hipergâmica, ou seja, procura um macho superior. Se o macho não for superior em algum sentido, não sentiremos atração sexual por ele. Essa é a biologia evolucionista que eu odeio. Por que procuramos um macho superior? Ah, porque somos guiadas pelo nosso instinto de escolher um parceiro com os melhores genes pro nosso bebê. Tudo em nome do bebê! Se você passa a vida toda dizendo que não quer filhos e nem vai tê-los (meu caso), ou você é uma mentirosa, ou está fugindo da sua natureza. Aí o Viktor diz que até pra transas eventuais, sexo pelo sexo, sem envolvimento (coisa que mulheres não fazem, já que gostam de sexo muito menos que os homens), as mulheres são hipergâmicas e guiadas pelo instinto de receber o esperma de melhor qualidade.
Viktor diz à certa altura: “O homem comum, mediano em tudo, não tem lugar nas fantasias femininas, e quando as feministas dizem estar buscando um homem igual a elas para relacionamento, considerando que a maioria das mulheres também são medianas em tudo (em beleza, em condição financeira, e status, etc.), vemos que elas mentem, ainda que inconscientemente, pois no fundo elas estarão buscando homens que sejam superiores no máximo de atributos que elas puderem exigir. Isso do ponto de vista de ATRAÇÃO SEXUAL, que fique bem claro. Do ponto de vista emocional, um homem mediano em tudo poderá satisfazer a mulher, e até ponto de vista sexual, mas não será por meio daquela atração fatal que a mulher sentirá diante de homens superiores, mas sim pela capacidade de despertar emoções na mulher, seja levando-a para fazer sexo em lugares proibidos, seja em uma viagem exótica, seja fazendo outras loucuras, pois o sexo pelo sexo, sexo rotineiro, será enfadonho para a mulher. É neste ponto que eu digo que o desejo sexual da mulher está atrelada a fatores de ordem emocional.
Ah, senti uma mudança de rumo. Antes um homem mediano não poderia satisfazer a mulher do ponto de vista sexual, agora “até pode”? Mas não será a mesma atração "fatal" sexual que uma mulher sentiria se visse o Brad Pitt, é isso? Mas pra homem é tudo a mesma coisa, seja transar com sua esposa, seja transar com a Angelina Jolie! Aí Viktor fala de levar a mulher para fazer sexo em lugares exóticos ou proibidos (mulher não pode ir sozinha ou levar o homem!). Imagino que isso seja pra relacionamentos longos, certo? Tipo casamento? Porque numa noitada é raro ir pro Havaí transar. E sexo no casamento, com o mesmo parceiro durante décadas, só é enfadonho pra mulher! Pro homem, tudo bem, que vagina é vagina. E se a gente for casada com o Brad Pitt durante trinta anos, o sexo nunca ficará rotineiro! Porque, né? O Brad é um macho superior! Ele tem uns genes e tanto! Não, confessem, fêmeas: quando vocês olham pro Brad Pitt, a primeira coisa que vem à mente é: “Hmmmm.... Que genes!...”. Não adianta mentir!
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