quarta-feira, 16 de março de 2011
terça-feira, 15 de março de 2011
Arte de ser mulher - Edíria Carneiro
Cultura
Nova exposição de Edíria Carneiro homenageia as mulheres
A artista plástica Edíria Carneiro inaugura nova exposição no hall de entrada da sede do Comitê Central do PCdoB, no centro de São Paulo, na próxima sexta-feira (18), às 18h30. Com dez telas pintadas à óleo, sob o título “As Excluídas”, Edíria faz sua homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no último 8 de março. A exposição está sendo produzida com o apoio da Fundação Maurício Grabois e da União Brasileira de Mulheres (UBM).
Por Mazé Leite*

Em sua trajetória como artista, Edíria fez parte do Núcleo de Gravadores de São Paulo desde sua fundação, na década de 60, e expôs, entre outros lugares, na II Bienal de Artes Plásticas de Salvador, na Bienal de Artes de Santos (década de 70), nas X e XI Bienais Internacionais de São Paulo (1969 e 1971), no Salão Paulista de Arte Moderna (de 1963 a 1968), no Salão Paulista de Arte Contemporânea (1969 a 1974), no Memorial da América Latina, em São Paulo (2005), na Câmara Federal de Brasília (2006). Recentemente fez uma exposição de Gravuras, também na sede do PCdoB.
No exterior, expôs na Associação Brasil-Estados Unidos, em Washington, EUA (1961); no Salon d'Automne, em Paris, França (de 1977 a 1981); no Musée des Beaux Arts de Caen, França (1981); no Salon des Artistes Françaises, em Paris (de 1977 a 1981); no Salon

Ela possui obras nos acervos dos seguintes museus: Museu de Arte Moderna de São Paulo; Museu de Arte Moderna de Skoplje, Macedônia, antiga Iugoslávia; Museu del Grabado de Buenos Aires, Argentina; no Cabinet d'Estampes de la Bibliothèque National de Paris, França e na Prefeitura de Porto Alegre, RS.
Além de artista plástica, Edíria Carneiro tem uma longa história de militância no Partido Comunista do Brasil, desde a década de 1940. Foi casada com o líder comunista João Amazonas, com quem teve três filhos.
*Artista plástica, formada em Letras-USP, membro da coordenação nacional do Coletivo de Cultura do PCdoB
No http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=11&id_noticia=149421
É chegada a hora da verdade sobre a ditadura
Brasil
Anistia homenageia mulheres perseguidas politicamente
A participação das mulheres na defesa dos direitos humanos e na luta contra a ditadura será tema da 13ª Anistia Cultural que o Ministério da Justiça irá realizar na próxima terça-feira (15), em Brasília. Promovida pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, a atividade é uma homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
Realizada em parceria com a Secretaria Especial de Políticas Públicas para as Mulheres (SPM), a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) e a Secretaria da Mulher do Governo do Distrito Federal, a 13ª Anistia Cultural irá entregar seis portarias de anistia para mulheres que foram perseguidas politicamente durante a ditadura, em ato de homenagem e reconhecimento público. Na sequência será realizada sessão especial de julgamentos dos requerimentos de anistias políticas de quatro mulheres que enfrentaram a ditadura militar. Uma turma especialmente composta por nove conselheiras da Comissão de Anistia avaliará cada um dos processos.
Após os julgamentos haverá uma mesa de debates que tratará da importância da mulher na luta pelos direitos humanos e contra o regime de exceção. Três mulheres estarão à frente das discussões: a secretária Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki, a deputada federal Luiza Erundina e a pedagoga Ana Maria Araújo Freire, viúva do educador Paulo Freire.
Além do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, participam do evento as ministras-chefe da SDH, Maria do Rosário, e da SPM, Iriny Lopes, a secretária de Estado da Mulher do GDF, Olgamir Amâncio, e a presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, deputada federal Manuela d’Ávila (PCdoB-RS).
Até dezembro de 2010 foram realizadas 12 anistias culturais lembrando e difundindo momentos e temas relevantes para o processo de redemocratização do Brasil, sendo duas delas dedicadas a homenagens ao Dia da Mulher (2008 e 2009).
Serão homenageadas:
Sônia Hipólito - Militante da União Nacional dos Estudantes (UNE), foi presa pela primeira vez pelo DOPS/SP, por participar do congresso da entidade em São Paulo, em 1968. Em 1969 militou na Ação Libertadora Nacional (ALN), sendo presa novamente em 1970. Exilada em 1973, passou pelo Chile, Argentina, Alemanha e França, onde permaneceu até 1976. Voltando ao Brasil em 1979, passou a atuar junto a movimentos sociais e a militar no Partido dos Trabalhadores (PT).
Denize Crispim - Militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), foi presa quando estava grávida de seis meses de Eduarda, sua filha com Eduardo Leite “Bacuri” (de quem foi companheira até sua morte sob violenta tortura pelas forças da repressão). Sua soltura foi negociada mediante prisão do marido, visto por Denize pela última vez na prisão, desfigurado pelas torturas. Obteve asilo diplomático na Itália em 1971.
Rose Nogueira - Ex-militante da Ação Libertadora Nacional (ALN), era jornalista quando foi presa pelo “esquadrão da morte” do DOPS, em 4 de novembro de 1969, em São Paulo. Abrigou diversos resistentes e revolucionários em sua casa, entre eles Carlos Marighella. Rose foi presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) e do Grupo Tortura Nunca Mais/SP. Segue até os dias atuais com sua militância pelos Direitos Humanos.
Maria Thereza Goulart – Viúva do ex- presidente João Goulart, deposto em março de 1964, a primeira-dama exilou-se com a família no Uruguai e, posteriormente, na Argentina, onde Jango veio a falecer em 6 de dezembro de 1976. Maria Tereza voltou ao Brasil em 1976 para enterrar Jango, e em 1980 para viver novamente no país.
Rita Sipahi - Natural de Recife, foi dirigente da UNE, militante da Juventude Universitária Católica e participou da estruturação da Ação Popular no Ceará. Durante a ditadura emigrou para São Paulo e Rio de Janeiro, mas não conseguiu evitar seu seqüestro e prisão pelas forças da repressão. Foi condenada pela Justiça Militar de São Paulo. Após a ditadura, estabilizou-se enquanto servidora pública e seguiu atuando junto a movimentos sociais.
Damaris Oliveira Lucena - Militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), viu o marido ser morto na frente dos filhos por agentes da repressão. Foi presa e banida juntamente com os filhos Adilson, Ângela e Denise Lucena, que ingressaram no sistema prisional ainda menores de idade.
Terão seus pedidos de anistia apreciados:
Margarita Babina Gaudenz (BA) - Esposa de Carlos Fernandes, militante de esquerda. Considerada subversiva por denunciar a tortura de presos políticos fora do Brasil. Foi presa em 1971.
Iracema Maria dos Santos (SP) - Presa juntamente com o irmão e o marido, em 1969. Seu irmão foi baleado por policiais e torturado, não tendo resistido aos ferimentos. Iracema foi presa e igualmente torturada. Teve sua condição de ex-presa política, torturada, reconhecida pelo estado de São Paulo.
Helena Jório de Vasconcelos (MG) - Em dezembro de 1971, a anistianda, grávida e com uma filha de 11 meses, teve a residência invadida por mais de 10 agentes do Estado fortemente armados, e foi levada ao DOPS presa e encapuzada. Foi posteriormente enquadrada na Lei de Segurança Nacional. Professora do ensino público de Minas Gerais à época, informa ter sofrido forte pressão para afastar-se de suas atividades laborais, dada a perseguição política. Foi professora da PUC/MG e secretária Municipal de Educação de Ibirité (MG).
Linda Tayah de Melo (RJ) - Integrante da Ação Libertadora Nacional (ALN) desde 1969, foi presa por diversas vezes e submetida à tortura, tendo sido condenada a dois anos de prisão pela Justiça Militar. Em uma das prisões, a anistianda foi ferida na cabeça por tiro de arma de fogo, e, logo após, levada para uma sala de tortura para obtenção de informação. Não recebeu apoio médico durante todo o tempo em foi interrogada, apenas submetida a uma craniotomia. Durante uma de suas prisões, foi demitida do cargo de professora primária do Estado da Guanabara por "abandono de cargo".
Serviço:
13ª Anistia Cultural em homenagem ao Dia Internacional da Mulher
Data: 15/03/2011
Horário: 9h às 13h
Local: Salão Negro do Palácio da Justiça - Esplanada dos Ministérios – Bloco T – Térreo – Brasília (DF)
Fonte: Ministério da Justiça
Após os julgamentos haverá uma mesa de debates que tratará da importância da mulher na luta pelos direitos humanos e contra o regime de exceção. Três mulheres estarão à frente das discussões: a secretária Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki, a deputada federal Luiza Erundina e a pedagoga Ana Maria Araújo Freire, viúva do educador Paulo Freire.
Além do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, participam do evento as ministras-chefe da SDH, Maria do Rosário, e da SPM, Iriny Lopes, a secretária de Estado da Mulher do GDF, Olgamir Amâncio, e a presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, deputada federal Manuela d’Ávila (PCdoB-RS).
Até dezembro de 2010 foram realizadas 12 anistias culturais lembrando e difundindo momentos e temas relevantes para o processo de redemocratização do Brasil, sendo duas delas dedicadas a homenagens ao Dia da Mulher (2008 e 2009).
Serão homenageadas:
Sônia Hipólito - Militante da União Nacional dos Estudantes (UNE), foi presa pela primeira vez pelo DOPS/SP, por participar do congresso da entidade em São Paulo, em 1968. Em 1969 militou na Ação Libertadora Nacional (ALN), sendo presa novamente em 1970. Exilada em 1973, passou pelo Chile, Argentina, Alemanha e França, onde permaneceu até 1976. Voltando ao Brasil em 1979, passou a atuar junto a movimentos sociais e a militar no Partido dos Trabalhadores (PT).
Denize Crispim - Militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), foi presa quando estava grávida de seis meses de Eduarda, sua filha com Eduardo Leite “Bacuri” (de quem foi companheira até sua morte sob violenta tortura pelas forças da repressão). Sua soltura foi negociada mediante prisão do marido, visto por Denize pela última vez na prisão, desfigurado pelas torturas. Obteve asilo diplomático na Itália em 1971.
Rose Nogueira - Ex-militante da Ação Libertadora Nacional (ALN), era jornalista quando foi presa pelo “esquadrão da morte” do DOPS, em 4 de novembro de 1969, em São Paulo. Abrigou diversos resistentes e revolucionários em sua casa, entre eles Carlos Marighella. Rose foi presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) e do Grupo Tortura Nunca Mais/SP. Segue até os dias atuais com sua militância pelos Direitos Humanos.
Maria Thereza Goulart – Viúva do ex- presidente João Goulart, deposto em março de 1964, a primeira-dama exilou-se com a família no Uruguai e, posteriormente, na Argentina, onde Jango veio a falecer em 6 de dezembro de 1976. Maria Tereza voltou ao Brasil em 1976 para enterrar Jango, e em 1980 para viver novamente no país.
Rita Sipahi - Natural de Recife, foi dirigente da UNE, militante da Juventude Universitária Católica e participou da estruturação da Ação Popular no Ceará. Durante a ditadura emigrou para São Paulo e Rio de Janeiro, mas não conseguiu evitar seu seqüestro e prisão pelas forças da repressão. Foi condenada pela Justiça Militar de São Paulo. Após a ditadura, estabilizou-se enquanto servidora pública e seguiu atuando junto a movimentos sociais.
Damaris Oliveira Lucena - Militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), viu o marido ser morto na frente dos filhos por agentes da repressão. Foi presa e banida juntamente com os filhos Adilson, Ângela e Denise Lucena, que ingressaram no sistema prisional ainda menores de idade.
Terão seus pedidos de anistia apreciados:
Margarita Babina Gaudenz (BA) - Esposa de Carlos Fernandes, militante de esquerda. Considerada subversiva por denunciar a tortura de presos políticos fora do Brasil. Foi presa em 1971.
Iracema Maria dos Santos (SP) - Presa juntamente com o irmão e o marido, em 1969. Seu irmão foi baleado por policiais e torturado, não tendo resistido aos ferimentos. Iracema foi presa e igualmente torturada. Teve sua condição de ex-presa política, torturada, reconhecida pelo estado de São Paulo.
Helena Jório de Vasconcelos (MG) - Em dezembro de 1971, a anistianda, grávida e com uma filha de 11 meses, teve a residência invadida por mais de 10 agentes do Estado fortemente armados, e foi levada ao DOPS presa e encapuzada. Foi posteriormente enquadrada na Lei de Segurança Nacional. Professora do ensino público de Minas Gerais à época, informa ter sofrido forte pressão para afastar-se de suas atividades laborais, dada a perseguição política. Foi professora da PUC/MG e secretária Municipal de Educação de Ibirité (MG).
Linda Tayah de Melo (RJ) - Integrante da Ação Libertadora Nacional (ALN) desde 1969, foi presa por diversas vezes e submetida à tortura, tendo sido condenada a dois anos de prisão pela Justiça Militar. Em uma das prisões, a anistianda foi ferida na cabeça por tiro de arma de fogo, e, logo após, levada para uma sala de tortura para obtenção de informação. Não recebeu apoio médico durante todo o tempo em foi interrogada, apenas submetida a uma craniotomia. Durante uma de suas prisões, foi demitida do cargo de professora primária do Estado da Guanabara por "abandono de cargo".
Serviço:
13ª Anistia Cultural em homenagem ao Dia Internacional da Mulher
Data: 15/03/2011
Horário: 9h às 13h
Local: Salão Negro do Palácio da Justiça - Esplanada dos Ministérios – Bloco T – Térreo – Brasília (DF)
Fonte: Ministério da Justiça
No http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=149457&id_secao=1
Um novo tempo para as mulheres brasileiras
Rede Cegonha: Dilma anuncia criação de programa para atender mães e crianças
A presidenta Dilma Rousseff anunciou a criação da ‘Rede Cegonha’ durante o programa semanal de rádio ‘Café com a Presidenta’, transmitido na manhã desta segunda-feira (14).
Segundo Dilma, o governo está atento a “um dos momentos mais marcantes da vida de toda mulher: a maternidade”. Na conversa, a presidenta também abordou temas como a violência doméstica e o compromisso de garantir com que a Lei Maria da Penha seja cumprida. Ela contou que no próximo ‘Café’ irá tratar “dos novos programas de prevenção e tratamento de câncer de mama e de colo de útero”.
“Vamos anunciar o Rede Cegonha, que é um programa, na área da saúde, voltado para o atendimento integral das mães e das crianças desde a gravidez, passando pelo parto até chegar ao desenvolvimento do bebê. Nós queremos que as mães e as crianças tenham um atendimento completo, integral,” afirmou.
Na entrevista, a presidenta reconheceu também que “nenhuma mulher trabalha tranquila se seus filhos não estiverem protegidos e bem cuidados”. Para que isso ocorra, segundo afirmou, será criado programa de creches. A meta é construir seis mil creches e pré-escolas em todo o Brasil, até 2014.
“As creches e pré-escolas, elas são muito importantes na administração do tempo das mulheres, mas são, sobretudo, Luciano, importantíssimas para a educação das crianças e para atacar a raiz das desigualdades sociais. Hoje, todo mundo sabe que as crianças de zero a cinco anos, que recebem atenção social e pedagógica, higiene e alimentação adequados, entram na vida escolar em condições muito melhores, daí o programa de creches.”
A presidenta fez uma avaliação da situação da mulher no país: “as mulheres ajudaram e ajudam a construir o nosso país. Saem dos seus lares, vão para o mundo do trabalho, para as empresas, para as escolas, às universidades, para a vida social e fazem a diferença.”
“Se as mulheres não tivessem crescido em seu papel na sociedade brasileira, eu não conseguiria ter sido eleito presidenta, por isso eu devo honrar as mulheres do nosso país”, enfatizou ela.
quarta-feira, 9 de março de 2011
A alegria e folia na luta das mulheres pra ampliar conquistas femininas
Bloco Maria vai com as outras reúne Feministas no centro de Manaus
Quata, 02 de Março de 2011 20:19
O Bloco de carnaval contou com a participação da primeira dama do Estado, Nejmi Aziz, a Senadora Vanessa Grazziotin, a deputada Federal Rebeca Garcia e dezenas de participantes das entidades feministas amazonenses. Na passeata foi dado o grito:"fora dengue”, campanha realizada pelo governo do estado.
No http://www.ubmulheres.org.br/component/content/article/1-noticias/121-blocoam.html

A Coordenadora da UBM – AM, Vanja Santos, participou ativamente do bloco e frisou a importância do ato que aconteceu próximo a comemoração do dia Internacional da Mulher. Vanja lembrou ainda a implementação e defesa da lei Maria da Penha, criada para ajudar a defender a violência contra mulheres e que recentemente vem sendo mal interpretada por oportunistas classificados pelo machismo que “querem tirar uma conquista feminina que custou anos de luta” acrescentou Vanja, feliz pelo sucesso do Bloco Carnavalesco.
Por Antonia Baracho, de ManausNo http://www.ubmulheres.org.br/component/content/article/1-noticias/121-blocoam.html
Cultura machista limita inserção das mulheres no mercado de trabalho
Cuidado com os filhos e a casa diminui renda das mulheres
A má distribuição de tarefas entre homens e mulheres em casa e no cuidado com os filhos é apontada como fator limitante para inserção das mulheres no mercado de trabalho, em carreiras com melhor remuneração.
Por Gilberto Costa
Luciana Lima/A
Lapão (BA) - Mesmo sem ter completado o ensino médio, Alexandra Rocha, 23 anos, alfabetiza as crianças do quilombo Lagoa do Gaudêncio.

“As mulheres não entram em condições de igualdade com os homens no mercado de trabalho por causa da dupla jornada que exercem e não são remuneradas por conta de cuidados com os filhos, com a casa e, com as pessoas doentes e, às vezes, até com com o trabalho comunitário”, aponta Eliana Graça, assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e voluntária do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea).
“A responsabilidade dupla das mulheres acaba fazendo com que ela se insira de forma mais precária no mercado de trabalho; contribuindo decisivamente para que as famílias chefiadas por elas estejam mais presentes na pobreza do que as famílias chefiadas por homens”, complementa a economista Luana Simões Pinheiro, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Luana pondera, no entanto, que a inserção precária no mercado de trabalho não se deve apenas ao domínio masculino e a ações descriminatórias do mercado. “Essa questão se reproduz pelos homens e pelas mulheres. É uma questão de dois lados. Não tem só vítimas, mocinhos e bandidos nessa história. Todo mundo reproduz no cotidiano”, enfatiza ao lembrar que “as meninas nascem ganhando um kit cozinha, com panelinhas, e os meninos ganhando um carrão de brinquedo, que incentiva a velocidade a não ter medo, a ter coragem”.
O sociólogo e professor da Universidade de São Paulo (USP) Gustavo Venturi destaca que todo fenômeno de dominação e opressão só ocorre porque aqueles que têm um papel subalterno assumem valores do grupo dominante. “Muitas mulheres contribuem para a reprodução dessa cultura machista, ainda que sofram fortemente suas consequências”, avalia.
Venturi coordenou a pesquisa Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado, feita para a Fundação Perseu Abramo (ligada ao PT) para o Serviço Social do Comércio (Sesc), na qual 30% dos homens se declararam machistas (4% “muito machistas”).
A pesquisa recentemente divulgada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (aplicada em agosto de 2010) foi comparada a outro estudo semelhante de 2001. Para Venturi, no intervalo de nove anos, foram poucas as mudanças no “consenso” de que são as mulheres que devem cuidar dos filhos desde a primeira infância. De lá para cá, cresceu de 27,3% para 35,2% o número de famílias chefiadas por mulheres segundo dados do Instituto de Estudos do Trabalho e da Sociedade (Iets).
Eliana Graça, do Cfemea e do Inesc, aponta que as políticas públicas que foram criadas pelo governo federal nesse período, como o Programa Bolsa Família, mantém o preconceito de que o cuidado com os filhos é responsabilidade exclusiva das mães. Noventa e três por cento dos cartões do programa são em nome das mulheres. “Assim, o programa cristaliza o papel da mulher que nós estamos acostumados: o papel da mãe cuidadora”.
Fonte: Agência Brasil
“A responsabilidade dupla das mulheres acaba fazendo com que ela se insira de forma mais precária no mercado de trabalho; contribuindo decisivamente para que as famílias chefiadas por elas estejam mais presentes na pobreza do que as famílias chefiadas por homens”, complementa a economista Luana Simões Pinheiro, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Luana pondera, no entanto, que a inserção precária no mercado de trabalho não se deve apenas ao domínio masculino e a ações descriminatórias do mercado. “Essa questão se reproduz pelos homens e pelas mulheres. É uma questão de dois lados. Não tem só vítimas, mocinhos e bandidos nessa história. Todo mundo reproduz no cotidiano”, enfatiza ao lembrar que “as meninas nascem ganhando um kit cozinha, com panelinhas, e os meninos ganhando um carrão de brinquedo, que incentiva a velocidade a não ter medo, a ter coragem”.
O sociólogo e professor da Universidade de São Paulo (USP) Gustavo Venturi destaca que todo fenômeno de dominação e opressão só ocorre porque aqueles que têm um papel subalterno assumem valores do grupo dominante. “Muitas mulheres contribuem para a reprodução dessa cultura machista, ainda que sofram fortemente suas consequências”, avalia.
Venturi coordenou a pesquisa Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado, feita para a Fundação Perseu Abramo (ligada ao PT) para o Serviço Social do Comércio (Sesc), na qual 30% dos homens se declararam machistas (4% “muito machistas”).
A pesquisa recentemente divulgada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (aplicada em agosto de 2010) foi comparada a outro estudo semelhante de 2001. Para Venturi, no intervalo de nove anos, foram poucas as mudanças no “consenso” de que são as mulheres que devem cuidar dos filhos desde a primeira infância. De lá para cá, cresceu de 27,3% para 35,2% o número de famílias chefiadas por mulheres segundo dados do Instituto de Estudos do Trabalho e da Sociedade (Iets).
Eliana Graça, do Cfemea e do Inesc, aponta que as políticas públicas que foram criadas pelo governo federal nesse período, como o Programa Bolsa Família, mantém o preconceito de que o cuidado com os filhos é responsabilidade exclusiva das mães. Noventa e três por cento dos cartões do programa são em nome das mulheres. “Assim, o programa cristaliza o papel da mulher que nós estamos acostumados: o papel da mãe cuidadora”.
Fonte: Agência Brasil
No http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=149091&id_secao=2
É isso aí, Dilma!
Mulher Brasileira
Benito Di Paula
Composição: Benito Di PaulaAgora chegou a vez, vou cantar
Mulher brasileira em primeiro lugar
Agora chegou a vez, vou cantar
Mulher brasileira em primeiro lugar
Norte a sul do meu Brasil
Caminha sambando quem não viu
Mulher de verdade, sim, senhor
Mulher brasileira é feita de amor
Terça-feira, 8 de março de 2011
'The Guardian' põe Dilma em lista de cem mulheres mais inspiradoras
O jornal britânico The Guardian colocou a presidente brasileira Dilma Rousseff em sua lista das cem mulheres mais inspiradoras da atualidade, publicada nesta terça-feira.

O jornal descreve a presidente brasileira como "uma guerrilheira socialista adolescente que enfrentou prisão e tortura" e que é considerada uma "administradora dura e pragmática".
O texto cita ainda a promessa de Dilma de melhorar as condições de vida das mulheres e de ter mulheres no comando de nove dos 37 Ministérios de seu governo, um número recorde na história do Brasil.
No entanto, o The Guardian fala também sobre as críticas de que, durante a campanha presidencial, Dilma ignorou assuntos relacionados à mulher e reverteu publicamente sua posição sobre o aborto para acalmar os religiosos, além de que teria, segundo os críticos, feito diversas cirurgias plásticas para "ganhar o seu lugar".
"Ela já está enfrentando um grande teste - as enchentes recentes que mataram centenas e enterraram cidades inteiras", diz o jornal.
Inspiração
Segundo a colunista do The Guardian Jane Martinson, a lista é composta de mulheres que são modelo de comportamento em diversas áreas em todo o mundo e que, além de conquistar direitos, ajudaram outras mulheres.
Mais de 3 mil sugestões de leitores foram consideradas por uma equipe de doze mulheres que incluía ativistas políticas, membros de organizações não-governamentais e jornalistas.
As cem mulheres escolhidas para a lista final estão divididas entre as categorias Política; Ativistas; Arte, Cinema, Música e Moda; Negócios e Sindicatos; Direito; Ciência e Medicina; Esporte e Aventura; Escrita Literária e Academia; Tecnologia e Televisão.
"Ordenamos a lista por categorias e não em uma ‘lista de poder’ numérica porque é impossível comparar mulheres que põem sua vida em risco por uma causa, como Malaya Joya (ativista pelos direitos humanos no Afeganistão) com artistas como Lady Gaga", disse Martinson.
"Não é uma lista de poder ou riqueza. Em vez disso, é um grupo inspirador de mulheres cuja influência irá durar."
Outros destaques da seleção são a ativista indiana Sampat Pal Devi, líder do grupo Gulabi, que pune homens por maus-tratos a mulheres no norte da Índia; a diretora-executiva da Avon, Andrea Jung; a tenista e ativista pelos direitos homossexuais Martina Navratilova e a autora iraniana Marjane Satrapi, conhecida pela história em quadrinhos autobiográfica Persépolis.
“Historicamente, vivemos um momento de grandes potenciais e mudanças para as mulheres. Chegou a hora de agarrar essa oportunidade. A minha própria experiência me ensinou que não existem limites para as conquistas das mulheres.” Michelle Bachelet
8 de março de 2011 às 10:03
Fátima Oliveira: Só flores não bastam!
Reflexões sobre o centenário Dia Internacional da Mulher
8 de março é um marco da luta contra a opressão feminina
8 de março é um marco da luta contra a opressão feminina
por Fátima Oliveira, no Jornal OTEMPO
O Dia Internacional da Mulher, o 8 de março, foi proposto em 1910, na 2ª Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, em Copenhague, organizada por Clara Zétkin (1857-1933) e Rosa de Luxemburgo (1871-1919); compareceram delegadas de 16 países, representando cerca de 100 milhões de mulheres socialistas. Elas definiram a data como Dia Internacional da Mulher e reafirmaram as resoluções da 1ª Conferência, realizada em Stuttgart, na Alemanha, em 1903: igualdade de oportunidades para as mulheres no trabalho e na vida social e política; salário igual para trabalho igual; ajuda social para operárias e crianças; e intensificação da luta pelo voto feminino.
A pretensão das socialistas provocou duros embates no movimento de mulheres da Europa entre 1907 e 1910. Sobre a data, em 1917, na Rússia, Alexandra Kollontai (1872-1952) escreveu: “O dia das operárias, 8 de março, foi uma data memorável na história. Nesse dia, as mulheres russas levantaram a tocha da revolução”. Na data estourou a greve das tecelãs de São Petersburgo, manifestação vigorosa que detonou as mobilizações que culminaram na Revolução de Outubro de 1917.
O 8 de março se firmou no mundo como um marco da milenar luta contra a opressão feminina. O maior problema na atualidade é não permitir a sua banalização como um dia em que as mulheres devem apenas receber flores. Evidente que flores em reconhecimento a uma jornada de lutas são bem-vindas, desde que não esqueçamos que praticamente 100% das reivindicações registradas na conferência de Stuttgart continuam atuais, pois ainda não se materializaram na vida das mulheres. Eis porque a luta continua e porque só flores não bastam!
Michelle Bachelet, ex-presidenta do Chile e diretora-executiva da ONU Mulheres, verbalizou, com absoluta propriedade, que a sua criação responde ao descontentamento geral com o ritmo lento da superação da desigualdade de gênero: “Historicamente, vivemos um momento de grandes potenciais e mudanças para as mulheres. Chegou a hora de agarrar essa oportunidade. A minha própria experiência me ensinou que não existem limites para as conquistas das mulheres”.
Michelle Bachelet, ex-presidenta do Chile e diretora-executiva da ONU Mulheres, verbalizou, com absoluta propriedade, que a sua criação responde ao descontentamento geral com o ritmo lento da superação da desigualdade de gênero: “Historicamente, vivemos um momento de grandes potenciais e mudanças para as mulheres. Chegou a hora de agarrar essa oportunidade. A minha própria experiência me ensinou que não existem limites para as conquistas das mulheres”.
Hoje, a expectativa é em torno do que anunciará a presidente Dilma Rousseff. Eu ficaria imensamente feliz se suas propostas contemplassem em gestos uma carinhosa “mulheragem” a Alexandra Kollontai, única mulher que ocupou um cargo no primeiro escalão do governo após a Revolução de Outubro: comissária do povo (Comissariado da Assistência Social, equivalente a ministra de Estado do Bem-Estar Social). Sob o comando de Alexandra Kollontai, o referido Comissariado elaborou as novas leis do Estado soviético sobre os direitos da mulher – a legislação mais avançada de um país, em todos os tempos, inclusive legalizando o aborto.
As vitórias das soviéticas impulsionaram a luta pelos direitos da mulher em todo o mundo e até hoje são fonte de inspiração, demonstrando que todos os direitos humanos são possíveis quando há decisão política. Os países capitalistas, visando deter a simpatia crescente pelo socialismo, cederam na concessão de alguns direitos. Não há dúvidas de que o governo soviético foi o primeiro do mundo a abolir as leis que conferiam cidadania de segunda categoria às mulheres. Seria pedir muito que as brasileiras alcançassem, quase um século depois, o mesmo que as soviéticas conseguiram em 1917?
Ou vamos continuar “caminhando e cantando e seguindo a canção”?
No http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/fatima-oliveira-so-flores-nao-bastam.html
Em nome da democracia uma ova!
terça-feira, 8 de março de 2011
JAMAIS SERÁ DITO NO "JORNAL NACIONAL ",DA FILIAL BRASILEIRA DA FOX.COPIADO DO BLOG DO SARAIVA
INVASÕES AMERICANAS NO MUNDO
Organizado por Alberto da Silva Jones (professor da UFSC):Entre as várias INVASÕES das forças armadas dos Estados Unidos fizeram nos séculos XIX, XX e XXI, podemos citar:
1846 - 1848 - MÉXICO - Por causa da anexação, pelos EUA, da República do Texas
1890 - ARGENTINA - Tropas americanas desembarcam em Buenos Aires para defender interesses econômicos americanos.
1891 - CHILE - Fuzileiros Navais esmagam forças rebeldes nacionalistas.
1891 - HAITI - Tropas americanas debelam a revolta de operários negros na ilha de Navassa, reclamada pelos EUA.
1893 - HAWAI - Marinha enviada para suprimir o reinado independente anexar o Hawaí aos EUA.
1894 - NICARÁGUA - Tropas ocupam Bluefields, cidade do mar do Caribe, durante um mês.
1894 - 1895 - CHINA - Marinha, Exército e Fuzileiros desembarcam no país durante a guerra sino-japonesa.
1894 - 1896 - COREIA - Tropas permanecem em Seul durante a guerra.
1895 - PANAMÁ - Tropas desembarcam no porto de Corinto, província Colombiana.
1898 - 1900 - CHINA - Tropas dos Estados Unidos ocupam a China durante a Rebelião Boxer.
1898 - 1910 - FILIPINAS - As Filipinas lutam pela independência do país, dominado pelos EUA (Massacres realizados por tropas americanas em Balangica, Samar, Filipinas - 27/09/1901 e Bud Bagsak, Sulu, Filipinas 11/15/1913) - 600.000 filipinos mortos.
1898 - 1902 - CUBA - Tropas sitiaram Cuba durante a guerra hispano-americana.
1898 - Presente - PORTO RICO - Tropas sitiaram Porto Rico na guerra hispano-americana, hoje 'Estado Livre Associado' dos Estados Unidos.
1898 - ILHA DE GUAM - Marinha americana desembarca na ilha e a mantêm como base naval até hoje.
1898 - ESPANHA - Guerra Hispano-Americana - Desencadeada pela misteriosa explosão do encouraçado Maine, em 15 de fevereiro, na Baía de Havana. Esta guerra marca o surgimento dos EUA como potência capitalista e militar mundial.
1898 - NICARÁGUA - Fuzileiros Navais invadem o porto de San Juan del Sur.
1899 - ILHA DE SAMOA - Tropas desembarcam e invadem a Ilha em consequência de conflito pela sucessão do trono de Samoa.
1899 - NICARÁGUA - Tropas desembarcam no porto de Bluefields e invadem a Nicarágua (2ª vez).
1901 - 1914 - PANAMÁ - Marinha apóia a revolução quando o Panamá reclamou independência da Colômbia; tropas americanas ocupam o canal em 1901, quando teve início sua construção.
1903 - HONDURAS - Fuzileiros Navais americanos desembarcam em Honduras e intervêm na revolução do povo hondurenho.
1903 - 1904 - REPÚBLICA DOMINICANA - Tropas norte americanas atacaram e invadiram o território dominicano para proteger interesses do capital americano durante a revolução.
1904 - 1905 - COREIA - Fuzileiros Navais dos Estados Unidos desembarcaram no território coreano durante a guerra russo-japonesa.
1906 - 1909 - CUBA -Tropas dos Estados Unidos invadem Cuba e lutam contra o povo cubano durante período de eleições.
1907 - NICARÁGUA - Tropas americanas invadem e impõem a criação de um protetorado, sobre o território livre da Nicarágua.
1907 - HONDURAS - Fuzileiros Navais americanos desembarcam e ocupam Honduras durante a guerra de Honduras com a Nicarágua.
1908 - PANAMÁ - Fuzileiros Navais dos Estados Unidos invadem o Panamá durante período de eleições.
1910 - NICARÁGUA - Fuzileiros navais norte americanos desembarcam e invadem pela 3ª vez Bluefields e Corinto, na Nicarágua.
1911 - HONDURAS - Tropas americanas enviadas para proteger interesses americanos durante a guerra civil, invadem Honduras.
1911 - 1941 - CHINA - Forças do exército e marinha dos Estados Unidos invadem mais uma vez a China durante período de lutas internas repetidas.
1912 - CUBA - Tropas americanas invadem Cuba com a desculpa de proteger interesses americanos em Havana.
1912 - PANAMÁ - Fuzileiros navais americanos invadem novamente o Panamá e ocupam o país durante eleições presidenciais.
1912 - HONDURAS - Tropas norte americanas mais uma vez invadem Honduras para proteger interesses do capital americano.
1912 - 1933 - NICARÁGUA - Tropas dos Estados Unidos com a desculpa de combaterem guerrilheiros invadem e ocupam o país durante 20 anos.
1913 - MÉXICO - Fuzileiros da Marinha americana invadem o México com a desculpa de evacuar cidadãos americanos durante a revolução.
1913 - MÉXICO - Durante a Revolução mexicana, os Estados Unidos bloqueiam as fronteiras mexicanas em apoio aos revolucionários.
1914 - 1918 - PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL - Os EUA entram no conflito em 6 de abril de 1917 declarando guerra à Alemanha. As perdas americanas chegaram a 114 mil homens.
1914 - REPÚBLICA DOMINICANA - Fuzileiros navais da Marinha dos Estados invadem o solo dominicano e interferem na revolução do povo dominicano em Santo Domingo.
1914 - 1918 - MÉXICO - Marinha e exército dos Estados Unidos invadem o território mexicano e interferem na luta contra nacionalistas.
1915 - 1934 - HAITI - Tropas americanas desembarcam no Haiti, em 28 de julho, e transformam o país numa colônia americana, permanecendo lá durante 19 anos.
1916 - 1924 - REPÚBLICA DOMINICANA - Os EUA invadem e estabelecem um governo militar na República Dominicana, em 29 de novembro, ocupando o país durante oito anos.
1917 - 1933 - CUBA - Tropas americanas desembarcam em Cuba, e transformam o país num protetorado econômico americano, permanecendo essa ocupação por 16 anos.
1918 - 1922 - RÚSSIA - Marinha e tropas americanas enviadas para combater a revolução Bolchevista. O Exército realizou cinco desembarques, sendo derrotado pelos russos em todos eles.
1919 - HONDURAS - Fuzileiros norte americanos desembarcam e invadem mais uma vez o país durante eleições, colocando no poder um governo a seu serviço.
1918 - IUGOSLÁVIA - Tropas dos Estados Unidos invadem a Iugoslávia e intervêm ao lado da Itália contra os sérvios na Dalmácia.
1920 - GUATEMALA - Tropas americanas invadem e ocupam o país durante greve operária do povo da Guatemala.
1922 - TURQUIA - Tropas norte americanas invadem e combatem nacionalistas turcos em Smirna.
1922 - 1927 - CHINA - Marinha e Exército americano mais uma vez invadem a China durante revolta nacionalista.
1924 - 1925 - HONDURAS - Tropas dos Estados Unidos desembarcam e invadem Honduras duas vezes durante eleição nacional.
1925 - PANAMÁ - Tropas americanas invadem o Panamá para debelar greve geral dos trabalhadores panamenhos.
1927 - 1934 - CHINA - Mil fuzileiros americanos desembarcam na China durante a guerra civil local e permanecem durante sete anos, ocupando o território chinês.
1932 - EL SALVADOR - Navios de Guerra dos Estados Unidos são deslocados durante a revolução das Forças do Movimento de Libertação Nacional - FMLN - comandadas por Marti.
1939 - 1945 - SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - Os EUA declaram guerra ao Japão em 8 de dezembro de 1941 e depois a Alemanha e Itália, invadindo o Norte da África, a Ásia e a Europa, culminando com o lançamento das bombas atômicas sobre as cidades desmilitarizadas de Iroshima e Nagasaki.
1946 - IRÃ - Marinha americana ameaça usar artefatos nucleares contra tropas soviéticas caso as mesmas não abandonem a fronteira norte do Irã.
1946 - IUGOSLÁVIA - Presença da marinha americana ameaçando invadir a zona costeira da Iugoslávia em resposta a um avião espião dos Estados Unidos abatido pelos soviéticos.
1947 - 1949 - GRÉCIA - Operação de invasão de Comandos dos EUA garantem vitória da extrema direita nas "eleições" do povo grego.
1947 - VENEZUELA - Em um acordo feito com militares locais, os EUA invadem e derrubam o presidente eleito Rómulo Gallegos, como castigo por ter aumentado o preço do petróleo exportado, colocando um ditador no poder.
1948 - 1949 - CHINA - Fuzileiros americanos invadem pela ultima vez o território chinês para evacuar cidadãos americanos antes da vitória comunista.
1950 - PORTO RICO - Comandos militares dos Estados Unidos ajudam a esmagar a revolução pela independência de Porto Rico, em Ponce.
1951 - 1953 - COREIA - Início do conflito entre a República Democrática da Coreia (Norte) e República da Coreia (Sul), na qual cerca de 3 milhões de pessoas morreram. Os Estados Unidos são um dos principais protagonistas da invasão usando como pano de fundo a recém criada Nações Unidas, ao lado dos sul-coreanos. A guerra termina em julho de 1953 sem vencedores e com dois estados polarizados: comunistas ao norte e um governo pró-americano no sul. Os EUA perderam 33 mil homens e mantém até hoje base militar e aero-naval na Coreia do Sul.
1954 - GUATEMALA - Comandos americanos, sob controle da CIA, derrubam o presidente Arbenz, democraticamente eleito, e impõem uma ditadura militar no país. Jacobo Arbenz havia nacionalizado a empresa United Fruit e impulsionado a Reforma Agrária.
1956 - EGITO - O presidente Nasser nacionaliza o canal de Suez. Tropas americanas se envolvem durante os combates no Canal de Suez sustentados pela Sexta Frota dos EUA. As forças egípcias obrigam a coalizão franco-israelense-britânica, a retirar-se do canal.
1958 - LÍBANO - Forças da Marinha americana invadem apóiam o exército de ocupação do Líbano durante sua guerra civil.
1958 - PANAMÁ - Tropas dos Estados Unidos invadem e combatem manifestantes nacionalistas panamenhos.
1961 - 1975 - VIETNÃ - Aliados ao sul-vietnamitas, o governo americano invade o Vietnã e tenta impedir, sem sucesso, a formação de um estado comunista, unindo o sul e o norte do país. Inicialmente a participação americana se restringe a ajuda econômica e militar (conselheiros e material bélico). Em agosto de 1964, o congresso americano autoriza o presidente a lançar os EUA em guerra. Os Estados Unidos deixam de ser simples consultores do exército do Vietnã do Sul e entram num conflito traumático, que afetaria toda a política militar dali para frente. A morte de quase 60 mil jovens americanos e a humilhação imposta pela derrota do Sul em 1975, dois anos depois da retirada dos Estados Unidos, moldou a estratégia futura de evitar guerras que impusessem um custo muito alto de vidas americanas e nas quais houvesse inimigos difíceis de derrotar de forma convencional, como os vietcongues e suas táticas de guerrilhas.
1962 - LAOS - Militares americanos invadem e ocupam o Laos durante guerra civil contra guerrilhas do Pathet Lao.
1964 - PANAMÁ - Militares americanos invadiram mais uma vez o Panamá e mataram 20 estudantes, ao reprimirem a manifestação em que os jovens queriam trocar, na zona do canal, a bandeira americana pela bandeira e seu país.
1965 - 1966 - REPÚBLICA DOMINICANA - Trinta mil fuzileiros e pára-quedistas norte americanos desembarcaram na capital do país São Domingo para impedir a nacionalistas panamenhos de chegarem ao poder. A CIA conduz Joaquín Balaguer à presidência, consumando um golpe de estado que depôs o presidente eleito Juan Bosch. O país já fora ocupado pelos americanos de 1916 a 1924.
1966 - 1967 - GUATEMALA - Boinas Verdes e marines americanos invadem o país para combater movimento revolucionário contrario aos interesses econômicos do capital americano.
1969 - 1975 - CAMBOJA - Militares americanos enviados depois que a Guerra do Vietnã invadem e ocupam o Camboja.
1971 - 1975 - LAOS - EUA dirigem a invasão sul-vietnamita bombardeando o território do vizinho Laos, justificando que o país apoiava o povo vietnamita em sua luta contra a invasão americana.
1975 - CAMBOJA - 28 marines americanos são mortos na tentativa de resgatar a tripulação do petroleiro estadunidense Mayaquez.
1980 - IRÃ - Na inauguração do estado islâmico formado pelo Aiatolá Khomeini, estudantes que haviam participado da Revolução Islâmica do Irã ocuparam a embaixada americana em Teerã e fizeram 60 reféns. O governo americano preparou uma operação militar surpresa para executar o resgate, frustrada por tempestades de areia e falhas em equipamentos. Em meio à frustrada operação, oito militares americanos morreram no choque entre um helicóptero e um avião. Os reféns só seriam libertados um ano depois do seqüestro, o que enfraqueceu o então presidente Jimmy Carter e elegeu Ronald Reagan, que conseguiu aprovar o maior orçamento militar em época de paz até então.*
1982 - 1984 - LÍBANO - Os Estados Unidos invadiram o Líbano e se envolveram nos conflitos do Líbano logo após a invasão do país por Israel - e acabaram envolvidos na guerra civil que dividiu o país. Em 1980, os americanos supervisionaram a retirada da Organização pela Libertação da Palestina de Beirute. Na segunda intervenção, 1.800 soldados integraram uma força conjunta de vários países, que deveriam restaurar a ordem após o massacre de refugiados palestinos por libaneses aliados a Israel. O custo para os americanos foi a morte 241 fuzileiros navais, quando os libaneses explodiram um carro bomba perto de um quartel das forças americanas.
1983 - 1984 - ILHA DE GRANADA - Após um bloqueio econômico de quatro anos a CIA coordena esforços que resultam no assassinato do 1º Ministro Maurice Bishop. Seguindo a política de intervenção externa de Ronald Reagan, os Estados Unidos invadiram a ilha caribenha de Granada alegando prestar proteção a 600 estudantes americanos que estavam no país, as tropas eliminaram a influência de Cuba e da União Soviética sobre a política da ilha.
1983 - 1989 - HONDURAS - Tropas americanas enviadas para construir bases em regiões próximas à fronteira, invadem o Honduras
1986 - BOLÍVIA - Exército americano invade o território boliviano na justificativa de auxiliar tropas bolivianas em incursões nas áreas de cocaína.
1989 - ILHAS VIRGENS - Tropas americanas desembarcam e invadem as ilhas durante revolta do povo do país contra o governo pró-americano.
1989 - PANAMÁ - Batizada de Operação Causa Justa, a intervenção americana no Panamá foi provavelmente a maior batida policial de todos os tempos: 27 mil soldados ocuparam a ilha para prender o presidente panamenho, Manuel Noriega, antigo ditador aliado do governo americano. Os Estados Unidos justificaram a operação como sendo fundamental para proteger o Canal do Panamá, defender 35 mil americanos que viviam no país, promover a democracia e interromper o tráfico de drogas, que teria em Noriega seu líder na América Central. O ex-presidente cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos.
1990 - LIBÉRIA - Tropas americanas invadem a Libéria justificando a evacuação de estrangeiros durante guerra civil.
1990 - 1991 - IRAQUE - Após a invasão do Iraque ao Kuwait, em 2 de agosto de 1990, os Estados Unidos com o apoio de seus aliados da Otan, decidem impor um embargo econômico ao país, seguido de uma coalizão anti-Iraque (reunindo além dos países europeus membros da Otan, o Egito e outros países árabes) que ganhou o título de "Operação Tempestade no Deserto". As hostilidades começaram em 16 de janeiro de 1991, um dia depois do fim do prazo dado ao Iraque para retirar tropas do Kuwait. Para expulsar as forças iraquianas do Kuwait, o então presidente George Bush destacou mais de 500 mil soldados americanos para a Guerra do Golfo.
1990 - 1991 - ARÁBIA SAUDITA - Tropas americanas destacadas para ocupar a Arábia Saudita que era base militar na guerra contra Iraque.
1992 - 1994 - SOMÁLIA - Tropas americanas, num total de 25 mil soldados, invadem a Somália como parte de uma missão da ONU para distribuir mantimentos para a população esfomeada. Em dezembro, forças militares norte-americanas (comando Delta e Rangers) chegam a Somália para intervir numa guerra entre as facções do então presidente Ali Mahdi Muhammad e tropas do general rebelde Farah Aidib. Sofrem uma fragorosa derrota militar nas ruas da capital do país.
1993 - IRAQUE - No início do governo Clinton, é lançado um ataque contra instalações militares iraquianas, em retaliação a um suposto atentado, não concretizado, contra o ex-presidente Bush, em visita ao Kuwait.
1994 - 1999 - HAITI - Enviadas pelo presidente Bill Clinton, tropas americanas ocuparam o Haiti na justificativa de devolver o poder ao presidente eleito Jean-Betrand Aristide, derrubado por um golpe, mas o que a operação visava era evitar que o conflito interno provocasse uma onda de refugiados haitianos nos Estados Unidos.
1996 - 1997 - ZAIRE (EX REPÚBLICA DO CONGO) - Fuzileiros Navais americanos são enviados para invadir a área dos campos de refugiados Hutus onde a revolução congolesa "Marines evacuam civis" iniciou.
1997 - LIBÉRIA - Tropas dos Estados Unidos invadem a Libéria justificando a necessidade de evacuar estrangeiros durante guerra civil sob fogo dos rebeldes.
1997 - ALBÂNIA - Tropas americanas invadem a Albânia para evacuarem estrangeiros.
2000 - COLÔMBIA - Marines e "assessores especiais" dos EUA iniciam o Plano Colômbia, que inclui o bombardeamento da floresta com um fungo transgênico fusarium axyporum (o "gás verde").
2001 - AFEGANISTÃO - Os EUA bombardeiam várias cidades afegãs, em resposta ao ataque terrorista ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Invadem depois o Afeganistão onde estão até hoje.
2003 - IRAQUE - Sob a alegação de Saddam Hussein esconder armas de destruição e financiar terroristas, os EUA iniciam intensos ataques ao Iraque. É batizada pelos EUA de "Operação Liberdade do Iraque" e por Saddam de "A Última Batalha", a guerra começa com o apoio apenas da Grã-Bretanha, sem o endosso da ONU e sob protestos de manifestantes e de governos no mundo inteiro. As forças invasoras americanas até hoje estão no território iraquiano, onde a violência aumentou mais do que nunca.
Na América Latina, África e Ásia, os Estados Unidos invadiam países ou para depor governos democraticamente eleitos pelo povo, ou para dar apoio a ditaduras criadas e montadas pelos Estados Unidos, tudo em nome da "democracia" (deles).
By: Sátiro No http://aposentadoinvocado1.blogspot.com/
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