domingo, 4 de julho de 2010

Dividindo poder e responsabilidades

Brasileiros querem avanços na igualdade de sexo


 
O Brasil é o segundo país onde mais gente acredita que é necessário avançar na igualdade entre homens e mulheres. Uma pesquisa realizada com 24.790 pessoas em 22 países, pela Pew Research Center, dos Estados Unidos, revela que 95% dos entrevistados brasileiros defendem que as mulheres devem ter direitos iguais aos dos homens, e 84% responderam que é preciso ser feito mais para que isso seja atingido.
Este resultado só ficou atrás do Japão, onde 89% dos entrevistados afirmaram que são necessárias mudanças para aumentar a igualdade entre os sexos e 89% dos entrevistados acreditam que deve haver igualdade de direitos.
A pesquisa marca os 15 anos da quarta Conferência Mundial da ONU sobre Mulheres, em Pequim, que resultou em uma declaração afirmando que “homens e mulheres deveriam dividir poder e responsabilidade em casa, no trabalho e nas comunidades nacionais e internacionais”. O objetivi da pesquisa é justamente checar até que ponto os princípios da declaração foram adotados.
Em linhas gerais, o estudo concluiu que, apesar de a grande maioria dos entrevistados concordar com a noção de igualdade de direitos, muitos deles são reticentes em aceitá-la quando ele implica, por exemplo, em concorrência no mercado de trabalho. O resultado mostra que a grande maioria dos entrevistados expressou apoio à igualdade entre homens e mulheres e concordou que as mulheres devem poder trabalhar fora. A Nigéria foi o único país onde menos da metade dos entrevistados acredita na igualdade de direitos (45%).
Em 19 dos 22 países, a maior parte dos entrevistados concorda que um casamento em que marido e mulher dividem despesas e responsabilidades domésticas é mais satisfatório do que o casamento em que o homem é o provedor e a mulher cuida do lar. No Brasil esse número chega a 84%. O Paquistão foi o único país onde a grande maioria dos entrevistados (79%) acredita que um casamento em que o homem provém e a mulher cuida da casa é melhor.
 Da BBC Brasil
por Mulheres com Dilma

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