segunda-feira, 11 de abril de 2011

Dilma quer negócio da China para o Brasil

Dilma chega a Pequim para tentar ampliar pauta de exportações

Presidenta desembarcou com ministros e seguiu para hotel no centro financeiro da capital; à tarde, deve visitar a Grande Muralha
Janaína Silveira, especial para o iG, em Pequim
A presidenta Dilma Rousseff chegou a Pequim no início desta madrugada (horário de Brasília) para uma visita de seis dias à China. Após desembarcar, ela seguiu direto para o Hotel Saint Regis, próximo do coração financeiro da capital chinesa, onde ficará hospedada. Antes de chegar ao país, ela declarou, em entrevista à agência estatal Xinhua, que o principal desafio da visita é criar bases para uma relação de “reciprocidade” na área comercial e de investimentos. A visita tem como objetivo ampliar a pauta de exportação para o gigante asiático.

Foto: Reuters Presidenta Dilma Rousseff desembarca em Pequim, onde seguiu direto para hotel antes de encontro com autoridades
No voo estavam os ministros Edison Lobão (Minas e Energia), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Antônio Patriota (Relações Exteriores). A tarde desta segunda-feira está reservada para compromissos privados. Uma das expectativas é de que Dilma visite a Grande Muralha.

Antes, ela se reúne com Ren Zhengfei, presidente da Huawei, empresa chinesa de tecnologia e soluções para telecomunicações que tem sede no Brasil.
A expectativa é de que Pimentel fale com a imprensa após o encontro, que será realizado a portas fechadas. Na sexta-feira ou no sábado, em data ainda não confirmada, Dilma deverá se encontrar com representantes da ZTE, estatal também do setor de telecomunicações, em Xi’an, antiga capital chinesa e conhecida por abrigar os guerreiros de terracota. Acordos envolvendo tecnologia e telecomunicações são centrais na pauta desta visita.
O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que já estava em Pequim, também fará parte da comitiva. Já o titular da Agricultura, Wagner Rossi, chega em vôo comercial nesta tarde, horário de Pequim. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, também é esperado nesta tarde.
Nos encontros bilaterais entre a presidenta e autoridades chinesas, as negociações sobre o setor agropecuário estão entre os mais importantes. Dilma deve pedir a queda de barreiras sanitárias que impedem a exportação para a China de carne suína. Em novembro do ano passado, missões chinesas visitaram 13 frigoríficos brasileiros, e a expectativa é que durante a visita de Dilma sejam conhecidos quais serão habilitados a exportar para o mercado chinês.
Outro foco são as exportações de aviões pela Embraer. Hoje a China já é o segundo comprador da empresa, atrás apenas dos Estados Unidos.
O presidente do Conselho Empresarial Brasil-China, Sérgio Amaral, acompanha a visita à China, onde terá encontros com empresários dos dois países, integrantes do conselho. Para ele, o Brasil precisa não apenas diversificar sua pauta de exportações para a China, baseada em commodities, como soja e minério de ferro, mas apostar em agregar valor justamente nos mercados em que já é líder, como o agrícola. “Já vendemos frango à China, um grande passo nessa relação Brasil-China. Agora, precisamos exportar pratos à base de frango”, sugere Amaral.
Segundo ele, o empresariado brasileiro vê a China ou como oportunidade ou como um desafio. Amaral destaca que é preciso equilibrar estas duas percepções, que devem ser encaradas em conjunto.
Amaral chama a atenção para características peculiares da China.
A velocidade com que a economia chinesa se desenvolve acaba por imprimir mudanças também velozes nos negócios que faz. Há dez anos, lembra Amaral, o país asiático exportava produtos baseados em mão de obra barata. Hoje, explora alta tecnologia.
Além de grande poder econômico, a China se caracteriza por um poder centralizado, e muitas das principais empresas são estatais. Para Amaral, é imprescindível que haja planejamento de médio prazo das empresas brasileiras e chinesas, a fim de pavimentar o desenvolvimento das relações entre os dois países.
A China se tornou em 2009 o maior parceiro comercial do Brasil. No ano passado, o Brasil exportou US$ 30,786 bilhões para a China e importou US$ 25,593 milhões.
Nohttp://blogdadilma.blog.br/2011/04/dilma-chega-a-pequim-para-tentar-ampliar-pauta-de-exportacoes.html#more-66076

domingo, 10 de abril de 2011

AMPA - Associação de Mulheres de Paulo Afonso

Pauloafonsinas se reúnem para retomar as atividades da AMPA - Associação de Mulheres de Paulo Afonso

Redação
redacao@ozildoalves.com.br



Na última quinta-feira (07) às 19 horas, no plenário da câmara municipal de vereadores, mulheres pioneiras, outras recém-chegadas na luta pelos diretos da mulher se reuniram para retomar os trabalhos da AMPA. Pois a política de gênero vem conquistando espaço a cada dia, em Paulo Afonso não seria diferente, até por que o histórico de luta de bravas guerreiras no município, fez com que hoje tenhamos uma rede referencia de atendimento a mulher.



"A improdutividade é a primeira violência sofrida pela maioria das mulheres, Pauloafonsinas".
Fundada em 08 de março de 1997, a AMPA - Associação de Mulheres de Paulo Afonso sempre teve como foco principal o combate à violência contra a mulher. Pioneira na luta pela criação da delegacia da mulher teve como parceira a saudosa promotora Dra. Isabel Adelaida que até hoje é uma das associadas da entidade apesar de morar em salvador.
Segundo a professora Quitéria, presidente da AMPA a criação de alternativas de renda para as mulheres é urgente, os recursos existem, basta que as mulheres se organizem. O artesanato de Paulo Afonso vem de outras cidades, assim o artesanato local não é propagado e perde espaço por falta de apoio. A associação de mulheres pretende trazer os mais variados cursos de capacitação para os grupos de mulheres associadas, inclusive na construção civil. Sabemos que a mulher hoje se destaca nesta área, por ser muito observadora, dando excelente rendimento.
As mulheres comemoram esta nova etapa da entidade e apostam na criação de várias cooperativas e no desenvolvimento do artesanato local. "Paulo Afonso tem que ter a oportunidade de ter o artesanato que retrate sua cultura. Não podemos continuar oferecendo aos nossos turistas o artesanato de caruaru".
A AMPA conta com parceiras importantes, como Marileide Brasil (Presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher),Tânia Mendonça (Consultora Nacional do SEBRAE)...
A comissão provisória da AMPA ficou assim constituída:
Quitéria Maria Ferreira; Marileide Luna Brasil; Maria Quitéria Delgado; Ângela Santana; Isabel Alves Teixeira e Ivoneis Sedrins.
Com informações da professora Quitéria.
No http://www.ozildoalves.com.br/internas/read/?id=8312

Cem dias de glória com Dilma no comando do Brasil

Dilma completa cem dias de governo com estilo próprio e elogios até da oposição

Presidente enfrentou briga por cargos e conquistou vitórias no Congresso
Thiago Faria, do R7
Roberto Stuckert Filho/1.jan.2011/PR
Roberto Stuckert Filho/1.jan.2011/PR
Presidenta Dilma Rousseff, que completa cem dia no governo, passa em revista tropas das Forças Armadas no dia da posse
Primeira mulher presidente do Brasil, Dilma Rousseff completa seus cem primeiros dias de governo neste domingo (10) e, embora pareça pouco tempo para uma avaliação, a quantidade de testes pelos quais já passou servem como uma prévia de como serão os próximos quatro anos.
Do embate com sindicalistas pela aprovação de um salário mínimo de R$ 545 ao anúncio de um corte de R$ 50 bilhões no Orçamento, nos cem dias Dilma tomou medidas negativas e enfrentou algumas polêmicas. Mesmo assim, seu estilo de governar já rendeu elogios até mesmo entre os adversários, como o líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP).- Ela tem personalidade própria. Tem se dedicado à questão administrativa e tem se enfronhado na gestão. Conseguiu conter a sanha avassaladora por cargos por parte da base aliada e do próprio PT.
A “sanha por cargos” citada pelo tucano foi outro dos testes enfrentados por Dilma logo de cara. Mas a presidente não cedeu às pressões de bastidores por nomeações e congelou as indicações de segundo escalão no governo. A medida foi um recado claro para mostrar à base de apoio quem manda e, a julgar pela fidelidade de seus aliados no Congresso, foi entendido.
Mas para o professor Humberto Dantas, o novo modo de lidar com o Congresso não é o que mais marca em Dilma. Ele destaca a posição da presidente na política internacional como a principal mudança em relação ao governo anterior. Segundo ele, mesmo mantendo muitas características do antecessor e padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma já conseguiu imprimir seu próprio estilo nas relações internacionais.
- Sua maior mudança em relação ao governo anterior é um rearranjo na política externa. Isso fica bastante evidente em algumas posições que o Brasil tomou, principalmente em relação a países considerados não democráticos, como o Irã.
A referência de Dantas ao país dos aiatolás não é à toa. No mês passado, o Brasil foi a favor do envio de um relator especial da ONU (Organizações das Nações Unidas) para investigar violações de direitos humanos no Irã e, pela primeira vez em dez anos, votou contra os antigos parceiros.
Na área econômica, o estilo gerentona e seu conhecimento técnico – Dilma é formada em economia – também rendeu elogios à presidente. Para o economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros, mesmo diante de grandes desafios, como o controle da inflação e uma guerra cambial que prejudicou as exportações, Dilma deu sinais positivos ao mercado.
- Estamos diante de um governo mais pragmático, mais técnico, mais parrudo. Ela é uma melhor de agenda, menos política, workaholic. Tem uma compreensão da construção de uma agenda, que eu tenho chamado de destravamento e envolvem burocracias, tributações.
No http://blogdadilma.blog.br/

Boa pergunta! Somos contra o preconceito e, mais ainda, contra a violência.

Entre o Brasil de Bolsonaro e o Brasil do Volei Futuro: de que lado você quer estar?

April 9th, 2011 by mariafro

Três imagens para você pensar um pouco:


Em Jaru, na madrugada de sexta-feira ‘grupo de seis rapazes sai da lanchonete, todos armados com pedaços de balaústra e cercam a vítima Alessandro Oliveira da Silva de 20 anos. Neste momento Alessandro arranca uma placa de sinalização das margens da perimetral e tenta se defender dos golpes dos agressores, mas após ser atingido por diversas pauladas, sai correndo sendo perseguido pelo bando que o alcança e o derruba ao chão. Uma mulher que provavelmente faz parte do grupo o tempo todo incentiva os agressores. No vídeo é possível escutar o som das pauladas que a vítima recebe, todas são direcionadas em sua cabeça. Alessandro grita e pede para que eles parem de lhe bater, mas em vão. Os agressores só param com a chegada do irmão de Alessandro, que heroicamente enfrenta o grupo e os espanta do local.” Fonte: Jaru Online
Embora a matéria não diga, Alessandro é gay.
Hoje na Paulista, manifestantes neonazistas a favor do deputado federal do Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro, que recebeu uma série de representações na Câmara (veja aqui e aqui) por suas declarações racistas e homofóbicas no programa CQC:

Policiais mostram estrelas ninjas apreendidas entre os manifestantes pró-Bolsonaro. “pedaços de madeira, metal e “estrelas ninja” foram apreendidos pelas autoridades, que policiaram a área e formaram um cinturão para evitar o confronto com um grupo de ativistas gays, que compareceram para denunciar a homofobia. (…) De acordo com policiais que estavam no local após a dispersão da manifestação, oito pessoas foram identificadas por envolvimento em atividades sob investigação, que incluem a participação violenta em outros protestos de caráter racista ou homofóbico, inclusive no manuseio de artefatos explosivos. Um deles foi identificado como “Johnny”. Fonte: O Globo.

Na semana passada o jogar Michael foi chamado de gay, viado e bicha pela torcida do Cruzeiro. Após o episódio, ele assumiu ser homossexual. Na última segunda-feira, o Vôlei Futuro divulgou uma nota oficial com inúmeras acusações à recepção dada pelo Sada/Cruzeiro. Em Araçatuba, o caso repercutiu e Michael recebeu o apoio da torcida do Vôlei Futuro. A torcida gritou pelo nome de Michael e estendeu faixas com arco-íris, símbolo do movimento gay. Em quadra, o colega de equipe Mário Júnior usou camisa colorida com os dizeres Vôlei Futuro contra o preconceito. Fonte: Esporte IG
No http://mariafro.com.br/wordpress/


Charge de Leandro para o Diário de Guarulhos

No http://www.vermelho.org.br/charges.php?id_param_charge=492&pagina=1

Homem pré-histórico gay

9 de Abril de 2011 - 10h17
Homossexual opré-histórico
Restos, retirados de um sítio arqueológico neolítico em Praga, indicam que o indivíduo, de sexo masculino, foi enterrado segundo ritos normalmente destinados às mulheres

Em escavação, cientistas acham provável homem pré-histórico gay

Cientistas tchecos escavaram o que acreditam ser o esqueleto de um homem pré-histórico homossexual ou transexual que viveu entre 4.500 e 5 mil anos atrás. A equipe de pesquisadores da Sociedade Arqueológica Tcheca constatou que os restos — retirados de um sítio arqueológico neolítico em Praga — indicam que o indivíduo, de sexo masculino, foi enterrado segundo ritos normalmente destinados às mulheres.

"Trabalhamos com duas hipóteses. A de que o indivíduo poderia ter sido um xamã ou alguém do ‘terceiro sexo’”, afirma a arqueóloga Katerina Semradova. “Como o conjunto de objetos encontrados enterrados ao redor do esqueleto não corroborava a hipótese de que fosse um xamã, é mais provável que a segunda explicação seja a correta.”

As escavações foram abertas ao público nesta quinta-feira e a visitação tem sido intensa. O esqueleto foi enterrado sobre seu lado esquerdo, com a cabeça apontando para o oeste e cercado de objetos de uso doméstico, como vasos. Os restos são de um membro da cultura da cerâmica cordada, que viveu no norte da Europa na idade da Pedra, entre 2.500 a.C. e 2.900 a.C.

Nesse tipo de cultura, os homens normalmente são enterrados sobre seu lado direito, com a cabeça virada para o oeste, juntamente com ferramentas, armas, comida e bebidas. Já as mulheres, normalmente sobre seu lado esquerdo, viradas para o leste e rodeada de jóias e objetos de uso doméstico.

“Partindo de conhecimentos históricos e etnológicos, sabemos que os povos desse período levavam muito a sério os rituais funerários. Portanto, é improvável que essa posição fosse um erro”, disse a coordenadora da pesquisa, Kamila Remisova Vesinova. "É mais provável que ele tenha tido uma orientação sexual diferente."

Da Redação, com informações da BBC Brasil
No http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=10&id_noticia=151520

Mas que cara de pau, hein, Tio Sam! Ninguém lhe ensinou que roupa suja se lava em casa?! E quanto a sua roupa...

Americanos questionam problemas internos brasileiros

Faça o que eu não faço
Crônicas do Motta

O mundo gira, a Lusitana roda e os Estados Unidos continuam o mesmo país de sempre, arrogante, prepotente, o xerife do mundo, juiz supremo de todas as questões, que se acha no direito de interferir onde bem entender e palpitar sobre todos os assuntos que não lhes dizem respeito.

Notícia da Agência Brasil dá conta que o Departamento de Estado do governo americano afirmou, em documento, que a polícia brasileira desrespeita os direitos humanos e comete abusos como maus-tratos, tortura e assassinato de pessoas presas. O texto também se refere ao problema do trabalho escravo e do trabalho infantil. A crítica dos Estados Unidos ao Brasil faz parte de relatório que o governo americano elaborou sobre a situação dos direitos humanos em 194 países.

A ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, reagiu de pronto e desferiu um bem dado upper no queixo de Tio Sam: “Nenhuma questão contida no relatório é nova, assim como não é novo eles [os norte-americanos] se arvorarem em apontar situações diversas sem que analisem suas próprias contradições. Para o mundo, também seria interessante debater a situação de tratamento desumano dos presos de Guantánamo [base norte-americana em Cuba], o tratamento de emigrantes na fronteira com o México, a existência da pena de morte em alguns Estados e até a prática de castigos físicos em escolas para disciplinar crianças”, retrucou.

A ministra destacou que “nenhum país do mundo cumpre todos os requisitos de direitos humanos”. Ela informou ainda que, desde a redemocratização no Brasil, após a ditadura militar (1964-1985), o país jamais omitiu que existam situações internas de desrespeito aos direitos humanos. “O país tem um Estado e uma sociedade civil ativa, que acompanham as ações para reverter essas condições”, afirmou.

O relatório do Departamento de Estado dos Estados Unidos, que é produzido anualmente há mais de 30 anos, poderá, eventualmente, ser usado pelo governo ou pelo Congresso americano, para retaliações comerciais contra os países criticados.

No mesmo tom da ministra, o Ministério das Relações Exteriores, disse, em nota que “o governo brasileiro não se pronuncia sobre o conteúdo de relatórios elaborados unilateralmente por países, com base em legislações e critérios domésticos, pelos quais tais países se atribuem posição de avaliadores da situação dos direitos humanos no mundo. Tais avaliações não incluem a situação em seus próprios territórios e outras áreas sujeitas de fato à sua jurisdição”.

Segundo o Itamaraty, “o Brasil reitera seu forte comprometimento com os sistemas internacionais de direitos humanos, dos quais participa de maneira transparente e construtiva”.

É por causa de atitudes como essa que os Estados Unidos cada vez mais se desmoralizam no campo diplomático e ampliam a antipatia que irradiam para grande parte da população mundial.

Leia mais em: Esquerdop̶a̶t̶a̶
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O pretóleo é nosso! E o etanol, também?

O público e o privado no preço dos combustíveis

Sem o pré-sal, multis do petróleo investem na cana brasileira
Ontem, escrevi aqui imaginando o que seria dos preços dos combustíveis e a Petrobras tivesse sido entregue a mão privadas “competentes” como foi feito com a Vale.
Haveria um outro Roger Agnelli sendo endeusado pela mídia pelos lucros fabulosos que obtivera, o pré-sal estaria na mão das grandes multinacionais, o brasileiro sangrando muito mais em cada posto de gasolina e, claro, o governo sendo culpado pela elevação dos preços.
Mas faltou falar de algo importantíssimo nesta crise de pressões pelo aumento dos combustíveis: o etanol, como chamam agora o nosso brasileiríssimo álcool hidratado.
A pressão sobre o  preço da gasolina se acentuou com a elevação absurda dos preços do álcool, fazendo que a frota flex – que dobrou nos últimos anos e já corresponde à quase a metade dos veículos – passasse a abastecer-se de gasolina. De 70% das vendas em etanol e  30% em gasolina, passamos hoje a 80% em gasolina e 20% em etanol.
A razão, é claro, é que o etanol flutua a preços de mercado. E, portanto, sobe vertiginosamente, movido por dois motivos. Um deles, natural, é a variação entre os períodos de safra/entressafra da cana de açúcar. Outra, o preço internacional do açúcar, aternativa à produção de álcool para o qual se pode direcionar a moagem da cana, dependendo da lucratividade.
Sobre estes dois fatores, atua uma realidade terrível no setor. Muito enganado está quem pensa que esta área ainda pertence aos “coronéis” da cana-de-açucar. A concentração e a desnacionalização da produção sucroalcooleira no Brasil avança a passos largos.  Mais da metade da produção nacional está concentrada em dez grupos e a paricipação estrangeira vem crescendo avassaladoramente. Agora mesmo,  a British Petroleum anunciou a disposição de comprar as Usinas Cerradinho, em São Paulo e Goiás, que vai somar às que já possui, em sociedade, através da Tropical Bioenergia. Com iso, a BP passa a integrar o grupo dos grandes controladores da produção de etanol, ao lado da francesa Tereos, da suíça Louis Dreyfuss, da americana Bunge e da Cosan/Esso/Shell.
Essa concentração permite dois tipos de instabilidade de preços do etanol.
O primeiro, relativo ao período de safra, é o de jogar com a queda da oferta das usinas menores para maximizar os aumentos de preço naturais do período. Como a capacidade física e financeira de manter estoques é muito superior á dos menores, estes grupos têm uma vantagem competitiva difícil de superar.
A outra é a relação entre a produção de  açúcar e etanol. Embora seja difícil impor que as usinas se dediquem à produção de um ou de outro sem considerar o preço internacional do açúcar – que subiu vertiginosamente e é o maior desde os anos 70 – o Governo não tem informações confiáveis sobre as opções de produção, estoques e comercialização.
Essa é a razão de a Presidente Dilma Roussef ter decidido deixar de tratar a produção sucroalcooleira como simples “agronegócio”  e coloca-la dentro do setor estratégico de energia, que merece, no mínimo, regulamentação e controle público.Agora mesmo, início de safra, as grandes usinas nem pensam em aliviar a pressão nos preços.
Os investidores em usinas estão chiando, claro. Perderão a capacidade de manipular preços e  estoques como fazem hoje, embora devessem, se contam em produzir mais, ficar contentes com a possibilidade de, sendo tratados como empresas de energia, poder contar com linhas de financiamento mais baratas no BNDES.
A médio prazo, porém, é preciso a presença da Petrobras. A Petrobras  Biocombustível vem comprando  participação acionária em diversas usinas de etanol, mas ainda é muito pouco.  O primeiro passo, dado a sua posicão de líder em distribuição deste combustível é coloca-la como reguladora do mercado.
A missão da nossa grande empresa é difícil e espinhosa, porque está às voltas com os megainvestimentos no desenvolvimento dos campos do pré-sal. Mas ela tem capacidade operacional, negocial e tecnológica para isso. Vai ter de “assobiar petróleo, chupando cana”, e vai conseguir, se a opinião pública brasileira compreender que, se enfrentamos dificuldades assim, entregando todo o setor de energia teríamos mais ainda.
Deve aparecer, nos próximos dias, a MP do etanol. Aí a gente volta ao assunto.
No http://www.tijolaco.com/

Sobre misoginia

Misoginia: ódio pelo feminino


Um dia desses, fazendo uma pesquisa sobre o SeR no Google, vi o site sendo citado em um blog e fui lá ver sobre o que falavam. Me deparei com um dos maiores absurdos escritos na net, dentre tantos que existem por aí. O texto falava sobre a Misoginia e havia dezenas de comentários preconceituosos, no mínimo, e muita ofensa de baixo calão.
Para quem não sabe, a misoginia é o ódio à mulher. Pura e simples aversão a tudo aquilo que é feminino. São homens que odeiam e repelem o sexo feminino. Vem da palavra grega miso=ódio e gene=mulher e daquela época em que os homens eram cultuados como os grandes seres da natureza, pela sua virilidade e força, tanto que o máximo era quando um homem se prestava a ter sexo com outros homens mais viris ou inteligentes, porque assim seriam considerados abençoados. Mulheres eram apenas para servi-los e parir homens.
Ainda bem que o tempo de Atenas já acabou...
Se um homem disser numa mesa de bar com os amigos, que tem aversão a mulher e que ela só serve para sexo e é um lixo, provavelmente vai ser boicotado e, no mínimo, ridicularizado. Entretanto, nesse tempo de “é legal falar merda e ser preconceituoso”, todo cuidado é pouco. Muitos blogs machistas ridicularizam a mulher, com frases machistas. Eu até entendo que existe uma piada, mas como os jovens hoje são muito mal influenciados, todo cuidado é pouco.
A misoginia de hoje serve como válvula de escape pras frustrações amorosas de jovens mal correspondidos pelo sexo oposto.E muita falta de personalidade dos homens que ofendem as mulheres. Parecem minorias problemáticas, como os Skinheads. Pode parecer exagero, mas quem diz que quer matar as mulheres porque são lixos, pra mim, tem um parafuso a menos. E ofendendo, menosprezando, rebaixando, se sentem num patamar superior. Ah, e normalmente o fazem escondido, porque no fundo o que eles querem é chamar a atenção pros seus próprios problemas psicológicos. Fica complicado agindo dessa maneira.
A misoginia não cabe mais nos dias de hoje, porque é ridículo. A pessoa ofende inclusive sua própria existência.. Cada qual, seja homem ou mulher, tem seu papel nesse mundo e deve ser respeitado pelo que é. Tudo na natureza tem um propósito. E somos racionais para nos aceitarmos, como somos.
Cuidado, incitação ao ódio contra outra pessoa é crime.
Mas atenção, o homem misógino de hoje pode enganar muito bem. 

No http://www.sexoerelacionamentos.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=704:misoginia-odio-pelo-feminino&catid=42:ser-sobre-comportamento&Itemid=73

Massacre em escola foi crime de ódio às mulheres, feminicídio, misoginia...

POR QUE FECHAR OS OLHOS PRA HIPÓTESE DA MISOGINIA?

Quinta-feira, quando aconteceu o massacre na escola em Realengo, houve uma onda de boataria no Twitter. Disseram que o assassino era ateu, muçulmano (olha o preconceito aí! A carta dele aponta pra outro tipo de fanatismo religioso), HIV positivo, sei lá mais o quê. O que me chocou é que, no meio de todas essas fofocas, tão poucos falaram o que parecia óbvio ― a diferença entre o número de vítimas meninas e meninos. A Valéria foi a primeira que eu vi falar em feminicídio, no Twitter, ainda na manhã de quinta. Mas o que eu lia era todo tipo de coisa pra explicar essa diferença no gênero das vítimas: desde que meninas são boas alunas, portanto chegam mais cedo e sentam na frente da sala, ao incrível “meninas correm menos, então não conseguiram fugir” (vídeos mostram muitas meninas e meninos deixando em disparada a sala onde estava o assassino. As meninas parecem correr bastante bem). No decorrer do dia, apareceram vários depoimentos de testemunhas dizendo que Wellington alvejava as meninas, que atirava nelas na cabeça, para matar, que ele matava as bonitas, e até um boato de que perguntava pras suas vítimas se eram virgens.
Ontem vi o Jornal Nacional e não se falou uma só palavra sobre crime de ódio. Pelo contrário, algum especialista bateu na tecla das meninas sentarem na frente (apesar de, aparentemente, não ter havido execução de crianças sentadas; meninas estavam amontoadas próximas à parede). Não entendo essa recusa em ao menos se discutir o óbvio (que dez meninas e dois meninos morreram, que há muito mais meninas feridas que meninos). Isso não significa de maneira alguma justificar a tragédia, mas debater algumas possibilidades.
É chato ver até feministas cheias de dedos pra discutir a misoginia como uma das possíveis causas dessa tragédia (ainda mais porque o assassino falava tanto em impureza, o que claramente tem um caráter sexual, e porque outros casos parecidos têm a misoginia como marca registrada, como registrei no post de ontem). Se a gente, que lida frequentemente com temas como machismo e misoginia, não vai chamar o massacre pelo nome ― crime de ódio, feminicídio ―, certamente não será a grande mídia que o fará. É triste admitir que, pela primeira vez na vida, concordo com um reaça histriônico como Luis Carlos Prates (demitido da RBS por criticar pobres que têm carro, agora no SBT). Veja aqui o que ele disse ontem.
Claro que não concordo com tudo que ele diz. Nem com a metade. Não sou fascista. Acredito sim que todos têm direito a um julgamento e a uma defesa, e sou contra a pena de morte. Mas nada disso está em discussão neste caso de Realengo. Não tenho dúvida que Wellington se suicidou. Ele deixou uma carta de despedida, destruiu seus pertences, fez tudo planejado ― sem falar que o suicídio é comum em casos desse tipo. O policial atirou nele, e assim salvou várias vidas (porque Wellington estava indo para outro andar e ainda tinha 17 cartuchos de munição), mas o psicopata não ia sair vivo da escola, de um jeito ou de outro (e também não tenho nada contra um policial atirar num criminoso em legítima defesa). A gente sabe que esse discursinho prateado é sempre usado pra condenar quem defende direitos humanos. Enfim. O momento não é para se discutir direitos humanos, a aplicação da lei penal ou a segurança das escolas, como prefere Prates, mas o facílimo acesso que cidadãos têm a armamentos. E talvez o bullying. E a misoginia.
Eu tampouco tenho a fúria do Prates pra sair chamando todo mundo de “covardes de uma figa”. Mas minha pergunta (que escrevi na noite de quinta) é a mesma: por que não se fala em crime de ódio? Quero acreditar que é por prudência, que é por não querer levantar hipóteses antes que surjam mais provas ― mas dez meninas mortas, uma carta falando em “impurezas”, e testemunhos de que Wellington atirava em garotas não seriam provas suficientes?
Insisto, vamos chamar o que houve pelo nome: foi um crime de ódio. Feminicídio, em outras palavras.
 
No http://www.escrevalolaescreva.blogspot.com/