quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Obama tem mais 4 anos para tentar ser "um Lula". Quem sabe...

Querido Lula, por tudo que você fez pelo Brasil e pelo povo brasileiro, eu acredito em você. Quem pensar diferente que me prove o contrário. Mas com provas, provas mesmo. Não me venham com balelas de domínio do fato.


Lula diz a Dilma que Valério 'blefa' ao citar seu nome


Ex-presidente diz não haver motivo para se preocupar com novo depoimento de empresário e que eleição foi 'resposta' a julgamento
VERA ROSA / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse à presidente Dilma Rousseff que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza está "blefando" ao ameaçar envolvê-lo no escândalo do mensalão e o desafiou a apresentar provas. Para Lula, o relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, tem razão quando diz que Marcos Valério é um "jogador" e quer atrapalhar o julgamento. "Eu nunca estive com esse cidadão", afirmou Lula. Na conversa com a presidente, pouco antes do jantar de confraternização promovido por Dilma com ministros, senadores e deputados do PT e do PMDB, no Palácio da Alvorada, o ex-presidente garantiu não haver motivo para preocupação com as ameaças de Marcos Valério. Condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 40 anos de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, o empresário prestou depoimento em setembro ao Ministério Público, como revelou o Estado. Disse que recursos do mensalão foram enviados a Santo André após o assassinato do prefeito Celso Daniel (PT), ocorrido em janeiro de 2002, para estancar ameaças a petistas. Investigadores que acompanharam o depoimento, mantido em sigilo, contaram que Valério mencionou Lula, o chefe da Secretaria-Geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, e o ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, além de falar de outras remessas de recursos para o exterior além daquela julgada incluída no processo do mensalão. Apontado como operador do esquema, ele prometeu dar detalhes da acusação se for incluído no programa de proteção à testemunha, que poderia livrá-lo da cadeia. "Marcos Valério está fazendo chantagem. Se ele tem algo a exibir, que exiba. Se não mostra nada, é porque não tem", afirmou o advogado Sigmaringa Seixas, ex-deputado do PT. Ele também conversou com Lula na terça-feira, quando o ex-presidente esteve em Brasília para se encontrar com Dilma. "As próprias pessoas a quem Marcos Valério diz que vai procurar já devem ter compreendido que ele é um blefador. O que ele diz é absolutamente inverídico", insistiu o ex-parlamentar. Apesar de minimizar as acusações de Valério, Lula avalia que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino devem se preservar. No seu diagnóstico, o STF tende a aplicar penas muito duras contra os petistas e qualquer declaração pode prejudicá-los. Foi por esse motivo que Lula pediu à cúpula do PT que não divulgasse, na semana passada, um manifesto de apoio aos réus do mensalão. Investigação. Na esteira das denúncias de Valério, integrantes da oposição pediram à Procuradoria-Geral da República, na terça-feira, a abertura de inquérito para investigar se Lula participou do mensalão. Assinada pelo PPS e por alguns tucanos, a representação rachou a oposição e não teve aval do DEM nem da cúpula do PSDB. "Nós estamos diante de um mensalão 2 e cumprimos nosso dever ao encaminhar essa representação ao Ministério Público, uma vez que há fatos novos", argumentou o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE). Nas conversas mantidas nos últimos dias, Lula tem afirmado que a população deu a resposta contra o julgamento do mensalão nas urnas, elegendo 633 prefeitos do PT no País. A maior vitória do partido foi em São Paulo, com a eleição do ex-ministro Fernando Haddad. Em nota divulgada na semana passada, Gilberto Carvalho disse nunca ter tido contato com Valério "nem pessoalmente, nem por e-mail, telefone ou qualquer outro meio". Palocci não foi localizado para comentar as denúncias.

Engajamento dos jovens nas decisões políticas é fator determinante na superação dos problemas sociais de qualquer país. Diante da adesão da juventude às eleições presidenciais, "EUA podem estar diante do crescimento da importância de um eleitorado que busca ideias novas, muito necessárias para resolver os problemas do país."



José Antonio Lima

Os norte-americanos reelegeram Barack Obama para mais quatro anos de mandato na terça-feira 6. No mesm0 dia, o eleitor aprovou mudanças importantes que terão impacto nas políticas públicas não apenas dentro do país, mas também no exterior. Confira abaixo alguns dos resultados positivos que emergiram das urnas nos Estados Unidos.

Cinco boas notícias das eleições dos Estados Unidos

1 – Dois Estados legalizam a maconha
Elizabeth Miller, de 20 anos, vota em Boone, no Colorado. O Estado legalizou o uso recreativo da maconha. Foto: Doug Pensinger/Getty Images/AFP
Os eleitores do Colorado e de Washington aprovaram a legalização da maconha para uso recreativo por adultos. É um passo polêmico, mas extremamente importante. Uma análise minimamente razoável da “guerra às drogas” é capaz de constatar que ela, além de não conseguir conter o uso de entorpecentes, ela transformou o mundo, e particularmente a América Latina, num lugar mais perigoso. O continente produz e serve como ponto principal de transporte para a droga usada nos Estados Unidos, um dos líderes do consumo mundial. É por esse motivo que presidentes e ex-presidentes latinos (como Fernando Henrique Cardoso) defendem a descriminalização das drogas. A partir de agora, as legislações do Colorado e de Washington serão conflitantes com a nacional dos EUA, que proíbe qualquer posse ou venda de maconha. A discussão a respeito do assunto nos Estados Unidos é capaz de tornar o debate no resto do mundo mais racional e menos apaixonado.
2 – Número de mulheres no Senado é recorde
Elizabeth Warren, professora de Harvard, comemora eleição ao Senado por Massachusetts. Ela ganhou fama ao fazer duras críticas a Wall Street durante o auge da crise financeira e econômica. Foto: Darren McCollester/Getty Images/AFP
O próximo Senado dos Estados Unidos terá um número recorde de mulheres. Serão pelo menos 19 de um total de cem parlamentares na Casa, contra as 17 atuais, o recorde antigo. As mulheres se destacaram principalmente no Partido Democrata, graças à tese de que alguns membros do Partido Republicano, como Richard Mourdock e Todd Akin (leia abaixo), estariam realizando uma “guerra às mulheres”. As seis senadoras democratas que disputavam a reeleição venceram. Duas democratas eleitas serão as primeiras mulheres a representar seus Estados – Elizabeth Warren em Massachusetts e Tammy Baldwin no Wisconsin. Tammy é também a primeira senadora abertamente homossexual a ser eleita. Outra democrata, Mazie Hirono, é a primeira senadora de origem asiática do Havaí. Segundo a rádio pública NPR, 33% das disputas ao Senado tinham uma candidata viável, número significativo já que, mesmo quando conseguem se candidatar, as mulheres têm problemas para financiar suas campanhas. A participação das mulheres no Congresso norte-americano ainda é considerada baixa (cerca de 17%), mas o resultado no Senado comprova um aumento sistemático da participação delas na tomada de decisões. Em 1991, havia apenas duas senadoras nos Estados Unidos. O resultado deste aumento de participação é óbvio, como disse em entrevista Barbara Lee, líder de uma fundação que busca ampliar a representação legislativa das mulheres. “Quanto mais mulheres em cargos eletivos, mais barreiras são dissipadas”.
3 – Três Estados aprovam o casamento gay
Casal gay faz campanha pelo casamento de pessoas do mesmo sexo em agosto, na Califórnia. A disputa sobre o direito neste Estado será resolvida pela Suprema Corte dos EUA. Foto Frederic J. Brown / AFP
Em referendos, três Estados americanos – Maine, Washington e Maryland – aprovaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo, ampliando de sete para dez os locais nos Estados Unidos em que este direito é garantido. Antes, pessoas do mesmo sexo podiam se casar em Connecticut, Iowa, Massachusetts, New Hampshire, Nova York, Vermont e no distrito de Columbia, onde fica a capital do país, Washington. Em maio, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ser favorável ao casamento gay e não apenas à união civil de homossexuais. A decisão dos estados dá mais força a quem acredita que todos os cidadãos de um país, independentemente de orientação sexual, têm direitos iguais e enfraquece religiosos de todo o tipo que se mobilizam para impedir que homossexuais tenham o mesmo direito de se casar que eles, religiosos, têm.
4 – Dois dos piores reacionários são rejeitados
Todd Akin e sua mulher, Lulli, conversam com eleitora antes da votação em Wildwood, no Missouri. Ele foi rejeitado pelos eleitores do Estado. Foto: Whitney Curtis/Getty Images/AFP
Dois candidatos republicanos ao Senado que provocaram ultraje com declarações a respeito do aborto foram rejeitados pelos eleitores dos Estados de Indiana e Missouri. Em Indiana, Richard Mourdock se tornou favorito ao encampar as ideias da Tea Party (uma facção radical do Partido Republicano), mas provocou indignação, inclusive entre os eleitores republicanos, ao afirmar que “mesmo quando a vida começa numa situação horrível de estupro, isso é algo que Deus quis que acontecesse”. Mourdock recebeu 44,4% dos votos, mas foi superado pelo democrata Joe Donnelly (49,4% dos votos). No Missouri, um fenômeno parecido ocorreu. Esperava-se uma disputa acirrada entre a democrata Claire McCaskill e o republicano Todd Akin, mas o segundo conseguiu destruir sua campanha ao afirmar que mulheres vítimas de “estupros legítimos” não ficam grávidas pois seus corpos têm uma forma de “fechar toda aquela coisa”.
5 – Os jovens voltaram às urnas em peso
Trevon Robinson deposita o primeiro voto de sua vida em Las Vegas, no Estado de Nevada. Obama teve vantagem de mais de 20 pontos entre as pessoas de 18 a 29 anos. Foto: David Becker/Getty Images/AFP
Tradicionalmente, os eleitores jovens têm pouca representatividade nas eleições norte-americanas. Em 2008, Obama fez um apelo a esse grupo, que compareceu em peso às urnas (18% do eleitorado eram pessoas com idades entre 18 e 29 anos). Para o democrata, foi positivo, pois ele obteve uma vitória por 34 pontos porcentuais. Em 2012, a participação dos jovens continuou grande (19%). Como afirma o jornal The Washington Post, um comparecimento deste tamanho ocorrer uma vez é uma anomalia. Duas vezes, é uma nova realidade política. Como também afirma o jornal, é preciso saber se o fenômeno jovem está diretamente ligado à figura de Obama. Se não estiver, os EUA podem estar diante do crescimento da importância de um eleitorado que busca ideias novas, muito necessárias para resolver os problemas do país.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Obama venceu. Não sei se isso é bom ou ruim para o mundo. Sei que Romney seria pior. Parabéns, Obama, Presidente dos EUA!

Obama teve forte apoio de minorias e mulheres para conquistar reeleição

Presidente venceu em sete de nove Estados-chave e com cerca de 700 mil votos a mais que seu rival na votação popular nacional

Leda Balbino - enviada a Chicago | - Atualizada às


AP
O presidente reeleito dos EUA, Barack Obama, celebra vitória com a família em Chicago

Para conquistar sua reeleição na terça-feira, o presidente dos EUA, Barack Obama, contou com o voto dos hispânicos, mulheres e moderados nacionalmente e em sete dos nove swing states (Estados-pêndulo, em tradução livre), que eram considerados cruciais pelo fato de as pesquisas de intenção de voto indicarem que não tinham um resultado definido.
Com uma diferença de cerca de 700 mil votos, Obama obteve uma vitória apertada sobre o candidato republicano, o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, na votação nacional popular, mas venceu de forma ampla no que interessava: a disputa pelos votos do Colégio Eleitoral. Indireta, a eleição americana não é decidida pelos votos populares, mas por disputas Estado a Estado e seus respectivos delegados no órgão de 538 membros.
Dos nove Estados em jogo, Obama venceu no Colorado, Iowa, Nevada, New Hampshire, Ohio, Virgínia e Wisconsin, enquanto Romney ganhou na Carolina do Norte. O resultado da Flórida ainda está muito indefinido para que seja declarado um vencedor. Com as vitórias, o líder americano obteve ao menos 303 votos no Colégio Eleitoral, enquanto seu rival ficou com 206.
Obama, que em 2008 se tornou o primeiro presidente negro dos EUA, continuou a fazer história na terça-feira ao se tornar o primeiro líder a ser reeleito desde Franklin Roosevelt (1933-1945) com uma taxa de desemprego tão alta quanto a de agora: 7,9% em outubro. Os índices ainda são efeito do fato de o país ter passado, depois de 2008, por sua pior recessão desde a Grande Depressão dos anos 30.
De acordo com pesquisas de boca de urna, Obama recebeu forte apoio do eleitorado feminino, assim como de negros e hispânicos, grupos que também pavimentaram sua vitória há quatro anos. Segundo o New York Times, os latinos representaram um em cada dez eleitores em nível nacional e votaram a favor do presidente em números maiores do que em 2008, fazendo diferença nos cruciais Colorado e Nevada.

No http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2012-11-07/obama-teve-forte-apoio-de-minorias-e-mulheres-para-conquistar-reeleicao.html

"Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez." William Shaskeaspear


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Inoperância de Alckmin custa caro, caríssimo, para @s policiais


Alckmin toma medidas radicais contra a violência em São Paulo


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Reparem bem: "acidente". Mais um entre outros mil que ocorreram na ditadura.


Direitos Humanos| 06/11/2012 | Copyleft 

Comissões da Verdade investigarão “acidente” do educador Anísio Teixeira

A Comissão Nacional da Verdade e a Comissão de Memória e Verdade da UnB firmaram convênio para investigar os casos de assassinato, tortura, morte e perseguição de membros da comunidade acadêmica, durante a ditadura. O mais emblemático é o do ex-reitor da instituição, Anísio Teixeira, cassado pelo golpe, cujo corpo foi encontrado no fosso do elevador do prédio em que morava, em 1971. O laudo oficial disse que foi “acidente”. A família contesta.

Brasília - A trágica morte do educador Anísio Teixeira, no auge da ditadura militar, será alvo de investigações da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e da Comissão de Memória e Verdade da Universidade de Brasília (UnB), que firmaram acordo de cooperação nesta terça (6). Teixeira foi um dos idealizadores e reitor da UnB até o golpe de 1964, quando teve seu cargo cassado pelo regime. O educador desapareceu sete anos depois, no Rio de Janeiro. Seu corpo foi encontrado no fosso do elevador do prédio onde morava e a causa da morte, apontada como “acidente”. 


O ex-deputado federal Haroldo Lima (PCdoB-BA), sobrinho de Teixeira, afirma que a versão jamais convenceu os parentes e amigos que acompanharam as investigações oficiais sobre a morte do tio. “Não há comprovação técnica”, justifica. O médico Carlos Teixeira, filho do educador, acrescenta que o corpo do pai foi retirado do fosso sem a presença da perícia. “Eu não sou legista, mas sou médico. Sei que um acidente naquele local e naquelas circunstâncias seria quase impossível. E o corpo foi retirado do fosso sem perícia. E isso já contaminou toda a investigação”, avalia. 



Ambos assinam, ao lado de outros familiares e pesquisadores, um dossiê sobre as circunstâncias da morte de Teixeira e as perseguições que ele sofrera pelo regime, entregue nesta terça às Comissões da Verdade. O documento pontua os acontecimentos que precederam seu desaparecimento, com depoimentos colhidos ao longo de 40 anos de investigações. “Precisamos afastar a possibilidade de acidente e nos certificarmos de que foi uma morte política”, defende o filho.



Carlos lembra que quando o pai desapareceu, a família iniciou a busca tradicional em hospitais, IML, até que foi informada pelo acadêmico Abgar Renault, que teria sabido através do general Sizeno Sarmento, comandante do Exército, que Teixeira fora preso pela Aeronáutica. “Renault disse que não tinha condições, naquele momento, de dizer onde ele estava preso, mas que no outro dia poderia informar. No outro dia, meu pai foi encontrado morto e levado para o IML com a etiqueta em nome de um oficial da Marinha, que havia cometido suicídio”, relembra o filho. 



O filho relata que, naquele momento específico, Teixeira não militava em nenhuma causa específica que provocasse o regime. “O fato é que ele tinha uma identidade muito forte. Era um homem de esquerda. Comunista para alguns, não tão comunista para outros, mas sempre perigoso, porque tinha ideias revolucionárias. Além disso, a candidatura dele à Academia Brasileira de Letras era vista como uma afronta ao regime. E, de certa maneira, foi formulada mesmo com este caráter. Não por ele, que não aceitava muito bem esta coisa de Academia, mas por amigos acadêmicos como Jorge Amado, José Honório, Afrânio Coutinho e todo um grupo que queria marcar uma posição”, avaliou.



Carlos, que foi um quadro do Partido Comunista do Brasil e teve que viver na clandestinidade para escapar da prisão, conta que na época mais ferrenha de sua militância chegou a classificar o pai como um “reacionário”, mas hoje faz outra leitura da personalidade de Anísio. “Meu pai não tinha militância político-partidária. Mas era um revolucionário por suas ideias, suas propostas para a educação brasileira.”, esclarece. 



Para Haroldo, o tio foi “uma figura luminar na história do Brasil”, eterno defensor da educação pública de qualidade para todos. Ele lembra que, em 1935, Teixeira criou, no Rio de Janeiro, a Universidade do Distrito Federal, tido como de vanguarda por ser a primeira a se estruturar por institutos, e não apenas congregar várias faculdades isoladas. Entretanto, perseguido pelo Estado Novo, precisou se refugiar no sertão da Bahia, sua terra natal, para escapar da prisão. 



Em 1946, assumiu o cargo de Conselheiro de Ensino Superior da Unesco e, de volta ao Brasil, no ano seguinte, o de secretário de Educação da Bahia. Foi neste cargo que desenvolveu e aplicou o conceito de “escola-parque”, iniciativa inovadora de educação integral, que concilia a grade convencional com atividades artísticas, esportivas, socializantes e de preparação para o trabalho e a cidadania, até hoje adotada na educação pública modelo de Brasília. 



Na década de 1950, voltou à esfera nacional. No Ministério da Educação (MEC), criou a CAPES, dirigiu o INEP por 12 anos, foi presidente da SBPC por dois mandatos, fez inúmeras palestras no exterior e editou seu livro mais polêmico: “Educação não é privilégio”, de 1957. Também se tornou professor universitário, à frente da cadeira de Administração Escolar da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).



“No início dos anos 1960, se uniu ao também educador Darcy Ribeiro para idealizar a UnB, criada para atender aos anseios inovadores da nova capital federal. Em 1963, assumiu a reitoria da instituição, mas teve seu mandato cassado um ano depois, com o golpe militar. Lecionou como professor visitante nos Estados Unidos, tornou-se consultor da Fundação Getúlio Vargas e retomou as atividades de tradutor e escritor na Editora Nacional, até sua morte.



Convênio CNV/UnB
Além de reestabelecer a verdade histórica sobre a repressão da ditadura à UnB, o convênio assinado nesta terça também é uma tentativa de sensibilizar outras instituições a contribuírem com a pesquisa histórica realizada pela CNV. Membro titular da comissão, o professor Paulo Sérgio Pinheiro ressalta que já foram assinados vários outros acordos com instituições diversas da sociedade. “Já temos comissões da verdade em sete estados. Há comitês da verdade no mundo inteiro. A CNV não pode trabalhar sozinha. Por isso este e outros convênios são tão importantes”, explicou.



Para o reitor da UnB, José Geraldo de Souza Junior, o convênio é um passo à frente na reconstrução da memória do país e da própria instituição, que foi a universidade mais perseguida pela ditadura militar. Dados históricos já levantados pelos pesquisadores da instituição indicam que, até um ano após o golpe, 200 professores foram cassados ou levados a se demitirem do quadro de funcionários. Nos anos seguintes, funcionários e estudantes foram mortos, torturados e sequestrados. 



Para o reitor, o levantamento histórico que está sendo feito pela CNV é também uma oportunidade de reeducação das instituições brasileiras, para que a defesa dos direitos e da dignidade humana se torne um valor maior a ser preservado sob quaisquer conjunturas. “Tortura não tem perdão. Pode-se até anistiar o que foi anistiado, pode-se não punir em função da Lei da Anistia, mas não se pode esquecer”, afirmou.



O professor Paulo Sérgio Pinheiro acrescentou que a CNV é resultado de um amplo processo de luta social, iniciado nos anos 1980, que já nasceu com “imensos poderes”. “Podemos convocar qualquer pessoa. Também temos acesso irrestrito a todos os arquivos do país”, esclareceu. Pinheiro também calou as críticas dos que não acreditam em punição para os agentes da ditadura. “Não sejamos céticos: quando este relatório for publicado, haverá consequências”, explicou. 



O presidente da Comissão de Memória e Verdade da UnB, professor Roberto Aguiar, avaliou que o momento exige que todos mantenham a indignação com as injustiças praticadas pelo regime. “Tem gente que anda pela UnB sem saber que esse campus foi palco de mortes, torturas, desaparecimentos. Que todos nós acordemos e que nunca coloquemos a cabeça no travesseiro tranquilos. O esquecimento é o pior dos inimigos que nós temos”, afirmou. 

Mulheres de candidatos são pontos determinantes na campanha presidencial dos EUA. É hoje. Quem será o Presidente do EUA: Obama/Michelle ou Romney/Ann?


Michelle: trunfo de Obama


Michelle discursa durante um comício em Miami. Foto: ©AFP/Getty Images / Joe Raedle
WASHINGTON (AFP) – Michelle Obama, 48 anos, primeira primeira-dama americana negra, “mãe-em-chefe”, como se autoproclama, e campeã da luta contra a obesidade, é um trunfo importante para o marido presidente, que perde para ela em popularidade.
No início, reticente em se instalar na Casa Branca, Michelle Obama gradualmente, com cada vez mais entusiasmo e sucesso, abraçou definitivamente a função de primeira-dama do país. Hoje, ela é um dos principais pontos fortes de Barack Obama, no momento em que o presidente democrata busca a reeleição.
Com seus 1,80 de altura – quase tão alta quanto o marido (1,85m) – Michelle é carismática e sabe “ser eficaz no uso de sua função, na utilização de suas palavras, tentando fazer a diferença nos setores que investiu”, explica Anita McBride, ex-secretária-geral de Laura Bush, esposa de George W. Bush, que leciona na American University de Washington.
A presença de Michelle Obama se tornou necessária na corrida eleitoral tanto é que a primeira-dama viajou, nos últimos cinco meses, 95 vezes. Ela fala sobre o marido, que precisa de “mais quatro anos”, de valores e dificuldades da vida cotidiana.
Sua popularidade ultrapassa em 13 pontos a de Barack Obama, com 69% de opiniões  favoráveis, segundo uma pesquisa Washington Post-ABC realizada entre 4 e 7 de outubro. Ela é “a mulher mais popular do país, ícone da moda e uma entusiasta da nutrição, ao ponto de ser criticada e chamada de babá nacional”, considerou Howard Kurtz, da Newsweek, após o discurso de Sra. Obama durante a Convenção Democrata.
Engajamento
Desde o início de 2010, a primeira-dama é campeã na luta contra a obesidade infantil com o seu movimento Let’s Move, multiplicando as aparições na TV, nas quais não hesita em brincar com bambolê.

Para promover uma alimentação saudável no país do hambúrguer, criou uma horta orgânica na Casa Branca, onde ela convida alunos para visitar seu jardim e oferece vegetais aos chefes de Estado que passam.
Com Jill Biden, esposa do vice-presidente, ela dirige uma organização que ajuda as famílias de veteranos de guerra. E, como ela mesma diz, é sobretudo a “mãe-em-chefe” – em referência ao comandante-em-chefe das forças armadas que é o presidente americano – de suas duas filhas, Malia, 14 anos, e Sasha, 11.
Michelle nasceu em Robinson no dia 17 de janeiro de 1964, bisneta de escravos, foi também uma brilhante advogada que estudou em Princeton e Harvard antes de casar, há 20 anos, com Barack Obama.
Cobrada no início do mandato por se intrometer nos assuntos da presidência, acusações que ela se defendeu, Michelle Obama é agora comparada com Jackie Kennedy.
Mais informações em AFP Móvil

Ann Romney: a dona de casa que humanizou o frio candidato republicano

Ann discursa durante um comício de Romney em Cleveland, Ohio. Foto: ©AFP / Emmanuel Dunand
WASHINGTON (AFP) – Ann Romney, 63 anos, conseguiu atingir o eleitorado americano contando anedotas sobre sua numerosa família formada com o candidato republicano, Mitt Romney, um homem de imagem fria, que ficou mais humanizado graças a sua mulher.
Acusada em abril por uma comentarista democrata de “não ter trabalhado nem mesmo um dia em sua vida”, Ann Romney não hesitou em se defender escrevendo o primeiro tweet de sua existência: “Eu escolhi ficar em casa e criar meus cinco filhos. Acreditem, foi um trabalho”.
Todo o país, sob a liderança de Michelle Obama, que é a esposa do presidente e opositor político, levantou a voz para defender o trabalho das donas de casa, concedendo visibilidade à esposa do candidato republicano sem insistir no contexto de altos privilégios no qual ela sempre viveu.
Ann Davies era proveniente de uma família de fortuna de Michigan (norte) antes de se casar com o empresário multimilionário, há 43 anos. Ainda não tinha 20 anos quando se casou com o jovem Mitt, de 22, depois de se converter à religião mórmon de seu futuro marido.
O casal começou a estudar – Ann se graduou em francês – na Brigham Young University (oeste), onde viviam “em um porão, comendo macarrão e atum em lata”, segundo contou na convenção republicana de Tampa, em agosto. A imprensa americana encontrou uma entrevista antiga, na qual Ann Romney lembrava que, depois de sua lua-de-mel no Havaí, a venda de algumas ações permitiu que o casal estudasse sem precisar trabalhar.

A esposa do candidato republicano já está acostumada à vida política, depois de ter sido “primeira-dama” de Massachusetts, estado de seu marido, que foi governador entre 2003 e 2007, época em que aprendeu a ostentar sempre um sorriso e a se aproximar do povo em grandes eventos.
Durante a campanha presidencial deste ano, seu papel foi o de adoçar a imagem de seu marido, julgado com frequência como distante e pouco conhecedor das realidades da classe média. Sua missão também foi tentar atrair o voto das mulheres, que costumam votar majoritariamente nos democratas.
Mãe de cinco homens nascidos entre 1970 e 1981, esta avó de 18 netos precisou enfrentar dois grandes problemas de saúde: uma esclerose diagnosticada em 1998 e um câncer de mama em 2008, atualmente em remissão. Em várias entrevistas disse que é uma amante dos cavalos, animais que a ajudaram a superar as doenças e com os quais ganhou vários prêmios.
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Charge do Bessinha

No http://nogueirajr.blogspot.com.br/

Bob Fernandes/ No Supremo, há quem não esconda: Lula é o alvo