terça-feira, 6 de novembro de 2012

Mulheres de candidatos são pontos determinantes na campanha presidencial dos EUA. É hoje. Quem será o Presidente do EUA: Obama/Michelle ou Romney/Ann?


Michelle: trunfo de Obama


Michelle discursa durante um comício em Miami. Foto: ©AFP/Getty Images / Joe Raedle
WASHINGTON (AFP) – Michelle Obama, 48 anos, primeira primeira-dama americana negra, “mãe-em-chefe”, como se autoproclama, e campeã da luta contra a obesidade, é um trunfo importante para o marido presidente, que perde para ela em popularidade.
No início, reticente em se instalar na Casa Branca, Michelle Obama gradualmente, com cada vez mais entusiasmo e sucesso, abraçou definitivamente a função de primeira-dama do país. Hoje, ela é um dos principais pontos fortes de Barack Obama, no momento em que o presidente democrata busca a reeleição.
Com seus 1,80 de altura – quase tão alta quanto o marido (1,85m) – Michelle é carismática e sabe “ser eficaz no uso de sua função, na utilização de suas palavras, tentando fazer a diferença nos setores que investiu”, explica Anita McBride, ex-secretária-geral de Laura Bush, esposa de George W. Bush, que leciona na American University de Washington.
A presença de Michelle Obama se tornou necessária na corrida eleitoral tanto é que a primeira-dama viajou, nos últimos cinco meses, 95 vezes. Ela fala sobre o marido, que precisa de “mais quatro anos”, de valores e dificuldades da vida cotidiana.
Sua popularidade ultrapassa em 13 pontos a de Barack Obama, com 69% de opiniões  favoráveis, segundo uma pesquisa Washington Post-ABC realizada entre 4 e 7 de outubro. Ela é “a mulher mais popular do país, ícone da moda e uma entusiasta da nutrição, ao ponto de ser criticada e chamada de babá nacional”, considerou Howard Kurtz, da Newsweek, após o discurso de Sra. Obama durante a Convenção Democrata.
Engajamento
Desde o início de 2010, a primeira-dama é campeã na luta contra a obesidade infantil com o seu movimento Let’s Move, multiplicando as aparições na TV, nas quais não hesita em brincar com bambolê.

Para promover uma alimentação saudável no país do hambúrguer, criou uma horta orgânica na Casa Branca, onde ela convida alunos para visitar seu jardim e oferece vegetais aos chefes de Estado que passam.
Com Jill Biden, esposa do vice-presidente, ela dirige uma organização que ajuda as famílias de veteranos de guerra. E, como ela mesma diz, é sobretudo a “mãe-em-chefe” – em referência ao comandante-em-chefe das forças armadas que é o presidente americano – de suas duas filhas, Malia, 14 anos, e Sasha, 11.
Michelle nasceu em Robinson no dia 17 de janeiro de 1964, bisneta de escravos, foi também uma brilhante advogada que estudou em Princeton e Harvard antes de casar, há 20 anos, com Barack Obama.
Cobrada no início do mandato por se intrometer nos assuntos da presidência, acusações que ela se defendeu, Michelle Obama é agora comparada com Jackie Kennedy.
Mais informações em AFP Móvil

Ann Romney: a dona de casa que humanizou o frio candidato republicano

Ann discursa durante um comício de Romney em Cleveland, Ohio. Foto: ©AFP / Emmanuel Dunand
WASHINGTON (AFP) – Ann Romney, 63 anos, conseguiu atingir o eleitorado americano contando anedotas sobre sua numerosa família formada com o candidato republicano, Mitt Romney, um homem de imagem fria, que ficou mais humanizado graças a sua mulher.
Acusada em abril por uma comentarista democrata de “não ter trabalhado nem mesmo um dia em sua vida”, Ann Romney não hesitou em se defender escrevendo o primeiro tweet de sua existência: “Eu escolhi ficar em casa e criar meus cinco filhos. Acreditem, foi um trabalho”.
Todo o país, sob a liderança de Michelle Obama, que é a esposa do presidente e opositor político, levantou a voz para defender o trabalho das donas de casa, concedendo visibilidade à esposa do candidato republicano sem insistir no contexto de altos privilégios no qual ela sempre viveu.
Ann Davies era proveniente de uma família de fortuna de Michigan (norte) antes de se casar com o empresário multimilionário, há 43 anos. Ainda não tinha 20 anos quando se casou com o jovem Mitt, de 22, depois de se converter à religião mórmon de seu futuro marido.
O casal começou a estudar – Ann se graduou em francês – na Brigham Young University (oeste), onde viviam “em um porão, comendo macarrão e atum em lata”, segundo contou na convenção republicana de Tampa, em agosto. A imprensa americana encontrou uma entrevista antiga, na qual Ann Romney lembrava que, depois de sua lua-de-mel no Havaí, a venda de algumas ações permitiu que o casal estudasse sem precisar trabalhar.

A esposa do candidato republicano já está acostumada à vida política, depois de ter sido “primeira-dama” de Massachusetts, estado de seu marido, que foi governador entre 2003 e 2007, época em que aprendeu a ostentar sempre um sorriso e a se aproximar do povo em grandes eventos.
Durante a campanha presidencial deste ano, seu papel foi o de adoçar a imagem de seu marido, julgado com frequência como distante e pouco conhecedor das realidades da classe média. Sua missão também foi tentar atrair o voto das mulheres, que costumam votar majoritariamente nos democratas.
Mãe de cinco homens nascidos entre 1970 e 1981, esta avó de 18 netos precisou enfrentar dois grandes problemas de saúde: uma esclerose diagnosticada em 1998 e um câncer de mama em 2008, atualmente em remissão. Em várias entrevistas disse que é uma amante dos cavalos, animais que a ajudaram a superar as doenças e com os quais ganhou vários prêmios.
Mais informações em AFP Móvil



Nenhum comentário: