quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Quem foi que disse que oficial de máquinas não é profissão de mulher?
Hoje vou mostrar para vocês a história da Marília. Ela trabalha na sessão de máquinas. Estudou comigo no CIABA, mas foi transferida para o CIAGA por opção própria. Era conhecida na turma por suas qualidades de cantora. Na hora de cantar o Hino Nacional era para ela que pedíamos a voz. É a nossa estrela de Hollywood mercante! (rs).
"Gosto de estar por dentro das coisas, saber o funcionamento delas etc..."
Conte você mesmo a sua história para a gente, queriiiiida:
"Meu nome é Marília Fernanda. Tenho 26 anos e sou oficial de máquinas há quase cinco anos.
A Marinha Mercante surgiu na minha vida quando eu ainda era criança e nem havia percebido isso. Meu pai trabalhava no cais do porto do Rio de Janeiro. Esporadicamente, ele me levava nos navios para fazer inspeções nas cargas e documentos. É óbvio que eu não entendia nada e nem tinha a mínima pretensão de trabalhar em embarcações. Alguns anos depois, quando eu estava cursando o segundo grau, por influência de umas amigas que conheciam a EFOMM, eu resolvi fazer a prova também.
Chegando na escola resolvi fazer o curso de máquinas porque foi o curso que eu mais me identifiquei. Gosto de estar por dentro das coisas, saber o funcionamento delas, etc...Todo maquinista é meio curioso!!! (rs)
Não me arrependo nem um pouco de ter escolhido esse curso, porém as coisas nem sempre são tão fáceis. Ser um oficial de máquinas não é uma tarefa muito simples, pois todos esperam muito de você. É uma responsabilidade muito grande. E ainda existe o fato de eu ser uma mulher. Aí que as coisas se tornam mais complicadas ainda.
Muitos chefes de máquinas e outros profissionais envolvidos na área ainda não se adaptaram em trabalhar com mulheres por acharem que as mulheres são frágeis e fracas. Eu não preciso de força física para ser uma boa profissional. Eu preciso de força de vontade, acima de tudo, conhecimento e experiência. Quanto à força seria ótimo, mas eu não trabalho sozinha. Tenho o marinheiro para me auxiliar, tenho talhas e vários outras opções. Logo, penso que essas discriminações são sem fundamentos.
Então, lá vai um recadinho para as meninas que estão começando agora a carreira como maquinista: não desanimem!!!
Chegando na escola resolvi fazer o curso de máquinas porque foi o curso que eu mais me identifiquei. Gosto de estar por dentro das coisas, saber o funcionamento delas, etc...Todo maquinista é meio curioso!!! (rs)
Não me arrependo nem um pouco de ter escolhido esse curso, porém as coisas nem sempre são tão fáceis. Ser um oficial de máquinas não é uma tarefa muito simples, pois todos esperam muito de você. É uma responsabilidade muito grande. E ainda existe o fato de eu ser uma mulher. Aí que as coisas se tornam mais complicadas ainda.
Muitos chefes de máquinas e outros profissionais envolvidos na área ainda não se adaptaram em trabalhar com mulheres por acharem que as mulheres são frágeis e fracas. Eu não preciso de força física para ser uma boa profissional. Eu preciso de força de vontade, acima de tudo, conhecimento e experiência. Quanto à força seria ótimo, mas eu não trabalho sozinha. Tenho o marinheiro para me auxiliar, tenho talhas e vários outras opções. Logo, penso que essas discriminações são sem fundamentos.
Então, lá vai um recadinho para as meninas que estão começando agora a carreira como maquinista: não desanimem!!!
"Eu acho o máximo quando vejo mulheres na praça de máquinas, por dentro de tudo"
Preconceitos, infelizmente, sabemos que ainda existem. Cabe a nós darmos o nosso melhor e provarmos que temos a capacidade de fazermos tudo que um homem também faria. Conheço muitos chefes que preferem trabalhar com mulheres. Eles alegam que a mulher tem mais cuidado com as coisas, são mais concentradas e mais interessadas.
Nossa profissão não é nada fácil, mas é muito gratificante quando conseguimos fazer bem o nosso trabalho e isso não há nada que pague. Eu acho o máximo quando vejo mulheres na praça de máquinas, por dentro de tudo, consertando as coisas e resolvendo problemas. Não estamos no passadiço, mas comandamos a situação lá em baixo (rs)".
Nossa profissão não é nada fácil, mas é muito gratificante quando conseguimos fazer bem o nosso trabalho e isso não há nada que pague. Eu acho o máximo quando vejo mulheres na praça de máquinas, por dentro de tudo, consertando as coisas e resolvendo problemas. Não estamos no passadiço, mas comandamos a situação lá em baixo (rs)".
No http://mulheresmercantes.blogspot.com/2010/10/quem-foi-que-disse-que-oficial-de.html
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