sábado, 26 de fevereiro de 2011

Poema em homenagem a todas as vítimas de estelionatarios eleitorais e midiáticos


A mão esquerda de Deus 
 Terezinha de Deus

Rocha quebrando osso.
Água inundando pulmão.
Enterrados vivos no barro.
Corpos brotando do chão.
Tragédia!
Meu Deus, por quê?

Não, Deus não!
Não é Deus quem fecha os olhos
Para não ver a miséria do povo.
Nem é Deus de olhos vendados
Para o martírio do povo encobrir.

Deus não, eles,
Vampiros do poder!
Empossados pelo verde
Negligentemente apertado
Na latinha eletrônica.

500 anos de possessão
De mão-em-mão beijada
Esculpindo corrupção,
Lapidando nepotismo
E produzindo opressão.

Pintaram gente inocente,
Que se deixaram enquadrar
Numa moldura digital.
E a candura na audiência
Vendo tudo abstrato.

Focaram a verdade
Para exibir em 3D:
Camuflada...
Distorcida...
Omitida...

Mas aí a mão divina
Puxa a orelha da razão.
Escreve nas linhas tortas,
Exigindo solução.
Na pauta a natureza,
O descaso e a ambição.

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