segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Quando o ego é maior que a razão

Vila Velha, cidade sem lei

Quem gosta de filmes de far-west tem agora a opção de conhecer aquele mundo em carne e osso: em Vila Velha a sheriff Maria de Fátima Oliveira Gomes Lima prende e enforca pessoalmente qualquer adversário que se poste entre ela e seu ego.
A sheriff
No último dia 11 a sheriff e um familiar quiseram trocar uma bermuda sem etiqueta e comprada há três meses e, não sendo atendida em sua arrogância imperial, deu ordem de prisão e efetivamente prendeu  quatro funcionárias pelo crime de cumprir a lei.

Desnecessário dizer que a criminalidade na cidade vai de vento em popa com esse tipo de funcionário público combatendo-a.

Nota oficial da loja onde trabalham as vítimas da sheriff:

No intuito de esclarecer os fatos, as Lojas Riachuelo comunica a ordem e veracidade dos acontecimentos ocorridos ontem (11.02.2010), em sua loja no Shopping Praia da Costa, em Vila Velha/ES. Por volta das 19h30 de ontem, a cliente Sra. Maria de Fátima Oliveira Gomes Lima compareceu à loja para efetuar a troca de uma peça. Seguindo a lei estabelecida pelo Código de Defesa do Consumidor, a Riachuelo informa que a troca de roupas sem defeitos é uma faculdade oferecida pela loja, considerando algumas exigências como a manutenção da etiqueta na peça, a apresentação da nota fiscal e o prazo de 30 dias. Acontece que nenhuma dessas exigências foi cumprida pela cliente, que apresentou uma peça para troca sem etiqueta e nota fiscal. Com base nesses fatos, a funcionária informou à cliente Sra. Maria de Fátima Oliveira Gomes Lima que não seria possível a troca do item, o que a deixou consternada e muito exaltada. Após confirmar esse procedimento com outros funcionários responsáveis, a Sra. Maria de Fátima Oliveira Gomes Lima - que é delegada - deu voz de prisão à quatro funcionários desta loja por desacato à autoridade e os encaminhou à delegacia.

Hoje (12), por volta das 01h00 da madrugada, uma das funcionárias foi liberada após a Riachuelo pagar fiança no valor de R$ 1.624,00, mas as outras três ainda permaneceram detidas até às 11 horas, pois a fiança chegou ao exorbitante valor de R$15.400,00 para cada uma das funcionárias. O departamento jurídico da Riachuelo atuou neste caso com o objetivo de resolver esse mal entendido, inclusive com a liberação e bem-estar das três funcionárias. O judiciário cancelou o valor de fiança indicado pela delegada Sra. Maria de Fátima Oliveira Gomes Lima e fez uma nova adequação passando a fiança para R$ 500,00 à cada uma das três funcionárias. O total de R$ 1.500,00 já foi pago pela Riachuelo e o judiciário já expediu mandado de soltura. As três funcionárias já foram liberadas.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Isso demonstra uma realidade triste: A de que, enquanto o Estado continuar fornecendo armas e distintivos a psicopatas como esta, a polícia estará cada vez mais distante do cidadão.