domingo, 4 de setembro de 2011

DEM - o FIM está próximo

DEM ESTÁ ACABANDO NA BAHIA

Com PSD, Wagner terá tropa maior que a de ACM
Ao patrocinar sigla, governador da BA se aproxima de maioria na Assembleia


Petista terá ao seu lado 49 dos 63 deputados estaduais por conta da migração de eleitos por partidos da oposição

GRACILIANO ROCHA
DE SALVADOR

Ao patrocinar a criação do PSD na Bahia, o governador Jaques Wagner (PT) colherá como dividendo uma hegemonia na Assembleia Legislativa maior do que a de Antonio Carlos Magalhães (1927-2007) no auge de seu poder, nos anos 90.
Se sair do papel, o partido de Gilberto Kassab terá na Bahia a segunda maior bancada da Assembleia (11 deputados), atrás apenas do PT (14 deputados), e cinco deputados federais.
Dos 11 deputados estaduais, 10 foram eleitos em legendas que fazem oposição ao governador na Assembleia, como DEM e PMDB.
Com a migração dos oposicionistas para a base, Wagner terá a seu lado 49 dos 63 deputados estaduais.
Quando governador (1991-1994), ACM chegou a contar com uma base de 44 deputados, mas o apogeu de seu grupo político ocorreu na eleição de 1998, quando César Borges (então PFL) foi eleito governador junto com uma bancada de 47 aliados.
A figura de proa do PSD na Bahia é o vice-governador Otto Alencar, que hoje preside o partido no Estado.
Com o aval do governador, Alencar negociou pessoalmente a adesão de oposicionistas à base. Ele comanda a Secretaria de Infraestrutura, com orçamento de R$ 600 milhões para estradas.
A Folha apurou que os neoaliados indicaram afilhados políticos em autarquias do interior e receberam promessas de obras em suas bases eleitorais. Dos 11 deputados estaduais do PSD, 10 são pré-candidatos ou têm filhos que devem disputar prefeituras em 2012.
Alencar nega que tenha cooptado políticos para o PSD em troca de cargos. Segundo ele, as adesões foram "naturais" porque eles fizeram campanha para Wagner, à revelia das coligações de seus partidos, ou se aproximaram do governo este ano.
"Quase todos esses deputados já tinham uma longa história política comigo. Não teve a distribuição de um cargo, não me pediram absolutamente nada que não sejam obras dentro do programa de investimentos do governo."
A erosão da oposição atinge principalmente o DEM, do deputado federal ACM Neto, e o PMDB do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Os dois partidos elegeram, juntos, 11 deputados, mas ficarão com apenas seis após a debandada em direção ao PSD.
"É a velha chantagem que, na Bahia, o PT está usando. É como se o governo fosse retaliar quem não estiver junto. Estão migrando em troca de benesses", disse Geddel. 
 
No http://aposentadoinvocado1.blogspot.com/

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