domingo, 23 de janeiro de 2011

Não tem pra que o governo levar esse morto nas costas! Enterre logo esse morto, meu povo!

A falência do império Globo

Quando meu artigo “E o Império desabou” foi publicado na Tribuna da Imprensa, mostrando que a partir de 1996 a Globo entraria em franco declínio, e que em dez anos (2006) a Globo estaria não mais com os dois pés na falência, mas atolada irremediavelmente até o pescoço na falência, alguns serviçais e membros do bloco do contente acharam que isso era uma absurdo e que nada do que eu descrevia como rota de falência seria possível acontecer.
Dizia eu que a Globo estava pessimamente administrada, sendo comida e corroída por dentro, e que entre as mais de oitenta empresas do grupo nem vinte eram lucrativas. E o pior, prejuízos crônicos como rádios (80% dão prejuízo) e editora (que para cada ano de lucro tem dez de prejuízo) sequer podiam ser vendidas por se tratar de empresas estratégicas. E a própria galinha dos ovos de ouro (televisão aberta) vinha sendo pessimamente administrada, produzindo perdulariamente, por exemplo, capítulos de novela a cem mil dólares, quando jamais poderiam ultrapassar vinte mil dólares o capítulo.
A lógica dos “gênios” era o seguinte: Se um filme bom, para ser exibido em horário nobre, custa cem mil dólares e a Globo lucra com o filme mesmo custando tudo isso, logo os capítulos podem custar cem mil dólares. Só que esses “gênios” sequer raciocinaram que se os capítulos fossem produzidos a vinte mil dólares (e podem e devem ser produzidos a este custo) o lucro seria bem infinitamente maior.
Casos perdulários como este das novelas pululavam aos magotes pela Globo, num show faraônico inimaginável, sempre partindo da premissa de que a Globo seria lucrativa eternamente. E até permitiu-se sonhos e arroubos beirando a loucura como a finada Tele Montecarlo e outros delírios do gênero.
Dizia eu que a Globo não estava atentando para um detalhe muito importante, que o mesmo fator que havia impulsionado a lucratividade da Globo seria o mesmo que vestido de algoz conduziria a Globo à falência. Ou seja, o avanço tecnológico. Isto porque o avanço tecnológico representa opção, e qualquer opção que inclua a líder Globo implica em perda da própria líder. Vale dizer: O controle remoto, a antena parabólica, o vídeo cassete, o DVD, a Internet, a Tv a cabo, etc, tudo isso representa alternativa e perda de audiência e de faturamento para a Globo.
Ao invés da Globo focar nesta questão, entendê-la, e arranjar saídas, a Globo arrogantemente aprofundou a crise, contratou uma “especialista em falência (Mappin / Mesbla) e enfiou-se num beco sem saída de uma dívida impagável de cerca de dez bilhões de dólares, que nem em trinta anos a Globo conseguirá pagar esta dívida, mesmo com juros de pai para filho.
Com recursos próprios é inimaginável saldar a dívida. Atrair parceiros para dividir o prejuízo é improvável, pois existem poucos ricos burros e estúpidos herdeiros de império dispostos a perder tanto dinheiro a troco de nada. Resta à Globo explorar mais e mais a única saída possível: o Governo.
Só o governo, através do BNDES, Caixa Econômica, Banco do Brasil, Banco Central, fundos orçamentários e demais verbas públicas é que podem salvar a Globo da irremediável falência.
por Roméro da Costa Machado

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