quarta-feira, 2 de março de 2011

Que modelo de mulher serve de paradgma para as mulheres da atualidade?

Dilma, o marketing e as mulheres de verdade

       Renata em ação
       Mariana em ação

por Luiz Carlos Azenha
A Conceição Oliveira costuma dizer que sou machista.
Observação aceita.
Registro, porém, que estou disposto a aprender.
Mesmo que por motivos pessoais.
Afinal, tenho duas filhas, de 23 e 21 anos de idade.
Há alguns dias, fui à Venezuela.
Com uma equipe formada por duas mulheres: a cinegrafista Renata e a produtora Mariana.
Duas mulheres batalhadoras, cegas diante do “teto de vidro” que se ergue sobre a ascensão profissional das mulheres.
Renata e Mariana não aceitam os limites colocados pelos homens — e mesmo pelas mulheres machistas — à sua ascensão profissional.
Ambas não aceitam ser definidas a partir de seus relacionamentos, ou seja, não aceitam ser “espelhos” de seus namorados/maridos.
Confesso que experimentei o machismo na própria pele, durante a viagem com as duas: muitas vezes, os venezuelanos simplesmente se negavam a “lidar” com as duas mulheres da equipe.
Nunca senti tanta vergonha alheia: quando o motorista de táxi se voltava para o banco de trás, onde eu estava, para tratar de um assunto que dizia respeito ao trabalho da produtora Mariana, eu era obrigado a ser descortês: “Por favor, fale disso com minha chefe, a Mariana”.
Muitos marmanjos se ofereciam para carregar a câmera (que pesa mais de 20 quilos) da Renata. Polidamente, ela se negava a aceitar, como se estivesse dizendo: “Eu faço as imagens e vocês devem se conformar com o fato de que eu determino o que deve ou não ser filmado”.
É por tudo isso que eu acho triste que a presidente Dilma Rousseff tenha escolhido a Ana Maria Braga e a Hebe Camargo como “exemplos” de mulheres brasileiras, neste início de mandato.
As duas, em minha modesta opinião, representam arquétipos de mulheres do século 20. Uma delas faz da cozinha o centro de sua existência. A outra, malufista, sobrevive em função de fofocas sobre a vida de celebridades. Nada mais demodé (demodé é, definitivamente, demodé).
Sinceramente, prefiro a Conceição Lemes e a Conceição Oliveira, colaboradoras deste site; ou a Renata e a Mariana.
Embora, concordo, elas não representem, por associação, um investimento tão bom “de marketing”.

No http://www.viomundo.com.br/opiniao-do-blog/dilma-o-marketing-e-as-mulheres-de-verdade.html

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