quinta-feira, 12 de abril de 2012

Márcia Campos, presidente da FDIM: “o 15o Congresso da FDIM foi um momento onde todas nós manifestamos, unidas, nossa solidariedade às mulheres do mundo, que vem sofrendo com a ganância desenfreada praticada ao longo dos anos, por uma política imperialista, cujos reflexos sobre as mulheres são perverso”.

Mulheres do mundo encerram evento em Brasília: grande mobilização


O 15º Congresso da Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM), realizado durante toda esta semana em Brasília, termina nesta quinta-feira (12) com a publicação da Carta de Brasília. Liége Rocha, da Comissão Nacional Organizadora, fez um balanço do evento, destacando a mobilização das mulheres dos cinco continentes e a discussão política, da crise capitalista até o fim das guerras e da violência contra as mulheres.


FDIM
 Mulheres do mundo encerram evento em Brasília: grande mobilização
Liége Rocha é da Comissão Organizadora.
No terceiro encontro da FDIM do qual participa, Liége avalia que nesse houve uma preocupação de aprofundar politicamente os temas do congresso, que incluíram a agressão e ocupação imperialista e os desafios para a paz mundial; a crise capitalista e seus impactos nas mulheres; as alterações climáticas e a segurança alimentar e as abordagens à igualdade e diversidade étnica e cultural.

Ela destacou como um momento “muito chocante e emocionante” os vários depoimentos feitos pelas mulheres do Sudão, Saara Ocidental, Líbano e Palestina sobre a realidade local, de opressão e desrespeito a autonomia dos povos e como repercute junto às mulheres.

Para ela, o evento é “o momento em que as mulheres podem potencializar o seu protagonismo em nível mundial para fazer valer sua luta em busca da igualdade entre homens e mulheres no mundo inteiro”.

Plano de ação

A Federação Democrática Internacional de Mulheres (FDIM), que tem 66 anos de fundação e realiza o seu Congresso a cada quatro anos, escolheu como lema do evento deste ano, no Brasil, "Mulheres de todo o mundo construindo a paz justa, com direitos, Igualdade e desenvolvimento".

Para Liége, é também considerado um grande avanço na luta das mulheres do mundo inteiro a aprovação do novo estatuto da entidade, uma questão que envolve a institucionalidade da FDIM, normatização do seu funcionamento, além da parte organizativa.

Essa etapa dos trabalhos, que vinha sendo tentada há muito tempo, permite a elaboração e execução de um plano de ação apontando para campanhas e calendário que deve ser seguido pelas várias entidades filiadas da FDIM. “A elaboração de um plano de ação foi uma proposta minha, que permitirá uma ação política de massa da FDIM em todo o mundo”, explicou Liége.

Mulheres sofridas

A presidente da entidade, Márcia Campos, avalia que “o 15o Congresso da FDIM foi um momento onde todas nós manifestamos, unidas, nossa solidariedade às mulheres do mundo, que vem sofrendo com a ganância desenfreada praticada ao longo dos anos, por uma política imperialista, cujos reflexos sobre as mulheres são perverso”. E anuncia o propósito de lutar para transformar essa realidade.

“Este acontecimento se converte no máximo esforço para construir uma forte organização internacional de mulheres temperada na luta contra a agressão gerada pela crise econômica e financeira do capitalismo com perigosas ramificações em várias partes do globo, ameaçando a própria vida e com impacto significativo sobre as mulheres pobres no mundo”, afirma ainda a dirigente feminista.

E conclui que “a fome e a miséria que existe no Mundo, e que tem cara de mulher, exige que nos mobilizemos ainda mais para acabar com essas mazelas”.

 A guerra na Somália faz vítimas principalmente entre as mulheres e crianças. A guerra na Somália faz vítimas principalmente entre as mulheres e crianças.


De Brasília
Márcia Xavier

No http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=180582&id_secao=8

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