Paulo Henrique Amorim NÃO foi condenado por racismo
Uma infinidade de sites e blogs está publicando notícia inverídica
sobre o jornalista Paulo Henrique Amorim, de que ele teria sido
condenado por racismo por ter usado a expressão “negro de alma branca”
em texto em que criticou a capacidade profissional do jornalista da Rede
Globo Heraldo Pereira.
Paulo Henrique é um amigo e um homem contra o qual a acusação de
qualquer tipo de preconceito é um verdadeiro absurdo. Por incontáveis
vezes ouvi da boca do próprio seu inconformismo com preconceito contra
negros, homossexuais etc.
O que aconteceu foi que PH fez um texto em que afirmou que o
jornalista da Globo em questão seria submisso ao ministro do STF Gilmar
Mendes e que a Globo – que acusou de racista –consideraria Pereira um
“negro de alma branca”.
Pereira processa PH e este, em audiência de conciliação, opta por
fazer um acordo com o autor do processo em que se compromete a desdizer
publicamente as críticas que fizera.
A primeira mentira contra PH que está se espalhando até pelos grandes
portais de internet, portanto, é a de que ele teria sido condenado. Não
foi.
Segundo o próprio PH me disse ao telefone, ele apenas optou por não
se defender e ofereceu retratação ao ofendido de forma a extinguir o
processo por reconhecer que se excedeu, mas faria isso contanto que quem
o processou reconhecesse, no acordo, que não houve ofensa racista.
Repito: Heraldo Pereira assinou um acordo em que reconhece que não
houve intenção racista nas críticas que Paulo Henrique Amorim lhe fez.
Isso consta do documento que um e outro assinaram diante de um juiz de
Direito e de seus respectivos advogados. É, portanto, uma mentira quando
dizem que foi “condenado por racismo”.
Abaixo, nota do advogado do PH em que explica o caso em termos técnicos.
Do blog Conversa Afiada
Paulo Henrique Amorim não foi condenado pelo crime de racismo
ou dano moral como pleiteado por Heraldo Pereira de Carvalho no
montante de R$ 300.000,00. Na ação promovida por Heraldo Pereira de
Carvalho, as partes em audiência designada para 15 de fevereiro de 2012,
conciliaram perante o Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 12ª Vara Cível
da Circunscrição Especial de Brasília – DF, Daniel Felipe Machado,
constando da sentença que homologou o acordo que o jornalista Paulo
Henrique Amorim não ofendeu a moral do autor da ação ou atingiu a sua
honra com conotação racista, fatos esses reconhecidos por Heraldo
Pereira de Carvalho, tanto assim que concordou e assinou o termo de
audiência. Em razão da conciliação levada a efeito, Paulo Henrique
Amorim fará doação a instituição de caridade correspondente a 10% do
montante pedido pelo jornalista Heraldo Pereira de Carvalho.
—–
Leia também, do jornalista Leandro Fortes
Paulo Henrique Amorim, assim como eu e muitos blogueiros e
jornalistas brasileiros, nos empenhamos há muito tempo numa guerra sem
trégua a combater o racismo, a homofobia e a injustiça social no Brasil.
Fazemos isso com as poderosas armas que nos couberam, a internet, a
blogosfera, as redes sociais. Foi por meio de pessoas como PHA, lá no
início desse processo de abertura da internet, que o brasileiro
descobriu que poderia, finalmente, quebrar o monopólio da informação
mantido, por décadas a fio, pelos poderosos grupos de comunicação que
ainda tanto fazem políticos e autoridades do governo se urinar nas
calças. PHA consolidou o termo PIG (Partido da Imprensa Golpista) e
muitos outros com humor, inteligência e sarcasmo, características cada
vez mais raras entre os jornalistas brasileiros. Tem sido ele que,
diuturnamente, denuncia essa farsa que é a democracia racial no Brasil,
farsa burlesca exposta em obras como o livro “Não somos racistas”, do
jornalista Ali Kamel, da TV Globo.
Por isso, classificar Paulo Henrique Amorim de racista vai
além de qualquer piada de mau gosto. É, por assim dizer, a inversão
absoluta de valores e opiniões que tem como base a interpretação rasa de
um acordo judicial, e não uma condenação. Como se fosse possível
condenar PHA por racismo a partir de outra acusação, esta, feita por
ele, e coberta de fel: a de que Heraldo Pereira, repórter da TV Globo, é
um “negro de alma branca”.
O termo é pejorativo, disso não há dúvida. Mas nada tem a ver
com racismo. A expressão “negro de alma branca”, por mais cruel que
possa ser, é a expressão, justamente, do anti-racismo, é a expressão
angustiada de muitos que militam nos movimentos negros contra aqueles
pares que, ao longo dos séculos, têm abaixado a cabeça aos desmandos das
elites brancas que os espancaram, violentaram e humilharam. O “negro de
alma branca” é o negro que renega sua cor, sua raça, em nome dessa
falsa democracia racial tão cara a quem dela usufrui. É o negro que se
finge de branco para branco ser, mas que nunca será, não neste Brasil de
agora, não nesta nação ainda dominada por essa elite abominável,
iletrada e predatória – e branca. O “negro de alma branca” é o negro que
foge de si mesmo na esperança de ser aceito onde jamais será. Quem
finge não saber disso, finge também que não há racismo no Brasil.
Recentemente, fui chamado de racista por um idiota do PCdoB,
partido do qual sou, eventualmente, eleitor, e onde tenho muitos amigos.
Meu crime foi lembrar ao mundo que o vereador Netinho de Paula,
pagodeiro recentemente convertido ao marxismo, havia espancado a esposa,
em tempos recentes. E que havia dado um soco na cara do repórter Vesgo,
do Pânico na TV. Assim como PHA agora, fui vítima de uma tentativa
primária de psicologia reversa cujo objetivo era o de anular a questão
essencial da discussão: a de que Netinho de Paula era um espancador, não
um negro, informação esta que sequer citei no meu texto, por
absolutamente irrelevante. Da mesma forma, Paulo Henrique Amorim se
referiu a Heraldo Pereira como negro não para desmerecer-lhe a cor e a
raça, mas para opinar sobre aquilo que lhe pareceu um defeito: o de que o
repórter da TV Globo tinha “a alma branca”, ou seja, vivia alheio às
necessidades e lutas dos demais negros do país, como se da elite branca
fosse.
Não concordo com a expressão usada por PHA. Mas não posso
deixar de me posicionar nesse momento em que um jornalista militante
contra o racismo é acusado, levianamente, de ser racista, apenas porque
se viu na obrigação de fazer um acordo judicial ruim. Não houve crime,
sequer insinuação, de racismo nessa pendenga. Porque se pode falar muita
coisa sobre Paulo Henrique Amorim, menos, definitivamente, que ele é
racista. Qualquer outra interpretação é falsa ou movida por ma fé e
vingança pessoal de quem passou a ser obrigado, desde o surgimento do
blog “Conversa Afiada”, a conviver com a crítica e os textos
adoravelmente sacanas desse grande jornalista brasileiro.
—–
Portal Terra publica retratação por notícia inverídica sobre Paulo Henrique Amorim
—–
Abaixo, a defesa oral de Paulo Henrique Amorim
SOU JORNALISTA HÁ 51 ANOS.
FUI ESTAGIÁRIO DO JORNAL A NOITE EM 1961.
COMECEI ENTÃO A FINANCIAR OS PRÓPRIOS ESTUDOS.
TRABALHEI NA REVISTA MANCHETE E NA REALIDADE, ENTÃO, A MAIS IMPORTANTE DO PAÍS.
AINDA NA EDITORA ABRIL, ABRI O ESCRITÓRIO DA REVISTA VEJA EM NOVA YORK COM 25 ANOS.
FUI EDITOR DE ECONOMIA DA REVISTA VEJA E DIRETOR DE REDAÇÃO DA REVISTA EXAME.
EDITOR DE ECONOMIA , REDATOR CHEFE E DIRETOR DE REDAÇÃO DO JORNAL DO BRASIL, QUANDO ERA O MELHOR JORNAL DO BRASIL.
DIRETOR DE JORNALISMO DA TEVÊ MANCHETE.
EDITOR DE ECONOMIA, COLUNISTA DE ECONOMIA DO JORNAL DA GLOBO, ÂNCORA E DIRETOR DA REDE GLOBO NO ESCRITÓRIO EM NOVA YORK.
ÂNCORA E EDITOR DO PROGRAMA JORNAL DA BAND.
ÂNCORA E EDITOR DO PROGRAMA FOGO CRUZADO, NA BANDEIRANTES.
ÂNCORA E EDITOR DO PROGRAMA “CONVERSA
AFIADA” , DA TV CULTURA – ÚNICO PROGRAMA DIÁRIO, EM TEVÊ ABERTA, NO
HORÁRIO NOBRE, DE PRODUÇÃO INDEPENDENTE, POR DOIS ANOS.
SOU ÂNCORA DO PROGRAMA DOMINGO ESPETACULAR, A SEGUNDA MAIOR AUDIÊNCIA DA TEVÊ BRASILEIRA, AOS DOMINGOS.
HÁ DEZ ANOS SOU RESPONSÁVEL PELO SITE
CONVERSA AFIADA QUE, EM 2012, ENTRE 100 MIL BLOGS DO BRASIL, FOI O MAIS
VOTADO NUMA ELEIÇÃO DA RESPEITADA EMPRESA DE ADMINISTRAÇÃO DE PRODUTOS
NA INTERNET, A TOP OF MIND.
NA MESMA ELEIÇÃO, O CONVERSA AFIADA FOI ELEITO O MAIS IMPORTANTE BLOG POLÍTICO DO PAÍS.
DIGO ISSO PARA RESSALTAR QUE, COMO O
AUTOR, TIVE UMA ORIGEM HUMILDE, DE PAIS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DE BAIXA
REMUNERAÇÃO, QUE TEVE QUE TRABALHAR MUITO PARA ESTUDAR E SUBIR NA VIDA.
O AUTOR NÃO TEM O MONOPÓLIO DA LUTA CONTRA A ADVERSIDADE.
OU DA CAPACIDADE DE SUPERÁ-LA.
ISSO NÃO QUALIFICA A DENÚNCIA DELE.
PELO MENOS DIANTE DESTE SUPOSTO RÉU.
EM 51 ANOS DE CARREIRA, COMO REPÓRTER, REDATOR, EDITORIALISTA, ARTICULISTA, ÂNCORA OU EDITOR J A M A I S , N U N C A
- SUSPEITARAM
- INSINUARAM
- OU ME ACUSARAM DE RACISMO
OU SEQUER DE PRECONCEITO CONTRA NEGROS,
JUDEUS, ÍNDIOS, PALESTINOS, NORDESTINOS, BOLIVIANOS, HOMOSSEXUAIS,
TRAN-SEXUAIS OU QUALQUER MINORIA OU SEGMENTO SOCIAL.
AO CONTRÁRIO.
OS AUTOS DEMONSTRAM QUE SOU UM DEFENSOR DAS POLÍTICAS QUE IMPEDEM E COMBATEM O RACISMO E O PRECONCEITO.
QUERO AQUI AGRADECER O GENEROSO TESTEMUNHO
DO DEPUTADO EDSON SANTOS, DO PT DO RIO, EX-MINISTRO DA IGUALDADE
RACIAL, E JEAN WILLYS, DO PSOL DO RIO, QUE LUTA PELA CRIMINALIZAÇÃO DA
HOMOFOBIA.
OS DOIS SE DISPUSERAM A DEPOR A MEU FAVOR NESTA CAUSA, SE FOSSE NECESSÁRIO.
AGRADEÇO TAMBÉM AO SENADOR PAULO PAIM, DO
PT DO RIO GRANDE DO SUL, PAI DO ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL, QUE DEU UM
TESTEMUNHO EM MINHA DEFESA, ESPECIALMENTE PARA ESTA AÇÃO, ONDE ATESTA
QUE JAMAIS MANIFESTEI QUALQUER ATO OU IDEIA DE CARÁTER RACISTA.
AO CONTRÁRIO.
DEFENDO, POR EXEMPLO, AS COTAS PARA NEGROS NAS UNIVERSIDADES -
POLÍTICA QUE O SUPOSTO RÉU DEFENDE DESDE QUE, CORRESPONDENTE DA GLOBO NOS ESTADOS UNIDOS, PODE ACOMPANHAR SEUS EFEITOS BENÉFICOS PARA NEGROS QUE NASCEM NA ADVERSIDADE.
POLÍTICA QUE O SUPOSTO RÉU DEFENDE DESDE QUE, CORRESPONDENTE DA GLOBO NOS ESTADOS UNIDOS, PODE ACOMPANHAR SEUS EFEITOS BENÉFICOS PARA NEGROS QUE NASCEM NA ADVERSIDADE.
NUNCA EM 51 ANOS DE ATIVIDADE PÚBLICA , À
VISTA DE TODOS, EM REDE NACIONAL, DISSERAM, INSINUARAM OU SUSPEITARAM
QUE EU FOSSE RACISTA.
OU QUE, COMO ACUSA O AUTOR, INCITASSE O RACISMO.
ESSE MESMO SITE NA INTERNET, AGORA ACUSADO
DE SER UM INSTRUMENTO DO RACISMO, UMA ESPÉCIE DE MEIN KAMPF DA
BLOGOSFERA, ESSE MESMO CONVERSA AFIADA DIVULGOU DEZENAS DE TEXTOS CONTRA
O RACISMO E O PRECONCEITO.
E A FAVOR DA COTAS.
ISSO ESTÁ FARTAMENTE DOCUMENTADO NOS AUTOS.
NÃO HÁ UMA FRASE, UM ATO, UMA PALAVRA, UM
GESTO, EM 51 ANOS NA VITRINE DA IMPRENSA, QUE POSSA OU QUE J A M A I S
TENHA SIDO ASSOCIADO A RACISMO.
SOBRE A EXPRESSÃO “NEGRO DE ALMA BRANCA”, QUE PARECE SINTETIZAR A ACUSAÇÃO, ESSA, SIM, INFAMANTE, QUERO PONDERAR.
PRIMEIRO, O SIGNIFICADO DA EXPRESSÃO NÃO É UNIVOCO.
ELA SE ASSOCIA, POR EXEMPLO, A ZUMBI DOS PALMARES, UM HERÓI DA RESISTÊNCIA DOS NEGROS QUE NÃO SE SUBMETEM À OPRESSÃO.
TAMBÉM SE EMPREGOU EM RELAÇÃO AO PAI TOMÁS , SEM NENHUMA CONOTAÇÃO OFENSIVA – E MUITO MENOS RACISTA.
UM DOS SIGNIFICADOS DA EXPRESSÃO – QUE,
ADMITO, POSSA MELINDRAR E, SE ASSIM FOR, LAMENTO PROFUNDAMENTE – UM DOS
SIGNIFICADOS CORRENTES E USUAIS É PARA DESCREVER O NEGRO QUE NÃO DEFENDE
NEM SE DEFENDE DO RACISMO E DOS RACISTAS.
É A ACEPÇÃO A QUE RECORRI.
NEGRO DE ALMA BRANCA É O NEGRO QUE NÃO OLHA PARA TRÁS – PARA A CHAGA DA ESCRAVIDÃO, OU, COMO DIRIA JOAQUIM NABUCO:
“NÃO BASTA ACABAR COM A ESCRAVIDÃO. É PRECISO DESTRUIR SUA OBRA.”
É A OBRA QUE ESTÁ ABERTA AINDA HOJE, COMO COMPROVAM AS ESTATÍSTICAS DO IBGE, DOS CÁRCERES BRASILEIROS, DAS CRACOLÂNDIAS.
NEGRO DE ALMA BRANCA PODE SER AQUELE QUE
NÃO ASSUME A SUA PRÓPRIA CONDIÇÃO DE NEGRO PARA COMBATER O RACISMO E O
PRECONCEITO CONTRA O NEGRO.
CONTRA ELE, CONTRA A MÃE, O PAI, OS IRMÃOS.
É O NEGRO QUE OLHA PARA OUTRO LADO.
QUE FINGE QUE NÃO VÊ.
ACHA QUE NÃO É COM ELE.
NEGRO DE ALMA BRANCA DE PRESTÍGIO, UMA
CELEBRIDADE, É O NEGRO QUE NÃO SE VALE DA POPULARIDADE E DO PRESTÍGIO
PARA DEFENDER O NEGRO PRESO À CORRENTE DA ADVERSIDADE.
NEGRO DE ALMA BRANCA PODE SER TAMBÉM
AQUELE QUE SE PRESTA A COONESTAR AS POSIÇÕES, AS TESES DE QUEM É CONTRA
OS DIREITOS CIVIS DOS NEGROS OU DOS QUE COMBATEM AS POLÍTICAS QUE PODEM
DAR INDEPENDÊNCIA ECONÔMICA E RECONHECIMENTO SOCIAL AOS NEGROS.
SÃO AQUELES QUE DEFENDEM PSEUDO POLÍTICAS ANTROPOLÓGICAS QUE CONGELAM A DESIGUALDADE E A DISCRIMINAÇÃO.
NESSE PAÍS DE MAIORIA NEGRA MORREM MAIS NEGROS QUE BRANCOS NA MESMA FUNÇÃO.
HÁ MENOS NEGROS NAS FACULDADES.
QUANTOS NEGROS HÁ NA MAGISTRATURA ?
A CARA DA MISÉRIA, A CARA DA POBREZA NO BRASIL, É NEGRA.
ESSA É UMA QUESTÃO CENTRAL DA DEMOCRACIA BRASILEIRA – E O LOCAL
PARA DISCUTÍ-LA NÃO É NESTA SALA, COM ESTE TIPO DE AÇÃO, QUE NÃO PASSA DE UMA PERIPÉCIA, UMA MANIFESTAÇÃO DE PODER.
PARA DISCUTÍ-LA NÃO É NESTA SALA, COM ESTE TIPO DE AÇÃO, QUE NÃO PASSA DE UMA PERIPÉCIA, UMA MANIFESTAÇÃO DE PODER.
DE PODER PARA TENTAR MANIPULAR O SISTEMA
JUDICIÁRIO EM BENEFÍCIO DO AUTOR, FUNCIONÁRIO DA MAIS PODEROSA EMISSORA
DE TEVÊ DA AMERICA LATINA, ONDE OCUPA CARGO DE PRESTÍGIO E DESTAQUE.
NA MINHA MODESTA OPINIÃO, TODO NEGRO DEVERIA DEFENDER O NEGRO.
ESPECIALMENTE SE FOR FAMOSO, TIVER PRESTÍGIO.
ESPECIALMENTE SE DISPÕE DO PÚLPITO DA REDE GLOBO.
ESTIVE NESSE PÚLPITO GLOBAL, TOTAL, POR DEZ ANOS E SEI O QUANTO ELE VALE.
VALE MUITO, PARA, EM ATIVIDADES PÚBLICAS, ATIVIDADES QUE DERIVAM DO FATO DE SER UM PROFISSIONAL DA GLOBO, PODER DEFENDER CAUSAS NOBRES.
VALE MUITO, PARA, EM ATIVIDADES PÚBLICAS, ATIVIDADES QUE DERIVAM DO FATO DE SER UM PROFISSIONAL DA GLOBO, PODER DEFENDER CAUSAS NOBRES.
POR EXEMPLO, COMBATER O RACISMO E A
DISCRIMINAÇÃO – COMO FEZ ESTE SUPOSTO REU EM ATIVIDADES PÚBLICAS NOS
ESTADOS UNIDOS E NO BRASIL.
É O PÚLPITO QUE DÁ DIMENSÃO AO TRABALHO
ARTÍSTICO E POLÍTICO – NÃO PARTIDÁRIO – DE MILTON NASCIMENTO, LECY
BRANDÃO, LÁZARO RAMOS E, SOBRETUDO, DE MARTINHO DA VILA, UM DIVULGADOR
INCANSÁVEL DA CULTURA AFRICANA E SEU ENRAIZAMENTO NA CULTURA BRASILEIRA.
E ENFATIZO O PAPEL DE MARTINHO, MARTINHO DA VILA.
ASSIM COMO O DE MARTIN, MARTIN MARTINHO
LUTHER KING JR, O DOCTOR KING – SEM DÚVIDA, O DR KING, COMO MARTINHO,
NÃO ERA UM NEGRO DE ALMA BRANCA.
MARTINHO … MARTINHO LUTERO, QUE SE INSURGIU CONTRA AS VERDADES ESTABELECIDAS E CONGELADAS.
CRITICO TAMBÉM A GLOBO.
E SEU IDEÓLOGO, SUA IDEOLOGIA.
MEU PROBLEMA COMO CIDADÃO DE UMA REPÚBLICA
LAICA, ONDE DEVE IMPERAR A DEMOCRACIA, É, NO CASO EM TELA, NESTA
ACUSACAO, COM A GLOBO.
CONCESSIONÁRIA DE UM BEM PÚBLICO – O
ESPECTRO ELETRO-MAGNETICO – A GLOBO CONGELA A DESIGUALDADE. CRISTALIZA
SUPOSTAS VERDADES CONVENIENTES, APROPRIADAS, QUE TOMAM A FORMA DE
DOGMAS.
GLAMURIZA A INJUSTIÇA.
E, SOBRETUDO, IMPEDE O DEBATE.
OMITE A DISCUSSÃO SOBRE POLÍTICAS QUE COMBATAM A DESIGUALDADE.
FECHA A PORTA À VÍTIMA DA INJUSTIÇA.
ATRIBUI-SE AO FUNDADOR DA REDE GLOBO, O EMPRESARIO ROBERTO MARINHO, A FRASE SINTESE DESTE MONOPOLIO:
O IMPORTANTE – DIZIA ELE – NAO É O QUE A GLOBO DIVULGA, MAS O QUE … NAO … DIVULGA !
A MINHA CRITICA – EXPRESSA NOS TEXTOS EM
QUE SE SUSTENTA O AUTOR – É A ESSA POLITICA E A SEU IDEOLOGO, AQUELE
QUE, NOS MEIOS JORNALISTICOS , É CHAMADO DE CARDEAL RATZINGER DA GLOBO, O
GUARDIAO DA FE DE ROBERTO MARINHO.
É O JORNALISTA ALI KAMEL, O MAIS PODEROSO DIRETOR DE JORNALISMO DA HISTORIA DA REDE GLOBO.
E ESTE SUPOSTO REU CONVIVEU COM OS OUTROS TRES .
NENHUM TEVE TANTO PODER QUANTO KAMEL.
TRATA-SE DE UM PSEUDO ANTROPOLOGO OU FALSO BIOLOGO QUE SUSTENTA O DISPARATE DE QUE NO BRASIL QUASE NAO HÁ NEGROS.
HA , SIM, SEGUNDO O SUPOSTO CARDEAL, PARDOS.
E PARDOS, PORQUE NAO SAO NEGROS, NAO PRECISAM DE COTAS PARA ENTRAR NA UNIVERSIDADE.
E ISSO O QUE EU CRITICO.
E PORQUE USOU – ELE, SIM, KAMEL – O PULPITO DA GLOBO E DO JORNAL O GLOBO
PARA ESCREVER UM LIVRO COM TITULO QUE É SABIDAMENTE UMA FRAUDE.
PARA ESCREVER UM LIVRO COM TITULO QUE É SABIDAMENTE UMA FRAUDE.
O TITULO É … NAO SOMOS RACISTAS.
ONDE COMBATE FEROZMENTE AS COTAS RACIAIS.
A CRITICA DESTES ARTIGOS EM QUESTAO É À
IDEOLOGIA QUE NUTRE O RESPONSAVEL PELA POLITICA EDITORIAL DA MAIOR REDE
DE TELEVISAO DA AMERICA LATINA.
A GLOBO NAO É UMA ABSTRACAO.
ELA É FEITA DE HOMENS DE CARNE, OSSO E IDEIAS.
A GLOBO TEM IDEIAS, IDEOLOGIA – E ACIMA DE TUDO, INTERESSES.
INTERESSES POLITICOS.
INTERESSES POLITICOS.
E ISSO DEVERIA SER DISCUTIDO NOUTRO FORUM, QUE NAO ESSE, QUE O AUTOR NOS IMPÕE.
COMO JORNALISTA E HOMEM PUBLICO TENHO UMA TRADICAO DE CRITICAR A GLOBO.
ISSO TAMBEM ESTÁ NOS AUTOS.
O TITULO DA REPORTAGEM EM TELA FALA POR SI MESMO:
“A GLOBO MENTE EM REDE NACIONAL E DESMENTE EM REDE LOCAL”
O QUE É INACEITAVEL DO PONTO DE VISTA ETICO.
COMO DISSE A PEÇA INICIAL NA DEFESA QUE FIZ NO CRIME – SIM, PORQUE ME PROCESSAM POR UM CRIME TAMBEM -
” NEGRO DE ALMA BRANCA É O NEGRO BEM
SUCEDIDO QUE NAO DEFENDE OS NEGROS – QUE DESMENTE A NECESSIDADE DE
POLITICAS FOMENTADORAS DA IGUALDADE RACIAL E CORROBORA A TESE DE ALI
KAMEL DE QUE O BRASIL NAO É RACISTA.”
O COMPORTAMENTO PUBLICO E PROFISSIONAL DO AUTOR É, ASSIM, A CONFIRMACAO DA TESE DO ALI KAMEL.
E A PERIPECIA DO AUTOR É DIZER QUE ISSO É UMA FORMA DE RACISMO…
SE BARACK OBAMA OU PELÉ FOSSEM À JUSTICA
TODA VEZ QUE OS CHAMAM DE NEGROS DE ALMA BRANCA, O SISTEMA JUDICIAL
BRASILEIRO E AMERICANO NAO FARIA OUTRA COISA !
RECENTEMENTE, UM DOS MAIS RESPEITADOS
INTELECTUAIS AMERICANOS, CORNELL WEST, PROFESSOR DE HARVARD E PRINCETON,
CHAMOU O PRESIDENTE BARACK OBAMA DE NEGRO DE ALMA BRANCA, PORQUE ,
SEGUNDO ELE, SE VENDEU A WALL STREET.
CORNELL WEST É NEGRO E USA CABELO AFRO.
A CRITICA QUE FIZ NO CONVERSA AFIADA NAO FOI UMA OBSERVACAO SOBRE A ETNIA DO QUERELANTE – NEM DE ALI KAMEL, DE ORIGEM PALESTINA.
FOI UMA CRITICA POLITICA.
UMA CRITICA À IDEOLOGIA DA GLOBO.
QUERO ME REPORTAR AQUI À NOTAVEL CONTRIBUIÇÃO DA GLOBO À CULTURA BRASILEIRA.
ESTE PRODUTO IMPORTADO CHAMADO BIG BROTHER BRASIL, TAMBÉM CHAMADO DE BIG BROTHEL BRASIL.
QUERO INVOCAR TAMBÉM O DEPOIMENTO DE MINO
CARTA, PROVAVELMENTE O MAIOR JORNALISTA BRASILEIRO E MEU MENTOR, DESDE
QUE FOI MEU CHEFE NA REVISTA VEJA.
COMO TODOS SABEM, O BIG BROTHER BRASIL
OFERECEU AO PUBLICO BRASILEIRO UMA CENA SUB-EDREDÔNICA ONDE SE SUSPEITA
TER OCORRIDO UM ESTUPRO.
O SUSPEITO DE PRATICAR O ESTUPRO É UM MODELO PROFISSIONAL, NEGRO, DE NOME DANIEL.
VEJA O QUE DIZ MINO CARTA SOBRE NEGROS DE ALMA BRANCA E A GLOBO.
Quanto ao Big Brother, é de fonte
excelente a informação de que a produção queria um “negro bem-sucedido”,
crítico das cotas previstas pelas políticas de ação afirmativa contra o
racismo. Submetido no ar a uma veloz sabatina no dia da estréia, Daniel
Echaniz, o negro desejado, declarou-se contrário às cotas e ganhou as
palmas febris dos parceiros brancos e do âncora Pedro Bial . [...]E não é
que este Daniel, talvez negro da alma branca, é expulso do programa do
nosso inefável Bial? Por não ter cumprido algum procedimento-padrão,
como a emissora comunica, de fato acusado de estuprar supostamente uma
colega de aventura global, como a concorrência divulga”.
COMO DIZ O MINO CARTA, EM OUTRO CONTEXTO:
A EXPRESSÃO “NEGRO DE ALMA BRANCA” É EXATAMENTE UMA CRITICA AO RACISMO.
SÓ A GLOBO TEM O DIREITO DE TER OPINIÃO NESTE PAÍS ?
O DIREITO DE ESTABELECER QUEM DEVE E QUEM NAO DEVE ENTRAR NAS UNIVERSIDADES ?
QUEM É RACISTA OU NÃO ?
QUEM PODE TRABALHAR COM O PEDRO BIAL, SENDO NEGRO ?
MINO CARTA DÁ A IMPRESSÃO DE QUE EXISTE UM TESTE DE HIGIENE IDEOLOGICA NA GLOBO.
SIM.
PORQUE NÃO HÁ NOTICIA DE UM NEGRO QUE
TRABALHE NO JORNALISMO DA GLOBO QUE TENHA DEFENDIDO PUBLICAMENTE AS
COTAS RACIAIS PARA A UNIVERSIDADE.
NÃO SÃO MUITOS OS NEGROS, ALI NAQUELA VITRINE PODEROSA.
E OS POUCOS NÃO DEFENDEM AS COTAS – POR QUE SERÁ ?
ESTA NÃO É UMA AÇÃO PENAL !
O QUE SE JULGA AQUI É A LIBERDADE DE EXPRESSÃO.
E NAO A SIMPLES LIBERDADE DE IMPRENSA DO ROBERTO MARINHO, SEUS HERDEIROS E ALI KAMEL.
A LIBERDADE DE PENSAR E SE EXPRIMIR DIFERENTE DA GLOBO.
DE NAO SE SUBMETER A UM PROCESSO DE HIGIENIZAÇÃO IDEOLOGICA.
QUERO RELEMBRAR, AQUI, A TESE CENTRAL DO
PROFESSOR LUIS FELIPE DE ALENCASTRO, AUTOR DO LIVRO CLASSICO “TRATO DE
VIVENTES “, TITULAR DA CADEIRA DE HISTÓRIA DO BRASIL NA SORBONNE, NA
FRANÇA, NUM TESTEMUNHO RECENTE EM AUDIENCIA NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL,
A CONVITE DO MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI.
O PROFESSOR ALENCASTRO ESTÁ NOS AUTOS, COMO MINHA TESTEMUNHA.
DISSE ELE NO SUPREMO.
A DIVISÃO DA SOCIDADE BRASILEIRA ESTÁ DADA. É CONCRETA.
PESQUISAS DO IBGE, DO IPEA, DE REPUTADOS
SOCIOLOGOS E HISTORIADORES RENOMADOS ATESTAM A ESMAGADORA DEBILIDADE
SOCIAL, ECONOMICA, EDUCACIONAL DA POPULAÇÃO NEGRA.
ESSE MAL JÁ ESTÁ FEITO.
A ESCRAVIDÃO FEZ.
AGORA, É PRECISO TRATAR DESIGUALMENTE AS OPORTUNIDADES PARA CORRIGIR A DEFORMAÇÃO GERADA NA DESIGUALDADE.
POR ISSO SOU A FAVOR DAS COTAS RACIAIS NAS UNIVERSIDADES, CONCLUIU ELE.
ESSA É A MINHA QUESTÃO.
ESSE É, NESTE CASO, O MEU PROBLEMA COM A GLOBO E SEU IDEOLOGO, O PSEUDO ANTROPOLOG , O CARDEAL RATZINGER.
ESSA É A MINHA CRITICA AOS NEGROS DE ALMA BRANCA.
NUMA PALAVRA, A CONDESCENDÊNCIA COM A DESIGUALDADE.
SUBSIDIARIAMENTE, ESSA AÇÃO – NO CRIME E NO CÍVEL – NÃO PASSA DE UMA BURLA, DE UM ESCÁRNIO AO SISTEMA JUDICIARIO.
O VERDADEIRO AUTOR, NA MINHA INVIOLÁVEL E SOLITARIA INTERPRETACAO, É GILMAR MENDES, TESTEMUNHA DO AUTOR, NA AÇÃO PENAL.
QUE SE ABALOU DO OLIMPICO TRIBUNAL PARA VIR AQUI COMO SE FOSSE TRATAR DE UMA ROTINEIRA QUERELA TRABALHISTA.
NAO !
GILMAR MENDES QUER SE VINGAR DE MIM ATRAVÉS DE TRES PROCESSOS NA JUSTIÇA.
NO CRIME, JÁ FOI SUMARIAMENTE DERROTADO, PORQUE O MINISTERIO PUBLICO NAO VIU POR QUE ME PROCESSAR.
FALTAM DOIS PROCESSOS NO CÍVEL, ONDE A JUSTIÇA, CERTAMENTE, PREVALECERÁ.
E TEM ESTE AQUI, DE QUE TRATAMOS, EM QUE ELE É O VERDADEIRAO AUTOR E O ESPIRITO SANTO DE ORELHA DESTA AÇAO.
FAZ ISSO ATRAVÉS DO CONSPICUO AUTOR, PRO FORMA.
FAÇO ESSA DENUNCIA SERENAMENTE.
E A FAREI EM TODAS AS INSTÂNCIAS NECESSARIAS.
AQUI, ME DEBATO COM GILMAR MENDES.
UM NOTORIO ADVERSÁRIO DA LIBERADE DE
EXPRESSAO – TANTAS AS AÇOES INOCUAS QUE MOVE NA JUSTIÇA PARA CALAR
JORNALISTAS INDEPENDENTES.
COMO TENTOU FAZER COM MINO CARTA E LEANDRO FORTES, TAMBEM DA CARTA CAPITAL
E PERDEU.
QUAL O PROBLEMA DE GILMAR MENDES COM ESTE SUPOSTO RÉU ?
PORQUE NO SITE CONVERSA AFIADA FAÇO
QUESTAO DE RELEMBRAR QUE ELE DEU EM 48 HORAS DOS HCS QUE O MEIO JURIDICO
CHAMA DE HCS CANGURU, PARA BENEFICIAR UM PASSADOR DE BOLA APANHADO NO
ATO DE PASSAR BOLA, O BANQUEIRO DANIEL DANTAS.
PORQUE O SITE CONVERSA AFIADA CONSIDERA
QUE GILMAR MENDES NÃO TEM CONDIÇÕES MORAIS NEM INTELECTUAIS PARA SE
SENTAR NUMA CADEIRA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
UM MINISTRO QUE MANTEM COM O ADVOGADO
SERGIO BERMUDES AS RELAÇÕES PROMISCUAS QUE ELE MANTEM, COM O USUFRUTO DE
APARTAMENTO NO CENTRAL PARK, EM NOVA YORK, E UMA LIMOUSINE MERCEDES
BENZ – ESSE HOMEM, NA MINHA MODESTA OPINIÃO, NÃO PODE SER UM ARBITRO DE
QUESTÕES QUE DIGAM RESPEITO À CONSTITUIÇÃO.
QUERO ENCERRAR MINHAS PALAVRAS COM UM TESTEMUNHO PESSOAL.
NUM RECENTE DOMINGO, O PROGRAMA EM QUE
TRABALHO, DOMINGO ESPETACULAR, EXIBIU REPORTAGEM MINHA NUM ABRIGO, NO
RIO, DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES VICIADOS EM CRACK.
CRIANÇAS TALVEZ DESTRUIDAS DE FORMA IRRECUPERAVEL.
SEUS CIRCUITOS CEREBRAIS JÁ FORAM
DANIFICADOS DE TAL FORMA, QUE NÃO CONSEGUEM MAIS ARTICULAR COM NITIDEZ
AS PALAVRAS QUE SAEM DA BOCA.
HAVIA, ALI, 23 CRIANÇAS.
TODAS ERAM NEGRAS.
—–
Leia a opinião do Rodrigo Vianna sobre o caso
Os ataques rasteiros a PH Amorim
por Rodrigo Vianna
Inimigos de Paulo Henrique Amorim (seria tolo chamá-los, apenas, de
adversários) utilizaram a internet nas últimas horas para espalhar a
informação de que ele teria sido condenado por racismo. Mentira dupla:
não houve condenação (mas um acordo, ainda em primeira instância) e o
autor do processo (o também jornalista Heraldo Pereira, da Globo)
reconheceu (ao assinar o tal acordo) que não teria havido ofensa de cunho racista.
Figura emblemática na internet, PH Amorim fez muitos inimigos nos últimos anos. Claro que os inimigos tentaram aproveitar a situação para atacá-lo. Dizer (ou insinuar) que PH Amorim é racista foi a vingança de parte dessa gente que vive nas sombras – protegida pelos cargos oficiais, pelas amizades político-financeiras ou pelas posições ocupadas em Redações da velha mídia. Claro que essa gente não botou a cara pra bater; preferiu utilizar sites e/ou portais que fazem o serviço pesado para o PIG.
Esse é o método dessa gente. Senti isso na pele quando sai da TV Globo em 2006, e recebi ataques sistemáticos daqueles que agiam de forma dissimulada para agradar meus ex-patrões: apareceram notas plantadas nos jornais, comentários maldosos na web (vindos até de gente que hoje se esconde na Itália).
Isso posto, vale esclarecer mais dois pontos:
1) Não concordo com a expressão utlizada por Paulo Henrique Amorim nas críticas a Heraldo Pereira (“negro de alma branca”); ele utilizou a expressão de forma irônica, vá lá, justamente para relembrar a forma dissimulada como parte da “elite branca” se refere a negros que aceitam fazer o jogo dessa elite. Ainda assim, foi infeliz – além de injusta com Heraldo.
Isso, no entanto, não pode (e nao vai) apagar a luta incansável de Paulo Henrique que – ao longo dos últimos anos -vem-se dedicando a denunciar a tentativa idiota de negar o racismo no Brasil. O diretor da TV Globo Ali Kamel escreveu um livro (“Não Somos Racistas”) para “provar” que o racismo não existe. Heraldo Pereira – que trabalha na Globo- foi à Justiça porque se sentiu atingido pela frase de Paulo Henrique Amorim. Então, o racismo não existe, Ali?
2) Considero Heraldo Pereira um ótimo sujeito; e até onde sei, é um jornalista correto. Assim como qualquer um que exerce atividade pública, ele está sujeito a críticas. E tem o direito óbvio de buscar a Justiça quando se sentir atacado de forma exagerada ou injusta. Ao aceitar um acordo na primeira instância, Heraldo mostrou grandeza, mostrou que não pretende usar processos como arma de intimidação política e/ou econômica.
Não é o caso de outros personagens, conhecidos, que utilizam a Justiça (a mesma que às vezes prefere proteger Naji Nahas a garantir o direito à moradia de centenas de famílias) para intimidar e calar os críticos… A mim, não intimidam.
Paulo Henrique Amorim recebeu muitos ataques rasteiros nas últimas horas – vindos, inclusive, da turma que se diz de “esquerda” (é aquele povo que Brizola e Darcy Ribeiro definiram tão bem: “a esquerda que a direita adora”).
Mas PH Amorim recebeu também a solidariedade de milhares de leitores e colegas jornalistas. Entre tanta coisa que se escreveu, reproduzo aqui a reflexão de Leandro Fortes (outro jornalista e blogueiro que não se intimida com ataques e processos)…
No http://www.blogcidadania.com.br/2012/02/paulo-henrique-amorim-nao-foi-condenado-por-racismo/
Figura emblemática na internet, PH Amorim fez muitos inimigos nos últimos anos. Claro que os inimigos tentaram aproveitar a situação para atacá-lo. Dizer (ou insinuar) que PH Amorim é racista foi a vingança de parte dessa gente que vive nas sombras – protegida pelos cargos oficiais, pelas amizades político-financeiras ou pelas posições ocupadas em Redações da velha mídia. Claro que essa gente não botou a cara pra bater; preferiu utilizar sites e/ou portais que fazem o serviço pesado para o PIG.
Esse é o método dessa gente. Senti isso na pele quando sai da TV Globo em 2006, e recebi ataques sistemáticos daqueles que agiam de forma dissimulada para agradar meus ex-patrões: apareceram notas plantadas nos jornais, comentários maldosos na web (vindos até de gente que hoje se esconde na Itália).
Isso posto, vale esclarecer mais dois pontos:
1) Não concordo com a expressão utlizada por Paulo Henrique Amorim nas críticas a Heraldo Pereira (“negro de alma branca”); ele utilizou a expressão de forma irônica, vá lá, justamente para relembrar a forma dissimulada como parte da “elite branca” se refere a negros que aceitam fazer o jogo dessa elite. Ainda assim, foi infeliz – além de injusta com Heraldo.
Isso, no entanto, não pode (e nao vai) apagar a luta incansável de Paulo Henrique que – ao longo dos últimos anos -vem-se dedicando a denunciar a tentativa idiota de negar o racismo no Brasil. O diretor da TV Globo Ali Kamel escreveu um livro (“Não Somos Racistas”) para “provar” que o racismo não existe. Heraldo Pereira – que trabalha na Globo- foi à Justiça porque se sentiu atingido pela frase de Paulo Henrique Amorim. Então, o racismo não existe, Ali?
2) Considero Heraldo Pereira um ótimo sujeito; e até onde sei, é um jornalista correto. Assim como qualquer um que exerce atividade pública, ele está sujeito a críticas. E tem o direito óbvio de buscar a Justiça quando se sentir atacado de forma exagerada ou injusta. Ao aceitar um acordo na primeira instância, Heraldo mostrou grandeza, mostrou que não pretende usar processos como arma de intimidação política e/ou econômica.
Não é o caso de outros personagens, conhecidos, que utilizam a Justiça (a mesma que às vezes prefere proteger Naji Nahas a garantir o direito à moradia de centenas de famílias) para intimidar e calar os críticos… A mim, não intimidam.
Paulo Henrique Amorim recebeu muitos ataques rasteiros nas últimas horas – vindos, inclusive, da turma que se diz de “esquerda” (é aquele povo que Brizola e Darcy Ribeiro definiram tão bem: “a esquerda que a direita adora”).
Mas PH Amorim recebeu também a solidariedade de milhares de leitores e colegas jornalistas. Entre tanta coisa que se escreveu, reproduzo aqui a reflexão de Leandro Fortes (outro jornalista e blogueiro que não se intimida com ataques e processos)…
No http://www.blogcidadania.com.br/2012/02/paulo-henrique-amorim-nao-foi-condenado-por-racismo/
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