PM’s baianos ensinam como perder a razão
A maior parte da grande imprensa de abrangência nacional desencadeou
uma campanha que atenta contra os mais elementares conceitos de lógica,
de humanismo e de decência. Na tentativa de manipular a opinião pública
para que pense que os crescentes abusos de direitos humanos praticados
pelas forças de repressão do Estado de São Paulo pertencem a um quadro
que se reproduz no resto do Brasil, inventa uma comparação descabida.
Estão comparando os abusos no Pinheirinho com a greve de policiais
militares na Bahia. Não se entende, porém, como comparar abusos
cometidos pela PM paulista sob ordens dos Poderes Executivo e Judiciário
de São Paulo com esses abusos que vêm sendo cometidos pela mesma PM, só
que da Bahia, que age CONTRA a vontade do Executivo e do Judiciário
baianos.
Descartada a comparação sem nexo, vejamos a razão que teriam os
policiais baianos para fazerem o que estão fazendo – o que inclui
atacarem a população, desrespeitarem decisões da Justiça e atacarem o
patrimônio público.
Como cobraram que me posicionasse, quero dizer que, pessoalmente,
acho que os PM’s tinham e têm razão de se queixar tanto na Bahia quanto
em qualquer outra unidade da federação.
Aliás, por São Paulo ser um tantinho mais rico do que a Bahia, não se
entende como os PM’s paulistas não reclamam de forma audível, pois,
proporcionalmente, ganham menos do que os congêneres baianos. Isso sem
falar do custo de vida. O salário de um PM baiano certamente compra
muito mais do que o de um PM paulista.
Ora, mas os abusos que os policiais baianos estão praticando ao
agirem como os bandidos que têm por profissão combater, ou derivam de
extrema estupidez ou de má fé, a qual pode se originar de manipuladores
do movimento paredista em curso no Estado nordestino.
Os salários de ao menos policiais e professores, no Brasil, são
absurdamente baixos em comparação com os países desenvolvidos, nos quais
essas profissões são prestigiadas, pelo menos até antes do processo de
degenerescência econômica que eclodiu na maioria desses países nos
últimos anos. Um movimento por recuperação salarial, portanto, parece-me
justo, mas só até o ponto em que seja pactuado um atendimento mínimo à
população.
O que se vê neste momento na Bahia, no entanto, é o contrário:
atendimento mínimo vira piada quando os grevistas passam a agir como
bandidos ATACANDO A POPULAÇÃO para intimidar o governo do Estado. Ou
seja: o governo baiano não é autor do que faz a sua polícia
descontrolada: está sendo desafiado e chantageado por ela. É o oposto do
que ocorre em São Paulo. Os grevistas baianos, assim, passaram de
vítimas a vilões.
—–CONHEÇA OS SALÁRIOS DOS POLICIAIS MILITARES DO BRASIL.
Salários em ordem decrescente de valor:
01º – Distrito Federal – R$ 4.129.73
02º – Sergipe – R$ 3.012.00
03º – Goiás – R$ 2.722.00
04º – Tocantins – R$ 2.611,01
05º – Mato Grosso do Sul – R$ 2.176.00
06º – São Paulo – R$ 2.170.00
07º – Paraná – R$ 2.128,00 1
08º – Amapá – R$ 2.070.00
09º – Minas Gerais – R$ 2.041.00 (+ 10% concedido em OUT 2011).
10º – Maranhão– R$ 2.037.39
11º – Bahia – R$ 1.927.00
12º – Alagoas – R$ 1.818.56
13º – Rio Grande do Norte – R$ 1.815.00
14º – Espírito Santo – R$ 1.801.14
15º – Mato Grosso – R$ 1.779.00
16º – Santa Catarina – R$ 1.600.00
17º – Amazonas – R$ 1.546.00
18º – Ceará – R$ 1.529,00
19º – Roraima – R$ 1.526.91
20º – Piauí – R$ 1.372.00
21º – Pernambuco – R$ 1.331.00
22º – Acre – R$ 1.299.81
23º – Paraíba – R$ 1.297.88
24º – Rondônia – R$ 1.251.00
25º – Pará – R$ 1.215,00
26º – Rio Grande do Sul – R$ 1.172.00
27º – Rio de Janeiro – R$ 1.031,38
Essa é a tabela com o salário inicial de todos os Policiais Militares do Brasil.
No http://www.blogcidadania.com.br/2012/02/pm%E2%80%99s-baianos-ensinam-como-perder-a-razao/
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