terça-feira, 9 de outubro de 2012

"Na década de 90, nada era investigado pelo PSDB. A compra de votos para a reeleição (do ex-presidente Fernando Henrique), as privatizações que até hoje não foram esclarecidas... Nenhuma CPI foi instalada em função da pressão do governo da época."




"Ética de Serra é seletiva", diz Haddad

Entrevista ao jornal serrista O Estado de São Paulo

O candidato do PSDB, José Serra, avisou que usará o mensalão contra sua 
campanha. Ele disse que fará discussão de valores com o PT porque quem tem
 mal entendido com o passado é o seu partido. Como o sr. responde?
A ética do Serra é seletiva. Só vale para seus adversários. Aos amigos, tudo. Aos inimigos, a 
lei. Ela não vale para dentro, só vale para fora. Porque, caso contrário, ele faria menção ao 
mensalão tucano, que é anterior, é a matriz, e está para ser julgado pelo Supremo Tribunal 
Federal na sequência desse processo. Ele mencionaria a suspeita de corrupção em torno da 
gestão do prefeito Gilberto Kassab.

A que denúncia o sr. se refere?
O secretário de Saúde (Januário Montone) é réu num processo de desvios de recursos da
merenda escolar. O vice de Serra, ex-secretário da Educação (Alexandre Schneider), é réu
em processo de improbidade administrativa por contratação sem licitação. O Hussain Aref,
 que Serra nomeou, adquiriu mais de cem imóveis com um salário de servidor público. O
secretário do Meio Ambiente (Eduardo Jorge) é réu, junto com o prefeito, num processo que o
 Ministério Público encaminhou sobre o contrato com a Controlar. No que me diz respeito, vou
defender sempre a investigação até as últimas consequências. Não farei seleção por partido.
Não abafamos as investigações.

Do que o sr. está falando? 
Na década de 90, nada era investigado pelo PSDB. A compra de votos para a reeleição (do
 ex-presidente Fernando Henrique), as privatizações que até hoje não foram esclarecidas...
 Nenhuma CPI foi instalada em função da pressão do governo da época.

O seu contra-ataque no horário eleitoral vai ser nessa linha?
Não se trata de um contra-ataque. É uma discussão. Serra é incapaz de comentar se ele é a
 favor ou contra a condenação do Eduardo Azeredo (no mensalão tucano), se é a favor ou 
contra o Aref, que ele nomeou.



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