Ontem publiquei uma nota aqui sobre os xingamentos que o ministro revisor da Ação Penal 470 no Supremo, Ricardo Lewandowski, recebeu ao deixar o local de votação no domingo, 2º turno das eleições para prefeito, em São Paulo.
Uma das pessoas que se manifestou contra o ministro foi um mesário de uma das urnas do colégio em que Lewandowski votou. Ele visitou a casa do ministro em São Paulo nesta segunda (29.10) e deixou uma carta pedindo perdão pelo ato. Esclareceu que foi “manipulado pelos repórteres que ali estavam [na escola, aguardando para entrevistar o ministro]”.
O ministro divulgou parte da carta, sem o nome do mesário, que se identificou ainda como sendo publicitário. Ele escreveu: "Venho por meio desta carta pedir perdão pelo meu comportamento no dia de 28/10/2012, segundo turno das eleições para prefeito da cidade de São Paulo. Estou profundamente arrependido de ter ofendido, sei que o senhor está muito bravo tanto pelo ocorrido como também pela repercussão que tal episódio gerou".
Cópia de parte da carta foi entregue, com o consentimento do ministro, à colunista da Folha, Mônica Bérgamo, e divulgada hoje no jornal. O missivista escreve ainda ser profundo admirador do trabalho do ministro, que as pessoas estavam “de toda forma erradas” e que “eu agi da pior maneira, sem querer, insultando não somente um cidadão de bem, mas também um ministro do Superior (sic) Tribunal Federal."
Em seguida, culpou a imprensa. "Fui manipulado pelos repórteres que ali estavam a comentar algo, e de ato não pensado, infelizmente, acabei soltando o que não devia."
A manifestação do publicitário apareceu no Estadão de segunda, em que ele teria dito a seguinte frase: “mande lembranças ao Zé Dirceu”.
Apelido
Pela carta, um outro aspecto ainda aparece. Diz respeito a um apelido, "Liberandowski". O missivista escreveu que não foi o autor do apelido: "Gostaria de esclarecer que não gerei nenhum apelido para o senhor como é mencionado em um site, e isto o senhor presenciou. Eu apenas deixei que a má influência dos jornalistas causasse sobre mim a ação que gerou tal fato. Tal frase nunca sairia de minha pessoa, se fosse de fato pensado por mim."
E se despede: "Sinceramente, perdão pelo ocorrido, farei o necessário para que possamos ficar em paz, se o senhor aceitar, amigos."
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