quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Taxa Selic é reduzida para 10,5%


Copom confirma expectativas e reduz Selic a 10,5% ao ano 
Por Mônica Izaguirre | Valor
Em sua primeira reunião este ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu hoje cortar a taxa básica de juros da economia (Selic) em mais meio ponto percentual, para 10,5% ao ano.
A decisão foi unânime e sem viés, ou seja, esse patamar vigorará até o término da próxima reunião do comitê, marcada para 6 e 7 de março.
Essa foi a quarta redução consecutiva da Selic desde fim de agosto de 2011,  quando a preocupação com os efeitos da crise mundial sobre o crescimento econômico do país levou o BC a iniciar um processo de relaxamento da política monetária, após ter promovido oito elevações da taxa para segurar a inflação.
Apesar do novo corte, o juro básico ainda está acima do nível de 8,75% ao ano que vigorou entre 27 de julho de 2009 e 28 de abril de 2010, o mais baixo desde que a política monetária brasileira passou a se submeter ao regime de metas para a inflação, em 1999.
Consenso
Tal como a anterior, a decisão de hoje foi unânime e já era esperada pelo mercado. A última edição da pesquisa Focus, consulta semanal feita pelo Banco Central a bancos e empresas, mostrava que a mediana das projeções para a Selic no fim de janeiro estava  exatamente em 10,5% ao ano, previsão que se repete há 17 semanas. E mais cortes são esperados nas próximas reuniões. Segundo o Focus, a mediana projeta Selic de 9,5% ao ano para o fim de 2012.
No relatório trimestral de inflação divulgado em dezembro de 2011, o BC  já tinha reforçado a expectativa de uma redução de meio ponto, ao reiterar  que, diante dos efeitos negativos da crise externa sobre a economia brasileira, "ajustes moderados" da taxa Selic são compatíveis com a convergência do IPCA para a meta de inflação – 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Em 2011, a inflação não ficou no centro da meta, mas manteve-se dentro dessa banda, fechando o ano em 6,5%.
A projeção apresentada no relatório trimestral foi de alta de 4,7% do IPCA este ano, variação mais próxima ao centro da meta, num cenário de câmbio estável e juros constantes em 11% ao ano. No cenário de mercado, que leva em consideração as projeções de juros e câmbio do Focus, a inflação fecharia 2012 em 4,8%.

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