Copom confirma expectativas e reduz Selic a 10,5% ao ano
Por Mônica Izaguirre | Valor
Em sua primeira reunião este ano, o Comitê de Política Monetária (Copom)
do Banco Central (BC) decidiu hoje cortar a taxa básica de juros da
economia (Selic) em mais meio ponto percentual, para 10,5% ao ano.
A decisão foi unânime e sem viés, ou seja, esse patamar vigorará até o
término da próxima reunião do comitê, marcada para 6 e 7 de março.
Essa foi a quarta redução consecutiva da Selic desde fim de agosto de
2011, quando a preocupação com os efeitos da crise mundial sobre o
crescimento econômico do país levou o BC a iniciar um processo de
relaxamento da política monetária, após ter promovido oito elevações da
taxa para segurar a inflação.
Apesar do novo corte, o juro básico ainda está acima do nível de 8,75%
ao ano que vigorou entre 27 de julho de 2009 e 28 de abril de 2010, o
mais baixo desde que a política monetária brasileira passou a se
submeter ao regime de metas para a inflação, em 1999.
Consenso
Tal como a anterior, a decisão de hoje foi unânime e já era esperada
pelo mercado. A última edição da pesquisa Focus, consulta semanal feita
pelo Banco Central a bancos e empresas, mostrava que a mediana das
projeções para a Selic no fim de janeiro estava exatamente em 10,5% ao
ano, previsão que se repete há 17 semanas. E mais cortes são esperados
nas próximas reuniões. Segundo o Focus, a mediana projeta Selic de 9,5%
ao ano para o fim de 2012.
No relatório trimestral de inflação divulgado em dezembro de 2011, o BC
já tinha reforçado a expectativa de uma redução de meio ponto, ao
reiterar que, diante dos efeitos negativos da crise externa sobre a
economia brasileira, "ajustes moderados" da taxa Selic são compatíveis
com a convergência do IPCA para a meta de inflação – 4,5%, com
tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Em 2011, a
inflação não ficou no centro da meta, mas manteve-se dentro dessa
banda, fechando o ano em 6,5%.
A projeção apresentada no relatório trimestral foi de alta de 4,7% do
IPCA este ano, variação mais próxima ao centro da meta, num cenário de
câmbio estável e juros constantes em 11% ao ano. No cenário de mercado,
que leva em consideração as projeções de juros e câmbio do Focus, a
inflação fecharia 2012 em 4,8%.
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