sexta-feira, 5 de novembro de 2010

“Os espelhos fariam bem em reflectir um pouco antes de nos devolverem as imagens.” Jean Cocteau


*Um Novo perfil da Criminalidade Feminina,
retratado pelo aumento, a evolução e a prática delituosa,
"São Mulheres no Mundo do Crime"

 


Um novo perfil da *Criminalidade Feminina, preocupa e reflete déficits ainda maiores do que os já constatados. Essa referência, nos leva a conclusão que o porvir, poderá se deparar ao já sabido histórico negativo, atestando a incompetência do Estado, para com suas prisioneiras. Podendo representar portanto, mais miserabilidade, descomprimento dos Direitos garantidos em Leis, vulnerabilidade nas questões de segurança, e todas as problemáticas que se relacionam á falta de estrutura do sistema prisional feminino.
Assim sendo, requer urgência imediata de políticas governamentais voltadas especialmente para a Mulher Encarcerada...

 
Por: Elizabeth Misciasci

 Voltando no tempo, descobrindo e Analisando...
Antes dos anos 70 e bem depois da antigüidade, os crimes mais praticados pelas mulheres eram os Passionais.

entre as decadas de 60 e 70, a figura da mulher aprisionada, se revelava em duas faces. - A da rebeldia e a delituosa. Assim,
dividida de um lado, pelas questões políticas, onde o aprisionamento se dava em repúdio á ideologias e militancias não aceitas pelo poder maior do Estado. Já, do outro lado também aprisionado, estavam as mulheres presas por práticas delituosas, sendo o crime de furto, o maior tipificador á garantir mandatos de prisões e condenações pela pratica.
Por ser considerado uma forma "mais acessível, rápida, de menor risco, pouca dedicação, e solitária, (sem a divisão do lucro, proveniente da rés furtiva, ou seja, não necessita de sócios ou sociedades/parcerias). Sendo o furto, muito mais "direcionado á vítimas" femininas, (que dificilmente se expunham, diante da perda material), evitando ocorrências, em face do bem subtraído. Outro "atrativo" que se resguardava na certeza de "correr menos risco" vinha do fato, de que a mulher, mesmo estando na condição de vítima, não tinha/tem por habito, revelar a dor de uma violência sofrida (até por questão de educação) nem tão pouco delatar uma executante."
Contudo, se o furto era o mais praticado, também era o que responsabilizava, apenava, e encarcerava o sexo feminino. Mesmo que em um número bem pequeno, e sem práticas violentas, o ato de tomar para sí o que é de outros, era "recordista" na condução das mulheres transgressoras para as prisões.
Porém, independente do valôr da coisa subtraída, o crime de furto, mantinha mais facilmente a mulher encarcerada, até o cumprimento da pena.
Pelo crime de furto consumado, era atribuida a autora, (réu) a alcunha de ladra, que representava uma definição gravíssima e degradante, até mais que a pena de prisão.
Do início dos anos 70 até 2008, ou seja, após três decadas, o tráfico de drogas surpreende e continua superlotando prisões. Não por ser o crime "preferido" (pois isso não existe, nem condiz com a realidade), mais sim, por ser sempre o mais próximo e "viável de se estar/fazer infiltrada".
Além de não requerer (muito pelo contrário), experiências no ramo, o tráfico de drogas, se oferece como promessa de ganhos "rápidos". Mantendo costumeiramente, vasta e "barata" "mão de obra," o tráfico, consegue se posicionar "dentro do seu mercado" quase sempre, como uma "empresa". Embora, ilícita e criminosa, determinadas "biqueiras", se apresentam como contratantes, que chegam a oferecer benefícios, a seus "empregados".
É muitas vêzes aí, que seduzida pelo "a mais" com "ajuda de custo," cesta básica e a oportunidade do trabalho noturno, (o que permite á "desgraçada desesperada") ora "contrada" estar presente no lar o dia todo, que algumas nem param mais para pensar. Convencidas, primeiro perdem o mêdo, depois a liberdade, e em diversos casos, a vida. O que costumeiramente ocorre, sem que a "mula" chegue a "usufruir sequer, do primeiro trocado.
Uma vez, podendo ter "sua renda sem sacrificar" a família, ou despertar "suspeitas nos vizinhos e pessoas próximas," a mulher, se ve apenas diante das "vantajosas ofertas", que não são encontradas facilmente em outras "modalidades". Assim, resolve se sujeitar a sorte, passando a "traficar" no estalar de dedos.
Como muitas declaram, não se pensa muito, mesmo porque, quando se vai pela forma ilícita procurar saída de uma situação financeira complicada, já começa um comprometimento e este uma vez provocado, coloca a mulher á condição de oferta, ou seja, ela esta se oferecendo e não sendo convidada.
Mesmo existindo inumeras formas de envolvimento com o tráfico e diversas situações de pura ingenuidade, onde também a mulher sofre figurando como vítima de abusos e se vê forçada a obedecer, há as que se decidem por ordem e conta própria.
Claro que entre erros e acertos, há as que optam pela "terceira opção" porém, cada situação tem sua particularidade. 

No http://www.eunanet.net/beth/revistazap/topicos/aumentocrime1.htm

“Todos os erros, e os crimes talvez, têm por origem um mau raciocínio ou algum excesso de egoísmo.”
Balzac (A Mulher de Trinta Anos)

 

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