Argentina: começa julgamento de roubos de bebês durante ditadura
Passados 15 anos do começo das investigações sobre o roubo de bebês durante a ditadura militar na Argentina (1966-1973), recomeça nesta segunda-feira (26) a última etapa do processo de julgamento sobre esses casos. A Procuradoria de Justiça deve pedir penas de até 50 anos de prisão, segundo o procurador Niklison Martin.
Mães da Praça de Maio pedem "prisão comum aos assassinos de nossos filhos. Nem um passo atrás"/ Foto: ElSol
Todos serão julgados por "subtração, ocultação, retenção e substituição
de identidade”. Os principais acusados são Jorge Rafael Videla e
Reynaldo Bignone. O processo foi movido pela líder da organização Avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto. A organização reúne mães e avós de adultos e crianças desaparecidos durante os governos militares na Argentina.
“As ordens para se apropriar dos recém-nascidos foram dadas de cima, não foi iniciativa de pessoas isoladas, isso foi organizado”, disse Martin à agência de notícias Telám. Para esses crimes, estão previstas penas de até 50 anos de prisão.
“Que as ordens partiram de cima ficou claro com a maternidade clandestina que foi instalada na Esma (Escola Superior de Medicina da Argentina), por exemplo”, detalhou Niklison, em referência ao lugar onde as sequestradas grávidas davam a luz.
Já foram feitos cerca de 400 testemunhos em juízo, entre vítimas da apropriação, familiares e sobreviventes de centros clandestinos de detenção, e pela primeira vez foram analisados 35 casos de apropriação ilegal de recém-nascidos de mães em cativeiro.
Da Redação, com informações da Telám
No http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=179080&id_secao=7
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