sexta-feira, 2 de março de 2012

Que país é este, onde os militares não respeitam sua comandante em chefe e Presidenta do Brasil, eleita pelo voto e aprovada pela maioria dos brasileiros?! Em nome da ORDEM queiram por favor, senhores generais, fazer cumprir o regulamento militar e punir de forma exemplar esses militares insubordinados!

General, a verdade só machuca quem mente

Os nossos chefes militares, de quem só se pode louvar o comportamento que têm tido de respeito às instituições democráticas, sabem, pela experiência que têm com a disciplina e a hierarquia que, quando se deixa passar a pequena transgressão, vêm outra e outra e outra, sempre maiores.
Resolveu-se, há dias, sem apelo aos regulamentos militares, pelo diálogo, uma nota mal-posta dos dirigentes dos clubes militares. Muito bem, melhor sempre a conversa que a ordem.
Mas, na instituição militar mais fortemente que nas civis, é preciso ordem.
A manifestação do general da reverva Luiz Eduardo Rocha Paiva no jornal O Globo, hoje, vai além de uma simples expressão de opinião. É um desrespeito não apenas a uma decisão legislativa mas, também, à própria figura da presidenta da República, sua comandante-em-chefe.
Mais: constitui-se num incitamento a que militares da ativa se insurjam contra ambas, à medida em que diz que os que não manifestarem insatisfação “não são dignos de serem chefes”.
O general chama de “parcial e maniqueísta” uma comissão que sequer se instalou e nem ainda funciona. Como poderia ser parcial ou maniqueísta?
E chega, vejam, a dizer sobre Wladimir Herzog: “quem disse que ele foi morto pelos agentes do Estado?”
Com todo o respeito: teriam sido marcianos, general?
A Comissão da Verdade é, exatamente, contra este tipo de encobrimento, que ainda hoje nega às familias o direito de enterrar seus mortos, como se lê na entrevista de Eliane Paiva, filha do ex-deputado Rubens Paiva, outro a quem o general vilipendia com uma postura eivada de cinismo.
O General Paiva prestou um imenso desserviço às Forças Armadas. Não é contra elas, nem contra seus integrantes, a Comissão da Verdade.
O general leva, com este comportamento, seus chefes à dura e desagradável decisão de puni-lo, nos moldes do regulamento que ele conhece e que a reserva não deixa de obrigar a respeitar.
Talvez, até, seja esse seu objetivo: o de “chamar a punição” para fazer-se de vítima da “intransigência” da esquerda.
O general não é vítima. Vitima é quem é tratado com deboche por ele: os mortos da ditadura, a lei civil legítima e as autoridades a quem ele deve obendiência.

No http://www.tijolaco.com/

2 comentários:

Anônimo disse...

Ainda existe lei neste pais senhora...não podemos passar informações sem conhecimento e forma errôneo, vamos estudar um pouco, pois só faz bem aos leitores

Os dois textos em que militares da reserva se manifestam não têm nada de indisciplina ou de ilegalidade. Eles estão amparados na lei. Se decidirem levar a coisa adiante e recorrer da punição, a questão pode ir parar no Supremo. E então vamos ver se a lei vale ou não no país.

VithaMulher disse...

Para anônimo
A que linha de estudos você se refere? A de que o golpe militar foi um movimento? Sobre as leis, elas não são eternas e tudo é questão de interpretação. Quanto a você, identifique-se para eventual comentário, pois palavra de anônimo não se sustenta.