sábado, 26 de maio de 2012

"A Comissão de Direitos Humanos do Senado deu o primeiro passo para adequar ao Código Civil o reconhecimento legal da união gay. O projeto de lei, da senadora Marta Suplicy, reconhece esse tipo de casamento como entidade familiar. O projeto foi encaminhado para análise da Comissão de Constituição e Justiça."

Casamento gay em Colônia Penal Feminina entra para história


Nesta quinta-feira, 24 de março de 2012, Pernambuco entrou para a história na luta contra o preconceito em relação aos homossexuais no país. A Colônia Penal Feminina do Recife, no Engenho do Meio, foi a primeira unidade prisional de todo o sistema carcerário brasileiro a realizar casamentos homoafetivos. A união estável com efeito civil foi oficializada diante das 700 detentas do presídio, da imprensa e de autoridades que representaram o governo do estado e o município.


Casamento coletivo uniu casais homossexuais e heterossexuais / Foto: Helder Tavares/DP
A cerimônia uniu sete casais homoafetivos e sete heterossexuais. A união entre pessoas do mesmo sexo foi legalizada no ano passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e prevê os mesmos direitos e deveres do casamento heterossexual.

Hoje, a Comissão de Direitos Humanos do Senado deu o primeiro passo para adequar ao Código Civil o reconhecimento legal da união gay. O projeto de lei, da senadora Marta Suplicy, reconhece esse tipo de casamento como entidade familiar. O projeto foi encaminhado para análise da Comissão de Constituição e Justiça.

Mércia Ferreira, de 22 anos, e Grace Kelly Negromonte, 27, estão entre as recém-casadas pernambucanas. Elas estão juntas há três anos e cinco meses e ambas estão presas. Mércia por envolvimento no tráfico de drogas e Grace por furto. “Esse casamento é um sonho que tenho desde menina. Já faz uma semana que não consigo dormir direito”, afirmou Mércia, horas antes da cerimônia.

A noiva, Grace Kelly, também estava nervosa e teve febre emocional. “A gente só casa quando a gente ama. Espero que ela volte para o bom caminho e que deixe as drogas. Nós podemos construir uma família maravilhosa lá fora”, afirmou. É assim, com esperança e amor, que os novos casais esperam reconstruir suas vidas fora do presídio.

Fonte: Diario de Pernambuco



No http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=184226&id_secao=8

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