quarta-feira, 23 de maio de 2012

"Não se pode acusar os dois parlamentares (Kátia Abreu e Francischini - grifo do nosso) de envolvimento com Cachoeira somente pelo destempero emocional suspeito, mas seria interessante que repensassem sobre como são vistos por boa parte da população quando querem dar seu show em CPI's para as câmeras de TV's."

Francischini faz trapalhada e 'denuncia' Agnelo com documento que o inocenta

O deputado Francischini (PSDB-PR) virou motivo de piada na CPI do Cachoeira.

O deputado tucano mostrou um papel, um ofício de 15 de dezembro de 2010, assinado por Agnelo Queiros (PT-DF), quando já estava eleito governador, mas antes de tomar posse, pedindo prorrogação de alguns contratos de serviços essenciais do governo do Distrito Federal, caso estivessem vencendo, o que, segundo o deputado tucano, seria a "prova" de que beneficiou a Delta.

O porta-voz do governo do DF adorou a 'denúncia' do deputado tucano e se apressou em mostrar o documento nas redes sociais.

 Eis o documento, que fala por si:


Vamos desenhar para o deputado Francischini entender:

1) O ofício é de 15 de dezembro de 2010;

2) Agnelo tomou posse 15 dias depois, em 1º de janeiro de 2011;

3) O ofício pedia para prorrogar temporariamente contratos de serviços essenciais, caso vencessem no final de 2010 ou até janeiro de 2011, portanto no primeiro mês de governo, quando não haveria tempo hábil de fazer licitação, para não interromper serviços essenciais.

4) Obviamente, coleta de lixo, é um serviço essencial, mas o ofício foi genérico, sem citar a Delta;

5) O contrato da Delta com o governo do DF não se enquadra neste ofício, pois foi assinado em 2010, pelo governo anterior, e venceria só em 2015;

Com inimigos trapalhões como Francischini, Agnelo nem precisa de amigos para defendê-lo.

Aliás, chama a atenção como Francischini e Cachoeira compartilharam um mesmo objetivo comum: derrubar Agnelo, com denuncismo forjado. 

O destempero emocional de Francischini e Kátia Abreu cara-a-cara com Cachoeira

A sessão da CPI do Cachoeira, onde o bicheiro depôs e ficou calado, revelou mais pelo comportamento estranho de alguns parlamentares.

E dois deles deram "bandeira": o deputado Francischini (PSDB-PR) e a senadora Kátia Abreu (PSD-TO). Ambos estiveram bem acima do tom, e ainda se apresentaram com uma patética ingenuidade, como se estivessem surpresos e "indignados" com um suposto chefe de organização criminosa não "abrir seu coração" e se recusar a confessar espontaneamente todos seus supostos crimes ao vivo e em cores.

O que leva um experiente policial federal licenciado, como Francischini, acostumado aos rituais da boa técnica de conduzir inquéritos, a iniciar suas perguntas já sentenciando o bicheiro em diversas infrações ao código penal? É óbvio que ninguém responderia nenhuma pergunta nestes termos (a não ser no "pau-de-arara" da tortura).

Em geral, há duas razões que podem explicar esse tipo de comportamento:

1) Querer desesperadamente demonstrar um afastamento maior do que teria de fato com Cachoeira;

2) intimidar o depoente a calar-se, e também afastar gestos de afagos, caso se tratasse de velhos conhecidos;

O mesmo se aplica ao histerismo da senadora do Tocantins, estado em que o inquérito da Operação Monte Carlo da Polícia Federal mostra intensa atuação da turma de Cachoeira.

Não se pode acusar os dois parlamentares de envolvimento com Cachoeira somente pelo destempero emocional suspeito, mas seria interessante que repensassem sobre como são vistos por boa parte da população quando querem dar seu show em CPI's para as câmeras de TV's.

Em contraste com Francischini, vieram as palavras de bom-senso de outro delegado licenciado, o deputado Protógenes (PCdoB-SP). Ele disse não haver surpresa no silêncio de Cachoeira (tamanha a encrenca em que está metido), e que há fartas provas materiais para serem analisadas nos inquéritos da Polícia Federal, independente dos envolvidos não colaborarem com testemunhos. Cabe aos membros da CPI arregaçarem as mangas em cima deste material. 

No http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/

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