Cícero Dantas II – Professores pedem ao governador que cumpra acordo com a categoria que continua em greve
O governador issse que o aumento de 22,22% é ireal e se pagar esse valor vai onerar os cofres do estado em R$ 500 milhões e o governo não só tem os professores para pagar.
Um
grupo de professores vestidos de preto e padronizado com a frase “A
Educação está de Luto”, chegou cedo ao Alto do Goveião, local onde
estava sendo aguardado o governador Jaques Wagner (PT), para o ato de
inauguração da primeira etapa do Projeto “Água do Sertão”, na manhã
deste sábado (05), na cidade de Cícero Dantas. Eles portavam faixas
reivindicando o reajuste de 22,22% e usavam ‘nariz de palhaço e apito,
em sinal de protesto e para chamar a atenção do chefe do executivo
baiano e do grande público presente.Nem mesmo a chuva fina intimidou o
grupo, que realizou uma passeata do centro da cidade ao local do evento,
cerca de 01 km.
Na
medida que o locutor anunciava os nomes da lideranças presentes ao ato,
a vaia soava, principalmente quando mencionados os nomes dos deputados
que eles (professores) em coro os chamavam de traidores. Fátima Nunes,
Maria Del Carmen, Aderbal Caldas, além do presidente da Assembleia
Legislativa, Marcelo Nilo. Os educadores não pouparam nem mesmo os que
não tiveram participação, mas o fato de pertencerem a partidos que dão
sustentação ao governo na câmara federal também receberam vaias, foi o
caso dos deputados federal Mário Negromonte e Luiz Argôlo.
Ao
subir ao palanque, o governador Wagner também foi recebido pelos
manifestantes com vaias e passou a ler todas a faixas, mas o barulho dos
manifestantes chegou a tirar a concentração dos oradores, de forma que o
locutor muito educadamente pediu que abaixassem as faixas pois no
ambiente existia outras pessoas acompanhando os discursos. Os
professores não abaixaram, se deslocaram para a direita do palanque e
mantiveram as faixas que pediam para que o governo cumprisse o acordo
com a classe do reajuste dos 22,22% para todos.
A reação maior foi quando o presidente da Assembleia Marcelo Nilo
(PDT), disse que o governador era um homem democrático e republicano ao
permitir aquela manifestação, pois em governos passados a polícia já
havia sido chamada para reprimir e retirar os manifestantes daquele
local.Mas reconheu o direito de todos em se manifestarem.
O deputado federal e ex-ministro das cidades, Mario Negromonte disse
que a coberta do governo do estado é curta e tem que recorrer ao governo
federal, pois, fica mais fácil de atender as reivindicações da
comunidade.
O clima ficou tenso quando Wagner começou a falar e os manifestantes
começaram a chamar de “traira” e “traidor”. O chefe do executivo baiano
reagiu dizendo que não foge dos problemas, pois havia pedido para ser
governador e que a incompreensão na democracia é normal, porém, para
dialogar, os professores tinham que parar para ouvir. Esta reação foi em
virtude dos apitos e das palavras de ordem ditas por alguns
manifestantes, que chegaram a cantar: “ você pagou com traição, a quem
sempre lhe deu a mão…”
Segundo o governador, raiva passa e ao longo do tempo que vem
administrado a Bahia, cerca de cinco anos e cinco meses, já concedeu 70%
de aumento e descontando a inflação caiu para 30 a 40 % de ganho. “O
piso salarial na Bahia é de R$ 1.651, bem maior que o nacional, que é R$
1.451. O aumento foi de 4,66% e 6,5% aprovado recentemente e que irá
entrar no contracheque futuramente e estamos entre os sete maiores
salários do país”, falou o governador.
“Esse percentutal sugerido é irreal, o estado não tem dinheiro para
pagar um reajuste de 22,22% e não posso pagar esse valor porque não
tenho somente professor, se eu pagar acima do que foi aprovado não posso
mais construir hospitais, adutoras e pagar outras classes”. falou
Wagner, arrancando aplausos do público que foi ao ato com o objetivo de
prestigiar a inauguração da primeira etapa do projeto Água do Sertão e
vaia do grupo de professores.
O governador baiano que teve sua origem política no movimento
sindical disse que estava acostumado a negociar lembrou que fez parte do
movimento e culpou o sindicato da classe em fechar o dialogo e repetiu
que não tinha orçamento para conceder o aumento reivindicado e o
reajuste sugerido iria onerar o estado em R$ 500 milhões.
Professores não se convenceram – Mesmo depois da justificativa do
governador os professores mantiveram o protesto, e perguntavam pelo
repasse de FUNDEB que segundo eles foi liberado para ser pago neste
percentual cobrado que foi um levantamento feito pelo MEC e não entendem
porque o governador fala que não tem condições.
No http://www.calilanoticias.com/2012/05/cicero-dantas-ii-professores-pedem-ao-governador-que-cumpra-acordo-com-a-categoria-que-continua-em-greve.html
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