Queda de braço – Governo paga salários se professor voltar às aulas
Educação Zero – Divulgação de mentiras é vista como manobras para esvaziamento de greve
O
governador baiano Jaques Wagner não recua e mantém o impasse que dá
continuidade à greve dos professores ainda por tempo indeterminado. Sem
demonstrar muita preocupação com o prejuízo que causa aos estudantes da
rede pública estadual de ensino, agora, adverte que só paga os salários
de abril e maio, que ele mesmo suspendeu em retaliação à paralisação, se
os professores voltarem a dar aulas, assegurando a continuidade do
diálogo com os líderes do movimento da categoria sobre o principal item
da pauta de reivindicações, que é o reajuste de salário, considerado bem
abaixo da média do piso em nível nacional.
Esta imposição de Wagner foi informada pelo arcebispo de Salvador,
Dom Murilo Krieger, que esteve tratando deste assunto com a secretaria
de Educação. Segundo Krieger, o governador baiano promete assegurar a
continuidade do diálogo com os professores e garantindo em contrapartida
que não suspenderá o pagamento do salário de maio caso a categoria
retorne às atividades. A proposta prevê, ainda, o pagamento do salário
cortado de abril e a criação de um calendário conjunto com a Secretaria
da Educação para reposição das aulas e o cumprimento do ano letivo em
sua totalidade.
Mas os professores não aceitam a proposta e, ainda, desmentem que em
230 municípios, as escolas da rede estadual estejam funcionando
normalmente. Em nota divulgada na imprensa de Salvador, a Secretaria de
Educação assegura que das 1.422 escolas existentes, mais de 630 unidades
estão com aulas normais para os estudantes, o que é desmentido pelo
comando de greve na capital.
O secretário estadual da Educação, Osvaldo Barreto, por sua vez,
afirmou que a greve, que já dura 37 dias, atinge poucos municípios
baianos e há uma “tendência” de fim do movimento. Em entrevista a um
programa de rádio, ele disse que “muitas escolas estão colocando as
notas normalmente. Mais de 200 escolas já colocaram as notas da primeira
unidade. Outras 200 retornaram ao trabalho”. Enquanto o governador
teima com retaliações, os milhares de estudantes da rede estadual ficam
prejudicados, o que demonstra que quando não se governa com
responsabilidade, o povo acaba sendo a maior vítima.
No http://ww3.muraldenoticias.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário