terça-feira, 22 de maio de 2012

Jaques Wagner NUNCA MAIS: "Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito." Machado de Assis


Queda de braço – Governo paga salários se professor voltar às aulas

Educação Zero – Divulgação de mentiras é vista como manobras para esvaziamento de greve

 
O governador baiano Jaques Wagner não recua e mantém o impasse que dá continuidade à greve dos professores ainda por tempo indeterminado. Sem demonstrar muita preocupação com o prejuízo que causa aos estudantes da rede pública estadual de ensino, agora, adverte que só paga os salários de abril e maio, que ele mesmo suspendeu em retaliação à paralisação, se os professores voltarem a dar aulas, assegurando a continuidade do diálogo com os líderes do movimento da categoria sobre o principal item da pauta de reivindicações, que é o reajuste de salário, considerado bem abaixo da média do piso em nível nacional.
Esta imposição de Wagner foi informada pelo arcebispo de Salvador, Dom Murilo Krieger, que esteve tratando deste assunto com a secretaria de Educação. Segundo Krieger, o governador baiano promete assegurar a continuidade do diálogo com os professores e garantindo em contrapartida que não suspenderá o pagamento do salário de maio caso a categoria retorne às atividades. A proposta prevê, ainda, o pagamento do salário cortado de abril e a criação de um calendário conjunto com a Secretaria da Educação para reposição das aulas e o cumprimento do ano letivo em sua totalidade.
Mas os professores não aceitam a proposta e, ainda, desmentem que em 230 municípios, as escolas da rede estadual estejam funcionando normalmente. Em nota divulgada na imprensa de Salvador, a Secretaria de Educação assegura que das 1.422 escolas existentes, mais de 630 unidades estão com aulas normais para os estudantes, o que é desmentido pelo comando de greve na capital.
O secretário estadual da Educação, Osvaldo Barreto, por sua vez, afirmou que a greve, que já dura 37 dias, atinge poucos municípios baianos e há uma “tendência” de fim do movimento. Em entrevista a um programa de rádio, ele disse que “muitas escolas estão colocando as notas normalmente. Mais de 200 escolas já colocaram as notas da primeira unidade. Outras 200 retornaram ao trabalho”. Enquanto o governador teima com retaliações, os milhares de estudantes da rede estadual ficam prejudicados, o que demonstra que quando não se governa com responsabilidade, o povo acaba sendo a maior vítima.

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