sábado, 11 de setembro de 2010

Baixarias de José Serra não mudam o quadro

Extraídode: Parana Online - 09 de Setembro de 2010                      

A petista, que em uma semana subiu de 51% para 56% das intenções de voto, apareceu, ontem, com 54%. O principal concorrente, José Serra (PSDB), no entanto, permaneceu com 21%. Ele iniciou a medição, em 1º de setembro, com 25%. Marina Silva, do PV, oscilou um ponto percentual para cima e aparece com 9%.
Para o sociólogo Marcos Coimbra, presidente do Vox Populi, o tracking está mostrando que a exaustiva exploração do caso da violação dos sigilos fiscais de pessoas ligadas ao PSDB teve impacto nulo na campanha eleitoral.
Passados 15 dias de quando estourou o escândalo, as pesquisas mostram que seu impacto foi nulo. A bomba esperada pelos que torciam pelo fato novo virou um traque. Por mais que os grandes jornais tenham se esforçado para fazer do escândalo da Receita um divisor de águas, ele acabou sendo nada. Tudo continuou igual: Dilma lá na frente, Serra lá atrás, disse, em artigo publicado ontem no jornal Correio Braziliense.

Para o sociólogo, há várias razões para que a opinião pública tenha tratado com indiferença o chamado escândalo. O mais óbvio: o que, exatamente, estava sendo imputado a Dilma na história toda? Se, há mais de ano, alguém violou o sigilo tributário de Verônica Serra e de outras pessoas ligadas ao PSDB, o que a candidata do PT tem a ver com isso? É culpa dela? Foi a seu mando? Em que sua candidatura se beneficiou?, indaga Coimbra.

Ele encerra o artigo dizendo que todos esperam que o governo faça o que deve fazer no episódio (e em todas as situações do gênero): investigue as falhas e puna os responsáveis. Ir além, fazendo dele um escândalo eleitoral, é outra coisa, que não convence, pelo que parece, a ninguém.
O tracking Vox/Band/iG conta com 2.000 entrevistas, sendo que um quarto dessa amostra é renovada diariamente. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos.

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