Novo salário mínimo exige negociação
Acho pequeno o aumento do salário mínimo dos R$ 510 atuais para R$ 538,15, como proposto pelo Ministério do Planejamento no Orçamento da União para 2011.
Tudo bem que o PIB não cresceu ano passado, com a crise mundial, mas a variação não representa nenhum aumento real. E, como este ano é um ano de grande recuperação econômica, as empresas e instituições podem suportar um reajuste maior, sem que o trabalhador tenha que esperar 2011 para receber os efeitos da “anti-marolinha” que o Brasil viveu.
E a política do Governo Lula tem sido a de dar sempre aumentos reais.
Fiquei satisfeito porque Dilma percebeu isso e adiantou que a proposta pode ser discutida com as centrais sindicais, como está em O Globo.
Acho isso necessário. Foi com a contribuição das centrais sindicais que se definiu uma política permanente de valorização do salário mínimo no governo Lula, o que já lhe garantiu, com o último reajuste, o maior valor real da série das médias anuais desde 1986. E você pode conferir a evolução nos últimos anos, no gráfico aí ao lado, do Dieese.
Foi um salário mínimo valorizado que possibilitou ao Brasil enfrentar a grave crise econômica do ano passado, pois aumentou a renda na economia, o que manteve o consumo aquecido, e incrementou a arrecadação de impostos sobre este mesmo consumo.
Manter essa política de reajustes reais é fundamental para o crescimento e a redução das desigualdades e vamos batalhar por isso, na votação da Lei Orçamentária, lá na Câmara. Há, como disse Dilma, espaço para negociar, porque a economia o permite.
No Tijolaço
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