domingo, 3 de junho de 2012

A greve continua

Amnésia? Governador diz que número de 22,22% nunca existiu. Confira, mais uma vez, o acordo feito em novembro. E alguém lembre a ele que este é o índice do Fundeb, base do Piso Nacional

Sabe qual é a última do governador? Wagner nega que tenha feito acordo para dar aumento a professores
“Esse número de 22% nunca existiu. Esse acordo, dessa forma, nunca foi feito”, disse o governador

01.06.2012Da Redação do Correio
Em evento realizado na quinta (31), na Federação das Indústrias do Estado da Bahia, o governador Jaques Wagner contestou a existência do acordo feito com os professores. “Esse número de 22% nunca existiu. Esse acordo, dessa forma, nunca foi feito. Por que a intransigência tá do lado de cá e não no de lá?”.
Wagner comparou o aumento exigido pelos professores com outros movimentos grevistas. “A greve dos rodoviários acabou com 7,5%. A dos metroviários em São Paulo com 6,5%. Eu, de boa-fé, já tinha dado para todas as categorias 6,5%. Por que os professores têm que ter 22%?”.
O professor Rui Oliveira, da APLB, ressaltou que os professores exigem o cumprimento de acordo assinado em11 de novembro de 2011, no qual está firmado o compromisso de reajuste salarial da rede estadual, tendo como base o piso salarial nacional, que este ano é de 22%, “nos anos 2012, 2013 e2014, apartir de janeiro de cada ano”.
Na íntegra:
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/wagner-nega-que-tenha-feito-acordo-para-dar-aumento-a-professores/
Em abril, o professor Rui Oliveira deu entrevista e falou didaticamente sobre o assunto. O governador pode aproveitar e ler para entender melhor o que seus assessores assinaram em nome dele:

Bahia Notícias – 17 de abril de 2012
Em entrevista ao programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM 102.5, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, reiterou a disposição dos professores estaduais em manter a greve e apresentou um termo de acordo assinado por representantes do governo e da entidade de classe. O documento é do dia 11 de novembro de 2011 e tem as assinaturas de Clóvis Caribé Menezes, Cláudia Cruz (da Secretaria de Educação), Adriano Tambone e Luis Henrique Guimarães Brandão (da Secretaria de Administração) – do lado governamental – além de membros da APLB, inclusive o próprio Rui Oliveira. O primeiro item do termo diz que: “O reajuste salarial do magistério da rede estadual do ensino fundamental e médio será o mesmo do piso salarial profissional nacional, nos anos de 2012, 2013 e 2014, a partir de janeiro de cada um, incidindo sobre todas as tabelas vigentes”. Segundo a interpretação do diretor sindical, o trecho desmentiria a alegação do governo, de que haveria um acerto para conceder o reajuste de 22,22% dividido em três partes, com um pagamento agora, outro em novembro e o último em abril do ano seguinte. “Primeiro, o governo disse que não tinha acordo nenhum. Depois, pediu que a greve fosse decretada ilegal, mas nós recorremos.  Aí, o governo admite o acordo, mas diz que fez a proposta de pagar dividido”, reclamou o presidente da APLB.  Questionado se a paralisação tinha alguma motivação política, já que é pré-candidato a vereador pelo PCdoB, Oliveira desconversou: “Em primeiro lugar, a greve envolve toda a Bahia. É estadual. Esta discussão é muito simplória”.

VEJA, ABAIXO, MAIS UMA VEZ, O ACORDO DE 11111. E O LINK DA MATÉRIA POSTADA HÁ MESES:
Índice de reajuste será anunciado logo após anúncio do piso salarial
16 de fevereiro de 2012
O professor Rui Oliveira, coordenador-geral da APLB-Sindicato e Secretário de Política Sindical da CNTE tira as dúvidas sobre o reajuste salarial do magistério da Rede Estadual do Ensino Fundamental e Médio do Estado da Bahia:
1. O governo estadual está aguardando que a presidente Dilma Rousseff publique o percentual do piso salarial, que será o mesmo da Educação da Rede Estadual.
2. A CNTE, por diversas vezes, com presença do professor Rui Oliveira, em Brasília, em audiências com os ministros Gilberto Carvalho, Ideli Salvatti e Aloísio Mercadante exigiu maior rapidez na publicação do referido piso salarial.
3. Por conta da demora da publicação, a CNTE programou para os dias 14, 15 e 16 de março uma paralisação nacional na Educação, como este site tem divulgado.
4. O governo estadual se comprometeu com o sindicato em anunciar em Diário Oficial – e reatroativo a janeiro de 2012 – o índice de reajuste,  assim que for publicado pela Presidência da República o piso salarial.

Abaixo o Termo de Acordo do Ensino Fundamental e Médio, assinado em 11 de novembro de 2011:
Foi postado neste site em 16/02/2012: http://www.aplbsindicato.org.br/estadualeinterior/destaques/indice-de-reajuste-sera-anunciado-logo-apos-anuncio-do-piso-salarial/















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